Passou-se uma semana da noite em que eu e João nos entregamos um ao outro. Agora estou sentada em meu cantinho no jardim, pintando meus quadros. Minha inspiração voltou, e eu estou completamente imersa em uma nova série de obras. Decidi mudar o tema da minha próxima exposição, e para isso, pedi um adiamento de dois meses. Meus contatos na galeria onde farei a exposição me ajudaram a conseguir a prorrogação sem problemas. Ainda não mostrei minhas novas obras para ninguém e pretendo guardar segredo até a véspera, para surpreender a todos, inclusive João.
Contratamos uma nova funcionária, Alessandra, para cuidar da limpeza e cozinha, o que tem nos deixado muito mais tranquilos em casa. A mãe de João não havia mais entrado em contato, o que deixava meu marido triste, mas ele seguia a vida normalmente e eu nunca estive tão feliz quanto agora, com a total ausência da sogra em nossas vidas.
Após um longo dia de trabalho em minhas obras, estava jantando um delicioso macarrão ao pesto quando João chegou do trabalho. Seu rosto estava cansado e debilitado, e o beijo que me deu foi sem muita energia. Ele foi comer calado e eu perguntei o que havia acontecido. Algo parecia incomodá-lo. Seu rosto estava cansado e abatido. Eu o observei por um momento antes de perguntar:
“O que houve, amor? Você parece preocupado.”
“É que... hoje no trabalho, eu tive uma reunião com meu chefe e…” - ele hesitou por um momento - “eles estão pensando em cortar gastos na empresa. Alguns funcionários serão demitidos, e eu estou com medo de ser um deles.”
Meu coração se apertou ao ouvir isso. Eu não queria que João perdesse o emprego, especialmente agora que eu estava investindo tanto na minha arte. Mas eu não deixaria ele passar por isso sozinho.
“Eu sinto muito, João. Mas não precisa se preocupar sozinho. Vamos pensar em uma solução juntos, tudo bem?” - eu disse, colocando minha mão sobre a dele.
João sorriu, agradecido pelo meu apoio. Jantamos em silêncio, mas eu podia sentir sua mão tremendo levemente sobre a minha. Ele respirou fundo.
“Mas eu acho que não é só isso.”, falou, os olhos demonstrando nervosismo.
"O que houve, amor?", perguntei, preocupada.
"Descobriram tudo, Laura. Os boatos, sobre você e os outros homens... Está repercutindo no hospital, e agora meu emprego está em risco", ele disse, passando a mão pelo rosto cansado. "Eu não sei o que fazer."
Meu coração gelou, mas precisava tranquilizá-lo de alguma forma.
“E o que eles tem a ver com nossa relação, meu bem? Não fizemos nada de errado, não tem nenhum motivo para você ser demitido por isso, mesmo que critiquem, façam piada, como seu chefe vai tirar seu trabalho por algo assim?”, perguntei, tentando tranquilizá-lo ao mesmo tempo que expressava meu descontentamento com a caretice daqueles idiotas.
Mas João estava desesperado, o problema parecia ser muito mais grave do que eu imaginava.
"Está afetando meu trabalho e minha reputação profissional, lá dentro e fora, Laura… Meu chefe disse que a situação está insustentável. Vários colegas já deram queixa, dizendo que suas mulheres acham inaceitável a situação e os boatos. Tem comentários maldosos pelos corredores, com os pacientes… Vários pacientes desmarcaram comigo, que por coincidência eram pacientes de outros médicos do hospital. E o Dr. Takehiko quer me demitir Laura, eu percebo pela forma que tem me tratado. Ele só está esperando uma oportunidade”, ele falou, a voz embargada. “Eu amo você, mas não posso perder meu emprego", ele disse, quase em lágrimas.
Eu sabia que a situação era séria e que não podíamos ignorá-la. Eu me levantei e fui até ele, envolvendo-o em um abraço reconfortante. "Vamos dar um jeito, amor. Juntos, podemos encontrar uma solução. Não se preocupe, estarei aqui para te apoiar", eu disse, beijando-o suavemente na testa. Eu podia ver a dor em seus olhos e sentir sua tristeza.
"Eu não sei se consigo voltar para o trabalho depois disso. Todos me olhando, fazendo piadas... Eu não aguento a humilhação", disse João, com a voz trêmula. Eu o abracei com força, tentando confortá-lo.
João continuou falando, descrevendo as situações de humilhação que estava enfrentando no trabalho. Eu podia sentir sua dor, e isso me machucava também. Mas eu sabia que não podia mostrar minha fraqueza agora. Tinha que ser forte por nós dois.
"Eu não aguento mais essas pessoas me olhando torto… Eu evitei falar sobre isso com você, mas a situação só tem piorado, desde o meu aniversário. Acho que alguém ouviu alguma fofoca já naquela época, e a história só vem se espalhando cada vez mais…", disse ele, com um olhar triste.
"João, você precisa passar por cima disso”, falei, firme. “A gente não pode mudar o que as pessoas pensam ou falam. O que importa é o que a gente sente um pelo outro", respondi, tentando tranquilizá-lo.
João me olhou nos olhos. "Mas você disse que todos saberiam um dia, que você iria gostar disso. Eu devia ter percebido que isso poderia acontecer no trabalho". Aquela frase cortou meu coração.
Ele estava novamente confuso e em conflito. Quando eu disse que um dia todo mundo iria saber sobre ele ser corno e que eu iria gostar, eu não tinha a intenção de que as coisas acabassem assim. Aquilo era uma provocação, algo que fiz pensando no prazer daquela relação de dominação, mas não algo que eu esperava que afetasse na vida pessoal ou profissional. Era apenas sobre sexo, sobre ter poder sobre ele. Eu só queria que ele entendesse que eu o amava e que queria tornar nosso relacionamento em algo especial e único. Mas agora, ao vê-lo acusando-me de ser a causa de tudo isso, eu me sentia mal. Não era essa a intenção.
"João, eu sinto muito", eu disse a ele, com a voz tremendo um pouco. "Eu não queria que as coisas chegassem a esse ponto. Eu só queria fazer nosso relacionamento melhorar, com mais liberdade e experiências novas. Não queria te prejudicar, você é importante para mim."
Ele acenou com a cabeça, concordando sem dizer muita coisa, parecendo pouco se importar. Esfregava as mãos impacientemente sobre a testa, visivelmente tenso e preocupado.
“Vamos resolver isso, mas tire esses problemas da sua cabeça agora. Vamos falar sobre outras coisas, temos tempo para lidar com essa situação”, tentei, para ver se ele saía daquele lugar sobrio.
Tentei puxar assunto falando dos meus quadros, mas ele apenas me respondia com monossílabos, como se estivesse em outro mundo. Foi quando ele se levantou, os olhos ainda sombrios.
“Desculpe, Laura. Acho que preciso de um tempo sozinho”, murmurou, saindo da cozinha.
“Espera João, vamos conversar!”
Eu o segui até o quarto, onde ele se trancou, sem dizer mais nada. Eu fiquei lá fora, tentando ouvir algo, mas só restava o silêncio. Tentei bater na porta, falar com ele, mas nada adiantava.
Eu me senti frustrada e impotente, sem saber o que fazer para ajudá-lo. Queria apenas que ele se abrisse comigo, que me contasse o que estava sentindo, mas parecia que ele estava fechado em seu próprio mundo, provavelmente me culpando.
“Me desculpa. Não queria te deixar assim…” - falei pela porta, sem resposta.
Então, resolvi deixá-lo sozinho. Voltei para a sala e fiquei ali, sozinha, pensando em como poderia ajudá-lo a superar tudo isso. Queria ser a força que ele precisava, mas no momento, parecia que nada que eu fizesse adiantaria.
Ouvi um som vindo da cozinha e logo Alessandra apareceu, trazendo um copo d'água.
"Está tudo bem?" ela perguntou, notando a minha expressão preocupada.
"Não muito, Alessandra. João está passando por alguns problemas no trabalho", respondi, desviando o olhar.
"Se quiser conversar, estou aqui.", ofereceu, de forma solícita e amigável.
Suspirei e olhei para baixo. "Eu sei que as coisas parecem estranhas aqui em casa, espero que isso não te deixe desconfortável.
"Está tudo bem, dona Laura, eu já trabalhei em tanto lugar diferente que a senhora não tem ideia. Não tem nada que possa me incomodar com uma casa com uma energia boa como essa”, ela respondeu com um sorriso. “Mas aconteceu algo grave?" ela questionou, parecendo preocupada.
Eu hesitei por um momento, pensando se deveria contar ou não.
“Estão circulando boatos no trabalho dele, sobre nosso relacionamento. Ele está mal por isso.”
"Ah sim. Eu… eu sinto muito. Eu não queria me intrometer, mas eu não pude deixar de ouvir. Eu não entendo muito bem esse tipo de coisa..." - ela respondeu, parecendo já saber do que se tratava.
"Você ouviu nossa conversa?", perguntei, um pouco incomodada.
"Bem, eu não pude deixar de ouvir uma coisa ou outra, enquanto vocês comiam eu estava organizando a área de serviço… eu entendi que você e o seu marido têm uma relação diferente, em que você fica com outros homens e ele permite. Eu nunca ouvi falar de algo assim antes.", ela disse, mas sem usar o tom crítico que costumava esperar de alguém que falava aquilo sobre minha relação, o que me deixou mais aberta a conversar com ela sobre.
"Sim, é verdade. Nós temos um relacionamento aberto. Eu posso ficar com outros homens e ele não se importa."
"Eu não sei como você consegue fazer isso. Eu sou muito ciumenta e possessiva, eu nunca poderia compartilhar meu homem com outra pessoa.", ela respondeu, provavelmente entendendo que João também era liberado em nossa relação.
"Não, porque João não fica com outras mulheres. É só eu que tenho essa liberdade", respondi, corrigindo.
Alessandra franze a testa. "Mas isso não te incomoda? Ele não poder ficar com outras?"
Balancei a cabeça. A conversa estava se tornando mais íntima do que eu esperava, mas eu não era uma pessoa tímida quanto a esse aspecto da minha vida. Se ela queria saber mais, eu iria dizer, da forma mais direta possível. Seria inclusive um bom teste para ver se ela conseguiria lidar com as coisas que possivelmente poderiam rolar na casa enquanto ela estivesse trabalhando lá.
"Não, não me incomoda. Eu sou dominante nessa relação e ele é completamente submisso a mim. Ele é feliz assim, e eu também sou. Além disso, ele nunca pediu para ficar com outras mulheres. Nunca precisei dizer para ele não fazer isso."
Alessandra parece surpresa. "Nunca pensei nisso dessa forma. Mas como você se sente quando fica com outros homens?"
Encolhi meus ombros. "Eu gosto. É uma coisa minha, que eu sinto prazer, e ele as vezes até mesmo me assiste com outros. Mas eu amo João e ele é o meu número um. Ele sabe disso."
Alessandra ouve atentamente e tenta entender. "Mas vocês são felizes assim? Não é estranho para ele ver você com outros homens?"
