Continuando:
Assustado, jamais imaginando encontrar a Jéssica parada ali, tentei afastar Natasha:
- Deu ruim!
Ela me encarou contrariada e notou que eu olhava além dela e se virou para ver o que estava acontecendo. Ela também não conseguiu segurar o espanto:
- Puta que pariu!
Não sei o que deu em Jéssica, pois ela, voltando a si, completamente vermelha, envergonhada pelo que presenciou, ou talvez, chateada mesmo, tentou voltar ao quarto. Mas, tomando uma rápida decisão, Natasha a alcançou antes que ela fechasse a porta. As duas se trancaram lá e eu, sem saber como agir, fiquei onde estava, esperando o que fosse acontecer.
Tenso, acabei pegando o celular para passar o tempo, tentando me distrair. Aproveitei para olhar as dezenas de mensagens no aplicativo. Primeiro as de Marcela:
"Me atende, JB! Estou preocupada."
"Jéssica está bem? Por favor, me atenda. Estou angustiada aqui sem saber notícias."
O tom ia mudando:
"Porra JB, fala sério! Não custa nada você falar comigo. Por favor!"
As coisas pareciam estar tensas por lá:
"JB, me dê a chance de explicar o que aconteceu, minha amiga está muito arrependida, foi efeito da bebida."
"Você deve estar pensando muito mal de todos nós aqui. Achando que é comum isso acontecer na minha casa. Me desculpe!"
"Poxa JB, fui eu que ajudei a Jéssica, fala comigo. Estou tendo um ataque aqui."
Comecei a ter um pouco de dó de Marcela. Respondi a última mensagem:
"Está tudo bem. Jéssica está bem também. Se ela quiser falar com você, eu passo o seu número depois."
Vi que ela visualizou no mesmo instante, mas fechei a conversa. Outras mensagens dela chegaram, mas eu resolvi não ler naquele momento. Passei para as mensagens de Marcel:
"JB, como sua amiga está? Mande notícias."
"Se a garota quiser, pode foder com a filha da puta que passou dos limites. Temos a imagem do que aconteceu no corredor e meu pai acha correto que ela pague pelo erro. Quando estiver disponível e quiser falar, estou aqui."
Essa última mensagem me deu calafrios. Pensei: "Como assim temos a imagem do corredor? Quer dizer então que eles também sabem que eu estive naquele quarto com Ester? Se o Dr. Mathias souber disso, meu futuro pode estar em risco."
Eu não consegui relaxar e o tempo parecia estar parado. Depois de uma eternidade, quase quatro horas da manhã, Natasha voltou à sala:
- Ela está calma. Saber que a gente se envolveu é uma coisa, mas ver com os próprios olhos… para quem ama, é complicado.
Acabei sendo grosso com Natasha:
- Você também precisava vir aqui me atentar? Que caralho, Natasha!
Ela não se deixou intimidar:
- Eu estava com tesão, você estava aqui… e estava adorando, não é? Vai se foder, JB! Quando eu quero uma coisa, eu vou atrás, não fico esperando. Acabei de falar o mesmo para a Jéssica. Quem quer, não espera, faz acontecer.
Ela realmente não tinha culpa. Tentei me desculpar:
- Você tem razão. Desculpa descontar em você. Você não merece.
Ela cresceu:
- Não mesmo. Eu já disse, Jéssica não é uma idiota, ela apenas fica pisando em ovos com você.
Natasha olhou fundo em meus olhos e não se segurou:
- Quer saber? Você precisa se decidir. Cê sabe o que ela espera de você, mas não se posiciona.
Eu não entendi:
- O que você quer dizer com isso?
Natasha foi implacável:
- Porra cara, pega ela de jeito, é isso que ela quer. Quantas indiretas, ou melhor, quantas verdades eu já disse a você desde que chegou? Eu mesma disse que ela está se guardando para você, que ela quer se entregar… trepa ou sai de cima, mas se decide logo, pois quanto maior a espera, mais demorada a recuperação.
