Acordei no outro dia tranqüilo. Espreguicei-me, apertei os olhos e me virei na cama pra olhar em volta... Estava sozinho. Isso me veio várias perguntas à mente como “cadê eles?”, “que horas são?”, “por que não me acordaram?” e todos esses pensamentos se deram fim ao escutar :
“cof cof cof”... shhhhhh
Então tinha alguém no quarto, e pela tosse era o Murilo... aquilo me acalmou, porque eu sabia que o sacana do Ricardo não estava ali e eu podia ficar mais tranqüilo... era uma manhã entre eu e meu boy. As possibilidades já começavam a vir na mente e eu comecei a ficar de pau duro na hora. Fechei os olhos e esperei ele sair do banho. Alguns minutos depois a porta destranca com cuidado, é aberta e fecha novamente se trancando e passos vindo no rumo das camas... abri os olhos e era Ricardo sorrindo, andando como se fosse o rei do mundo, com seu jeito despojado e seu sorriso sacana. Ele me olhou nos olhos, pego no pau visivelmente ainda duro, e sorrindo mordendo a língua, quase como uma careta perfeitinha...
Ricardo: - fiiiiiiiih... essi mlk é fogo dimais hehehehe (disse entre sussurros... nisso, ouvi o som do chuveiro ligando)
Eu: - hã?! Como assim? Que que ta acontecendo?
Ricardo: - Cê perdeu a aposta pai hehehehe Já to pensanu na prenda desdi onti hahahaha
Meu pau baixou na hora... o mundo girou por 10 segundos... eu não sabia ais onde estava... nem meu nome... era como se o mundo tivesse acabado em algum momento e eu estava reinicializando em outra realidade. “Aposta? Que aposta? MEU DEUS”... Minha mente a mil e creio que visivelmente pra ele, todas essas perguntas estavam bem nítidas, porque ele começou a rir e mantivemos nossa conversa em sussurros com ele falando
Ricardo: - Num ti disse qui si o mlk fossi viadu eu ia cumê?! Intão... to papanu gostosu desdi onti hehehe cuzim quentim do caray...
Eu: - Como assim desde ontem? (As afirmações dele não faziam sentido... eu estava perto do Murilo o tempo todo e não havia nenhuma possibilidade de ele ter me traído... ele estava curtindo com a minha cara.)
Ricardo: - uai fiih... começamo onti memo... quandu cê acordô i foi tomá banhu, eu fiquei sem tualha aqui nu quartu... sentei na frente deli di perna aberta e pau durão... puxei papu e eli só oiava minha rôla... falei “pó pegar, seu amigo ta nu banho... nem vai ver, segredu nosso”... mlk nem espero... já mando a mão cum força punhetanu... vi qui era experiente nu negócio e fiquei im pé na frenti deli... eli tremeu e oiô pru rumu do banhêiru... só falei “relaxa... eli num vai sabê naum ... mama” i u anjim caiu de boca... mama muito o neném... trato di rei... aí eu tava quazi gozanu e avisei... ele num parô di mamá... aí soquei na boca e gozei muito... acho que foi até dimais porque o mlk ingasgô e tussiu 2x... aí tu gritou pra ele num ngasgá kkkkk eu ri muito i eli ficô brancu di medo kkkkk “queru teu cuzim tamém” falei, aí Eli diss qui num dava agora i eu diss qi mais tardi cumeria... coloquei rôpa i cê saiu du banhêru... aí antis di saí eu falei qui ia entrá...
Por mais chocante que tinha sido a fala dele, fazia muito sentido... mas eu não queria acreditar. Murilo não era fácil como ele estava descrevendo, ele não gostava de ninguém vendo a gente transar, ás vezes até transávamos com pessoas em quarto próximo escutando... as amigas e amigos dele da ANAC ou da faculdade, ou até mesmo meus amigos do quartel... mas nunca nos viram... só escutaram! Esse garoto que ele estava descrevendo não existia.
