Adoro um garotão (Capitulo I) Este primeiro capítulo não tem sexo

Um conto erótico de Gaucho coroa
Categoria: Gay
Contém 1229 palavras
Data: 10/05/2023 22:26:47

Vou começar me descrevendo. Sou o Eduardo. Tenho 53 anos, solteiro. Sou gay, não sou assumido. Tenho 1.78, 98 quilos (gordinho), branco, alguns cabelos grisalhos. A partir dos 30 anos, comecei a gostar de caras mais jovens (entre 18 e 25 anos). Sou passivo. Recentemente mudei para um novo prédio. Nos locais em que morei, nunca me envolvi com nenhum vizinho, para evitar “falação” e, se não curtisse a pessoa, evitar que ficasse pegando no meu pé. Um dia estava em casa, sem nada para fazer e resolvi entrar no Grindr (app de pegação). Apareceu a 1 metro (o Grindr não tem muita precisa de distância hehe). Era um pouco mais novo que eu, 49 anos. Como disse, curto garotão, mas para um bom papo, quem sabe. Gostei da conversa que desenvolvemos. Parecia uma pessoa bem humorada, inteligente. Era versátil, mais passivo. Resolvemos nos revelar e ele veio no meu apartamento. O papo rolou bem descontraído. Sabíamos que não rolaria sexo, pois além da preferência no sexo ser a mesma (ambos passivos), eu não fazia o tipo dele (ele curtia musculosos) e ele também não fazia oi meu. Mas acabamos bons amigos e era bom para ambos ter com quem conversar (apesar da família dele saber da condição sexual dele, não tinha abertura para conversar). Ambos morávamos sozinhos. Um dia eu ia saindo do prédio e ele chegando com um cara, que deveria ter no máximo uns 25 anos. Branquinho, gato e gostoso (usava regata e bermuda). Era meu tipo. Quando nos falamos, à noite, brinquei:

“Pegando gurizão, hein? Tu que gosta de macho na faixa dos 40 anos, tá pegando um novinho. Kkkk”.

“Que nada, é meu sobrinho, Gustavo. Reconheço que é gato e gostoso, mas além de não fazer meu estilo, é homofóbico. Só veio aqui porque tinha que pegar umas coisas que a minha irmã, mãe dele, precisava e eu tinha. Gostou? Vai ficar só o sonho e na punheta, porque o guri diz que gay são a escória do mundo.”

“Dou uma mamada daqueles e depois sento gostoso e faço ele gostar da coisa. Kkkkk”

Não tocamos mais no assunto, mas fiquei pensando muito no sobrinho do Luis (nome do vizinho). Cheguei a me masturbar, pensando no Gustavo.

Passei dois dias sem conversar com Luís, pela correria.

No sábado a noite, Luís veio em meu apartamento para comermos uma pizza. Ele disse:

“Lembrei de ti. Amanhã o Gustavo vai vir devolver o material que emprestei para minha irmã. Se ele não fosse homofóbico, ia ajustar para tu encontrar ele. Podia dizer que tive um compromisso inesperado e pedir para ele deixar contigo”.

“Ué, vamos fazer assim, ou tu quer receber diretamente o que ele vai trazer? A chance é quase nula, mas sabe como é.. me passa dicas do que ele gosta, que assunto puxar”

“Não custa nada, mas já te digo que a chance não é QUASE nula. É zero. Hehehehe”

Mas resolvi tentar e o Luís não se opôs.

Gustavo viria no domingo, início da tarde, pois depois iria para um jogo de futebol. Luís me passou algumas dicas (gosta de futebol, apesar de a família não ter boas condições financeiras, ele gosta de coisas caras, tem 21 anos e mais algumas).

Como combinado, Luís deixou avisado na portaria que seu sobrinho viria, mas como ele não estaria, era para o porteiro dizer que eu iria lhe receber e assim foi feito.

