Gil gozou na boca de Cindy. E foi muita porra!
Cindy estava de cócoras, sentindo nas costas o frio da parede do quarto através da mini camisolinha transparente. E Gil estava de pé, segurando a cabeça dela com as duas mãos.
Cindy gostaria de se ver no espelho da porta do armário, ao lado, mamando aquela piroca linda, grossa, dura como aço, mas não teve tempo.
Gil olhava pra ela, e gostaria de poder ver o rosto da CD durante o boquete e o gozo, mas não podia por causa da posição.
Porém, o que Gil viu acontecer, enquanto urrava e esporrava na boca daquela linda viada, ele jamais tinha visto e não veria de novo, nem nunca imaginara que podia acontecer.
Gil tinha gozado comendo a outra CD, a fofinha e gostosa Jane, no início da madrugada, horas atrás. Desde então ele tinha feito Cindy gozar três vezes e durante todo o tempo de sacanagem ele tinha sentido muitas contrações da próstata sem em nenhuma deles ter ejaculado. Ele tinha muita porra acumulada!
E Cindy, que pensava que teria algum tempo no boquete antes do macho esporrar, tava com a boca muito ocupada pela cabeça e quase metade do talo da piroca, quando veio o leite de homem.
O primeiro jato de gala bastou para encher completamente a boca de Cindy. O segundo ocupou um espaço que não havia e forçou a saída de um forte jato pra fora da boca, pelo cantinho direito dos lábios da CD. E o terceiro produziu o mesmo efeito, mas por um motivo qualquer o jato saiu pelo cantinho esquerdo daqueles lindos lábios.
Gil viu esses jatos disparados contra ele mesmo, da boca de sua amante e sentiu como se esporrasse ao mesmo tempo na boca da crossdresser e em si mesmo, e se impressionou. Nunca havia acontecido e ele ficou com os lados da almofada pubiana completamente galados.
Cindy, num misto de excitação e susto, gemia recebendo toda aquela porra na boca, enquanto sentia o leite de seu macho escorrer pelos beiços e por todo o queixo, à medida em que a trozoba do soldado jateava o resto do gozo em sua boca.
Gil terminou de gozar e afastou a pica dos lábios da CD. E nesse momento a viada percebeu que as mãos do macho não seguravam mais sua cabeça, só acariciavam sua peruca. Então Cindy imediatamente se soltou do soldado, ficou de pé num pulo e correu para a pia do banheiro com a boca cheia de porra.
O que Cindy não imaginava é que Gil fosse atrás dela, tomado de paixão e com a piroca ainda dura e agora ainda mais babada. E ele fez o curto trajeto em passos lentos mas determinados, certo de que eles tinham mais amor por fazer.
Cindy terminava de cuspir na pia a gala acumulada na boca e ia se lavar do fio de esperma que saía de seus lábios e da porra que lambuzava todo o queixo de seu lindo rosto anguloso, quando Gil chegou nela.
Gil não tinha mais intenção, plano, lógica nem prumo. Ele era só desejo por aquela linda crossdresser e a segurou pelo rosto esporrado, interrompendo um pedido de desculpas.
- Desculpa, meu querido. Eu... huuummm!!!
Gil aplicou na boca esporrada de Cindy o beijo mais apaixonado daquela madrugada, surpreendendo a viada por completo e fazendo a fêmea viajar de olhos arregalados se entregando ao rapaz como nunca. E o beijo não parou ali.
Houve só uma interrupção, depois de uns dois minutos de beijo nos quais os dois amantes se agarraram e abraçaram com uma fome louca um do outro, como se os dois não tivessem acabado de gozar. Mas foi breve. E foi a fêmea que fez o beijo parar.
Cindy interrompeu o beijo para sorrindo lindamente tirar um fiapo vermelho das plumas da borda de sua camisolinha, que a piroca de Gil tinha levado até sua boca. Mas não conseguiu terminar a frase com que ia explicar o gesto.
- Entrou na minha boca com te... huuummm!!!
Gil voltou a beijar a fêmea como se não houvesse amanhã. O fato dela ter aceitado receber na boca seu gozo, depois de Jane ter avisado que Cindy não bebia porra, o excitava demais. Era como se ela tivesse sacrificado algo muito sério por ele, mesmo tendo cuspido seu sêmen na pia,
O tesão de Gil tava nas nuvens e não tinha diminuído nem mesmo depois da monumental galada que ele tinha dado na boca da viada.
