Vi o quanto ele devia estar cansado. Fiquei quieto, aproveitando a presença dele, na cama. Nunca tínhamos dormido juntos. Desliguei a TV. Durante a noite, Souza colocou o braço em cima de mim. Eu curtia cada segundo. A respiração, o braço másculo e o corpo dele atrás do meu, me davam uma sensação de segurança que eu nunca tinha sentido! Dormi também e depois de algum tempo, ele se virou, ficando de barriga para cima. Instintivamente me virei para ele e deitei em seu ombro, com minha mão sobre seu peito. Eu queria que aquela noite acabasse nunca! O calor e o cheiro dele era tudo de bom. Apesar do jeito bravo, eu percebia que ele gostava de mim e eu estava um pouco mais envolvido. O sexo era a melhor coisa, mas a presença dele, a segurança que ele me dava e o jeito com que se preocupava comigo, me faziam pensar mais e mais em querer ficar junto. Era uma pena que já estava chegando o dia do meu retorno.
O celular tocou, despertando. Acordei sentindo o peso dele em mim. Mudamos de posição e voltamos a ficar de lado, e ele com o braço em cima de mim. Fiquei quieto para ver se ele acordava. Senti que ele tinha acordado. Alisou meu corpo discretamente e se levantou bem devagar, com certo cuidado.
- Saulo, acorda! Já está na hora. - resmungou Souza. Fingi que estava acordando e virei. Olhei ele nos olhos e dei um abraço, juntei meu peito no dele.
- Foi a melhor noite da minha vida, sargento, o senhor não imagina quanto! - eu disse. Para minha surpresa, ele ficou sem graça e não teve reação, achei que ia esbravejar.
- Levanta, vamos tomar café, temos que pegar estrada pela frente. - disse ele com voz baixa e meio carrancudo.
Saímos da cama e ele foi para o banho, enquanto eu fui preparar a minha mochila e a dele. Depois ele saiu e eu entrei. Despejei o gozo que estava em mim e tomei banho. Arrumamos tudo e descemos para o café. Na mesa, ele terminou antes de mim e subiu. Imaginei que ele ia fazer mais alguma coisa, ir ao banheiro etc e o deixei à vontade e continuei meu café. Depois subi e ele já estava saindo do quarto com a bagagem.
- Faz o que tem que fazer, temos tempo, espero você lá embaixo, vou acertando tudo. - disse ele, sério e sem me olhar. Fui ao banheiro, tomei um banho e me arrumei. Quando desci, ele me esperava no sofá da recepção. Ver aquele macho fardado e grande me esperando, me fez sentir uma sensação maravilhosa, que homem gostoso! Entramos no carro e seguimos para a base. Depois de quase duas horas de estrada, chegamos.
O dia correu tudo bem, apesar da pressa. Era muita coisa importante, detalhes e testes. Quase não nos falamos, pois estávamos em atividades diferentes da ação. Ele cuidava da parte burocrática e eu da parte técnica. Por volta das 16h percebi que estávamos acabando. Tudo tinha dado certo e estava de acordo com o planejado, só que acabamos mais cedo! Ouvi o sargento dizer para o oficial que iríamos embora naquele dia, porque ele achava melhor já estar de manhã na nossa base, para prosseguir o trabalho cedo. Achei que dormiríamos no quartel e pegaríamos estrada no dia seguinte, mas, não. Logo imaginei que seria do mesmo jeito da ida. Faríamos o pernoite na estrada. Quase não me contive em imaginar passar outra noite com ele, em um quarto de hotel decente e dormir de novo de conchinha! Terminado tudo, entramos na viatura e voltamos.
- Soldado, quer ir direto para a base ou prefere descansar no caminho um pouco?
- Na minha opinião, sargento, é melhor fazer um pernoite, assim a gente chega na base mais descansado. - falei bem empolgado.
Começamos a conversar sobre o trabalho de maneira descontraída. Souza nada falou sobre a noite, mas eu já sabia que tinha mudado alguma coisa e estava animado em dormir junto dele de novo. Puxei assunto pessoal, evitando falar da nossa “relação”. Perguntei se ele era casado, tinha filhos e Souza disse que era separado e a filha morava com a ex dele, em outro estado e não entrou em detalhes. Perguntei se tinha se relacionado depois e ele respondeu que, apesar de gostar muito de sexo, nunca foi muito chegado a ser “pegador”, preferia ter alguém. Foi aí que eu perguntei sobre os caras. Ele disse que sabia que rolava uma sacanagem e que um dia no quartel pegou dois caras fodendo e que depois disso, ele se permitia “comer um viadinho” quando estava com tesão e que era apenas sexo e que os homens sabiam dar e chupar melhor que as mulheres e, como ele não queria compomisso, era o ideal e quando dava ele “mantinha” um para ele e quando o cara ia embora ou queria se relacionar mais sério, ele ficava na dele, nunca rolou de se envolver com outro homem e nem rolaria, disse ele.
Falei das poucas experiências que tive e disse que queria muito ter um relacionamento sério, ter uma vida em comum com alguém. Souza perguntou se eu achava que era possível isso, e eu disse que sim, por mim, sim. Mas, não dependia só de mim, e que, enquanto não acontecia, eu também me permitia ter aventuras, sempre com segurança.
Ficamos um bom tempo em silêncio. Olhei o sargento dirigindo: os braços com veias grandes, o rosto sério, as mãos de macho. não aguentei e comecei a alisar a perna dele. Souza relaxou e abriu as pernas. Alisei osaco e comecei a abrir o cinto e a calça. Enquanto ele dirigia, comecei a mamar o pau duro dele. Me deu um tesão da porra meter tudo na boca. Com uma mão, Souza segurou minha cabeça para foder minha boca e eu revezava tentando engolir. A cabeça foi até minha garganta, tirando gemidos dele e eu sentia perfeitamente o formato da glande atravessando minha goela. Quase me engasguei e voltei a chupar, quando, sem avisar, Souza segurou minha cabeça e jorrou muito esperma na minha boca. Degustei todo o sabor do meu macho, engolindo aos poucos, o que deu mais prazer para ele. Suguei tudo o que pude. Ainda segurando pau dele, que amolecia bem devagar, recostei no banco, de olhos fechados, ainda saboreando o que eu tanto gostava. Souza se recompôs, arrumando a farda.
Minutos depois, como se nada tivesse acontecido, perguntei de onde ele era e ele só respondeu que era de São Paulo, não entrando em detalhes. Passado algum tempo, voltei a falar:
- Em muito pouco tempo, já estarei de volta para minha base. Vou sentir muito a sua falta.
- Em muito pouco tempo, você já vai ter o namorado que tanto quer, um cara que vai corresponder suas expectativas de relação. Você faz academia, faculdade, deve sair, ter amigos, logo conhece alguém… - disse o sargento em um tom e um palavreado que eu jamais imaginaria ele falando. No mínimo ele ia dizer que eu ia arrumar logo um macho para eu me esfregar e socar meu rabo, mas, não! Falou com palavras que eu até estranhei!
- É sargento, quem diria que o senhor ia falar assim!
- Ué, soldado, estou falando normal, somos dois homens conversando, o que acontece em outros momentos é outra coisa. - disse, se calando em seguida. Continuei quieto, pensando.
Chegamos na cidade que iríamos pernoitar.
(CONTINUA)