Eu: - tu é 171 demais mano... para de mentir kkkk (tentei uma risada forçada, tremendo por dentro por uma sensação que eu não entendia... raiva? Medo? Pavor? Ira? Eu não sabia descrevê-las... tava um vulcão por dentro)
Ricardo: - caaaaalma véi... num foi só issu não... Quandu cheguei i vi ocêis naqueli trem, eu fui lá... vi qui Eli ficô oianu pu meu pau... sentei pertu deli e já coloquei a minha mão na deli inquantu nóis cunversava... depois di uns 3 minutu, já coloquei meu pau pra fora e cumeçei a passar u pé na perna dele... subinu e descenu... falei da massage i aí chamei eli pra vim... quandu eli incostô, sinti qui eli tava cum aquelas coisa qui pareci cueca mas é aberto pa tráis... foi só felicidadi... fiquei esfreganu Neli porcima cum as mão e imbaxo cum pau... aí mandei ele levantar um cadim, i procê num perceber, falei quiera por causa da bolinha nas costa... mas eli tava ajeitanu o pau na entradinha do cuzinhu deli com as mão... falei pra eli sentar divagar, mas era pra num machucar nenhum di nóis... demoro, mas eli entrô tudim neli... fiquei admiradu... todo viado chora e grita, mais eli fico caladim e cum as costa arrepiada... aí mandei o papu di precisar mexer, mas eli tava era subinu e descenu nu meu pau, seguranu nas minhas côxa... eli guenta vara dimais e mudinhu... iss mi deixô loquim... avisei qui ia gozá i ele dissi que pudia dentro... aí leitei u cuzim quentim deli na sua frenti e cê nem viu hehehehehe
Eu estava boquiaberto... eu estava tão preocupado olhando pro corredor, pro rosto do Murilo, pras mãos do Ricardo em cima da água, que não me atentei com as do Murilo, porque não imaginaria nunca que ele faria tal coisa... realmente a história batia e isso me doía, mas me dava mais sensações estranhas... até sentir uma pegada pesada no cacete e um sorriso como sussurro ainda
Ricardo: - hahahaha cê ta gostânu di ouvi né, putão hehehehe (ele soltou meu pau) ISS foi u qui nóis fêis cocê acordadu...
Eu: - Como assim? (aquilo me embrulhou o estômago, mas me arrepiou ao mesmo tempo)
Ricardo: - uai fiih... umas 2 da manhã eli mi acordô i falô: “Ricardo, inda to cum dor... faiz massage?”, aí fui fazê... eli pegô um gel, mi deu, i deito di brussu... fiquei incima das côxa deli i passei u gel... era geladu e sem chêru... perguntei u qui era quilo i advinha... “KY”... kkkkkkkkkk perguntei si num tinha otro cremi mais cherozim, i eli disse qui num tinha trazidu... intão passei nas costa deli tudim, até na portinha du cuzim deli i fiquei alizanu as costa... meu pau dava té pinóti i eli sintia i rebolava... falei nu ovidim deli: “si ficá sfreganu assim vô fazê massage por dentru igual mais cêdu na piscina... aí sabe u quê qui eli disse???? Kkkkkk “mais é essa massage qui eu quero uai”... ahhhh fiote... o pai só mirô i entrô... entrô macii dimais ... nuuuuu... eli só fazia “hmmm” “hummm” baixim mais num gemia altu procê num corda... cumi uns 15 min ficâmu di ladim i meti vara... eli virô i mi beijô di lingua... nu, qui beijão... tavu fincadu nu cuzim deli i metênu aí a putinha, caladinha, mi vira pra beijá?! Guentei naum fiote... gozei na hora... hehehehe aí voltei pra cama e durmi i eli ficô deitado...
Eu: - Você ta falando sério??? (não era possível alguém inventar uma história com tantos detalhes tão fácil... estava admirando a história... mas aquele não era o Murilo... Ele sempre geme comigo, mesmo que seja baixinho... e a maioria das vezes chora no sexo de tesão, principalmente quando goza... Enquanto isso, a água ainda caía no chuveiro do banheiro)
Ricardo: - Calma fião... cabei naum... hehehe Cordei di manhã cu pau durão querênu mijá... cheguei nu banhêru, comecei a mijá, i aí tava quazi cabanu i a porta fechô... Oiêi i era a putinha rinu pra mim... ela chegô pur tráis di mim, seguô meu pau qui tava terminanu di mijá, aí eli arregaço meu pau, apertô na bazi i foi spremênu até chegá na ponta i sair a última gota di xixi... balançô minha rola, fêiz di novo, i mi virô... oiêi pra eli e eli tava sorrinu, puta sorrisim lindu naquela boquinha di boquetêru, eli abaixô, oiô pra mim e falô: “café da manhã” i lambeu a cabeça Du meu pau... eu ri i falei: “Discupa vadia... sô pretim, mais num sai café naum, só leiti kkkk”... eli seguro meu pau i falô: “mió ainda” i inguliu meu caceti... ficô mamanu até... chamei eli pra fazê trila pra eu metê neli sem medo i eli disse qui queria, mais num ia deixá u amigu i qui poderia marcá otru dia... aí mamô forti... falei qui o leiti ia sair na boquinha... gozei di novo na guela deli e ele tussiu treis vezis, levantou, me deu uns bêjo gostosu e foi tomar banho... aí saí de pau meia bomba ainda oia só (mostrou o pau meia bomba grande e mais negro que toda a pele bronzeada que ele tinha, com filete de porra ainda saindo na cabecinha rosinha claro) qué pegá tamém?!
Eu: - Sai fora mano... sou viado não... tu que é de ficar inventando história do mano dos outros... (eu estava com o pau muuuito duro, a história era muito picante, mas não era a realidade... imaginei todas as cenas na minha cabeça e em nenhuma delas a imagem do Murilo se encaixava... não era o meu namorado... mas me deixava de pau duro toda a situação ali desenhada por ele, e um sentimento de medo e aflição pelo pequena fração de poder ser realidade)
Ricardo: - inventanu? Faço iss naum fiih... qué tirá a prova?! Vô chamá ocêis pra saí e aí cê num vai, mais libera eli pra ir cumigu...