Cindy de novo se sentiu muito fêmea, estreitada por aqueles brações e peitoral definidos. Além de tudo o que Gil já havia demonstrado em termos de tesão po ela e de domínio da ciência do amor, ela agora via que ele não tinha nojinho algum de a beijar toda melecada de porra.
Sem parar de ser beijada lascivamente na boca, a viada foi se sentindo esmagada pelo corpão do macho e se pendurou no pescoço de touro de Gil como se fosse morrer afogada se não agarrasse o rapaz. Mas o delicioso suplício não parou ali.
Cindy se sentia cutucar por aquela rola ainda espetacularmente dura para a enorme quantidade de porra que tinha sido cuspida, e achava aquilo incrível. E ela achou mais incrível ainda quando sentiu os joelhos de Gil afastarem suas pernas, para ele se encaixar no meio delas. E então, além da piroca tesa e cutucante, ela sentiu o melhor de tudo: as mãozonas de Gil segurando as coxas dela pouco abaixo da bunda e a erguendo no ar, praticamente colocando uma perna dela, de cada vez, ao redor da cintura do macho.
Gil a queria! E queria mais!
Sem para de beijar, o macho apoiou uns poucos centímetros da bunda de Cindy no gelado mármore rosa da larga bancada da pia do banheiro e só aquilo já foi o bastante para que o corpo da dona da casa empurrasse pra trás a miríade de perfumes e de produtos de beleza e para a pele que ficava no local, num alto tilintar de potes e frascos.
Irritado pela resistência daquela multidão de objetos que o impedia de colocar sua presa na posição em que ele queria fuder, Gil extravasou seu inconformismo num violento ato reflexo e varreu com mão e antebraço todos os frascos, bisnagas e potes, todo o conjunto de coisas que estava atrás de Cindy, para longe.
A maior parte dos objetos caiu dentro da cuba da pia, uns poucos ficaram na própria bancada, mais afastados e um caro pote de louça contendo um creme noturno para o rosto se espatifou no chão. O barulho geral soou bem alto na madrugada, mas foi imperceptível para os amantes, um mergulhado no universo e corpo do outro pela boca.
Não é que Cindy não desse importância para seus caros perfumes e cremes importados. Ela simplesmente não percebeu! E tampouco Gil.
Para Gil só existia o beijo naquela CD de corpo esguio e rosto lindo; só existia aquela pele sedosa na qual qualquer parte do corpo do macho sentia prazer em deslizar; só existiam as pernas longas e femininas que agora ele cuidadosamente colocava uma de cada vez sobre seus ombros fortes e largos, testanto a elasticidade de Cindy.
E, acima de tudo, para o macho só existia aquele reto quente e aveludado, pra onde a grossa e esporrada piroca dele queria voltar.
Contagiada pela paixão de Gil e deslumbrada pela potência do menino, a crossdresser se sentia plena, mulher completa, mulher de Gil, existindo só para ele, só para tomar dentro de seu corpo a rola grossa dele, só para satisfazer qualquer desejo de seu homem. Ela se encolhia toda com as pernas nos ombros dele sem parar de beijar, oferecendo seu cu para que ele entrasse todo, pica, colhões, cabeça, tronco, membros e alma! Sobretudo a alma!
Foi sem descolar línguas e bocas, segurando o corpo de Cindy curvado para ele com um braço nas costas da fêmea, e a mantendo encolhida sobre a bancada da pia e com as pernas em seus ombros, que Gil foi guiando com a mão sua pica babada rumo ao alvo.
E mesmo tomado de paixão, Gil não deixou de ser Gil e, antes de meter, brincou por uns poucos minutos com a glande dele na base do saquinho de Cindy e pelo períneo da viada, fazendo a crossdresser gemer forte em sua boca.
Cindy se desmanchava de prazer. Nunca ninguém a tratara daquele jeito. E ela não aguentava mais. Precisava confirmar que tudo o que sentia de bom, ali, era verdade, e não um sonho. E a única forma de ter essa confirmação era agasalhar de novo, dentro de si, aquele caralho!
