A noite chegava em Versalhes e com ela uma forte chuva começava a cair. Na cidade, as pessoas se apressavam nas ruas, tentando se abrigar nas marquises. Ao norte da cidade, Kieza ensinava dois de seus discípulos, Capheus e Thabisa, alguns rituais de magia. Eles estavam no porão da casa de Thabisa, o novo esconderijo de Kieza. Ela os preparava para se tornarem tão ou até mais poderosos que ela mesma, sempre dizendo “Não tenham medo de explorar sua força. Um bruxo acomodado se torna motivo de vergonha em nosso meio e diante das pessoas de fora.” Enquanto a chuva caía lá fora, os jovens bruxos iniciavam um ritual para aprenderem a compartilhar suas energias um com o outro em caso de necessidade.
Thabisa se encontrava deitada sobre uma espécie de maca, completamente nua. Ao redor deles, havia velas vermelhas e um pote com algumas ervas sendo queimadas, que funcionavam como incenso, impregnado o lugar com um cheiro forte e inebriante. Capheus, também nu e excitado, estava de pé derramando um óleo sobre os seios de Thabisa e os massageava com delicadeza e sensualidade. A pele negra da moça reluzia por causa do óleo.
- Thabisa, sinta os toques e relaxe, esvazie sua mente e se entregue ao prazer. Acompanhe as mãos de Capheus onde quer que ele te toque.
Após alguns minutos de massagem, Capheus lambuzou seu enorme e teso pau com o óleo, e subiu sobre a maca. Apesar da excitação, ele parecia um pouco apreensivo. Kieza tentava fazê-lo relaxar, encorajando-o a manter o foco no prazer. Ele ficou por cima de Thabisa e começou a passar a língua em seu corpo, começando pelos seios e descendo até sua boceta, que nesse ponto já estava muito lubrificada. Capheus se deteve ali por uns instantes, lambendo o clitóris da moça e enfiando a língua na gruta molhada, enquanto com uma das mãos ele apertava seus seios duros e fartos. Ela se contorcia ofegante, levantando o tórax e jogando a cabeça para trás; seus gemidos iam ficando cada vez mais altos.
O jovem bruxo se posicionou entre o belo par de pernas da moça, e introduziu a rolona: 21 cm de carne dura, preta, cabeçuda, grossa, envergada. O membro entrou, abrindo espaço na boceta apertadinha e quase sem pelos, até que seu saco grande e pesado encostou na parte de fora da gruta. Capheus, sentindo-se um pouco afoito, começou a dar estocadas rápidas, fazendo Thabisa sentir dor. Kieza interveio, pegando no pau do rapaz e o tirando.
- Calma, Capheus! Deixe ela se acostumar com seu pênis. Respire fundo e pausadamente.
Kieza ainda segurava a rola de Capheus, e ele respirava fundo, como foi instruído. A bruxa-mestre levou o pau do rapaz devagarzinho de volta para dentro, e agora ele já se movia em um vai-e-vem mais lento e estável. Thabisa voltou a sentir prazer novamente, enquanto gemia dengosamente. Capheus deitou todo seu corpo sobre o dela, movimentando apenas sua pélvis de encontro a dela. Kieza admirava a bundona preta do jovem bruxo que se contraía para frente e se abria para trás, suas costas largas, pernas grossas quase sem pelos, e seu saco grande que balançava conforme ele se movimentava.
- Thabisa, façam contato visual sem interrupção enquanto sente o orgasmo chegando. E quando gozarem repitam as palavras que ensinei para sua alma se abrir um para o outro.
Thabisa e Capheus seguiram a ordem de Kieza, e logo a moça teve seu primeiro orgasmo, dando um alto gemido que ecoou pela casa. Com voz trêmula, ela seguiu a instrução. Capheus sentiu que ia gozar também e começou a recitar o feitiço. No entanto, nada acontecia. Kieza sentia a energia fluir de Thabisa, mas havia algum bloqueio em Capheus.
-Capheus, respire fundo e devagar! Concentre-se no que está dizendo até que se abra para o compartilhamento. Segure o gozo.
- Kieza, não vou aguentar. Vou gozar. Ahhh!
Capheus tirou o pau de dentro da moça, e gozou muito sobre sua boceta e barriga. A rola pulsava forte enquanto os jatos de esperma atingiam o corpo dela.
