Depoimentos: O patrão (01)

Um conto erótico de O Bem Amado
Categoria: Gay
Contém 2883 palavras
Data: 07/05/2023 20:29:02

Como todo adolescente, ao término do serviço militar obrigatório procurei dar rumo à minha vida ingressando em uma faculdade de engenharia e procurando um emprego para me sustentar e minimizar a carga financeira que pesava sobre os ombros de meus pais; e como todo sujeito naquela época consegui um emprego de officeboy em uma instituição bancária de pequeno porte; tratava-se de um Banco de origem familiar com não mais que dezesseis agências, sendo catorze instaladas em cidades do interior do estado e duas na capital; fui contratado para servir na vice-presidência corporativa que era administrada pelo único membro que não pertencia à família detentora da instituição, tendo desposado uma das filhas do patriarca fundador.

Eduardo, esse era seu nome, era tido como um aproveitador que seduziu a filha mais velha do fundador e levou como prêmio o cargo que atualmente ocupava; nas poucas situações em que nos cruzávamos eu tinha a nítida impressão de que ele fazia questão de me ignorar como seu eu fosse invisível; Eduardo era um sujeito refinado e arrogante que se achava acima de todos por conta de sua posição. De minha parte eu dava de ombros porque meu único interesse ali era o salário no final do mês e minha única preocupação era concluir a faculdade e sustentar minhas parcas opções de diversão quando era possível.

-Me informaram que você está cursando uma faculdade – perguntou ele certo dia depois de ignorar minha saudação matinal – Isso é verdade?

-É, sim senhor! Porque? Algum problema com isso? – respondi perdendo um pouco a noção de perigo com meu tom irônico.

-Não tem vergonha de, sendo universitário trabalhar como officeboy? – retrucou ele com a mesma ponta de ironia em sua voz.

-Vergonha? Não, não tenho! – respondi encarando sua expressão de desdém – Porque? O senhor sente vergonha por ter um officeboy universitário?

Eduardo não me respondeu preferindo dar a costas entrando em sua sala enquanto eu observava as duas secretárias contendo a vontade de cair na gargalhada por conta de minha resposta direta; naquele dia fui para a faculdade pensando que não teria um emprego no dia seguinte imaginando uma forma de contar isso para meus pais que estavam exultantes com minhas conquistas. Foi uma noite horrível e mal dormida e pela manhã mal tinha forças para trabalhar já levando comigo minha CTPS para que fosse dado a baixa no contrato de trabalho.

-Você, não trabalha mais aqui, fofinho! – alertou Márcia uma das secretárias com uma expressão facial enigmática no momento em que adentrei na antessala da vice-presidência.

-Na verdade, você está designado para o setor de arquivo/expedição! – completou Rose a outra secretária estendendo um memorando para mim – Bye bye and good lucky!

Aquilo pelo menos parecia uma promoção embora eu ainda não tivesse certeza disso; o tal setor situava-se no subsolo da agência, um prédio de pequeno porte, porém muito majestoso em sua concepção arquitetônica e ainda assim com algumas estruturas um pouco estranhas; na sala que não possuía iluminação natural via-se alguns corredores de altas estantes metálicas que acomodavam milhares de caixas de arquivo, algumas feitas de metal e outras de papelão e ao fundo estava instalada a administração daquele calabouço burocrático com três mesas, sendo que duas já estavam ocupadas.

Meu chefe, que se chamava Norberto era um sujeito bem estranho; um pouco acima do peso não muito alto, mas que se vestia de uma forma bastante brega com paletós de tecido xadrez, camisas amarelas, calças marrons e gravatas berrantes; era discreto e falava com pausas e tom sempre ameno; o outro, chamado de Ariovaldo era ainda mais peculiar não por suas roupas, mas pelo seu jeito de adolescente ingênuo; de qualquer maneira me apresentei e logo estava enturmado com eles e também com o trabalho que mesmo sendo sacal ainda era um trabalho.

Durante as férias eu aproveitava para fazer algumas horas extras que me proporcionavam um bom acréscimo salarial e por conta disso eu permanecia no setor até altas horas; era cansativo, mas compensador. Uma noite, notei quando alguém entrou na sala, mas continuei fazendo meu trabalho imaginando que fosse alguém do pessoal da limpeza. Quando dei por mim o doutor Eduardo estava parado diante da minha mesa me fitando com um olhar enigmático; após um breve e desconfortável silêncio ele perguntou se estava tudo bem e seu me adaptara à nova função.