Cindy estava prestes a largar do beijo interminável para outra vez implorar pela piroca de Gil, quando o macho encaixou a cabeça da rola na olhota. Um e outro sentiam muito mais, agora sem camisinha, do que em qualquer momento antes, e foi com paixão muito bem contida, no ponto certo de equilíbrio para prolongar o prazer, que Gil foi metendo em Cindy e pela primeira vez o fez em seu estilo preferido, o devagar e sempre.
E Cindy, que não chegara a interromper o beijo para pedir pica, agora largava da boca de Gil para saudar a volta daquela piroca para o lugar dela, que era dentro do seu corpo!
- ÁÁÁÁÁÁHHH!!!
No outro quarto, deitada de lado observando Teixeira dormir, Jane refletia sobre o maravilhoso gozo simultâneo que os dois tinham alcançado há pouco.
Depois do gozo, Jane e o amigo de Gil haviam se beijado muito e namorado carinhosa e suavemente até Teixeira dormir tendo o peito acariciado pela CD. E sozinha e sem sono ela teorizava se o orgasmo deles havia sido assim juntinho e tão intenso porque pela primeira vez tinham fodido sem camisinha, ou se era porque tinham acabado de se prometer um ao outro como amantes fixos, ou se era pelos dois motivos combinados.
Fosse porque fosse, tinha sido maravilhoso e a CD fofinha agora pensava seriamente em ter Teixeira só pra ela.
E então Jane ouviu o barulhão dos frascos e potes de Cindy se chocando uns com os outros empurrados por Gil, caindo na cuba da pia. E junto escutou o estilhaçar do pote de louça com creme facial contra o chão.
Os dois quartos eram separados, mas ambos os banheiros dividiam as mesmas colunas de água, com apenas uma parede os dividindo. E assim era fácil para uma das CDs ouvir tudo o que acontecia no banheiro da outra.
Preocupada com a amiga e achando que Cindy podia estar sendo agredida pelo macho fortão, Jane já havia se levantado para correr até o outro quarto quando ouviu o grito da viada reagindo a mais uma penetração.
- ÁÁÁÁÁÁHHH!!!
Jane ficou na dúvida. Cindy estaria apanhando ou ainda levando rola? Ou os dois?
Tão preocupada quanto curiosa, Jane saiu do quarto descalça, completamente nua mas ainda de peruca, e foi pé ante pé, silenciosamente até a porta do quarto de Cindy. Uma tinha a chave do quarto da outra, para qualquer emergência e assim que a CD fofinha destrancou a porta notou primeiro que o quarto tava todo iluminado, o que não era o hábito de Cindy quando dava pra algum macho em seus aposentos.
Uma fração de segundo depois Jane ouviu Cindy e Gil, no mesmo ritmo, com os sons vindo do banheiro:
- Isso!... me come!... aaahhh... me come toda!... sou toda tua... aaahhh...
- Eu... úúúhhh... te quero... úúúhhh... vou te comer... mas... úúúhhh... vou te comer mas é muito!!!
Eles fodiam no banheiro de Cindy! Sentindo-se leve e feliz pelo gozo extraordinário com Teixeira, o lado sapeca de Jane aflorou e ela pensou em chegar de mansinho na moldura da porta do banheiro e dar um susto nos amantes falando algo como “tem lugar pra mais uma?” só pra atrapalhar. Depois, sairia correndo, antes que Cindy lhe jogasse algo encima.
Mas ao meter sua cara redonda no vão da porta o que Jane viu a deixou de boca aberta.
- Aaahhh... meu meni... no... meu... aaahhh... meu menino gostoso...
- Minha linda...
O casal tava atracado numa foda furiosa e acelerada. Toda encolhida sobre a bancada da pia, Cindy se curvava com o rosto perto da cabeça de Gil olhando fixamente para o macho enquanto tomava rola com a lombar quase deitada sobre a bancada da pia. E isso tudo com as lindas pernas sobre os ombros de seu comedor.
A mini camisolinha cobria os seios da CD mas estava toda embolada pouco abaixo dali. E os movimentos de entre e sai que Gil fazia levantavam para o ar as pernocas de Cindy e pareciam esmagar a fêmea para meter no cuzinho dela.
- Gil... Gil... meu menino... aaahhh... você... tá me comendo... toooda... aaahhh...