Hesito antes de responder. Ela estava de fato muito interessada em discutir nossa relação e compreender, eu nunca havia falado tanto sobre isso com alguém. Eu poderia levar isso de forma negativa, mas estava achando bom dividir isso com alguém, então não dei muita bola.
"Bom, é estranho para algumas pessoas, mas para nós funciona. João é submisso, ele aceita ser apenas meu. E se ele não tem interesse em ficar com outras pessoas, para mim está ótimo. Se ele tiver interesse em algum momento, não vejo problemas em falar sobre isso", explica.
Alessandra parece confusa. "Mas você não tem medo de que ele se machuque ou se sinta humilhado?"
"Não", responde Laura com segurança. "Na verdade, ele não aceitava a nossa relação até recentemente. Foi só depois de algumas vezes que ele começou a aprender a gostar de ser traído… mas agora, ele gosta disso, fala o tempo todo durante nosso sexo. Ele gosta de ser dominado por mim. É uma dinâmica diferente, eu sei, mas funciona para nós."
Alessandra parece intrigada. “Então antes você fazia sem ele gostar?”
“É complicado, nossa relação antes era o exato oposto de agora, extremamente fria e sem graça. De certa forma, eu dei uma movimentada, o que gerou alguma reação inicialmente, mas logo se tornou algo bom para todos… Ele só precisava abrir mais a cabeça”, respondi, sabendo que poderia parecer estar colocando as coisas ao meu favor, mas era exatamente como eu pensava.
Alessandra fez uma expressão engraçada de aceitação, mesmo estando claro que ela ainda não aceitava como algo que praticaria na vida. "Eu nunca vi uma relação assim, mas se é isso que funciona para vocês, quem sou eu para julgar? Parece ser uma relação de muito prazer, e é uma pena que estejam com problemas por isso. Como é para vocês, quando outras pessoas sabem disso? Tipo, no hospital?"
Suspirei. "É difícil, porque é algo que a maioria das pessoas não entende. Elas julgam e criam fofocas. Eu não me importo com o que pensam, mas João está sofrendo com as consequências agora. Ele é o meu amor, eu o amo muito mesmo, e não queria nunca ver ele assim.", falei com dificuldade, sentindo meus olhos arderem um pouco, querendo marejar. Ela segurou minhas mãos, com um sorriso acalentador.
"Bom, se precisar de algo, pode me chamar. Eu te apoio."
"Obrigada, Alessandra. Isso significa muito para mim", falei, sorrindo e agradecendo. “Você por acaso já foi psicóloga? Nunca tive uma conversa tão profunda com alguém que mal conversava, você é boa nisso”, brinquei, tentando amenizar a tensão da conversa.
Alessandra riu. “Quando se trabalha para famílias, você acaba virando um pouco psicóloga sim, todos vem falar sobre problemas com você. Marido fala de esposa, esposa fala de marido, filhos falam dos pais… É uma loucura atender todo mundo enquanto tenta não queimar o feijão”, brincou, e ambas rimos juntas. Estava feliz por ter uma pessoa como ela ali. Cíntia era como parte da família para mim, mas talvez sua saída tivesse me permitido conhecer uma pessoa que me apoiaria mais nessa nova fase da minha vida.
"Obrigada, Alessandra", eu disse, sentindo-me um pouco emocionada. "Realmente significa muito para mim poder falar sobre tudo isso, sem julgamentos."
Ela sorriu e me abraçou. "Eu entendo que as pessoas são diferentes e têm necessidades diferentes", disse ela. "Parece que você e João encontraram algo que funciona para vocês. É uma pena que estejam passando por dificuldades por isso, mas sei que vocês vão superar tudo isso, juntos."
Senti-me grata pela sua compreensão e apoio. Ela se levanta para voltar para a cozinha, mas não sem antes ponderar:
"Provavelmente tudo isso é inveja dos colegas dele, Laura. Eles querem ficar com você também, ou gostariam de ter esposas como você. As pessoas são baixas e sempre demonizam o diferente, mas na maioria das vezes é apenas desejo enrustido."
Eu concordei com ela, rindo e me divertindo com suas palavras, mas depois comecei a pensar seriamente sobre o que ela havia dito. Será que era isso mesmo? Será que os colegas de trabalho de João sentiam inveja da nossa relação? Será que desejavam estar no lugar dele?
“Bem, vou indo, senão perco meu ônibus. Até amanhã, dona Laura”, ela se despede, pegando suas coisas e saindo pela porta.
Me despedi dela, agradecendo pela conversa, mas ainda um pouco aérea. Aquela ideia me deixou pensativa. Depois que ela saiu, fui direto para o quarto.
Bati algumas vezes, e João destrancou a porta sem abrir. Demorei um pouco para entrar, e ele já havia se deitado novamente. O quarto estava todo escuro, e ele não disse uma única palavra. Me aproximei e me deitei ao seu lado. Abracei-o, sentindo seu corpo quente contra o meu.
"João, você acha que os seus colegas sentem inveja de você? De nós?"
Ele me olhou confuso por um instante.
“Do que você está falando?”, perguntou.
“Será que eles não fazem piadas com você porque gostariam de ter uma oportunidade comigo, ou ter uma relação igual a nossa?”
Ele ficou em silêncio, por alguns segundos.
"Talvez, não sei. Mas o que isso importa? Eles vão continuar falando mal de mim e de você de qualquer jeito." - respondeu, mal humorado.
Não falei mais nada, deixando o assunto morrer para não estressar mais ele. Mas mesmo assim a ideia continuou martelando na minha cabeça. Eu comecei a pensar, pensar e pensar.
Acordei animada e com um plano já formado na minha cabeça, mal havia dormido naquela noite. Encontrei João no banheiro se arrumando para o trabalho, desanimado e sem vontade. Tentei animá-lo um pouco, perguntando como havia dormido e o que iria fazer hoje, antes de contar minha ideia. Ele começou a escovar os dentes.
“Amor, eu estava pensando…”, comecei.
“O que foi?”
“Devíamos fazer um jantar para o seu chefe e colegas” - falei.
João me olhou confuso.
“Pra quê? Por que iríamos querer fazer amizade com eles?”, falou, com a boca cheia de espuma.
“O seu emprego é importante, João. Talvez se nos aproximarmos mais deles e nos mostrarmos um casal normal em uma reunião de amigos, eles percebam que estão sendo injustos em julgar você e a nossa relação, e parem com o bullying e a perseguição com você”
“Hmm... não sei não”, disse enquanto coçava a cabeça, descrente. Continuou pensativo por alguns longos segundos. “Isso parece pouco provável. E se não funcionar?”
“Pelo menos tentamos. É o que podemos fazer, meu bem. Se não fizermos nada, iremos apenas aceitar você virando piada e seu chefe achando uma oportunidade para te demitir.”, argumentei. “Você não tem como denunciar seus colegas para ninguém, já que seu chefe também está contra você.. E se tentar bater de frente, vai apenas desgastar ainda mais sua imagem profissional, e dificultar as coisas no futuro caso perca o emprego. Você precisa de aliados, então vamos transformar seus inimigos em aliados.”
Ele continuou pensando, ainda parecendo descrente.
“Isso vai mesmo dar certo? Boa parte deles está com problemas com as esposas, que pensam que você é uma puta e que eu sou uma péssima influência; que você vai ficar com os meus colegas no trabalho, e eu vou incentivar isso e que eles façam coisas estranhas. Elas não vão gostar de vir para uma festa com você, e se vierem, conhecendo como são as mulheres, vão conversar entre si, se envenenando ainda mais contra você. Tudo que a gente menos precisa é de um monte de vadias nos olhando torto na nossa própria casa, com os maridos rindo e fazendo piadas ao fundo.
Eu sorri, pois chegaríamos exatamente onde eu queria.
“Se decidirmos fazer isso, vamos chamar então apenas o pessoal do trabalho para o jantar. Você pode dizer que eu estarei viajando, assim eles não vão ter problemas de pedir para as esposas. Uma festa só com seus colegas, sem esposas, sem filhos.”
João me olhou desconfiado, como se estivesse começando a perceber que havia algo mais na minha mente do que simplesmente melhorar a relação dele com os colegas.
"O que você está pensando, Laura?", perguntou João, cruzando os braços com a escova de dentes na boca.
“Por que a pergunta?”, respondi, sem dar muita bandeira.
“Por que quer que só venham homens para essa festa?”
“Pelos motivos que você acabou de mencionar, oras”, respondi impaciente. “Quer insinuar alguma coisa?”
João cuspiu a espuma na pia e começou a lavar a boca, me olhando de rabo de olho, sem dizer nada. Ele não ia comprar briga à toa, já que eu era liberada, não tinha porque brigar por ciúmes.
“Só quero te ajudar”, insisti. “Pense nisso, por favor. Se você decidir que sim, podemos chamá-los para um jantar no final de semana,”
“Hmm... concordo com você sobre não chamar as esposas. Mas não quero que haja nada impróprio nesse jantar, Laura”, João disse, olhos duros sobre mim, me olhando desconfiado.
Eu sabia que aquela era a minha chance, mas não podia contar a ele todo o meu plano ainda. Então, menti:
“Claro, João. Nada de inapropriado. Essa é a ideia.”
Saí do banheiro satisfeita, sabendo que minha ideia ia começar a tomar forma. Enquanto João ia para o trabalho, comecei a pensar nos detalhes do jantar, ou melhor, da grandiosa festa que iria organizar. Queria que tudo fosse perfeito e que nada saísse do controle. Mas eu sabia que precisava ser cuidadosa e discreta com as minhas intenções. Não queria que João desconfiasse de mim.
Eu já estava com o dia cheio, então não perdi tempo. Passei a manhã e a tarde toda pintando meus quadros, com pequenas pausas para as refeições. No final do dia, guardei minhas obras e meu material no pequeno galpão do quintal e fui para o quarto esperar meu marido. Quando João chegou, eu percebi que algo estava errado, e provavelmente o dia no trabalho tinha sido difícil, de novo.
"O que aconteceu, meu amor? Você parece abatido", perguntei preocupada. Ele balançou a cabeça e num piscar de olhos, o desânimo se tornou raiva.
"Aqueles merdas estão me chamando de 'Dr. Galhada' no trabalho. E meu chefe até me chamou para conversar, mas depois do convite para a festa de domingo, fingiu que não era para me ameaçar de demissão, falando subliminarmente sobre como a procura pela minha área no hospital estava em baixa, como tem feito a semanas. Não falou mais nada, se fazendo de colega amigável e que tinha me chamado apenas para um café. Aquele palhaço, um hipócrita e interesseiro.", respondeu João, irritado e bufando, enquanto andava de um lado para o outro.
"Não se preocupe, amor. Vamos dar a volta por cima no domingo. Tenho um plano para fazer esses palhaços engolirem esses insultos e ameaças, e abaixarem a cabeça quando você passar", respondi com confiança.
"Um plano? Laura, Laura... O que você tem em mente?", perguntou João, desconfiado.
"Não se preocupe, não é nada demais. Só preciso que confie em mim e não chame as esposas dos seus colegas para a festa de domingo", respondi prontamente.