As palavras de Natasha eram como socos diretos no meu queixo. Ela não parou:
- Se não pode dar o que ela quer, corta logo essa relação, dá um desfecho. Ela vai sofrer, mas tendo a certeza que você foi embora, ela chega logo ao fundo do poço.
Eu não sei onde Natasha queria chegar:
- Eu quero evitar que ela chegue ao fundo do poço, não jogá-la lá. Tá doida?
Natasha segurou meu rosto com as duas mãos, firme:
- É necessário, importante. O que não pode, é ela estar nessa queda lenta em direção ao fundo. Batendo mais rápido, ela também começa a subir mais depressa. Quando alguém chega ao fundo do poço, o único caminho é para cima.
Eu entendi a mensagem e, criando coragem, me levantei. Quando ia saindo, Natasha brincou:
- Deixa a porra aberta, quem sabe eu não vou lá participar. - E começou a rir.
Eu também não aguentei:
- Eu vou conversar com ela. Você tem razão, está na hora de resolver isso de uma vez.
Bati na porta do quarto:
- Jéssica, posso entrar.
Com voz chorosa, ela respondeu:
- Pode sim.
O quarto estava à meia-luz, somente um abajur fraquinho aceso no criado mudo. Me aproximei:
- Jéssica, eu…
Ela não me deixou concluir:
- JB, cala a boca e me beija.
Eu ouvi muito bem, mas não acreditei:
- O quê?
Ela repetiu:
- Cala a boca e me beija. Ou sai daqui. Eu quero você. Aqui, agora…
Ouvir ela falar de forma tão decidida, a imposição em sua voz, me fez agir direto, sem pensar, e eu apenas parti para cima dela com tudo, beijando sua boca com urgência. Natasha tinha razão. Eu pensava demais, me preocupava demais, quando tudo que ela precisava era apenas que eu fosse seu macho, tomasse posse do que ela já tinha decidido que era meu por direito.
Nos entregamos àquele beijo sem culpa, sem preocupações, apenas curtindo, corrigindo a história de nossas vidas. Nos devíamos aquilo.
Ela pediu:
- Seja carinhoso, mesmo que você não acredite, é a minha primeira vez. Só poderia ser com você.
Eu a acalmei:
- Eu não duvido de você, só me sinto feliz por ter novamente essa chance.
Desci beijando seu pescoço, com calma, sem afobação. Queria dar a ela a melhor primeira vez que uma mulher poderia ter. Afastei a alça da blusinha do pijama e beijei seu ombro. Fiz o mesmo do outro lado e a gravidade fez o seu trabalho, desnudando seus seios, que eu via pela primeira vez. Passei a língua suavemente em cada aréola escura e pequena daqueles lindos seios médios, empinados e firmes. Ela gemeu:
- Nosssssa… isso é muito bom.
Suguei, lambi e chupei cada um deles, demoradamente, brincando com a língua em movimentos circulares, vendo os pelinhos de seu braço se eriçando.
- Ai, JB! Que delícia, como é bom…
Fiz com que ela deitasse e comecei a descer com a boca por sua barriga, brincando com os biquinhos dos seios entumecidos, apertando carinhosamente entre os meus dedos:
- Ai, meu Deus… como isso é incrível… eu amo você…
Voltei aos seios e suguei por mais alguns minutos, levando Jéssica a gemer cada vez mais forte, com mais intensidade. Me posicionei entre suas pernas e sarrei o pau duro em sua xoxota, fazendo com que rebolasse, procurando desesperadamente cada vez mais contato. Aproveitei para tirar o roupão, ficando apenas de cueca. Ela pediu:
- Me faz sua mulher, eu quero, preciso… faz amor comigo, JB!
