Delírios Insanos - Realidade... Quem Sabe?

Um conto erótico de Multiface
Categoria: Heterossexual
Contém 1338 palavras
Data: 27/06/2023 14:03:06
Última revisão: 14/07/2023 12:42:48

Este texto é a sequência de "Delírios Insanos - Sacanagens Iniciais", dando ideia do que estava acontecendo com Marcelo. Para ter compreensão total da saga, sugiro que comece do início. É só clicar no meu nick e será encaminhado(a) ao endereço em que o texto se encontra.

No capítulo anterior você ficou sabendo que, por vários dias, eu recebi a visita de uma mulher que me deixou louco de tesão... Eu não a conhecia e não fazia a menor ideia de quem era e nem de onde vinha. Neste capítulo você vai entender o que estava, possivelmente, acontecendo. Possivelmente, porque, talvez, seja tudo delírio. Ou seria o início da realidade. Você decide. Espero que goste.

**********

Acordei com o som de uma voz ansiosa naquela manhã.

- Ele está acordando, doutor. Por favor, venha até aqui. Rápido!!!

Ao abrir os olhos encontrei um rosto estranho, com uma máscara branca e uma touca segurando os cabelos de uma mulher que vestia um avental verde. Ela tinha ares de espanto e estava aflita. Em seguida apareceu um camarada, vestido do mesmo jeito e ao que parece, tomou conta da situação.

- Calma, Soraia, vamos aguardar um pouco porque ele está voltando a si. Agora, aguardar é tudo que temos a fazer.

Minha voz não saiu quando tentei me comunicar, mas consegui agarrar em alguém, pelo braço.

- Tenha calma. Está tudo bem. Vamos resolver isso com calma.

Calma, porra nenhuma!! Que caralho está acontecendo? Onde estou? Que lugar é esse? Era o que eu conseguia pensar. Infelizmente não conseguia falar, mas minha vontade era de gritar esses pensamentos. O cara me segurou os ombros e falou.

- Não se esforce, Marcelo. Está tudo bem agora. Sou seu médico, confie em mim. Vamos retirar a sonda do seu nariz e liberar o acesso. Logo você poderá falar.

A mulher apareceu com alguma coisa que eu não identifiquei nas mãos e me disse que era a enfermeira que estava de plantão pra cuidar de mim.

- Feche os olhos e relaxe. Isso não dói nada. Logo, logo o senhor vai falar tranquilo.

Senti um leve desconforto na região da garganta. Algo estranho, mas indolor. O doutor esteve o tempo todo observando e quando senti a garganta ardendo tentei falar. Sem sucesso.

- Marcelo, você me entende? Aperte minha mão para dizer “sim”.

Ele segurou na minha mão e eu a apertei.

- Estamos cuidando de você há alguns dias. Você está no hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Fique tranquilo que vai dar tudo certo. Está se recuperando de um acidente. Confie em nossa equipe. Tenha um pouco de paciência que logo vai sair daqui. Entendeu?

Apertei a mão dele pra confirmar que tinha entendido e no reflexo falei um "tá", que saiu meio rouco, quase incompreensível.

- Que bom. Tá vendo só, logo vai falar normal.

Apesar de estar entendo tudo, queria saber do que tinha me acontecido. Que acidente? Quando? Onde? Por que? Num esforço sobre-humano me esgoelei e perguntei "o que aconteceu?".

- Nós não temos detalhes do fato. Foi um acidente na estrada. Nosso trabalho é ajudar você a se recuperar. Você está na UTI e agora são quatro da manhã. Descanse. Logo mais faremos uma bateria de exames.

Então era isso: eu estava numa UTI, e ninguém podia me dizer do que havia acontecido. Tudo que eu podia fazer era ter calma e descansar. Estranhamente eu me sentia ótimo. Na minha mente, poderia sair dali naquele momento e ir pra casa, sem nenhuma dificuldade. Mas... onde era mesmo que ficava minha casa? Eu não lembrava. Senti uma enorme angústia em saber que tinha uma casa e não sabia onde.

********

- Olá Sr. Marcelo, está tudo bem?

Acho que adormeci e alguém estava me chamando. Quando abri os olhos dei com outra enfermeira, máscara, touca e avental, como a primeira.

- Que horas são? Que está havendo? Estou bem, sim, quero sair daqui.

- Bom sinal, já quer ir pra casa, né!? É de manhã, um pouco passado das nove. Um minuto que vou chamar o doutor. Ele quer falar com o senhor.