"O que? Mas por quê essa fixação em não levarem as esposas? O que você está aprontando?", perguntou João, ainda irritado.
"Acredite em mim. Não vou fazer nada errado", tentei tranquilizá-lo.
"Não sei, Laura. Você parece estar com ideia errada.. Já te disse que não quero nada impróprio nesse jantar", disse João, ainda desconfiado.
"Não se preocupe”, respondi, começando a perder a paciência com a irritação e insistência dele.
Ele não desistiu e perguntou novamente: "Por que você não quer que as esposas vão?"
Eu, estressada pela pressão e sem querer falar mais, sorri de forma irônica e disse: "Porque eu não quero que elas estraguem a diversão."
João pareceu não saber o que dizer. Ele fechou a cara e começou a se organizar para dormir, mais cedo do que o habitual. Eu sabia que ele tinha certeza de que eu estava planejando algo, mas não iria discutir. Foi melhor assim, ele ir dormir e não pensar mais naquilo. Só me atrapalharia se ele quisesse se intrometer demais.
“Já estou arrependido. Estou vendo que você só vai piorar tudo.”
Bufei, me segurando para não avançar sobre ele.
“Cala a sua boca, estou fazendo isso por você, seu otário”, explodi. “Vira pro seu lado e dorme quieto, eu vou fazer o que é preciso para resolver seu problema e pronto. Para de se intrometer. Se quiser desistir, desiste, quem vai ficar com fama de corno pra sempre é você.”, provoquei, apaguei as luzes e me deitei.
Ele permaneceu em silêncio. Sabia que tinha sido dura, mas não havia margem para mudar de ideia agora. Era aquilo ou nada.
O restante da semana que antecedeu a festa passou voando, e eu estava tão ocupada com os preparativos e meu trabalho que nem percebi o tempo passar. Encontrei um fotógrafo com um estilo artístico único e o contratei para a festa. Quando mostrei o valor para o João, ele ficou visivelmente incomodado, mas eu insisti que aquele era o preço justo pelo trabalho de qualidade que ele oferecia.
João simplesmente aceitou, depois de saber por alto de meus planos e gastos, que aquilo havia deixado de ser um jantar e rapidamente tinha se transformado em uma festa extremamente elaborada. Contudo, ele ainda não entendia a necessidade de algumas coisas, como contratar uma equipe performática para a festa, que eu insisti que seria uma forma de impressionar nossos convidados e deixar uma imagem inesquecível. Ele discutiu comigo sobre o dinheiro que estávamos gastando, a relevância daquilo tudo, mas eu sabia que aquilo era necessário para o sucesso do nosso plano, e fui firme nas minhas escolhas. Para minha sorte, ele me obedecia em tudo que pedia, mesmo a contragosto.
Ao longo da semana, eu também me concentrei em finalizar minhas obras de arte, e João chegava em casa do trabalho sempre desanimado com as situações que passava, apesar de ter dito que seus colegas estavam mais mansos com ele depois do convite que fizemos. Eu tentava tranquilizá-lo, dizendo que aquilo era um ótimo sinal, de que o que estavam fazendo provavelmente daria resultado. Ele ainda permanecia bastante descrente.
Na noite antes da festa, eu mal consegui dormir. Meu coração batia acelerado, e eu tinha um misto de ansiedade e medo do que poderia acontecer. Eu sabia que estava arriscando muito, mas aquilo era necessário para salvar a imagem de João e, consequentemente, seu trabalho.
Eu e ele ainda discutíamos sobre os últimos detalhes da festa, mas eu tentava manter as informações vagas e subjetivas, sem entregar muito do que realmente estava acontecendo em minha mente e por trás das cortinas.
“Laura, eu ainda não entendi a necessidade de tanto gasto nessa festa. Você tem certeza de que isso vai dar certo?” - perguntou João, visivelmente preocupado.
“Confie em mim, João. Tudo vai dar certo. Só precisamos seguir o plano” - respondi, com um tom de voz suave e tranquilizador.
Eu sabia que João ainda estava desconfiado, mas ele decidiu confiar em mim e seguir adiante com a festa. Eu apenas esperava que tudo saísse conforme o planejado.
Na manhã da festa, eu acordei antes mesmo do sol nascer. Estava animada, porém extremamente nervosa ao mesmo tempo, ansiosa para que tudo desse certo. Eu tinha passado os últimos dias planejando cada detalhe intensamente, alternando-me entre aquilo e meu trabalho, no limite da exaustão. E então, finalmente chegou o dia de colocar tudo em prática.
Quando saí para o quintal, fiquei impressionada com a equipe que estava lá para decorar. Eles eram maiores e mais organizados do que eu esperava, trabalhando com uma eficiência incrível. Montaram uma estrutura ainda maior do que a da festa de aniversário de João, com uma grande cobertura de toldo que cobria todo o quintal, criando um ambiente mágico e íntimo, protegido dos olhares da vizinhança, algo que deixei bem claro ser necessário para a organização do evento. Mesas, sofás e cadeiras foram dispostos pela área, enquanto luzes quentes iluminavam suavemente todo o espaço.
A área da piscina também foi decorada de forma elegante, com lanternas de papel flutuando na água e tochas acesas ao redor. Um pequeno palco foi montado no centro das mesas para a apresentação da noite.
Quando João chegou e viu toda a montagem da festa, ficou extremamente preocupado. "O que é tudo isso, Laura?", ele perguntou, perplexo. "Eu não sabia que tínhamos tanto dinheiro para gastar em uma festa."
"Tudo isso não é tão caro assim", eu disse, tentando acalmá-lo. "Não se preocupe, não é nada que não possamos pagar. Além disso, essa festa vai ajudar a manter o seu emprego, lembra? Todo investimento possível para isso, vale a pena."
João não discutiu, apesar de não mudar seu semblante, sem saber para onde olhava, tamanha quantidade de coisas acontecendo. Eu mesma estava ansiosa, com medo do que aconteceria se tudo desse errado. Balancei a cabeça e afastei aqueles pensamentos. Precisava estar segura, aquela noite dependia disso.
Logo o fotógrafo chegou, e eu me surpreendi com sua aparência exótica. Ele tinha um sotaque carioca e cabelos grisalhos, mas sua roupa e adereços eram bem diferentes do que seria esperado de alguém com sua idade aparente. Ele usava brincos, sombra nos olhos, unhas pintadas de preto e tatuagens de flores e o que pareciam ser mulheres demônio, cobrindo braços e pescoço. Apesar de tudo isso, ele vestia roupas sociais elegantes e bem ajustadas, em uma combinação de vinho e azul profundo, revelando uma possível boa condição financeira.
"Oi, eu sou o Ricardo", ele disse, com um sorriso caloroso no rosto. "Sou o fotógrafo da noite. Onde posso montar meu equipamento?"
"Você pode montar ali, ao lado da piscina", eu disse, indicando o local. "Eu preciso falar com o meu marido por um minuto, mas depois volto para ver como está tudo."
Ao ver o fotógrafo, João franziu a testa, claramente desconfiado. Ele olhou para mim e perguntou em voz baixa:
“Onde você encontrou esse cara? Parece uma mistura de artista de teatro com punk rock.”
Eu dei de ombros e respondi de forma evasiva:
“Ah, eu o encontrei em um grupo de fotografia, achei que ele tinha um estilo interessante e pensei que seria bom ter alguém assim para fotografar a festa.”
João me olhou um tanto incrédulo.
“Alguém assim? Laura, esse cara cobrou uma fortuna. Pelo preço, ele devia fazer um longa metragem hollywoodiano sobre nossa festa, para exibir no cinema! Como você me fala que escolheu ele de forma arbitrária, assim?”
Revirei os olhos, mas tentei ser paciente.
“Confie em mim João, ele é necessário. Tive meus motivos para escolher ele, mas você vai entender depois.”
João me olhou desconfiado, novamente.
“Você transformou isso em mais um dos seus joguinhos. Sempre me deixando para saber de tudo por último. E sempre acaba mal para mim”, reclamou, a voz descrente, enquanto se sentava em uma cadeira.
“Você não confia mesmo em mim, não é?”, perguntei, irritada.
“Como eu poderia? Faz tudo pelas minhas costas. Eu sou mesmo um trouxa, fico tentando achar justificativa para tudo que você faz, relevando e tentando achar algo bom em meio a tanta merda. Minha mãe-”
Antes que ele pudesse concluir a frase, me joguei em sua direção, segurando o encosto de sua cadeira e colando o rosto no dele, ameaçadoramente.
“Se você concluir essa frase, não precisa nem se explicar depois, eu vou embora agora mesmo”, sibilei, os olhos fixos nos seus, enquanto ele me olhava assustado. “Você pode se virar sozinho com a festa e os convidados. Eu estou aqui para te ajudar, mas se não quiser, resolva sozinho.”
Empurrei a cadeira dele, fazendo ele ir para trás balançando e quase caindo, e me afastei. Fui na direção da piscina, sem falar nada. Me cansei daquelas reclamações, estava exausta de tanto tentar ajudar aquele idiota, e ele parecia uma criança mimada, reclamando de tudo.
“Laura, espera!”, ouvi sua voz, enquanto ele corria em minha direção. “Me desculpa. Eu..”
“Chega, não precisa se explicar. Só pare de se intrometer e me deixe resolver tudo”, cortei. Ele me olhou, parecendo impaciente, mas se controlou.
“Ok.”
O fotógrafo se aproximou de nós, alheio a nossa discussão, e perguntou:.
“Pelo que entendi, vocês querem que eu registre alguns momentos específicos da festa, certo? Eu não costumo fotografar eventos, então não sei bem..”, ele começou, mas logo cortei ele também, antes que falasse mais do que devia.
“Ah, Ricardo, não precisa começar agora. Queremos que você seja discreto e registre os momentos naturais da noite, sabe como é. Você vai saber quando for sua hora.”
Ricardo sorriu e assentiu, voltando para seu equipamento. João franziu o cenho, mas se manteve calado, obedecendo meu pedido anterior. Apesar disso, eu podia perceber que ele ainda estava inseguro. Ele tinha razão em desconfiar, mas eu precisava manter as coisas fluindo como o planejado. Então, mudei o foco dele.
“Vamos, João, você precisa ir se arrumar para a festa!” - falei, animada, como se nada tivesse acontecido - “Afinal, você é o anfitrião da noite!”
Ele me olhou, um tanto confuso, mas concordou com um movimento de cabeça, e se afastou para dentro de casa, indo se preparar. Enquanto isso, eu fiquei observando a equipe trabalhando, terminando os últimos detalhes para deixar tudo perfeito. Eu estava animada e um pouco nervosa ao mesmo tempo. Será que tudo daria certo?
Ricardo se aproximou novamente, depois de organizar todo seu equipamento.
“Senhora Laura, estou pronto para começar a fotografar. Onde posso encontrar o seu marido?”
“Ele foi se arrumar para a festa, mas logo estará aqui” - eu respondi, tentando manter a calma.