E Gil segurava com força os quadris da viada e metia rola como se o mundo fosse acabar.
- Eu to... úúúhhh... eu quero...
Jane, como a maioria das gordinhas, era calorenta mas naquele momento sentia frio. Mas ela viu claramente as gotas de suor na testa e no bração de Gil, braço tenso, com os músculos contraídos no esforço de puxar a CD. Todo o corpo de Gil tava molhado de transpiração!
- Eu quero... é te... te comer... seeempre!
- Aaahhh... Gil... meu menino...
Jane se excitou com a cena e desistiu de brincar com os amantes. Seria muita sacanagem interromper aquela lindeza de sexo! Sem ter sido vista, com muito cuidado a CD fofinha refez seu caminho, trancou o quarto da amiga e, uma vez no próprio quarto, foi direto para o banheiro e lá se fechou. E sentada no vaso ela ficou se masturbando e ouvindo os gemidos de Gil e de Cindy.
Jane não se imaginava na mesma posição que a amiga, porque sabia que seu corpo não tinha a mesma elasticidade do de Cindy. Ela se punhetou imaginando-se debruçada sobre a pia do banheiro com Teixeira a enrabando furiosamente, de pé, atrás dela.
E não demorou muito para Jane ouvir mais do que gemidos, vindos de Cindy e Gil.
Em pouco mais de dez minutos de foda em velocidade de galope, acompanhada por beijos de entrega absoluta, Gil deu sinais de que iria gozar.
- Eu... eu... húúú... eu... num tô me aguentando... húúú...
Gil passou a fuder curtinho e rápido, acelerando muito os movimentos, quase como se tremesse. E aquilo aumentou o tesão da viada.
- Vem,... aaahhh... meu querido... vem pra ... aaahhh... sua Cindy...
- Vem tu... comigo... juntinho!
Era uma ordem! E muito bem enrabada, Jane não tinha a mínima condição de recusar. Ela imediatamente começou a esfregar seu piru murcho e achatado, com a mão espalmada como se masturbava desde sempre, olhando fixamente para a expressão de tarado do rosto de Gil.
E Gil por um instante olhou pra baixo, pra ver Cindy se masturbar, e viu um outro detalhe que o ligou a outros gozos. Ele viu a outra mão de Cindy agarrando a beirada do mármore sobre o qual ela estava. Agarrando com muita força, fazendo as veias ficarem saltadas. E aquela mão expressava todo o tesão da viada e o lembrou da mão de Gilda tentando arranhar o azulejo do box na hora do gozo, com Gil metendo no cuzinho da irmã. E lembrou da mão de Leia agarrando descontrolada o lençol da cama, com Gil a comendo de quatro no encaixe.
E foi com aquelas associações entre presente e passado que Gil sentiu o gozo vir.
O macho puxou os quadris de Cindy para si com toda a sua força, prensando os ovinhos da viada com seu corpo, e gozou segurando a rola parada fundo dentro da fêmea e de novo urrando alto e forte para mostrar ao mundo como ele gozava intensamente.
- ÚÚÚRRRHHH!!!
- Aaahhh... isso!... Assim... se derrama em mim...
Cindy tava alucinada pela foda. Tudo era novo. Ela nunca havia sido tão desejada e comida tantas vezes por um só macho na mesma noite, como naquela madrugada. Ela nunca havia dado para um homem naquela posição. E, cúmulo das boas novas, ela não sentia o esperma quente de um comedor se derramar dentro dela há praticamente o mesmo tempo em que não tomava porra de homem na boca. Há mais de dez anos!
- UUUUUURGH!!!
E bastou Cindy ouvir o grunhido de gozo do macho e sentir a porra de Gil em seu reto, que ela começou a gozar junto de seu homem.
- HUUUIIIIMMM... GIL... EU TO... HUUUIIIMMM.... GOZAN...
Cindy gozou dois segundos depois de Gil, derramando seu pouco sêmen em si mesma e deixando seu homem perceber que ela gozava com seus anéis mastigando a rola do soldado enquanto a piroca dele ainda injetava porra dentro dela.
Eles nunca haviam se visto até umas seis horas antes. Mas gozaram juntos, um olhando para o outro, um gritando para outro e com Gil agarrando Cindy com todas as forças.