Chegou um cara que não era o mesmo da madrugada.

- O senhor está bem?

- Acho que sim, pelo menos agora consigo falar.

O cara riu e me explicou. Eu estive “apagado” por alguns dias, mas todos os exames que fiz não mostraram nenhum problema orgânico ou físico. Meu desligamento deveria ser por um trauma indetectável nos exames. Informou que estava tudo pronto pra repetir todos os exames e que, se os resultados fossem os mesmos, eu seria liberado em breve.

- Quero ir ao banheiro, posso levantar?

- Aguarde um pouco Marcelo. Vou chamar um enfermeiro pra ajudar, mas tenha calma. Você esteve deitado por alguns dias e pode sentir tonturas.

Deu tudo certo, consegui levantar e caminhar, com alguma dificuldade até o banheiro e dei uma enorme mijada. Voltei para a cama e logo vieram me buscar para os tais exames. Me escanearam dos pés à cabeça, tiram sangue, radiografia, eletrocardiograma e tudo que eu tinha direito. Depois, fui levado a uma sala de descanso e me disseram que ficaria ali, até saírem os resultados. Acho que adormeci novamente, pois fui subitamente despertado por alguém falando alto.

- Maravilha, Marcelo! Como era de se esperar, você está em forma. Agora, vamos te colocar num apartamento e se você responder bem, poderá ir pra casa amanhã. Não há motivos para ficar mais aqui. Avisamos a Sra. Claudia e quando que ela chegar, você pode tirar todas as dúvidas.

- Quem é Claudia?

- Ela é a pessoa que está como responsável pela sua estada aqui no hospital. Caso precise de algo, é só chamar. Sempre vai ter alguém na sala ao lado.

*********

Dois enfermeiros apareceram logo depois e me levaram, empurrando a cma em que eu estava, até o apartamento. Quando chegamos, uma garota me esperava e imaginei que fosse a tal de Claudia.

- Bom dia, você é a Claudia?

- Sim, mas já é boa tarde. Sou eu mesma. Muito prazer, Marcelo. Fico muito feliz por ver que você está bem. Logo vamos pra casa.

- Fico agradecido pelo seu cuidado comigo, Claudia. Prazer em te conhecer, mas...

Sem que eu terminasse de falar, ela me disse:

- Você não está entendendo nada, não é? Eu sei, deve ser difícil. Mas, por agora, fique tranquilo. Eu tenho a tarde toda pra conversar com você e prometo que vou te contar tudo.

Para não cansar o leitor, descrevo resumidamente o que aconteceu. Era um final de tarde início de noite quando eu perdi o controle do meu carro, atravessei a pista e bati de frente com o carro de Claudia. Fui atirado pra fora e o fato interessante é que eu tinha um maço de cigarros fechado na mão. Lembra que contei no início do primeiro capítulo que o cigarro era o culpado por toda essa história? Sim, provavelmente eu tentei alcançar os cigarros no porta luvas do carro, em alta velocidade e perdi o controle. Segundo minha protetora, ela se sentiu responsável e me acolheu como responsável. Estávamos na região de Ribeirão Preto e ela me contou que ela e a irmã eram herdeiras de uma destilaria de álcool. Disse que tinha tudo preparado para que eu descansasse na chácara da família até que me recuperasse por completo. Quando a tarde caiu, chegou um enfermeiro que ela havia contratado para ficar comigo à noite.

No dia seguinte os médicos me deram alta e recomendaram que eu não me estressasse por, pelo menos, uma semana. Poderia levar uma vida normal, sem restrições além disso. Na minha cabeça, as coisas ainda eram muito nebulosas. Meu passado, minha vida, o trabalho, tudo estava embaralhado. Fui informado que isso era normal e que tudo voltaria ao normal em breve.

No próximo capítulo você vai ficar sabendo como foi que me envolvi com três mulheres deliciosamente especiais. Este capítulo foi fundamental para que a história que você vai degustar do capítulo três em diante faça sentido. Se você gostou, como incentivo, deixe seus comentários e algumas estrelas. Não perca o próximo capítulo, "Delírios Insanos - Hóspede Comedor", que sai em seguida.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 26 estrelas.
Incentive Multiface a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil de Álvaro G

Excelente, mas comecei a série atravessado, vamos ler a sequência corretamente agora, .

0 0
Foto de perfil de Almafer

Cara que situação insana amigo do céu kkkkk

0 0