- O que aconteceu, Capheus? Por que está bloqueando sua mente?
- Não… sei… Eu não… - Ele tentava responder, ainda ofegante.
Enquanto os jovens se vestiam, Kieza explicava novamente que ele precisava se conectar com Thabisa, e para isso, deveria se concentrar em seu corpo e mente, e usar seu pênis como a ferramenta de ligação entre eles.
- Escutem aqui vocês dois. Não temos muito tempo. Os vampiros vão entrar em conflito a qualquer instante e precisamos nos defender e defender as pessoas que precisarem de ajuda. - E virando-se para Capheus, disse. - E você venha aqui. Precisamos ver o que está acontecendo nessa cabecinha.
- Me desculpe, não sei o que houve. - Ele disse um pouco envergonhado.
Kieza se sentou em um banquinho e ele sentou em outro de frente para ela. A bruxa o olhou nos olhos e colocou suas mãos nas têmporas do jovem. Ela tentava se conectar a ele, como já tinha feito antes. Porém, desta vez, não conseguia.
- Vamos deixar para depois, estou um pouco cansado. - Disse ele se levantando do banco.
- Capheus, não temos tempo. Preciso ao menos descobrir o que está acontecendo para resolver. Então mais tarde vocês dois tentam a conexão novamente. Pode ser?
Capheus balançou a cabeça afirmativamente e se sentou, um pouco contrariado. Enquanto isso, Thabisa sentiu algo e subiu para verificar se estava tudo certo.
Quando Kieza conseguiu acessar a mente de Capheus, ele se afastou, levantando-se.
- Kieza, Marcel descobriu onde estamos!! - Disse ele em voz alta.
Ela o encarou perplexa. No mesmo instante, Thabisa retornou desesperada.
- Kieza, os vampiros nos acharam! Eles estão lá fora!!!
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Dois dias antes
Após um dia de treinamento intenso com Kieza e o grupo de bruxos, Capheus estava exausto. Nos últimos dias, os aprendizes tiveram muitos avanços, alguns deles conseguindo desempenhar feitiços difíceis para um iniciante. Após o encontro de Kieza e Marcel nos arredores de Versalhes - em que ela socorreu Pièrre, Jean e Anthony - , Thabisa ofereceu sua casa para que ela se escondesse e para os bruxos se reunirem. Saindo do treinamento naquela noite, Capheus foi direto para sua casa. No caminho, foi abordado por um casal.
- Boa noite, senhor! - Disse o homem.
- Boa noite!
- Meu nome é Bernard e essa é minha esposa Alice.
- Prazer. Meu nome é Capheus.
- É você mesmo que estávamos procurando, Capheus.
- O que querem comigo?
- Veja vem, vou ser direto. Eu e minha esposa gostamos de experimentar coisas diferentes na cama. E o que ela mais quer agora é transar com dois homens.
- Mas e o que eu tenho com isso?
- Calma, sr. Capheus. Bem, a verdade é que nós o vimos no bordel outro dia e minha esposa gostou muito de você. Já sabemos que você gosta das duas coisas. Mas fique tranquilo, manteremos tudo em segredo.
- Me desculpe, Bernard, mas essa conversa está muito estranha.
- Nós podemos te pagar se quiser. E pagaremos muito bem. - O homem tirou do bolso do paletó um maço de dinheiro.
- Eu estava mesmo realmente precisando relaxar hoje.
Capheus pegou o dinheiro e os convidou para dentro de casa. Assim que fechou as portas, Alice o despiu completamente e começou a chupar seu pau, que ficou duro em segundos. Enquanto isso, Bernard o beijou e, olhando nos seus olhos, sussurrou algo que Capheus não entendeu.
Eles se despiram completamente; Bernard colocou o rapaz de quatro e, cuspindo em seu cu, o penetrou com força. Capheus sentiu muita dor, mas não reclamou nem recuou. Alice, sentada em uma poltrona, se masturbava, massageando seu clitóris e seus seios, vendo aqueles dois machos negros fodendo em sua frente. Em seguida, eles ficaram de joelhos, colando seus corpos suados um no outro. Alice veio e começou a chupar o pau do bruxo. Capheus sentia cada centímetro da rola de Bernard lhe invadir o ânus, e a boca quente e macia de Alice sugar seu próprio pau. Alice então se deitou no chão de pernas abertas; Capheus lhe penetrou, e Bernard continuou a fodê-lo. Os três gozaram poucos minutos depois.