E no banheiro ao lado, ouvindo tudo, Jane acelerou a punheta e gozou sozinha, uns dois minutos depois.
Terminadas as contrações, Gil tirou carinhosamente a rola de dentro da viada e baixou com cuidado e uma de cada vez as pernas de Cindy até o chão, colocando a CD de pé e grudada de frente para ele.
Mas em lugar de ir para o beijo, como o macho queria, Cindy aninhou o rosto entre pescoço e ombro de Gil, e ficou ali, com os braços encolhidinhos e prensados entre seus seios e o forte peitoral peludo do soldado, e abraçada forte por ele. E Gil ouviu Cindy com atenção e percebeu que a CD chorava. Um choro sofrido que começou mansinho e foi crescendo até virar um choro com rios de lágrimas e soluços.
Sempre atento às suas fêmeas, Gil acolheu silenciosamente aquele choro com um abraço amoroso em que suas mãos acariciavam as costas da crossdresser sobre a camisolinha. E, à medida em que sua rola duplamente babada da porra dele mesmo ia finalmente amolecendo, Gil ia se sentindo culpado.
É que ingenuamente o rapaz achava que Cindy chorava por terem transado sem o preservativo. Por isso, sem parar de acariciar a fêmea, ele começou a tentar se desculpar.
- Espia... de-desculpa... eu... eu não sei o que me deu... alías... eu sei... foi... puro tesão... foi a paixão por tu... esse teu rosto lindo... eu...
Ainda chorando, Cindy tentava entender do que Gil falava e ficou só quietinha escutando.
- Eu... não tinha o direito... eu... devia ter usado outra camisinha... me desculpa... eu juro que...
Naquele instante, para Cindy, Gil não era mais o macho fortão, pirocudo e habilidoso no sexo. Era um menininho se desculpando. Um menininho doce, inseguro, lindo... Cindy estava perdidamente apaixonada.
Ainda chorando e com a maquiagem desmanchando como na “Rebel, Rebel” do Bowie, Cindy ergueu a cabeça e olhou Gil. Seus olhos molhados faiscavam de felicidade.
- Não, meu menino... meu querido... meu choro é de felicidade. Você me fez a mulher mais feliz da face da terra!
As lentes de Cindy estavam embaçadas de calor corporal em contraste com o ar frio. Gil delicadamente retirou do rosto da CD o bonito óculos de gatinha e só então ele percebeu o quanto o olhar da viada, disfarçado pelo lápis e longos cílios postiços, era doce!
Os dois se beijaram amorosamente, agora sem tesão, e Gil novamente pegou a CD no colo e levou para o quarto, deitando-a delicadamente na cama.
Era a hora de relaxarem juntos e eles conversaram deitados e se acariciando, com Gil continuando a brincadeira que já havia feito.
- E finalmente Jacó pegou Raquel.
- De onde você tirou isso?
- Livro do Gênesis, não conhece?
- Ahhh!
- Jacó queria pegar Raquel, mas teve que pegar primeiro a irmã dela.
- O velho testamento é só sexo, drogas e rock’n roll.
- E é mesmo!
- Você é muito especial. Você não faz ideia do quanto é diferente dos...
Cindy ia falar “dos homens que vêm aqui”, mas achou que arriscava quebrar o clima. No entanto, ela só adiou o fim do encantamento por pouco tempo, porque depois de um longo bocejo Gil pediu algo impossível, beijando carinhosamente a mão dela e falando:
- Esse teu devotado servidor “diferente” queria dormir aqui, contigo.
Acariciando o rosto do macho com dó genuína dele, Cindy negou:
- Meu Querido, não me pede isso... nunca.
- Mas...
Cindy tentou tornar o momento mais leve:
- Você já me tirou dos eixos, me jogou no chão e me desarrumou toda, sem me chamar de “gaveta”! Mas essa regra de Xanadu, você não pode quebrar, Meu Menino!
- Mas, por que?
- Meu querido, é meu sonho e minha dignidade. Não quero que você veja outra pessoa em mim. Só eu, Cindy. E se você dormir aqui, vai me ver virar abóbora. Afinal, “os homens dormem com Gildae acordam com Rita!”
Cindy arregalou os olhos, verdadeiramente espantada por Gil ter completado a frase.
- Mano do céu! Como você sab...