Provoquei:
- Antes eu quero te mostrar uma coisa…
Ela suplicava:
- O que você quiser, qualquer coisa, sou sua…
Mudei de posição e comecei a tirar o short que ela vestia, não encontrando nenhuma resistência. Senti que a região em contato com a boceta estava úmida e ela não usava calcinha. A encarei e levei o short ao nariz, respirando fundo, sentindo seu aroma:
- Que delícia, no ponto, esperando pela minha língua.
Senti ela se tremer inteira, excitada, esperando pelo que eu iria fazer.
Beijei a parte interna da coxa e passei a pontinha da língua, sentindo ela estremecer, se agarrando ao lençol:
- O que é isso… assim é demais…
Dei um chupão mais demorado na virilha, fazendo ela se contorcer e passei a língua próxima aos grandes lábios. Parei e admirei aquela bocetinha linda, que exalava o odor característico da excitação. Sua xoxota era pequena, com os lábios internos mais proeminentes, mais longos do que os grandes lábios e, por isso, mais visíveis. Assoprei, e vi as contrações involuntárias do prazer que ela sentia.
Posicionei meu corpo, me deitando mais entre suas pernas, dando um beijo carinhoso na testa da xoxota. Dei outro beijo no grelinho, passando a língua em seguida, sentindo todo o seu corpo vibrar e ouvindo seu gemido mais agudo:
- Hummm… que sensação incrível, não para…
Abri os lábios vaginais com os dedos e passei a língua bem devagar, até chegar ao clitóris, sentindo ele inchar, crescendo pelo fluxo sanguíneo da excitação. A parte interna, um tom mais roxo clarinho, também já chegava a brilhar por causa da lubrificação e da minha saliva.
Não me segurei mais, chupando com gosto, enfiando a língua e saboreando aquela bocetinha como uma fruta madura, envolvendo o clitóris com meus lábios e fazendo uma sucção carinhosa, brincando com a língua um pouco e depois fazendo movimentos mais rápidos no grelo. Quando tirava a língua do clitóris, massageava com os dedos, nunca diminuindo a pressão.
Ela se contorcia e esfregava a xoxota no meu rosto, participando ativamente, mesmo sem saber muito como tomar a iniciativa. Ela gemia sem mais se importar com o volume:
- Assim JB… que delícia… porque demorei tanto… Se eu soubesse que era tão bom… não para, acho que vou gozar…
Aumentei ainda mais a intensidade, chupando toda a extensão da xoxota, fazendo minha língua explorar cada centímetro da mucosa vaginal. Enfiava a língua o mais fundo que conseguia, como uma mini penetração e depois voltava a me concentrar no grelo. Os espasmos e as contrações musculares vieram fortes, seguidos de gemidos mais primitivos:
- Aiii, Hummm, aii, delícia… tô gozando, JB… seu gostoso safado… isso é bom demais… eu te amo… aii, ãhhh… como isso é bom…
Ela se revirava na cama, contorcendo o corpo e eu a abracei, apertando seu corpo contra o meu, deixando ela sentir minha ereção. Ela buscou minha boca e começou a me beijar de uma forma ensandecida, como se quisesse me devorar, se esfregando em mim, buscando meu pau com sua mãozinha. Senti o contato e Também gemi:
- Isso, segura ele, se acostuma…
Ela me ajudou a tirar a cueca e começou a tentar me punhetar, mas muito sem jeito. Mesmo assim, era gostoso. Ela perguntou, ainda com a voz falhando:
- Está gostoso? É assim? Quer colocar ele em mim?
Estava gostoso o contato e eu disse:
- Pode pegar mais um pouco, está muito bom.
Não achei que deveria pedir para ela me chupar, eu queria que aquele momento fosse todo para ela. Beijei seu pescoço, dei uma mordidinha leve na orelha e falei baixinho em seu ouvido, provocando:
- Quer ser minha, quer me sentir dentro de você? Estou louco para foder essa bocetinha linda…
Ele nem titubeou:
- Quero, quero muito… eu preciso de você dentro de mim, JB.