“Estou dando o meu melhor, senhor!”, respondi com tom enfático; ele me fitou mais uma vez e após um aceno de mão me deu as costas e foi embora, deixando-me ali atônito tentando compreender o que aquilo significara. Uma semana depois Ariovaldo me procurou perguntando se também poderia fazer horas extras; respondi que isso dependia de Norberto, pois ele era nosso chefe. “Mas, você poderia pedir pra ele em meu nome?”, redarguiu ele com um olhar ansioso. Conversei com Norberto que deu de ombros dizendo que o problema era nosso e que nós deveríamos resolver.

Logo no primeiro dia Ariovaldo me surpreendeu quando saiu por volta das dezoito horas retornando meia hora depois trazendo um embrulho que entregou para mim. “Toma, é um sanduíche de pernil …, essa hora dá uma fome, não é?”, argumentou ele com um sorriso indefinido; agradeci e comi o sanduíche para logo a seguir voltar para o trabalho. E um pouco depois Ariovaldo voltou a carga com mais perguntas inquietantes. Começou querendo saber se eu tinha namorada, ou se já tinha trepado e seguiu nessa linha me fazendo suspeitar que havia uma intenção por trás daquela conversinha pra boi dormir. E quando o assunto foi esquentando decidi me divertir com ele, já que minha bissexualidade já havia sido definida com a ajuda de uma parceira de cama.

-Você já chupou uma rola? – perguntou ele de supetão sem me encarar.

-Claro que já! E você? – devolvi na mesma moeda com tom irônico e provocador.

-Não! Nunca! …, mas você chuparia a minha? – retrucou ele com tom nervoso elevando o olhar para mim.

-Só se depois você chupar a minha! – arrematei com uma risadinha marota.

No mesmo instante o safado ficou de pé, abriu a calça expondo a benga e meio mastro; examinei a ferramenta que tinha dimensões medianas com uma glande um pouco menor que o restante do equipamento; olhei para seu rosto e abriu um sorriso maledicente. “Dizem por aí que casa onde se ganha o pão não se come a carne …, mas não tem nada dizendo que não se pode chupar um pirulito durante o trabalho!”, comentei enquanto me levantava pondo-me de joelhos diante de Ariovaldo e começando a lamber a chapeleta com a ponta da língua o que foi suficiente para o safado soltar um gemidinho contido.

Sem usar as mãos fui engolindo sua piroca aos poucos me divertindo com seus gemidinhos e suspiros de quem jamais ganhara uma boa mamada, fosse de um homem ou de uma mulher; mamei a pistola de Ariovaldo chegando a segurá-la com uma das mãos e fui até o inimaginável quando ele retesou o corpo projetando-se para frente pouco antes de atingir seu ápice descarregando seu sêmen quentinho dentro da minha boca; certificando minhas suspeitas o sujeito gozou a rodo enchendo minha boca até que eu não conseguisse reter todo aquele volume dentro dela deixando uma parte escorrer entre os lábios.

Ao término fiz questão de abrir a boca exibindo para o olhar estupefato de Ariovaldo a parcela de seu creme que ainda jazia em minha boca antes de engoli-la deixando-o aturdido com aquela finalização inesperada. “Pronto! Agora é a sua vez!”, avisei com tom firme ficando de pé, abrindo minha calça e expondo minha pistola já bem rija. E não é que o sujeito topou a proposta pondo-se de joelhos e abocanhando minha vara com sua boca ávida; Ariovaldo não tinha muita destreza em mamar rola, mas bem que ele se esforçou e algum tempo depois também eu recheei sua boca com minha carga que era bem espessa, porém não muito volumosa.

Permanecemos ambos de pé, frente a frente sem dizer uma palavra sequer até decidirmos nos recompor e seguir com o trabalho. Nos dias seguintes, Ariovaldo mostrou-se esquivo, me evitando sempre que possível e baixando o olhar quando nos cruzávamos pelos corredores; sabendo que ele estava noivo e que a pretendida era evangélica imaginei seu constrangimento e por conta disso não toquei mais no assunto, mesmo nas noites em que ele cumpria sobrejornada comigo. Com o fim das férias voltamos à nossa rotina, eu cursando engenharia e ele contabilidade.