Capheus se deitou no chão, e começou a sentir-se muito tonto. Mesmo com a visão embaçada, conseguiu ver Bernard morder o próprio dedo e passar o sangue em sua testa.
- O que está fazendo?
Bernard estava conjurando um feitiço para bloquear a mente do jovem bruxo.
- Isso é para bloquear sua mente e para que ninguém tenha acesso à ela além de mim, Capheus.
- Hã? O quê? Pare com isso!!
Ele tentou se levantar, mas estava tonto demais. Bernard colocou as mãos nas têmporas do jovem e lançou o feitiço sobre ele. No mesmo instante, Capheus sentiu uma dor de cabeça muito forte, como se uma agulha fosse enfiada ali, e em questão de segundos, a dor passou.
Confuso e assustado, e recuperando-se da tontura, Capheus tentou lançar algum feitiço contra eles, mas não conseguia.
- Diga a Kieza que Marcel e Nathalie a saúdam. Mas, pensando bem, acho que ela não vai gostar de saber o que aconteceu aqui. Hahahahaha!
Capheus se encolheu, sentado no chão, chorando copiosamente em arrependimento. Sua ganância por dinheiro e seu vício em sexo sempre lhe causavam problemas, mas dessa vez, iria causar uma catástrofe.
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- Capheus! O que você fez?
- Me desculpe, madame Kieza, eu fui enganado.
- Não! Você se deixou enganar, Capheus! Eu te alertei sobre eles tantas vezes. Eles são muito sagazes.
Marcel, juntamente com Louis, Frédéric, Nathalie e outros dois vampiros, tentavam entrar na casa de Thabisa, mas havia uma magia que os impedia de se aproximarem. No porão, Kieza e Thabisa, de mãos dadas, mantinham o local protegido. Capheus, no andar de cima, vigiava o movimento dos vampiros.
- Não adianta, Kieza! Se entregue antes que seja tarde! - Gritou Marcel do lado de fora.
De repente, demônios alados apareceram sobrevoando a casa e começaram a cuspir fogo sobre os vampiros. Estes corriam de um lado para outro para escapar das chamas.
- Kieza, vamos canalizar a energia dos outros.
- Perfeito. Peça ajuda à Claudia e eu vou pedir ajuda ao Auguste. Temos que fazer isso rápido.
Kieza e Thabisa então, começaram a se conectar com os outros bruxos para pedirem reforço. Ao observar os demônios, Marcel descobriu que eles não eram reais, mas apenas imagens, quando percebeu que as chamas que eles cuspiam não queimavam a grama ou as plantas ao redor.
- Esses demônios são apenas ilusão.
Marcel voou e passou por um dos demônios sem que ele o ferisse. Então voltou e ordenou que lhe dessem cobertura, pois ele iria tentar algo melhor. Tendo invadido a mente de Capheus duas noites antes, Marcel usou um feitiço para possuí-lo.
- Kieza, não consigo encontrar a Claudia.
- Claudia e Auguste estão mortos! Somos apenas nós duas. Temos que nos teletransportar daqui.
- Tudo bem. Vou chamar Capheus.
- Não sei se aguento mais. Já estou fraca. Vamos agora.
Nesse instante, Capheus desceu no porão, mas já estava possuído por Marcel.
- Madame Kieza, vocês vão me deixar aqui? Por favor, perdoem-me.
Thabisa sentiu pena dele e olhou para Kieza com olhar de piedade.
- Por favor, me levem com vocês, eu prometo me esforçar mais!!! - Ele se ajoelhou diante delas e começou a chorar.
- Infelizmente você foi avisado várias vezes, Capheus, e não foi a primeira vez que falhou conosco.
- Mas você mesma me ensinou a usar a sua magia!
- O quê? Thabisa, tem algo errado… esse não é Capheus! Vamos embora daqui agora!!!