Pelas reações dela, eu tinha a certeza de que tudo era novidade, e ela estava adorando tudo aquilo. Era muito provável que existia o dedo de Natasha em toda a situação. Talvez, ela tenha sido dura com a Jéssica, da mesma forma que fizera comigo.
Abri suas pernas e chupei sua boceta por mais alguns minutos, tentando transformar o relaxamento natural do gozo em excitação novamente. Seus gemidos eram intercalados com protestos:
- Me faz sua, JB! Eu quero você… vem, não aguento mais esperar…
Mesmo pedindo, senti que ela estava tensa, com a musculatura travada e a bocetinha piscando de desejo. Fui com calma, esfregando o pau numa sarrada gostosa e beijando sua boca. Seus sucos vaginais melavam toda a pica, ela estava pronta.
Apontei a cabeça na entradinha e fui forçando devagar, sentindo a resistência sendo vencida aos poucos. A cabeça entrou, mas ela me apertou forte, arranhando as unhas em minhas costas:
- Calma… tá ardendo um pouco… mas não é ruim.
Beijei sua boca novamente, mantendo meu corpo parado, deixando a xoxota lacear, acostumar com a invasão. Aproveitei para acalmá-la:
- Vamos no seu tempo. Eu paro quando você pedir.
Achando que o "eu paro quando você pedir" era um sinal de retrocesso, de desistência, ela trançou os pés na minha coxa:
- Não! Só me deixa acostumar, não para. Eu quero.
Sorri para ela e voltei a beijar sua boca:
- Eu paro de empurrar, foi o que eu quis dizer, até você se acostumar. Falta pouco.
Ela me beijou com muita intensidade:
- Entendi… achei que queria parar com tudo. - Ela sorriu para mim, feliz por entender. - Continua, já estou mais confortável.
Voltei a forçar com carinho, sentindo a pica deslizar aos poucos, entrando centímetro a centímetro, se ajustando entre suas carnes tão apertadas. Ela gemia ainda mais:
- Arde, mas é bom… o seu pau é grande, está me preenchendo por completo.
Brinquei com ela:
- Mal chegamos à metade…
Ela me olhou assustada, enquanto eu voltava a forçar mais um pouco. Ela gemeu mais alto:
- Ai, tá me rasgando, mas eu aguento… não para, por favor!
Sentindo que faltava pouco, dei uma última estocada, não com força, apenas completando a penetração. Estava tudo dentro e eu a abracei mais forte, dando beijos mais intensos em sua boca, tentando recompensá-la por ter resistido até o final.
Comecei a mexer o quadril, mas ela parecia sentir dor:
- Calma, devagar… está ardendo… espera um pouco.
Fiquei parado, todo atolado dentro dela, trocando carícias, beijando a boca e os seios. Voltei a meter devagar, sentindo que ela estava se acostumando, o semblante de dor se transformando em prazer, os protestos virando incentivo:
- Isso… assim tá gostoso… continua… agora está bom, não para…
Comecei a cadenciar o ritmo, estocando com calma, carinhosamente, tentando não socar a pica muito fundo. Beijava sua boca, seu seios, mordiscava os biquinhos, o lóbulo da orelha, voltava para a boca… continuava metendo e ela estava entregue ao prazer, curtindo já sem dor, aproveitando sua primeira vez.
Tirei o pau de dentro dela e vi sua cara de decepção. Pedi que deitasse de lado, queria meter por trás, mas sem ser de quatro, numa posição mais confortável para a primeira vez. Seus olhinhos brilharam quando me encaixei atrás e voltei a penetrar. Ela virava o rosto procurando minha boca e eu levei a mão ao seu grelinho, começando uma massagem delicada, combinada a penetração um pouco mais forte. Nosso corpos se batiam com mais força, o cheiro de sexo no ar era inebriante.