Eu: - e onde eu saio ganhando?
Ricardo: - lembra da trilha qui ti falei no primeiru dia? Vô levá eli lá pra metê neli i ocê podi i vê... mais fica longi pra num trapaiá...
Eu: - Você é um idiota mano... na moral mano...
O chuveiro parou e o Ricardo já pegou a toalha e ficou na frente da porta do banheiro, com um espaço menor que antes... o Murilo precisaria esfregar muito nele pra poder sair ou pedir pra ele sair do caminho... A porta se abre
Murilo: - Credo cara, parece assombração na frente da porta... kkkk sai fora, deixa eu passar...
Ricardo: - hehehe sô uma assombração legal... eu num assusto di madrugada... eu relaxo uzoto hehehe
Murilo: - mds, que panaca hahaha sai daí
Ricardo: - pó passá, tem spaço
Nisso vejo Murilo sair do banheiro e virar de costas pro Ricardo, que esfrega bem forte a virilha na bunda do Murilo... Ambos vestidos, mas a sensação que transmitia visualmente deixava claro que não deveria haver roupas naquele momento... Murilo demorou uns 20 segundos, esfregando a bunda na virilha do nosso colega e encostou a cabeça na parede durante o movimento enquanto o Ricardo forçou a virilha pra frente, mantendo a mão direita na porta de entrada e a esquerda no aro da porta do banheiro à sua frente... Murilo saiu se esfregando, o que pra mim pareceu uma eternidade, e me olhou. Ele, que estava com uma carinha de safado de menino pequeno brincando com algo que gosta, apenas arregalou os olhos, mudando drasticamente para um semblante de “eu não tenho culpa, você viu” vindo em minha direção... Ricardo piscou pra mim e entrou no banho... logo abriu o chuveiro...
Murilo: - bom dia amor, dormiu bem?
Eu: - até dormi, mas acho que agora não me sinto muito bem... (não estava mentindo... a cena que presenciei segundos atrás fez a pequena porcentagem das estórias do Ricardo virarem trechos de uma história realmente vivida por mim, contada por um outro ângulo... Eu senti, novamente, as dores que havia sentido no cruizing bar há alguns anos atrás, e a dor não estava me parecendo apenas dor... ela vinha carregada com um prazer junto, prazer esse que em algum momento, fazia meu pau ficar duro e até babar, em alguns momentos)
Murilo: - o que está sentindo?
Eu: - dor de cabeça... meio que tudo gira...
Murilo: quer água, café, comida, leite?
Eu: - sem fome, obrigado anjo (aquela ultima proposta me fez imaginar o meu pequeno com a boca cheia de porra do Ricardo, mamando com vontade, exatamente como ele descreveu... isso me fez dar náuseas e endurecer o pau)
Murilo permaneceu ao meu lado, com a toalha no colo, passando a mão na minha cabeça até o chuveiro desligar... logo Ricardo saiu do banheiro com roupa de atleta (bermuda fina preta, camisa leve azul claro, sem falar que sempre era nítido aquele volume de rola negra enorme). Murilo o acompanhou com os olhos enquanto esticava a toalha...
Ricardo: - Genti, domingou... borá fazê trilha? (falou encostado na janela, olhando pra gente)
Murilo: - seria legal, mas o André não está legal...
Eu: - eu não to legal pra sair não man...
Murilo: - Você realmente não quer comer nem beber nada mano? Precisa tomar remédio... (ele falou se virando pra mim)
Ricardo: - verdadi fiote (ele falava apontando pro Murilo, nas costas dele, e fazendo sinal de “por favor”)
Eu: - Não... só preciso dormir mais um pouco... mas se quiser ir com ele Murilo, bom que você conhece o local... (falei aquilo e o Ricardo levantou as mãos pra cima na hora como sinal de “vitória”, e depois fez “joinha” com os dois polegares pra mim agradescendo)
Murilo: - sério? (sua feição beirava a dúvida cruel de sair e deixar o namorado, e a euforia de fazer algo longe de mim... isso me fez engolir um choro)
Eu: - Sério... só se você quiser... a escolha é completamente sua! (dei meu cheque mate e tirei todo o peso de culpa em mim)
Ricardo: - to ali na recepção tisperano então... (ele fez sinal de obrigado e saiu, confiante já de que o Murilo o escoheria)
Murilo se aproximou de mim, me abraçou, me deu um beijo bem intenso na boca e me disse
Murilo: - eu te amo demais, meu homem... fica bem ta? Já já to aqui... (ele pegou uma bolsa de usar na diagonal cinza, e saiu vestindo a bermuda branca e regata rosa lisa fina...)
Ele tinha escolhido o Ricardo...
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