A bem da verdade não dei muita atenção àquela aventura destituída de maiores envolvimentos, assim como não comentei o assunto com ninguém a fim de manter incólume a imagem pública de Ariovaldo. Tudo seguiu seu curso até chegarem as benditas festinhas de final de ano que eu detestava porque não via prazer naquele momento em que todos insistiam em retirar suas máscaras sociais mostrando o pior de cada um; todavia, eu não tinha como recusar e mesmo quando tentei fui dissuadido pela turma que fazia questão da minha presença, pois alguns me tinham em alta conta assim como eu também os tinha.

Em uma delas, promovidas pelo doutor Eduardo fomos para uma cervejaria onde todos bebiam a valer comendo muito pouco; havia momentos em que eu flagrava alguns olhares enigmáticos de Eduardo dirigidos a mim, chegando a causar um certo frisson que eu disfarçava como podia; de alguma forma naquela noite e naquele lugar meu chefe me deixava excitado o suficiente para um envolvimento mais íntimo, sendo que minha mente procurava frear toda essa impetuosidade relembrando que onde se ganha o pão não se come a carne, embora minha libido defendesse a tese que não se tratava de comer, pelo menos não se houvesse uma oportunidade inicial.

Em dado momento, precisei esvaziar a bexiga e fui para o banheiro; estava tão absorto encostado no mictório com uma das mãos apoiadas na parede que não percebi outra pessoa pondo-se ao meu lado; mesmo um pouco entorpecido pelo álcool senti um arrepio seguido de uma descarga elétrica quando uma mão apalpou minhas nádegas por cima da calça; hesitei em olhar para o lado e quando tive coragem para fazê-lo vi que o assediador safado era meu chefe, cujo olhar dizia mais que milhões de palavras.

Sua mão foi subindo por minhas costas até atingir a nuca que ela segurou com firmeza me obrigando a encarar Eduardo cujo olhar era pura safadeza; mantendo-me preso pela nuca ele aproximou seus lábios dos meus selando um beijo quente com hálito carregado que ampliou ainda mais aquela excitação que eu procurava reprimir a todo custo. Em meu íntimo desejei que ninguém ousasse invadir aquele banheiro nos próximos minutos permitindo que eu desfrutasse do sabor tórrido da língua dele dançando dentro da minha boca. Todavia, da mesma maneira fugaz que aquilo começou foi abruptamente interrompido com o ruído da porta do reservado abriu-se indicando que alguém mais adentraria no local.

Eduardo se recompôs rapidamente voltando o olhar para o recém-chegado que era Ariovaldo; com seu habitual desdém arrogante, Eduardo mirou o rosto do rapaz, acenou com a cabeça dirigindo-se até a pia onde lavou as mãos e retirou-se sem olhar para trás; procurei não encarar Ariovaldo fechando o zíper da calça e também lavando as mãos procurando a saída quase em desespero. A bebedeira acompanhada do famigerado “amigo secreto”, prolongou-se até todos perceberem os olhares incomodados dos garçons almejando o fim do expediente. A maioria saiu em grupos, ou melhor em bandos, com alguns sendo carregados e outros apoiados e mesmo não sendo eu um bom apreciador de situações de embriaguez vi-me obrigado a um esforço hercúleo para não dar bandeira de que também estava no limite da minha resistência.

Permaneci um tempo sentado no banquinho destinados aos taxistas e quando dei por mim uma chuva forte desabou sem aviso deixando-me preso naquele local pensando como voltaria para casa já que era um dos poucos que não estava motorizado. “Quer uma carona até o centro?”, perguntou Eduardo de pé ao meu lado surgindo sabe-se lá de onde; tentei argumentar que estava muito tarde e que seria um desvio de seu trajeto ao que ele me respondeu que isso não tinha a menor importância sempre com impessoalidade disfarçada.

Considerando que a chuvarada não dava sinais de arrefecimento e que eu estava um pouco fora do eixo acabei aceitando; Eduardo chamou o Valete pedindo seu carro; em poucos minutos estávamos no interior do sedan de luxo que rodava macio pelas ruas; embora um pouco grogue não demorei a perceber que aquele não era o trajeto em direção ao centro o que me fez estremecer pensando nas possibilidades que se descortinavam e no risco que corria em relação ao meu emprego.

-Eu tenho uma garçonnière não muito distante daqui – disse ele com tom pausado sem dirigir o olhar para mim – vamos para lá e você relaxa um pouco.