Senti a bocetinha ordenhando meu pau, o clitóris mais inchado em meu dedo e sabia que tinha alcançado meu objetivo: fazer com que ela gozasse na primeira penetração vaginal. Mesmo com o desconforto inicial, essa era a lembrança que ficaria gravada em sua mente:
- Tô gozando de novo, JB! Que loucura… isso é bom demais… que delícia…
Continuei estocando, socando mais forte, mas também estava no meu limite, excitado demais para não dar vazão àquela sensação espetacular que tomava conta de mim. Os gemidos desesperados de Jéssica eram tão excitantes quanto o sexo em si:
- Ai, meu Deus… como isso é maravilhoso… eu amo você, JB! Quero ser sua pra sempre… isso é bom demais…
Não pensei em mais nada, explodindo em gozo, liberando tudo o que estava preso dentro de mim: o tesão, o desejo, o sentimento… os jatos vinham fortes, enchendo aquela bocetinha tão delicada e atolada de porra. Ela empurrava a bunda para trás, tentando extrair cada sensação daquele momento incrível.
Abracei seu corpinho mignon o mais forte que conseguia, ela também se apertava contra mim. Ficamos ali, abraçados e nos curtindo, o pau amolecendo e sendo expulso de dentro dela, trazendo consigo uma quantidade descomunal de sêmen e um pouco de sangue misturado.
Aquele sangue era a prova de que eu era o primeiro homem dela, o escolhido… levamos uns dez minutos para nos recuperarmos de todas aquelas sensações incríveis. Fiz com que ela se virasse para mim, mas envergonhada, Jéssica tentou esconder o rosto em meu peito. Eu levantei seu rosto, a encarando com um sorriso e acariciando seu cabelo curto:
- Você foi demais. Espero que tenha sido tão bom pra você, quanto foi para mim. - dei mais um beijo carinhoso em sua boca
Mesmo corada, sua carinha de satisfação se iluminava:
- Foi incrível! Me disseram que a primeira vez nunca é boa, mas… - Ela estava radiante. - A minha foi maravilhosa. Se depois disso só melhora, nem sei o que dizer.
A pedido dela, dei uma olhada no corredor e na sala para saber se Natasha estava acordada, mas se estivesse, e com certeza estava, ela deveria estar em seu quarto. Sinalizei e Jéssica foi ao banheiro se lavar. Aproveitei para tirar o lençol e a colcha que estavam bem melados e sujos de esperma misturado com sangue e, não sabendo onde colocar, onde ficava a máquina de lavar, deixei ao lado da cama. Entrei junto com Jéssica no banheiro e nos lavamos de forma bastante carinhosa, trocando beijos, mas sem falar nada. Voltamos ao quarto e nos deitamos, de conchinha, e eu peguei no sono logo depois.
Acordei sozinho na cama. Olhei o celular e já passava das treze horas. Levantei e olhei ao redor, mas nem a bolsa nem a roupa da Jéssica estavam mais ali. Sai do quarto e antes de entrar no banheiro, senti um cheiro muito gostoso de comida e em seguida a voz de Natasha, falando lá da cozinha:
- Tem uma escova de dentes no banheiro pra você. Jéssica já foi, mas fique tranquilo, ela está bem. Só está com vergonha e disse que não ia conseguir encará-lo.
Pensei: "Mas ela estava tão de boa ontem, o que será que mudou para ela sair correndo assim? Será que se arrependeu?"
Com o pau muito duro, foi um malabarismo para acertar o vaso. Escovei os dentes e fui ao encontro de Natasha. Ela me esperava com uma cara divertida:
- Eita porra! O negócio foi bom: JB, eu te amo… que delícia… assim é muito bom…
Ela se acabou de rir, debochando de mim e ao se recuperar, me provocou:
- Almoça comigo, você precisa recuperar as energias. Antes de ir embora, eu também quero brincar. Foi uma tortura ficar no quarto ouvindo vocês.