“Muito bem, senhora. Vou começar a fotografar os detalhes da decoração enquanto espero”, disse, sorrindo.
Eu o observei se afastando e comecei a sentir um arrepio percorrer minha espinha. Será que eu estava fazendo a coisa certa? Mas já era tarde demais para voltar atrás. A festa seria um sucesso, eu acreditava firmemente nisso. Eu precisava acreditar nisso.
Saí apressada em busca de Alessandra, que me ajudaria com os preparativos da festa. Eu sabia que o pessoal do buffet estava quase chegando, então pedi a ela que os recepcionasse e os encaminhasse para o quintal. No entanto, havia outra questão crucial a ser resolvida: a apresentação que eu havia contratado como surpresa para os convidados. Com uma voz baixa e firme, pedi para Alessandra:
“Quando a equipe da apresentação chegar, leve eles diretamente para o galpão, pela porta dos fundos. Mantenha eles lá até o momento da apresentação, ninguém deve ver nada relativo a eles antes disso, entendeu?”
Alessandra olhou para mim com um misto de preocupação e ansiedade. “Claro senhora. Mas e se algum deles..”
“Eles não devem sair do galpão, entendido?”, reiterei, enfática em minha determinação, cortando qualquer dúvida por parte dela. Ninguém poderia saber da surpresa antes da hora marcada. Alessandra concordou prontamente, sem fazer mais questionamentos, sabendo que eu tinha um plano em mente.
Voltei para o quintal, e sentei-me na minha cadeira, enquanto a música calma tocava ao fundo. Os garçons recepcionavam os convidados masculinos que chegavam aos poucos. Sabia que João estava terminando de se aprontar, então mesmo ansiosa, esperei pacientemente sua aparição sem sair do meu lugar.
Fiquei observando as mesas se encherem de amigos conversando animadamente. Médicos, enfermeiros, pessoal do jurídico, administração do hospital, todos estavam lá. Alguns me olhavam com estranhamento. Era esperado, já que João mentiu que eu não estaria lá. Finalmente, João apareceu, cumprimentando seus convidados à distância até chegar à nossa mesa, visivelmente ansioso.
“Eu não sei porque concordei com tudo isso. Não sei o que faremos com todos esses caras aqui. Você como única mulher, mesmo eu tendo dito que não estaria aqui. O que devem estar pensando… Ah Deus.”
“Fique tranquilo, apenas aproveite a festa”, tentei tranquilizá-lo.
Ele colocou então o celular em cima da mesa, na minha frente. Estava aberto no instagram de Ricardo, o fotógrafo.
“Como eu posso ficar tranquilo. Você contratou um fotógrafo pornográfico para a nossa festa. O que diabos você tem em mente?!”, perguntou, com um estresse contido, falando as palavras entredentes.
“Fotógrafo erótico e sensual, é o termo apropriado”, corrigi ironicamente. Não acreditava que ele tinha ido investigar. Só mostrava como realmente não confiava no meu discernimento.
“Pros caralhos o nome que vou dar pro fotógrafo. Que ideia foi essa, Laura? O que você está pensando em fazer aqui?!” - ele me inquiriu, agressivamente.
Olhei para ele, os olhos novamente cheios de fúria. Eu não iria prolongar mais uma palavra daquela discussão inútil.
“Eu. Já. Te. Falei.”, disse, pausando cada palavra para que prestasse atenção. “Se quer minha ajuda, cala essa boca e deixa rolar. Mais um piu, e irei embora daqui.”
Ele me olhou, visivelmente transtornado, e se recostou para trás na cadeira, rebelde, mas mudo. Continuou olhando o próprio celular, evitando voltar a falar comigo e apaziguando os próprios sentimentos em rebuliço. Voltei a observar a festa, também tentando me acalmar.
Notei que Ricardo finalmente havia começado a fotografar os convidados. Era o momento da primeira etapa da nossa missão.
“Vamos, João. Temos que cumprimentar e fazer algumas fotos com os convidados.”
“Por que?”, ele perguntou, rabugento e pouco prestativo.
“Anda logo”, falei entredentes, olhando para ele com impaciência. Ele bufou, mas se levantou e me acompanhou.
Caminhamos até Ricardo, e toquei suavemente em suas costas, chamando sua atenção e interrompendo as fotos que estava tirando de uma mesa com quatro rapazes.
“Oi, querido. Nós vamos começar a ir de mesa em mesa cumprimentando todos, gostaria que você me acompanhasse e tirasse fotos nossas com os convidados, se possível”
“Claro, claro! Podem seguir na frente, irei acompanhá-los”, respondeu ele, prontamente.
Como já estávamos ali, cumprimentei os rapazes da mesa com um grande sorriso.
“Boa noite, rapazes! Um prazer conhecer vocês, sou Laura, esposa de João! Me apresente para seu colegas, meu amor!”, falei, em tom simpatico.
João parecia querer morrer, mas disfarçou bem, com um sorriso amarelo para seus colegas.
“Olá pessoal, minha esposa já se apresentou, sejam bem vindos. Estes são Cleber, Vinicius, Augusto e Zé Maria”, falou, enquanto me apresentava os colegas um a um, apontando com a mão estendida. Cada um me cumprimentou com um aceno de cabeça, à medida que seus nomes eram ditos.
Notei que eles me olharam dos pés à cabeça quando me apresentei, e já imaginei que devia ser graças aos boatos que circulavam sobre mim. Se era desprezo ou interesse, eu descobriria depois. Ignorei os olhares, e falei:
“João, tire uma foto com eles!”
João me olhou, descrente, mas Ricardo incentivou e o colocou no meio dos amigos, dois de cada lado, e posaram juntos para as fotos. Todos sorriram e Ricardo fez alguns cliques. Foi então que os mais próximos a João fizeram chifres com os braços em suas costas, sem que ele percebesse. Em qualquer outro contexto, aquilo seria uma brincadeira inocente entre amigos. No contexto daquela festa em específico, era uma humilhação. Fiquei com pena, mas não consegui segurar um sorriso com a situação. Infelizmente, para João, eu me divertia e me excitava com aquilo.
“Fique ao lado do seu marido Laura, precisamos de algumas fotos com você também”, falou Ricardo, me conduzindo para ficar ao lado de João, entre os rapazes. Uma pequena tensão se instaurou no ar, João me olhando pelo canto do olho, desanimado, mantendo o sorriso amarelo. Cleber, que estava logo ao meu lado, passou a mão ao redor da minha cintura, tocando em mim com mais intensidade do que se esperaria para uma foto. Não me importei. Era melhor para o meu plano, aquele desejo, do que o desprezo. Sorri, e provocando, toquei uma das mãos no rosto de João, e a outra no queixo de Cleber, o dedo quase tocando seus lábios, posando para a foto. Ele ficou sem reação, por alguns segundos.
“Está linda!” - exclamou Ricardo, tirando várias fotos. João percebeu minha pose, ficando desconcertado, mas não falou nada.
Os colegas novamente fizeram chifres atrás de João, agora esticando bem os braços e abrindo as mãos, como chifres de alces, sem disfarçar em nada, e dessa vez ele percebeu. Olhou nervoso para eles, pronto para discutir, mas falei em meio ao meu sorriso, para apenas ele ouvir.
“É só uma brincadeira. Se concentre na foto.”
Meu tom era firme, dando a entender que ele iria atrapalhar se fizesse uma cena. Ele me olhou, ainda chateado, mas posou para foto, agora sem sorriso. Ricardo tirou mais algumas fotos, e então eu mesma fiz um chifrinho com os dedos, posando para as fotos. Senti a respiração do meu marido ficar mais intensa, segurando a raiva.Vários convidados estavam observando nossas fotos com a mesa, rindo.
Após mais algumas fotos, falei para João:
“Agora deixe eu tirar uma foto sozinha com eles, querido”
Ele me olhou novamente, sem entender até onde eu queria ir, e eu só balancei a cabeça discretamente, falando para ele andar logo e confiar em mim, com meus olhos. Ele claramente não confiava, mas obedeceu, e saiu com passos pesados para longe do foco da câmera, esperando de braços cruzados e calado, ao lado da mesa.
Aproximei Cleber e Augusto de mim, segurando em suas cinturas, agora com toques exagerados da minha parte. E falei para Zé Maria e Vinicius:
“Queridos, vocês podem ficar atrás de mim, sou pequenininha, acho que a foto vai ficar melhor com todos próximos.”
Todos eles se olharam, um sorriso contido nos lábios, achando graça da situação. Os outros dois se aproximaram por trás de mim, e colaram seus corpos no meu. Senti seus braços resvalando na minha bunda, enquanto posavam.
Ricardo tirou fotos, elogiando sempre minhas poses. Tirei várias fotos, colocando as mãos no rosto deles alternadamente e também no peito ou segurando as gravatas. Em algum momento, um dos homens atrás de mim pareceu querer testar os limites, e colocou a palma da mão na minha bunda, sem apertar, apenas me tocando suavemente. Continuei fingindo que não havia percebido, e tiramos mais fotos. Sorri, delicada como sempre.
Vendo minha falta de reação, ele apertou suavemente, separando minhas nádegas enquanto seus dedos afundavam na minha carne. Continuei plena, posando para as fotos. Percebi ele olhando para os amigos, batendo cotovelos e mexendo a cabeça para indicar que olhassem o que ele estava fazendo. Todos se entreolharam e depois olharam para mim. Retribui os olhares com um sorriso sugestivo, que serviu como pose para fotos. Então todos se aproximaram mais, e colocaram as mãos na minha bunda, cintura, e barriga. Logo, as fotos ficaram com as poses mais estranhas possíveis, com quatro homens me abraçando e me apalpando no limite do ridículo.
Esse limite foi totalmente rompido, quando um deles levantou a mão da minha barriga, e encaixou ela totalmente em meu seio. Ricardo fotografou, sem falar nada. João olhava balançando a cabeça, incrédulo. Então todos se alternaram, me apalpando de forma abusada, enquanto eu me mantinha impassível. Fiz questão de deixar todos nas outras mesas verem o que estava acontecendo, enquanto continuava posando.
“Acho que chega” - disse João, as narinas se abrindo de ódio.
“Sim, acho que passamos muito tempo aqui já. Obrigada rapazes”, falei descompromissadamente. “Vamos para as outras mesas.”
Caminhei para longe deles, deixando quatro olhares sedentos e querendo mais. João se aproximou rapidamente, e falou em meu ouvido, o rosto quase uma máscara tentando conter a raiva.
“Então é isso? Você vai me humilhar mais, essa é sua solução para eu deixar de ser humilhado?”
Olhei para ele, muito séria.
“Confie em mim. Depois de hoje, eles nunca mais irão falar nada de você, e seu emprego estará garantido para sempre. Aproveita a festa, faz o que te peço. Isso não precisa ser doloroso. Tente agir como agimos na cama, quando falamos sobre eu estar com outros. Vai dar tudo certo, te prometo.”
Ele parou de andar, me olhando, ainda parecendo com raiva, mas com um ar de dúvida em seu olhar. Continuei andando em direção à próxima mesa, decidida.