Naquele instante ficou claro o que estava para acontecer e eu não tinha muitas escolhas razão pela qual me preparei para o que viesse; o veículo deslizou rampa abaixo adentrando na garagem do edifício requintado situado em uma das ruas próximas à região mais nobre da cidade até estacionar em uma vaga; descemos do carro e entramos no elevador privativo com Eduardo acionando a botoeira do quarto andar; saltamos no amplo corredor seguindo por ele até a porta mais ao fundo que ele abriu com a chave que tinha nas mãos. “Entre e tire suas roupas! Você precisa de um banho!”, disse ele com tom enérgico e enfático. Assim que obedeci percebi o olhar guloso que Eduardo dirigia para meu corpo e mais que nu me senti indefeso; enquanto ainda me examinava, ele também pôs-se nu exibindo seu corpo de pele alva e depilada dotado de uma musculatura esmerada e sem exageros que me deixou excitado.

No banheiro cujas dimensões eram bem reduzidas entramos juntos no box logo depois que ele acionou o registro ficando um de frente ao outro; a água morna deixou minha pele arrepiada o que causou enorme alvoroço em Eduardo que me enlaçou pela cintura com sua boca faminta colando-se a minha em um beijo inicial quente e úmido que logo foi seguido por outros com as mãos dele apalpando minhas costas e descendo por elas até agarrarem minhas nádegas apertando-as pressionando nossos corpos e permitindo que usufruíssemos de nossos membros em pleno processo de ereção.

Eduardo tinha uma pistola mediana com certa grossura e glande larga que chegava a espremer a minha cujas dimensões eram um pouco mais modestas; prosseguimos nos beijos e apalpações por algum tempo até ele decidir que precisávamos de algo mais. “Ajoelhe-se e chupe meu pau bem gostoso!”, tornou ele a comandar com suas mãos pousando em meus ombros impondo que eu obedecesse. Atendendo ao seu comando me pus de joelhos e comecei a lamber a glande com a língua sem usar minhas mãos observando sua expressão sôfrega diante do meu carinho preliminar que durou apenas o tempo necessário para um deleite pessoal antes que eu engolisse aquela piroca rija concedendo-lhe uma mamada esmerada e bem babada ouvindo seus gemidos roucos que ele procurava abafar como podia.

Apeteci daquela benga suculenta deixando de lado qualquer temor pelas implicações futuras, apenas usufruindo do momento como ele merecia; em alguns momentos Eduardo insistia em segurar-me pela nuca golpeando seu mastro contra minha boca até o ponto em que me prendia com a tora atolada até a glote impondo que eu usasse minhas mãos para empurrá-lo para longe retomando a mamada do jeito que eu queria. Foi um boquete memorável e eu não tina dúvidas de quanto meu parceiro estava apreciando meu esmero e dedicação quedando-se extasiado enquanto eu sugava sua pistola que já escorregava para dentro e depois para fora de minha boca tal era a quantidade de saliva que depositara nela.

Algum tempo depois, Eduardo desvencilhou-se de mim e desligou o chuveiro indicando que deveríamos prosseguir em outro lugar; na cama ele se mostrou um pouco mais contido ao pôr-me na posição de frango assado exigindo que eu segurasse as pernas abertas e flexionadas já pincelando meu rego com a chapeleta até dar início a cutucadas vigorosas que logo redundaram em uma penetração que alargou meu anelzinho impondo que eu soltasse um gritinho de dor; alheio a isso ele prosseguiu metendo a rola dentro de mim com socadas sempre intensas que culminaram com aquela trolha enfiada dentro de mim; Eduardo passou então a socar com força movendo seu corpo para frente e para trás ao mesmo tempo em que usava uma de suas mãos para me masturbar com movimentos alucinantes.

Estávamos em um auge frenético em que a dor já fora suprimida pelo prazer que ele me proporcionava com suas estocadas de macho ardente mirando meu rosto e ainda me punhetando no mesmo ritmo de seus golpes que de tão fortes chegavam a chacoalhar meu corpo como se eu fosse um brinquedo usado e abusado pelo dono safado. O suor prorrompia pelas têmporas de Eduardo que mesmo assim não cedia diante de sua impetuosidade febril como se há algum tempo estivesse privado de tal cumplicidade íntima com alguém como eu; caso não fosse isso eu preferia pensar assim, pois certamente evitaria decepções futuras que sempre podem acontecer. Subitamente, ele golpeou com mais rapidez até projetar seu corpo para frente afundando sua vara dentro de mim pouco antes de atingir seu ápice ejaculando profusamente em minhas entranhas.

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