Sentei com ela e a comida estava simples e gostosa: frango assado, arroz, farofa e maionese. Com certeza, comprados em algum mercado ou padaria. Pois não havia uma panela sequer no fogão e nenhuma louça suja. Ainda mandei uma mensagem para minha mãe dizendo que estava bem e voltaria mais tarde.
Quando pensei em mandar uma mensagem à Jéssica, Natasha me interrompeu:
- Não! Dê espaço, ela precisa. Mande mensagem apenas na hora que for dormir, desejando boa noite e dizendo o quanto ela foi incrível. Ela ama você e nesse momento está criando milhões de expectativas naquela cabecinha linda. Não incentive o que você não pode, ou não quer, corresponder.
Ela me olhou curiosa:
- Ou quer? Decidiu dar uma chance, mas está com medo de descobrir futuramente que ela gosta de meninas e vai te trocar pela primeira que aparecer?
Eu não sabia o que responder. Não queria brincar com os sentimentos de Jéssica, mas estava confuso. Nossa noite foi incrível, mas seria o suficiente para arriscar uma relação?
Esperta, Natasha voltou a falar:
- Vou mandar a real: eu acho que ela gosta de meninas também, mas o amor por você é verdadeiro. O problema maior é ela descobrir que só uma relação normal não é suficiente, que ela deseja estar com mulheres também. No começo, tudo será incrível, mas aos poucos, a frustração irá aparecer e aí, lidar com isso vai ser foda, podendo gerar uma nova depressão.
Minha mente viajava: "Por que tudo tem que ser tão complicado? E ainda tem a situação da festa que ela quer me proteger. E para piorar, Natasha não erra uma." Fui tirado dos pensamentos por Natasha:
- Eu também quero conversar com você, na verdade, fazer uma proposta.
Eu apenas consenti, esperando ela continuar. Saímos da mesa e antes de nos sentarmos no sofá da sala, lavamos a louça. Ela buscou o notebook e me mostrou sua conta do Only Fans, explicando:
- Eu tinha uma meta de deixar os programas, a vida de puta, assim que minha página deslanchasse e eu tivesse assinantes o suficiente para me dedicar apenas ao site.
Eu não dizia nada, deixando ela à vontade para prosseguir:
- Bom, esse dia chegou e agora quero me dedicar apenas ao conteúdo digital.
Eu não estava entendendo:
- Mas o que isso tem a ver comigo?
Ela me olhou sorridente:
- Meus assinantes são fiéis, mas apenas o conteúdo erótico, fotos e vídeos, não está sendo suficiente. Quero começar a fazer vídeos de sexo. Com eles, posso triplicar minha renda.
Eu começava a entender. Ela continuou:
- Se não se importa de falar, quanto você ganha por mês?
Eu não tinha motivos para esconder, mesmo estranhando a pergunta:
- Um pouco menos de três mil reais, por que?
Natasha foi direta:
- Se você me ajudar, eu posso pagar o dobro disso por apenas um dia de serviço.
É claro que eu me interessei:
- Fale mais…
Ela falou:
- Eu quero que você seja meu parceiro de foda, meu maridinho para o mundo virtual. Só confio em você para fazer isso. Os conteúdos produzidos como "caseiros" fazem muito sucesso. As pessoas querem participar da intimidade dos outros e pagam muito bem por isso.
Eu me assustei:
- Você quer me transformar em um ator pornô, é isso?
Natasha deu risada:
- Basicamente. E podemos até variar de vez em quando, com ménages masculinos ou femininos, dependendo do pedido dos assinantes, do que fizer mais sucesso.
Eu não estava muito confiante:
- Mas eu tenho família, irmãos, amigos… esses vídeos sempre vão parar em sites de putaria… não sei se consigo fazer isso.