“Vem João, precisamos tirar fotos com todos!” - chamei, sorrindo.
Ele me acompanhou, o cenho franzido, mas sem discutir. As fotos nas demais mesas seguiram o mesmo ritual, porém de forma cada vez menos tímida e mais acelerada. Vendo como eu estava fazendo as fotos nas mesas anteriores, sempre que chegava em um novo grupo de colegas, eles já se sentiam mais no direito de me tocar e testar seus limites.
Alguns se recusaram a tirar fotos ou faziam perguntas, inicialmente, com medo do que faríamos com aquelas fotos. Contudo, com um pouco de charme meu, insistindo de forma individual e me aproximando dos fujões, eles logo se derretiam. Sobre as fotos, dizíamos que iríamos fazer um presente para todos, e que os rostos seriam censurados, para não se preocuparem. Mesmo não sendo garantia de nada, o tesão logo faziam eles esquecerem qualquer preocupação. Era a fraqueza de um grupo composto apenas por homens.
Nas últimas mesas, os convidados, bem mais assanhados e já sabendo que eu não me importava, já começavam a todo vapor. Eu chegava e Ricardo já tirava fotos com eles pegando meus seios, minha bunda, minha virilha, levantando meu vestido e mostrando minha calcinha, mesmo com João ainda do meu lado. Ele fingia não estar vendo, com um sorriso forçado. Eu fiquei relaxada, provocando aqueles impulsos animalescos e irracionais de um bando de idiotas. Eles continuavam fazendo chifres diversas vezes em João, durante as fotos, e eu mesma aproveitava e também fazia, soando cada vez mais provocante. Queria que eles ficassem cada vez mais desinibidos e entregues aquela vontade de humilhar meu marido, e com desejo incontrolável de me usar.
Deixei a última mesa estrategicamente ser a do chefe de João, Dr. Takehiko. Ele era um neurocirurgião renomado, e administrava todo o hospital. Devia ter por volta de 45 anos, era japonês, com cabelos curtos, lisos e grisalhos, e usava um óculos quadrado e um terno azul marinho de grife. Ele estava na mesa com dois outros homens, mais velhos.
"Boa noite, sejam bem vindos! Sou Laura, esposa do João", me apresentei.
"Estes são Maeda e Boris, sócios do hospital, e Dr. Takehiko, o presidente geral", apresentou João, indicando cada um deles.
"É um prazer finalmente te conhecer, Laura", respondeu o presidente. "Ouvi muito sobre você."
"Aposto que sim", respondi de forma irônica, e todos se entreolharam, pois não esperavam minha resposta ácida. "Vamos fazer algumas fotos?"
Os outros dois se levantaram prontamente, mas Takehiko continuou sentado.
"Podem tirar as fotos, mas prefiro me abster. Não sou muito fotogênico, e estou com uma dor nas costas me incomodando já faz algum tempo."
Olhei para ele, desconfiada. O velhote estava fugindo das fotos, seja la qual fosse o motivo, e parecia estar desconfiado.
"Tudo bem", falei com um sorriso. Ricardo posicionou João e os outros dois ao meu redor, e comecou a tirar fotos. Meus olhos continuaram no chefe de João, e percebi que apesar de não ter se levantado, ele me olhava como um pedaço de carne, me decorando em sua imaginação.
Os outros dois homens não demoraram para começar a alisar meu corpo, porém um dos velhotes parecia ser ainda mais sem noção e safado. Logo estava colocando as mãos por dentro do meu vestido, alisando meus mamilos diretamente, com seus dedos grossos, beijando minhas costas, enquanto Ricardo fotografava tudo. João, vendo a cena, se afastou, enquanto era alvo de piadas de vários colegas, que davam gritinhos sugestivos. Eu me mantive fingindo não ligar, os olhos fixos em Takehiko, que parecia ainda mais voraz assistindo aquilo tudo.
Boris olhava Maeda, constrangido, e voltou para mesa ao lado de Takehiko, me deixando sozinha com o outro japonês, enquanto tirava fotos dele beijando meus braços e descendo a mão por baixo do meu vestido até minha calcinha. Eu separei um pouco minhas pernas e inclinei meu tronco para ele, fazendo uma pose bem safada para ajudá-lo. Ele puxou meu vestido para o lado, abrindo a fenda até expor entre as minhas pernas, e colocou a mão dentro da minha calcinha descoberta, começando a me dedar na frenre de todos. Enquanto isso, com sua boca, beijou meus seios e puxou meu vestido para baixo com os dentes, para então começar a chupar meu mamilo vorazmente. Ricardo continuou fotografando tudo, sem parar, se aproximando e fazendo varios closes do rosto de Maeda, chupando meu seio, e das mãos dele na minha bucetinha lisa.
Deixei rolar por alguns minutos, e olhando ao redor, percebi já vários caras meio duros, se tocando por cima da calça, rindo e comentando. Os gritos e vaias zoando João e a mim continuavam. Olhei para Takehiko, e ele ainda estava concentrado em mim. Foi então que afastei Maeda bruscamente, dando um sinal de mão para Ricardo.
"Está bom por aqui. Vamos fazer algumas fotos com o Dr. Takehiko, não podemos deixar de registrar a presença dele, é nosso convidado mais especial", falei, sorrindo para ele.
O presidente sorriu sem-graça, balançando as mãos negativamente, mas não dei tempo para que inventasse uma desculpa. Me posicionei atrás dele, as mãos em seus ombros, e comecei uma massagem, com o rosto do lado do dele, para fotos.
"Vamos cuidar dessas costas, você precisa estar bem inteiro para curtir direitinho a festa", sussurrei perto da orelha dele, antes de lambê-la descaradamente, cena que Ricardo não deixou de registrar, em todos os ângulos possíveis. Ele ficou vermelho como um pimentão, mas relaxou os ombros, e eu soube que tinha se entregado. Subi então em seu colo, abraçando-o, e tiramos mais fotos. Puxei sua mão para minha coxa, puxando-a até a fenda do vestido, colocando-a na minha bunda por dentro do tecido. Ele apertou com força, me tirando um gemido. Sorri, divertida. Ricardo não parava de nos fotografar. E confesso, que apesar de estar fazendo tudo aquilo com um objetivo em mente, estava adorando toda aquela atenção.
"Podemos nos sentar com você essa noite?", perguntei para ele.
"C-claro", ele respondeu prontamente, dispensando rapidamente seus dois amigos com um gesto de mão. Maeda e Boris acenaram positivamente com sorrisos em seus rostos, se levantaram e foram se sentar com outros colegas de João. Nossa mesa agora era um palco, todos olhares voltados para nós.
"Vem, João, senta aqui do meu lado", falei, me mantendo no colo de Takehiko, abraçada a ele.
João se sentou, a contragosto. Puxei ele para mim e dei um beijo longo e demorado em sua boca, sem sair do colo do seu chefe, para animá-lo. Seu semblante se suavizou, e ele olhou pra mim me censurando, como se eu estivesse roubando em um jogo divertido.
"E então meu amor, me conta como é trabalhar para o Dr. Takehiko", falei, incentivando um início de conversa sobre o trabalho. João estreitou os olhos, sem saber bem o que dizer.
"Bem… acho que me sinto bastante valorizado, como membro da equipe", ele diase, com um tom de ironia nada contido.
Olhei para Dr. Takehiko, e aparentemente ele percebeu onde du gostaria de chegar.
"Veja bem, João é um médico com currículo exemplar. Mas sinto que ultimamente talvez tenha havido alguns mal entendidos no hospital que podem ter afetado a relação entre os colegas, estou certo?", ele perguntou, baseante político, enquanto acariciava meus seios em seu colo, descompromissadamente.
"Você sabe muito bem o que está acontecendo comigo e o restante da equipe", respondeu João, um tanto ríspido.
Dr. Takehiko, apesar de estar tentando ser cordial, não parecia estar se importando muito com João e estava mais focado em mim e no meu corpo.
"Sei sim, João. Confesso que os boatos geraram um clima ruim na empresa, e existia uma pressão bem grande para que você saísse, e eu não sabia bem como te dizer isso", confessou o japonês, sem tirar os olhos dos meus seios, enquanto puxava meu vestido para baixo, expondo eles. "Mas… graças a essa maravilha de esposa, creio que a opinião de todos vai mudar, depois de hoje", terminou, logo antes de cair de boca nos meus peitos, chupando com força, me fazendo deixar escapar um gemido. João me olhou, e reparei que ele não gostou de como aquilo estava progredindo. Parecia novamente mal humorado.
"Garanto que vocês vão querer beijar os pés do João essa noite… uh…", falei, enquanto começava a me excitar por ter meus seios lambidos e chupados por aquele senhor.
"Que maravilha de ideia…", murmurou João, irônico.
Um garçom se aproximou da mesa, e aproximou o rosto do meu ouvido, enquanto Takehiko passava os dedos na minha buceta sobre a calcinha.
"O buffet já está pronto para ser servido, e Alessandra quer saber quando a equipe da apresentação pode entrar", ele perguntou em um sussurro, o rosto vermelho enquanto me ouvia gemer de volta no ouvido dele, nossos rostos bem próximos.
Não resisti e roubei um beijo doce daquela boca jovem, antes de responder.
"Já pode servir o jantar. E fale para Alessandra que o show pode começar."
"Tu-tudo bem, dona Laura. C-com licença", ele gaguejou, nervoso, antes de sair. João tinha o rosto vermelho, mas agora parecia ser se tesão, e parecia aos poucos desistir de ficar irritado comigo.
Alguns minutos se passaram, e de repente a música parou, as luzes se apagaram, e as atenções, que estavam todas focadas em mim, se voltaram para o palco agora iluminado. Uma música animada começou, e uma voz grossa e profunda anunciou pelas caixas de som, de forma ritmada:
"E VEM AÍ, O TERROR DAS CASADAS, O HORROR DAS SOLTEIRAS, O MAGO DA SOLIDÃO… RAFINHA CASTRO!"
O som de pratos de bateria reverberou por todo o ambiente enquanto um homem veio correndo da direção do galpão. Ele vestia uma roupa básica, e tinha a típica aparência de um comediante de stand up, mas era muito bonito de rosto, com um maxilar bem marcado, barba fechada, olhos verdes e cabelos loiros.
"Boaa noite, camaradaas! E Senhora, claro…", completou, fazendo uma reverência para mim, que naquele momento estava sendo masturbada por Takehiko na frente de todos. Sorri, excitada pelos holofotes em mim, totalmente exposta. Todos bateram palmas, inclusive João, apesar do olhar entediado que ele aparentava.
Rafinha caminhou pelo palco em circulos, olhandl toda a plateia de homens, com uma expressão crítica.
"Olá, senhores! Estou feliz em estar aqui hoje, porque afinal de contas, quem precisa de esposas quando se tem amigos e cerveja gelada, não é mesmo?"
Todos riram. Revirei os olhos. Mas se eles gostavam, então as coisas estavam dando certo.