- Meu pai é cinéfilo e é fã desse filme. E já contou pra gente esse dito da Rita Hayworth sobre a personagem um monte de vezes.
- Sério?
- U-hum! Ué tu não sacou com o nome da minha... péra! É verdade! Eu não te contei!
- O que?
- O nome de minha irmã é Gilda.
- Nooossa! Mas... por causa do filme?
- Sim.
- Mas, então teu pai não é tão careta, assim. Gilda é uma personagem de mulher livre. Uma Carmen.
- Meu pai é quase um feminista. Mas é homofóbico. Tem essas coisas.
- E Gilda? Como ela é? Parece contigo?
- Não. Nadinha. Minha mãe é filha de portugueses e eu puxei tudo dela. Mas Gilda herdou todo o sangue Saterê-Maué da família do meu pai. Parece uma índia perfeita.
- Deve ser bonita!
- Gilda é linda! Não como tu. São...
- Belezas diferentes.
- É! Isso! E ela... se tu não repara... ela é muito gostosa. Tem maior corpão.
- Você tem foto dela?
Gil respondeu apreensivo, porque intuía que lembrar de Leia seria complicado naquele momento. Mas achou que não poderia negar.
- Tenho... lá embaixo, na minha carteira. É a mesma foto com Leia, que te falei.
Cindy tentou naturalizar a lembrança da namorada travesti de Gil e com fingida alegria disse que queria ver a foto de Leia. Na verdade ela tinha mesmo era curiosidade e torcia para que a viadinha de Belém, de seu homem, fosse uma trans bizarra de feia. Assim ela pulou da cama e batendo palmas saiu andando e falando:
- Vamos lá! Eu quero mesmo ver a foto de Leia e assim tu me mostra Gilda, também!
- Antão, tá!
- E tá tarde! Tá na hora de vocês irem. Faz um favor, meu bem? Chama Zezinho pra descer contigo e irem se vestindo, que vou chamar um táxi pra vocês e já desço!
Gil foi até o quarto de Jane e viu que a CD dormia ao lado de Teixeira, de bruços e ainda de peruca, com o generoso bundão exposto. O paraense acordou o amigo carioca aos cutucões e os dois desceram sem despertar a CD fofinha.
Os rapazes já estavam vestidos quando Cindy desceu, com a maquiagem retocada e ainda encobrindo com falsa alegria a apreensão de ver Leia na foto. Andando e gesticulando com elegantes e animados gestos femininos, Cindy anunciou:
- Pronto, rapazes! Seu Luís, nosso taxista de confiança, já tá vindo. Ele leva vocês e acerta a conta comigo.
Gil dessa vez não gostou da CD pagar até o taxi:
- Tá errado, Linda! A gente paga! Quanto é a corrida daqui até a rodoviária?
Gil já tinha pegado a carteira quando Cindy muito carinhosamente segurou a mão dele e com a outra mão fez uma carícia no rosto do macho:
- Vocês não vão pra rodoviária, meu amor! Vocês vão pro hotel onde sempre hospedamos nossos convidados. A diária de vocês está paga até domingo.
- Mas...
Cindy calou seu homem com um romântico beijo, já com uma pontinha de receio de que as ilusões daquela madrugada de amor e sexo desaparecessem com o nascer do sol. Mas, para a alegria da viada, Gil pegou a deixa da diária até domingo para tentar emendar um novo encontro e abraçando a viada propôs:
- Antão... se ficamos até domingo, a gente pode se ver amanhã à noite.
Aquilo encheu o coração de Cindy de alegria verdadeira, mas um novo encontro em menos de 24 horas daquela noite era algo que ela nunca havia feito. Ela acreditava que orecisaria se recuperar daquela noite.
Com as mãos nos ombros de Gil, a CD recusou contrariada a proposta, inventando uma desculpa para si e pegando carona na agenda verdadeira do sapo de Jane:
- Você quer dizer hoje à noite. Já é sábado há muito tempo.
- É! Hoje à noite!
- Eu adoraria, meu amor! Mas os nossos sapos, o de Jane e o meu, têm compromissos em Sampa hoje ainda.