Experiente, Natasha tinha solução pra tudo:
- Relaxa. A gente vai borrar seu rosto nas gravações. E podemos colocar tatuagens falsas no seu corpo apenas para gravar. Com as tatuagens e os programas de edição, os filtros, você pode ser um cara diferente, a imaginação é o limite. Dá até pra brincar com isso, com o fetiche da traição, mesmo que seja sempre você.
Natasha sentou no meu colo, me deu um beijo gostoso na boca e voltou a tentar me convencer:
- Eu quero abrir a minha própria produtora e cuidar da minha carreira. Mesmo me formando como advogada, jamais terei as possibilidades de ganho que o mundo dos vídeos adultos me daria. E além disso, essa é uma carreira curta e a advocacia é apenas para o futuro, quando eu estiver velha e feia.
Eu brinquei com ela:
- Você jamais será feia…
Ela fingiu se irritar:
- E velha?
Eu conclui:
- Isso não tem jeito, é o curso natural da vida.
Depois olhei sério para ela:
- Eu preciso pensar. Não adianta eu me comprometer e depois dar para trás. E outra, ainda tem essa situação com a Jéssica na festa, o que aconteceu entre nós…
Natasha me interrompeu:
- Jéssica está disposta a compartilhar. Ela mesmo me disse. Se esse é o preço que ela tem que pagar para ter você, ela está decidida.
Eu olhei para Natasha sem acreditar:
- Eu acredito em você, mas na Jéssica…
Ela foi taxativa:
- Eu já disse que também quero estar com você. Você sabe disso. Como não farei mais programas, podemos fazer isso dar certo. E sei que Jéssica tem curiosidade de estar comigo também.
Eu não consegui segurar o espanto:
- Caralho! Na lata assim mesmo? Podia me preparar antes de soltar a bomba.
Natasha se divertia:
- Eu já tinha dito que Jéssica se abriu comigo, errei em alguma coisa até agora?
Preferi não discordar, ela tinha razão. Eu ainda estava confuso sobre uma coisa:
- Você vai mesmo largar todos os seus clientes?
Natasha não enrolou para responder:
- Todos, todos, não! Com você eu quero ter uma relação de amizade colorida, um pau amigo. E ainda tem o coroa daquele dia que você me ajudou. Não é só pelo dinheiro, eu gosto de foder com ele. Com os outros não tenho nenhuma ligação especial, era apenas negócio. Inclusive, até já me desliguei da casa em que atendíamos, onde conheci você.
Eu estava confuso. A proposta de Natasha era realmente muito boa. Ainda mais se desse problemas no meu emprego. Como as famílias eram muito unidas, provavelmente meu patrão já estava sabendo do ocorrido na casa de Marcela e Marcel e o medo de sujar seus nomes, poderia fazer com que me despedissem. Eu e Jéssica éramos o lado fraco daquela corda, os menos favorecidos e a probabilidade de tudo se complicar era real. Naquele mundo de tubarões, éramos as sardinhas perdidas no oceano.
Não adiantava sofrer de véspera, eu precisava pensar em tudo com calma, mas me sentia muito tentado a aceitar a proposta de Natasha. Com aquela renda extra, eu poderia mudar completamente a vida da minha família.
Natasha só me levou em casa no final da tarde, depois de duas horas de um sexo intenso e louco, onde eu levei uma verdadeira surra de boceta, com ela só ficando satisfeita depois de extrair até a última gota de energia do meu corpo.
Antes de deitar, mandei uma mensagem à Jéssica:
"Obrigado por ontem, foi maravilhoso. Espero que não fuja de mim, nem se sinta envergonhada. Eu queria tanto quanto você. Um beijo nessa boca gostosa, Boa noite!"
Ela respondeu com emojis de coração e beijo. Natasha acertou novamente.
Acabei dormindo muito bem naquela noite, mas o dia seguinte, a volta ao trabalho, viria para testar de vez a minha resiliência.
Continua.