"Sabe, entrei aqui e achei estranho que essa festa só tenha homens… Me peguei pensando: será que vocês não querem que suas esposas descubram o que vocês vieram fazer aqui? Ou será que elas já sabem, e estão felizes por terem um tempo para elas, igual a dona Laura, alí?? Haha"
Os homens riram timidamente, me olhando. Levantei os dedos fazendo chifres, provocando eles como faziam com João, rindo. Alguns riram de volta.
"Afinal, uma centena de homens aqui, e nenhum celular tocando para saber onde estão? De duas uma, ou vocês combinaram se inventar a maior reunião emergencial do mundo como desculpa, e vai sair notícia amanhã em todos jornais do mundo: 'médicos de todo o país precisam fazer plantão na noite de domingo, suspeita-se que exista uma nova pandemia…'", a plateia ria em alto e bom som. "... ou tivemos o maior arrastão da história nessa festa e ninguém aqui está com celular."
Takehiro também começou a rir, parando por alguns momentos de me tocar. Aproveitei para me inclinar para João e rouber um beijo quente dele. Ele se assustou, e me olhou surpreso.
"Te amo muito." - sussurrei.
Ele me olhou no colo do chefe, por alguns segundos, antes de responder. "Também te amo. Acha mesmo que isso vai dar certo? Não acho que vão voltar a me respeitar no trabalho só porque deixou derem uns amassos com você… talvez até piore", sussurrou.
"Confie em mim", respondi com uma piscada, e voltei para Dr. Takehiko, puxei o rosto dele, e dei beijo longo e demorado, esfregando minha lingua de forma safada na língua dele. Quando terminei, João me olhava, respirando com dificuldade, mas eu sabia que era apenas tesão contido. Meu corninho estava cada vez mais curtindo aquele tipo de coisa. Eu senti minha buceta enxarcada. Também amava isso.
"Esposas, esposas… a minha não me deixa ir na esquina sem me rastrear pelo telefone. Pode ter certeza que as de vocês já sabem o que vocês estão fazendo aqui, se brincar, tem uma infiltrada de bigodes e óculos aqui", todos riram, e ele apontou de repente para um dos garçons. "AHAA! Te achei! Não? Bem, não foi dessa vez. Fiquem atentos, fiquem atentos… mas elas sabem, sabem que vocês estão aqui, bebendo e se divertindo, enquanto elas ficam em casa cuidando dos filhos. Mas é aquilo que eu sempre digo, que o casamento é uma troca justa: elas cuidam dos filhos, vocês cuidam das esposas dos outros."
Os homens caíram na gargalhada, batendo palmas, se abraçando, boa parte já alcoolizados.
"... a minha esposa é tão ciumenta que, quando eu disse que ia sair com meus amigos, ela perguntou se tinha alguma mulher no grupo. Eu disse que sim, que tinha a esposa do Zé, a esposa do João, a esposa do Pedro… até agora não sei porque ela me xingou e nem deixou eu sair! Mulher ciumenta da porra…"
Takehiko ria descontroladamente, ao ponto em que me desceu do colo, dizendo que a perna estava dormente, e continuou assistindo ao espetáculo. Confesso que me decepcionei um pouco, mas era bom ter um descanso. Me deitei no ombro de João, e ele me abraçou.
"Sabe qual é a diferença entre um homem solteiro e um homem casado? O homem solteiro vê uma mulher bonita na rua e diz 'uau, que gostosa!' O homem casado vê a mesma mulher bonita e diz 'meu Deus, a minha esposa vai me matar se eu olhar para essa mulher!' Haha!"
Ele continuava, piada após piada, e os homens se curvavam de tanto rir.
"...mulheres sao lindas mesmo. É por isso que eu não entendo por que as mulheres precisam de tanto tempo para se arrumar. Elas já são lindas, poderiam colocar uma sacola na cabeça que continuariam lindas."
As piadas misóginas dominavam a noite, e demonstravam apenas como aquele público era débil. Eu me perguntava como tinha escolhido tão bem o comediante mais escroto possível, que poderia fazer aqueles idiotas rirem do início ao fim da noite.
"Mas melhor que uma mulher linda, é uma mulher inteligente. Eu gosto de mulheres inteligentes, porque além de serem bonitas, você pode discutir coisas interessantes com elas. E ainda declaram seu imposto de renda, cuidam das finanças, ensinam os filhos… Acho que a única coisa mais excitante do que uma mulher inteligente é uma mulher inteligente que não usa calcinha."
As gargalhadas explodiram por todas as mesas. Eu me orgulhava ao ver que João sequer prestava atenção, e tinha olhos apenas para mim. Beijei ele demoradamente, e nos fechamos em nosso próprio mundo, separado daquela realidade fútil.
"Mas no final das contas, são elas que nos aturam. Sabe por que Deus fez a mulher? Porque ele achou que o homem precisava de uma companheira para ouvir suas piadas sem graça e fingir que está rindo."
Dessa vez, fui eu quem interrompi o beijo com João, e soltei umas risadas. Todos me olharam, e Rafinha também riu no palco.
"Eu sabia que ia gostar dessa. Laura, posso te fazer uma pergunta?"
Me senti corando, quando a atenção de todos se voltou para mim novamente. Me encolhi nos braços de João. Senti um leve formigar entre as pernas.
"Pode sim", respondi, tentando controlar minha voz trêmula.
"Você gosta de brinquedos, vibradores…?"
Corei mais.
"Ahh… sim, gosto sim."
"E que tipo, você mais curte?"
Não sabia bem o que responder, estava travada pelo nervosismo.
"Ah… não sei, nenhum em específico."
"Hummm, Laurinha gosta de todos os tipos. Ela é mesmo voraz. Metade do salário do João é só pra pagar a auxílio brinquedos para a boceta dela."
Os homens riram sem parar. Eu ri um pouco também, um pouco constrangida. João apertou o abraço.
"Quer que eu peça para parar?" - me perguntou.
Neguei com a cabeça, e fiz sinal de que estava tudo bem, pegando as mãos dele com as minhas.
"...falando sobre brinquedos, eu estava conversando com uma amiga minha esses dias e ela me disse que tem um vibrador que é tão potente que ela consegue lavar roupa com ele. Engraçado, que quando coloquei na minha esposa, ela não conseguiu nem levantar da cama. Deve faltar pró-atividade!"
Takehiko delirou ao meu lado, chegando a derrubar o copo. Ele também estava muito alcoolizado.
"Eu não sei como é com vocês no hospital, mas no restaurante onde faço meus shows e trabalho tem uma regra não escrita de que a gente não pega a mulher um do outro. No trabalho de vocês também tem isso?"
Vários responderam "sim" em uníssono.
"Pois bem, eu acho que deveriam escrever em algum lugar, porque pelo que eu vi com a Laura mais cedo, nem o chefe está respeitando essa regra, haha!"
Todos caíram na gargalhada. Takehiko caiu sobre mim, bêbado e rindo. Eu dei um sorriso sem graça, e João esboçou um sorriso amarelo, apenas porque os holofotes estavam focados em nós. A partir daquele momento, Rafinha concentrou as piadas em nós dois.
"João, você pretende ter filhos?", ele perguntou.
João olhou para os lados, constrangido, pensando no que responder.
"É… acho que sim."
"Maravilhoso. Então escolheu o tipo certo de relacionamento. Assim tem chance de nascer um filho que não parece um pau de peruca, igual você, né?"
Os colegas de João deliravam, gritando de tanto rir. Eu mesmo soltei uma gargalhada, dd tão inesperada que fora aquela piada. O próprio João deu risada, apesar de visivelmente envergonhado e vermelho como um tomate.
"Desculpa, desculpa, sem ressentimentos", brincou Rafinha. "Vocês ficam rindo, mas não sabem que João está muito à frente de vocês. Sabe qual a vantagem de ter uma esposa liberal? É que, ao contrário de vocês hoje, quando o João chega em casa tarde, ele pode levar os amigos para continuar a festa em casa. E mais, e mais! Se ele chega sozinho, de forma suspeita, a Laura diz: 'Tudo bem amor, só não esquece de trazer a amante na próxima vez pra mim também."
Todos riram, inclusive João. Parecia que apesar de tudo, ele tinha algumas piadas boas.
"Uma vez eu quase experimentei uma relação liberal, também. Era um namoro legal, e tal. Até que um dia ela sugeriu que fizéssemos uma troca de casais. Eu fiquei super animado e tal, pensando que finalmente ia rolar aquela chupeta dupla. Até descobrir que o outro casal era composto por ela e o meu melhor amigo".
Rimos todos, sem parar. João também lacrimejava.
"Apesar disso, devemos tratar bem nossas mulheres, sempre com muito respeito. Laura mesmo, queria ser tratada como rainha. O que o João fez? Arranjou um coroa para ela aqui na festa", disse, apontando para o Dr. Takehiko. Eu me dobrei de tanto rir, João também. Foi a vez de Takehiko dar um sorriso amarelo, envergonhado. "Pelo menos não podem dizer que o senhor é velho demais para isso."
Continuei rindo, mas já estava preocupada, tamanho o barulho das risadas. Já era quase 1h da manhã, logo a polícia podia aparecer na porta. Chamei um garçom e pedi para ele repassar para Alessandra que adiantassem o fim do show de stand up.
"Pois é, Laura é uma rainha. Já tem tatuada a rainha de espadas, Laura?"
Ri e balancei o dedo negativamente, enquanto todos riram.
"Não? Mas é questão de tempo. Cade os tatuadores na plateia, precisamos colocar uma tatuagem na bunda dessa mulher. Ela é uma rainha… uma rainha…", ele deu uma pequena pausa. "Mas apesar de rainha, Laura é totalmente independente. Saibam né? Ela uma vez discutiu com João e disse: 'eu sou uma mulher independente e não preciso de nenhum homem para me satisfazer, seu babaca!'. João olhou bem fundo nos olhos dela e respondeu: "eu também sou independente, Laura. Eu mesmo me satisfaço, o tempo todo. Você é que precisa de trinta machos todo mês". João é um guerreiro. Bate no peito. 'a-u-to-su-fi-ci-en-tê!'. Isso ai João, to contigo!
João e eu rimos juntos, abraçados. Logo um garçom subiu no palco enquanto Rafinha tomava um copo d'água, e disse algo em seu ouvido. Ele confirmou, pegou o microfone e deu continuidade.
"Mas falando sério agora, vocês dois são um casal inspirador. Não é todo mundo que consegue manter um relacionamento saudável e feliz mesmo com todas essas infidelidades, traições e cornos no meio do caminho. Vocês são um exemplo para todos nós", concluiu o comediante, fazendo uma reverência para o casal. A plateia aplaudiu e ovacionou, com gritaria generalizada.
"Contudo, o show não pode parar!", continuou Rafinha, erguendo os braços. "Agora, preparem-se para o espetáculo principal! É hora de trazer as garotas mais gostosas que vocês já viram! Fora a Laura, é claro", emendou em uma piada improvisada. Do galpão, surgem dezenas de mulheres nuas, caminhando sensualmente em direção aos convidados, com uma trilha sonora sensual de fundo. "Elas estão prontas para fazer qualquer coisa que vocês desejem, sem julgamentos ou tabus. Afinal, sexo é livre e sem censura aqui! Então escolham suas garotas e vamos começar a festa! Toca o som, DJ!"