Enquanto Gil fazia cara de inconformado, a campainha da casa tocou e Cindy atendeu ao interfone na cozinha, para na volta pedir a Teixeira:
- Zezinho, você pode por favor pedir ao Seu Luís para esperar um pouquinho que eu quero me despedir de Gil?
- Claro!
E depois que Teixeira saiu sorrindo e piscando um olho para o amigo, a CD falou para Gil:
- Agora me mostra a foto, vai!
Gil pegou outra vez a carteira, tirou de dentro a foto polaroide, desdobrou e entregou para Cindy. E a crossdresser sentiu como se levasse um soco na boca do estômago ao ver o retrato.
A foto estava esbranquiçada nos vincos em cruz das dobraduras e as cores já desbotavam. Mas apareciam claramente, abraçadas a Gil, uma de cada lado e com roupas iguais, as gostosas e sorridentes Leia e Gilda. E ambas estavam lindas!
Um desavisado veria duas adolescentes gostosas, de coxas grossas, com iguais blusinhas ciganinha e bermudas coladas ao corpo e com o mesmo corte de cabelo. Bem poderiam ser irmãs. Mas Cindy, além de saber que Leia era travesti, era versada no assunto, tinha olho treinado para identificar trans e viu fácil qual das duas era a namorada de Gil.
Cindy falou quase gaguejando e tentando dissimular o choque.
- E-ela... ela é linda! Mano do céu! As duas são lindas!
- São, não são? Essa é...
- Sim! Sim, da pra ver! Essa é Leia. Rosto de mocinha! Linda! E essa é Gilda. Realmente é uma indiazinha. E com esse rosto... ela podia ser modelo! As duas!
Gil percebeu o constrangimento de Cindy e tentou aliviar a situação pedindo a foto de volta, mas a CD insistiu no autoflagelo.
- Esse cabelão igual ao de sua irmã... é peruca?
- Não. É dela mesmo. Só é alisado, porque o dela é crespo. A mãe dela...
Gil viu Cindy vermelha e desconcertada e parou de falar sem mencionar que a sogra Verônica, que aliás ele de vez em quando comia, era mulata.
Foi querendo confortar a crossdresser que Gil a abraçou e beijou, para depois falar ao ouvido dela:
- Se não podemos nos ver amanhã, eu venho aqui na sexta que vem.
E foi querendo preservar seu coração do sentimento de inferioridade sexual perante Leia que Cindy recusou.
- Eu... meu querido... não sei se venho semana que vem. Eu tenho... meu sapo... ele tem muito trabal...
- Eu estarei aqui na porta, na sexta à noite, umas nove horas.
- E se eu não vier?
- Eu estarei aqui na porta, na sexta à noite e na próxima sexta também! Às nove horas!
Cindy se irritou com a insistência insolente do soldado e falou endurecendo a voz.
- Você é muito abusado!
- Sou!
- Ninguém vem aqui sem a gente! É uma regra...
- Oh! Já sei! É mais uma regra de Xanadu.
- Você... a gente só pode se encontrar na boate!
- Eu virei aqui...
- Não! Você liga e a gente marca na boate. Olha! Eu tenho meu cartão de...
- Eu venho pra cá. Direto pra cá! Sexta que vem. Nove horas!
- E se eu chegar da boate com outro... com outra pessoa?
- Daí você vai me ver na calçada e escolher. Ou ele, ou eu.
- Você é muito abusado! Eu não venho na sema...
Gil agarrou a CD num outro beijo cinematográfico e se despediu dela:
- Até sexta, Moça Linda!
Cindy bateu a porta de casa com raiva e Gil fechou o portão da rua atrás de si e entrou no taxi onde o idoso motorista e Teixeira riam discretamente, tendo ouvido o diálogo dele com a viada.
Indiferente aos risinhos, Gil sentou sozinho atrás e quase imediatamente adormeceu pensando que agora ele era apaixonado por Cindy, por Leia e por Gilda.
E sem que Gil imaginasse, mais ou menos naquele momento e a milhares de quilômetros, Leia enchia a boca com a gala de um vizinho. E era a segunda esporrada, de um segundo macho, que a linda travesti de Gil tomava em gulosa na madrugada de Belém.
E, horas antes, sua irmãzinha Gilda é que havia bebido a esporra de um outro macho. Macho que não era nem Gil nem o namorado de Gilda, o jovem e riquinho baiano Marcelo.