Eram mais ou menos 13 horas quando o porteiro interfona e diz que o “Gustavo, sobrinho do Sr. Luís está aqui. Posso mandar subir?”. Autorizei a subida. Assim que abri a porta quando a campainha tocou, me deparo com aquele Deus, de short e camiseta de futebol, meião até o joelho. Mais gostoso do que da 1a vez que vi. Ele entrou, colocou o que trazia ao lado do meu sofá. Convidei ele para sentar, beber alguma coisa. Ele disse que estava com pressa, porque tinha um jogo para ir e que tinha que pegar dois ônibus para chegar até lá, pois ficava em um bairro do outro lado da cidade.

“Vai de Uber. Rápido e não passa calor”

“Tô na maior dureza. Sem grana para nada”

“Eu peço um Uber no meu aplicativo. Tenho certeza que teu tio faria isso por ti. Depois ele me paga. Afinal, tu tá fazendo um favor trazendo essas coisas pesadas (eram duas caixas com louça, a irmã do Luis deu uma jantar para o patrão do esposo e queria impressionar)”.

“O Tio Luís ? Ele é mão de vaca. Jamais ia pagar. Aquela maricona não deve pagar nem para ser comida”.

“O que é isso guri ? Que jeito de falar do teu tio”.

“Mas tu sabe que ele é gay né ? Odeio gay”

“Então quer dizer que tu me odeia ? Sou tão gay quanto teu tio. E antes que tu me perguntes, não tenho nada com ele. Gostamos da mesma coisa hehehe”

“Dois putos juntos; Devem fazer suruba trazendo outros viados”

“O que fazemos ou não, não é da tua conta. Quis ser gentil contigo, dizendo que pagaria teu Uber e tu vem com pedradas. Mas me diz, porque esse ódio aos gays”

“Vou embora”

Quando eu fiz a pergunta, senti que ele ficou incomodado e que tinha algo estranho ali.

“Faz o seguinte. Eu te pago o Uber e tu responde a minha pergunta. Uma boa troca né ?”

“Tu vai querer que eu te coma. Não adianta, não rola tiozão. Puto não toca na minha pica”

“Tu é forte. Se eu chegar perto de ti, só me dar um soco. Kkkkkk”

Ficou uns dez segundos e disse:

“Tá bom. Nesse calor vai ser bom ir de Uber”

Como disse o Luís, o guri gostava de boa vida.

Sentamos (ele no sofá e eu em uma cadeira, de frente para ele).

Ficou mais um minuto sentado, calado e eu deixei que passasse o tempo. Parecia uma eternidade.

“Deixa pra lá. Eu vou embora, não tenho porque falar nada para uma maricona que nem meu tio. Nem com ele eu falo nada”

Fui até a porta e segurei o trinco.

“Tá, pode ir sem falar nada, mas vai de Uber”.

Dei o meu celular com o app da Uber aberto e disse para ele pedir. Ele pediu e me devolveu (vi que tinha dado mais de R$ 50,00). Disse que ia descer com ele para dizer para o Uber que não era eu que iria. Quando o Uber chegou, falei que era meu sobrinho e que tinha dado problema no app dele. Antes de descer para pegar o Uber, dei um cartão de visita para o Gustavo, com meu telefone e disse.

“Se um dia quiser conversar, me chama”.

Meio sem esperanças de que ele fosse ligar, mas pensei que algo tinha, pelo jeito que ele ficou sentado no sofá.

Luís estava em casa e disse que ficou na janela cuidando e viu o sobrinho sair e pegar Uber e eu conversar com o motorista.

Contei quase tudo (tirei a parte de o sobrinho quase contar a razão da homofobia, pois afinal, tinha que respeitar a individualidade do guri).

“Te disse, ele é homofóbico. Mas porque ele foi de Uber e pelo jeito tu que pediu”

“Confesso que no início foi mesmo uma tentativa, discreta, de querer me aproximar”.

O assunto morreu ali. Apesar de ter pouca esperança, fiquei pensando: quem sabe ele liga.

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