Uma música eletrônica de fundo mais baixa começa a tocar, enquanto todas aquelas mulheres começam a caminhar pelo jardim, cada uma indo na direção de um convidado. Eu me senti poderosa. Nenhuma delas foi até João, pois ele era todo meu. Os homens gritavam e deliravam enquanto Ricardo tirava diversas fotos.
Foi então que eu dei um beijo rápido de despedida, puxei o Dr. Takehiko em minha direção, e o beijei de forma ardente.
"Posso ser sua acompanhante hoje?"
Ele fedia a álcool. João me olhava, já esperando algo do tipo de mim, mas ainda assim estupefato por tudo aquilo acontecendo em meio a todos. Takehiko me olhou com olhos marejados e aceitou, meio embriagado.
Levei ele para o centro do jardim, no palco, sentei ele nos degraus que davam para o tablado. Ele levantou meu vestido, pegando na minha bunda, e me beijou apaixonadamente. Depois disso, eu ajoelhei para chupá-lo, na frente de todos. Os homens ao redor gritavam e apontavam para João, que estava sentado sozinho, assistindo a tudo. Saber que João estava me observando apenas aumentava minha excitação.
Continuei chupando o chefe do meu marido, que tinha um pau não muito grande. Enquanto isso, as modeloa e os outros convidados aos poucos se juntavam a nós, se sentando e se deitando no gramado ao nosso redor, em uma verdadeira orgia. Todos se tocavam, chupavam, e não demorou até que começassem a transar livremente. Me levantei e me despi completamente, ficando apenas com meus salto-altos, descendo novamente para chupar Takehiko, abaixada com minha buceta pingando no gramado, doida por um pau.
Ricardo dançava em meio aquela devassidão, tirando as fotos que eram suas especialidades, em ângulos que outros fotógrafos jamais pensariam. Ele também gravou alguns vídeos, quando via que a cena estava bem quente e valia a pena.
Logo senti mãos e corpos desconhecidos me tocando, enquanto continuava mamando o pau do presidente. Várias pessoas transavam ao meu redor, mas sentia todos os olhos em mim. Me senti em êxtase, sendo desejada e tocada por tantas pessoas. De canto de olho, podia ver João me observando, parecendo em choque. Devia me achar uma libertina.
Os homens continuavam se aproximando, parecendo deixar suas parceiras para trás, tocando e apalpando meus seios e bumbum. Estranhei a demora de Takehiko para gozar, quando me levantei, percebi que o bêbado tinha desmaiado, devido ao álcool. Bufei, sem paciência, largando-o de lado. Me virei, e vi o grupo de pessoas ao meu redor cada vez maior.
"As modelos que estiverem sem parceiro, podem vir aqui para perto do palco, porque sinto que a Laura vai começar uma festinha interessante por aqui", falou Rafinha, fazendo as vezes de um comentarista da orgia.
Enquanto todo meu corpo era estimulado por tantas mãos, me senti cada vez mais excitada. Mulheres lambiam meus mamilos, e homens dedilhavam minha buceta, me fazendo sentir choques de prazer, cada toque me levando a um novo patamar de excitação.
Olhei para João, e ele estava sentado, um tanto apático, mas o pau duro dentro da calça não permitia que escondesse seu tesão de mim. Sorri safada para ele, mergulhando novamente naquele mar de corpos.
Os convidados continuaram a se tocar e estimular, cada um encontrando seu próprio prazer naquele mundo onde tudo era permitido. Mulheres se tocavam, enquanto homens assistiam se masturbando, e casais fodiam lentamente, cada um beijando parceiros diferentes. Eu também me entreguei completamente ao prazer, gemendo e suspirando enquanto era tocada por tantas mãos e línguas, me sentindo em um verdadeiro sonho erótico. João me assistia de longe, incapaz de desviar o olhar.
Mergulhada naquela orgia, comecei a ficar com todos, sem restrições. O cheiro de sexo e suor estava por toda parte, e eu me deliciava com cada sensação.
Um cara forte e musculoso se aproximou de mim, e eu puxei-o para mim, beijando-o com paixão. Sua língua encontrou a minha, e nós nos beijamos enquanto ele me apertava em seus braços.
Enquanto isso, outro homem se aproximou e começou a acariciar meus seios. Ele os apertava com força, fazendo-me gemer de prazer. Eu sentia suas mãos quentes passeando pelo meu corpo, me tocando de forma tão íntima que eu não conseguia resistir. Ele me puxou para ele, e eu pude sentir sua ereção dura e quente roçando em mim.
Um terceiro homem se aproximou por trás, beijando minha nuca e apertando minha bunda com força. Eu gemi em resposta, sentindo um calor intenso se espalhando pelo meu corpo. Os três homens continuaram me tocando e me beijando, enquanto eu me sentia cada vez mais excitada e entregue ao prazer.
Eu me permiti explorar todas as sensações e me deixei levar pelo momento, sentindo o prazer em cada parte do meu corpo. Eu sabia que estava sendo fotografada, mas isso não me importava. Naquele momento, eu só queria sentir o toque e a paixão dos homens que estavam comigo. Eu gemia e gritava, sem parar.
"Mais, mais, maaaaAaAAaaais…", gritava, sendo atendida por todos.
Deixando meus instintos me guiarem, me levantei e me movi lentamente pela multidão de homens que se aproximavam de mim, seduzindo-os com meus olhos fixos em cada um deles. Os beijo apaixonadamente à medida que vários rostos se aproximam e deixo minhas mãos se moverem livremente pelo corpo deles. Me sinto excitada pela atmosfera e pelos desejos proibidos que me rodeiam. Cada toque, cada gemido e cada beijo me fazem desejar tudo aquilo ainda mais.
Os homens começaram a se despir e eu os ajudei, arrancando suas roupas com urgência. Senti a respiração pesada dos homens em meu ouvido, enquanto eles me beijavam e a acariciavam. Um calor cresce em meu corpo e sinto a umidade em buceta, pronta para receber cada um deles.
Sem hesitação, peguei um deles e o conduzi até um sofá próximo, deixando-o penetrar em mim com força. Gemi profundamente, sentindo a intensidade do momento e o prazer se espalhando por todo o meu corpo. Outros homens se aproximam, me desejando, e eu os acolhi com carinho, deixando-os penetrar em mim assim que puderam. Me senti completamente submissa, mas ao mesmo tempo poderosa, controlando meus desejos e entregando-me completamente a eles.
Logo um pau incrível me penetrou. Não podia ver quem era, tamanha a quantidade de pessoas ao meu redor. Via um emaranhado de braços e pernas, enquanto sentia um pau grosso deslizando para dentro e para fora de mim. Era deliciosa, a exposição, a adrenalina, a loucura.
Continuei sendo beijada por diversas bocas e amassada por diversos corpos. Dedos diversos me estimulavam, alisavam e espremiam, me causando estímulos dos mais variados e deliciosos. Diversas picas passaram por mim, se esfregando nos mais variados lugares, entrando na minha boca, as vezes até mais do que uma. Chupei tudo que tocou mes labios: labios de bocas e de bucetas, paus deliciosos, dedos, peitos grandes e pequenos, sacos lisos e peludos. Cada nova sensação me fazia ficar mais excitada.
Senti o primeiro terminar dentro de mim, a porra quente excorrendo rapidamente para fora quando deslizou para fora. Contudo, ele mal saiu, e senti outro pênis, mais e mais fino, entrar com tudo até a base do meu útero. Esse era impaciente, e metia com força, sem parar. Era maravilhoso perceber a diferença.
E assim a noite prosseguiu, um pau após o outro entrando e terminando dentro de mim. Deixei quem quisesse se aproximar e me usar, sem distinção de qualquer tipo, realizando todos meus desejos mais profundos, sem qualquer julgamento. Me entreguei completamente as sensações, logo me levantando e eu mesmo sentando naquelas picas maravilhosas. Eu não via mais homens ali, apenas paus, dos mais variados, que entravam em todos meus buracos alternadamente.
De tempos em tempos eu olhava João. Agora ele estava nu, sentado na cadeira, se masturbando enquanto me observava foder. Eu já tinha perdido a conta de quantos paus tinham me fodido.
Os homens se aproximavam e agora eu estava deitada de costas, com as pernas abertas e a respiração acelerada. Um deles começa a me beijar intensamente, enquanto outro se posiciona entre minhas pernas, penetrando-me profundamente, enquanto eu grito de prazer. Eu me agarro a ele com as pernas, apertando-o contra meu corpo, enquanto outros homens continuam a me tocar e estimular meu corpo.
Me sentia cada vez mais viva, enquanto mais homens se revezavam em me dar prazer, varios paus se enfiando tambem na minha boca, enquanto outros homens não paravam de tocar meu corpo e meus seios sensíveis, me fazendo soltar gritinhos inconscientemente. Agarrei o cabelo de um deles, quando outro começou a me penetrar com força, me empurrando contra o chão, me fazendo engasger com o pênis que estava na minha boca.
Me deixo levar pelo momento cada vez mais, e depois que o ultimo homem goza em mim, abro as pernas me oferecendo, a espera do próximo. Eu não queria ficar vazia, nem que fosse por um segundo. Outra pica entrou com força, tirando meu ar com uma estocada forte. Cada novo pau aumentava a minha excitação.
Os homens continuaram se revezando dentro de mim, nas mais diversas posições. Me erguiam, me colocavam de quatro, de cabeça para baixo, enquanto eu gemia e gritava de prazer. Mais de uma vez dois ou mais me comeram ao mesmo tempo, com dupla penetração vaginal ou anal, às vezes ambas. Eu também podia jurar que reconhecia alguns paus que entravam, provavelmente pela segunda ou terceira vez na noite, apesar de não reconhecer nenhum dos rostos que se aproximavam.
Meu corpo estava cada vez mais sensível, e eu já tinha perdido a conta de orgasmos seguidos que eu já tinha experimentado. Cada novo orgasmo fazia meu corpo ter mais espasmos e me arrancava mais gritos, me deixando mais descontrolada. Eu estava totalmente sem controle sobre meu prazer, submissa a essas sensações.
Ricardo continua a fotografar, capturando cada momento e cada rosto, sem perder um detalhe. Olhei para ele e sorri, sabendo que essas fotos serão um tesouro valioso tanto para ele, quanto para mim.
João, ainda sentado e observando, se masturba enquanto me assistia sendo possuída por um após o outro. Senti as mãos dos homens em meu corpo, a dor e o prazer se misturando em uma sensação indescritível. Já não sabia quantos homens me tocaram, quantos me penetraram ou quantos acabaram dentro de mim, me enchendo com suas sementes. Só sei que estou satisfeita e me sinto completa.
Duas mulheres se juntaram a mim. Sorri e as acolhi em meus braços, beijando-as com paixão enquanto continuava a ser penetrada pelos homens. As modelos acariciavam meus seios e minha buceta, lambendo com habilidade e dedicação.
Alternei entre beijar as modelos e receber penetração profunda daqueles machos. Meu corpo inteiro vibrando de prazer, cada toque e cada penetração me levando a novos patamares de êxtase. Os homens e as mulheres competiam por minha atenção, querendo ser os próximos a me dar prazer e me usar. Eu adorei cada segundo disso, sem me importar com as consequências ou com o que as pessoas pensariam de mim depois. Era um momento de total liberdade e prazer.
Eu me sentia a verdadeira deusa do sexo, meu corpo se contraindo no limite, tendo tanto prazer ao ponto de sofrer e sentir dor. Sentia meu corpo formigar, meus membros fracos e leves, e minha visão escurecendo e voltando rapidamente, como se a qualquer momento fosse desmaiar.
O tempo passava, e o numero de paus eretos ao meu redor parecia não diminuir. Vi Rafinha se aproximar, mais de uma vez, para participar, e me comer com vontade. Seu pau era bonito e rosado, e ele gozou uma vez dentro de mim, e outra em cima de mim, nos meus seios e rosto.
Ricardo também me fodeu, uma vez dando uma pausa nas filmagens, gozando fundo na minha buceta, outra vez comendo meu cuzinho por trás, me filmando enquanto eu chupava três outros homens ao mesmo tempo.
Garçons, funcionários e convidados, todos os homens continuaram se alternando em me usar, me tornando um verdadeiro depósito de porra. Eu estava coberta de fluidos, com uma poça de porra cada vez maior abaixo de mim, penetrando na grama lentamente. Minha buceta ardia sem parar, extremamente sensível.
Horas se passaram, com homens jovens e velhos entrando em mim, um após o outro. Eu já estava exausta de tanto prazer, quando cheguei ao meu clímax absoluto, com espasmos intensos que me fizeram desmaiar. Senti choques percorrendo todo meu corpo, perdi o controle dos meus olhos, que reviravam, enquanto sentia minha buceta esguixando para todoa os lados, me molhando inteira. E então, minha visão cada vez mais escura, e eu sentia os corpos se amontoando embaixo de mim, meu corpo ee movendo para cima e para baixo, enquanto varioa paus brigavam para entrar na minha buceta e tambem na minha boca. Mesmo sentindo que estava perdendo a consciência, os homens continuavam a se revezar em mim, sem parar, até que fiquei inconsciente.
Acordei sem noção de quanto tempo havia passado. Ainda estava cercada por homens, e ainda sentia meu corpo balançar. Olhei para baixo, e tinha um cara metendo em mim, sem parar. Olhei para cima. Rafinha me segurava em seu colo, tomando meu pulso.
"Está bem? Quer parar?", perguntou ele.
Eu sorri. "Não parem nunca, por favor, está uma delícia."
Uma nova onda de prazer me fez gritar descontroladamente, enquanto senti como se me mijasse de novo, esguixando com minha buceta, molhando o homem que me comia, que não parou. Meus olhos se encontraram com os de João, que me olhava preocupado, agora próximo de mim. Sorri e mandei um beijo.
"Não se preocupa… deixa rolar…"
Ele sorriu, ainda preocupado. Senti minha visao turva de novo, e com mais um arrepio de prazer, desmaiei de novo.
Pelas próximas horas, tive lapsos de consciência, sempre sentindo varios paus nos momentos que acordava, e desmaiando de prazer logo em seguida. Acredito que me foderam por horas seguidas, mesmo desmaiada.
Finalmente acordei sem sentir ninguem em mim. Abri os olhos com dificuldade. Ao meu lado, estavam apenas João, me olhando parecendo em transe, e Ricardo, que me forografava sem parar. Olhei para cima, e um estranho se masturbava, o pau em cima do meu rosto. Assim que olhei para aquela pica, ele gozou com tudo sobre meu rosto, derramando porra quente e espessa, que escorreu sobre meus olhos, nariz e lábios. Coloquei a lingua pra fora e lambi, sentindo aquele sabor meio amargo, meio salgado, e me sentindo entorpecida.
"Esse foi o último", disse João.
A medida que despertava mais, reparei que a luz do sol estava forte, entrando pelas laterais dos toldos.
"Quantas horas fiquei apagada?", perguntei, um pouco assustada.
"Confesso que não sei. Fácil, fácil, mais de 5 horas", falou João, também parecendo assustado e preocupado.
"Foram 9 horas", falou Ricardo, que agora também estava nu, ainda tirando fotos do meu rosto cheio de porra. "Você desmaiou cerca de 5h da manhã, já são 14h."
"Duas da terde?!", questionei, sem acreditar.
"Sim", respondeu João.
Sentia minha buceta pulsar, e ela estava com bastante sangue, além de porra. Meu corpo inteiro grudava e estava muito sujo, manchado de todo tipo de fluidos, eu devis ter porra em cada centimetro da minha pele, misturada com tudo mais que se grudara naquela superfície pegajosa. Parecia estar deitada sobre uma poça de vômito, mas passando a mão, percebi que era semen e algo que parecia mijo. As mechas do meu cabelo estavam todas grudadas e embaraçadas pela porra. Meu corpo inteiro doía, e mal conseguia me mover. Meus lábios estavam rachados, e minha boca tinha gosto e fedia a porra. Eu estava completamente fodida.
João me olhava, extasiado.
"Gosta do que vê?", perguntei, provocando-o.
Ele afirmou com a cabeça.
"Sim, você é incrível", ele respondeu.
Ficamos alguns segundos em silêncio, nos olhando.
"Como ficaram aqui tanto tempo?", perguntei.
"Também não sei", respondeu João. "Bem como Rafinha disse, depois das 6h da manhã as esposas que acordaram começaram a ligar, e rapidamente a festa se esvaziou. Mas cerca de 10 a 20 caras ainda ficaram, provavelmente solteiros. Eles se alternaram te usando até agora a pouco, e também foram saindo aos poucos. Esse que gozou agora no seu rosto foi o último."
Fiquei impressionada. Estava dolorida e assustada com a proporção que aquilo tomou, mas satisfeita. Olhei pera João, e então reparei que ele estava duro como pedra.
"Você ficou comigo?", perguntei.
Ele me olhou, parecendo envergonhado.
"Eu gozei algumas vezes assistindo, mas não tive coragem de te comer desacordada. Por mim eu teria feito todos pararem, mas estava uma loucura aqui, era impossível tirar eles de cima de você. Pareciam animais."
Sorri. Amava aquele homem.
"Vem, me fode."
"Você já passou do seu limite meu bem, não."
"Vem logo. Sente a porra de todos eles, sente meu cheiro de puta usada. Sei que meu corninho vai gozar rapidinho me sentindo tão usada assim."
João me olhou, sem dizer nada. Estendi os braços, e ele veio, se deitando sobre mim. Senti aquele pau duro como pedra entrando na minha buceta que fervia e pulsava, de tanto ser usada. Ardeu bastante quando a cabeça do pau passou pela entrada, mas no geral, ele escorregou para dentro sem dificuldades, pois eu estava totalmente arregaçada e cheia de fluidos.
Eu podia sentir o calor do corpo dele e a excitação que emanava de seu rosto avermelhado. João meteu duas vezes, enquanto eu olhava diretamente para seus olhos, o rosto ainda cheio de porra. Sem avisar, puxei sua nuca, e o beijei com vigor, esfregando meu rosto no dele, passando aquela porra nele. Ele gozou imediatamente, gemendo alto, enquanto eu chupava a lingua e os lábios dele, avidamente.
Ele continuou gemendo por longos segundos, sem se mover. Senti ele despejar jatos grossos de porra em mim, que fizeram minha buceta arder. Seu penjs deslizava suavemente sobre minha buceta cheia de outros, me fazendo ter medo de que talvez ela nuncz voltasse ao normal. Quando ele finalmente terminou, falei em seu ouvido.
"Quero que você lamba meu rosto inteiro, e depois meu corpo, me limpando todinha, meu corninho."
Ele me olhou incrédulo, por um segundos, mas não demorou a concordar. Ele começou pelo meu rosto, bebendo cada gota daquela porra fresca que ainda estava esfriando. Provoquei ele, dando lambidas em seu rosto, boca e língua enquanto fazia.
Depois, senti arrepios enquanto ele descia pelo meu corpo, lambendo cada pequena parte. Ele se demorou especialmente na minha buceta, bebendo o próprio semen, que devia estar misturado com outras centenas daquela noite. Ele não demorou muito, e gemeu, gozando sem sequer tocar no pau.
"Está ótimo querido, pode parar. Obrigada. Eu te amo muito."
Ele se levantou, vindo até meu rosto e me beijando demoradamente.
"Também te amo… você é uma maravilha. Minha puta…"
Agora menos excitada, eu finalmente senti o efeito rebote mais forte, que me revelou completamente exausta e extremamente dolorida. João e Ricardo me levaram para o quarto, onde prepararam uma banheira com água morna para eu relaxar. Quando entrei na água, pude sentir toda a sujeira do quintal e os fluidos estranhos se misturando, tornando a água turva. Enquanto a sujeira se desprendia de mim, senti um alívio imediato, com meu corpo flutuando na água quente.
João cuidou de mim com carinho, lavando cada parte do meu corpo delicadamente. Eu estava tão cansada que mal conseguia me mexer. Ricardo ficou observando e registrando tudo, ainda extasiado com a intensidade do evento e toda a loucura que havia acontecido.
Enquanto me banhava, João me narrou os acontecimentos das horas que desmaiei. Após horas naquela orgia sem fim, o sol já começava a iluminar a sala quando os telefones começaram a tocar. Os homens foram saindo aos poucos, se despedindo de mim com sorrisos safados e promessas de voltar. As modelos e equipe do show também partiram, mas antes disso, Rafinha veio até mim, dando um beijo de despedida e agradecendo a oportunidade de participar de algo tão incrível. Depois que todos foram embora, apenas João, Ricardo e Alessandra permaneceram na casa. Alessandra estava deitada em outro quarto, dormindo, e quando acordou e viu que ainda estavam me comendo, preferiu ir para casa tomar um banho, descansar, e voltar mais tarde para ajudar com a limpeza.
Quando finalmente terminei meu banho, João me ajudou a me secar e me levou para a cama. Ele disse que iria chamar um médico para verificar minha situação e fazer testes, para lidar com qualquer DST que eu pudesse ter contraído. Ele disse que tínhamos sido muito irresponsáveis, e que da próxima vez que eu tivesse alguma ideia daquelas, para avisá-lo antes, para ele preparar tudo com segurança.
Então ele me cobriu com um lençol limpo e pude ouvir ele sussurrar em meu ouvido o quanto me amava. Antes de sair do quarto, ele agradeceu Ricardo pelo seu trabalho e pelo registro fotográfico do nosso momento especial, e Ricardo prometeu me enviar as fotos depois.
Eu adormeci feliz, embora dolorida e completamente exausta, com a certeza de que tinha acabado de experimentar algo único e inesquecível. O restante do plano ficaria para depois que Ricardo me enviasse as fotos. Agora, só queria descansar. O futuro da nossa família estava salvo