Enquanto elas, de mãos dadas, uniam forças para se teletransportar, Marcel se levantou com um sorriso maligno e começou a andar em sua direção. A magia delas, porém, estava fraca. Marcel então pegou um punhal que tinha na cintura e o lançou contra Thabisa, acertando-a no pescoço.
- Thabisaaaa! - Kieza gritou em desespero.
O vampiro se aproximou de Kieza para capturá-la, mas usando as poucas forças que tinha, ela o arremessou contra a parede, o que o fez desmaiar. Nesse instante, o espírito de Marcel deixou o corpo de Capheus e retornou para seu próprio corpo.
- Peguem a bruxa no porão! - Gritou Marcel ao retornar.
A proteção que estava sobre a casa foi rompida, e os vampiros puderam invadir. Louis e Frédéric foram adiante e desceram ao porão, e chegando lá, viram Kieza sentada no chão, segurando Thabisa, já sem vida. Os dois vampiros a pegaram à força enquanto ela chorava copiosamente. Capheus, recuperando a consciência, viu Kieza sendo levada e o corpo de Thabisa. Quando os vampiros saíram, ele se levantou com dificuldade e foi até o corpo.
- Thabisa, acorde! Por favor! Me perdoe.
- Acabou, feiticeiro!
Marcel apareceu atrás dele, fazendo-o assustar. Então, o segurou pela camisa e o levantou.
- Por favor, não me mate! Eu posso te servir!
- De modo algum eu terei um insubordinado como você me servindo.
Sem piedade, Marcel o segurou na cabeça e com um movimento brusco, quebrou-lhe o pescoço.
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Paris, horas antes.
Após ter saído da estação de trem, Pièrre foi até uma igreja e encheu um frasco com água benta. Depois, se dirigiu para sua mansão, passando pela mata para não ser visto. A mansão estava bastante empoeirada, o jardim cheio de plantas mortas e ervas daninhas. Ao ver a mancha de queimado na porta dos fundos, ele sentiu algo muito ruim, e logo em sua mente, veio a imagem de seu mordomo Jacques em chamas. Isso o fez chorar muito, pois Jaques cresceu em sua casa, era filho da antiga empregada. Na visão dele, ele soube que a esposa do mordomo também estava morta. Em seu interior, o sentimento de vingança ficou ainda mais forte naquele momento.
Pièrre subiu para seu quarto e passou alguns minutos absorto em seus pensamentos, que agora o levavam a se questionar se ele não seria o culpado de tudo isso quando resolveu investigar e vingar a morte do pai. Então, ele lembrou que no porão havia algumas coisas de família que ele trouxe quando se mudou para Paris e pensou que talvez houvesse alguma coisa de seu pai que o ajudasse.
Lá em baixo, tendo apenas uma vela como fonte de luz, ele vasculhou nas prateleiras e caixas, mas nada encontrou. Enquanto olhava nas coisas, agachado, avistou um armário de madeira e foi conferir. Abriu-o, mas estava vazio. Então quando olhou atrás do móvel, descobriu uma porta pequena, medindo menos de 1,5m. Ele forçou a maçaneta e a porta se abriu, revelando uma câmara secreta.
Pièrre se abaixou e iluminou o interior com a vela e foi entrando devagar, olhando ao redor. Lá dentro, notou que havia apenas um caixote comprido no chão. Ele iluminou o objeto e percebeu que era um caixão. Seu corpo arrepiou de cima a baixo, e seus sentidos lhe alertaram sobre a presença de um vampiro. Pièrre pegou a adaga na cintura e se aproximou para abrir a tampa. Quando abriu, viu que era Maurice. O vampiro despertou na hora e se levantou em um salto para fora do caixão. Pièrre caiu para trás no chão com o susto.
- Sr. Montagne! Que surpresa maravilhosa!
- Maurice, fique onde está!
- Calma, Sr. Montagne. Só quero conversar com você e lhe apresentar a um amigo.
Maurice fez um gesto com a mão e a porta se fechou. Depois veio para cima de Pièrre e arrancou a vela de sua mão, arremessando-a contra a parede. A vela se apagou e o lugar ficou completamente escuro. Pièrre se levantou e, sem conseguir enxergar, virava-se de um lado para outro ouvindo Maurice, que se movimentava pelo pequeno cômodo com rapidez. De repente, houve um silêncio, e Pièrre tateou pelo escuro, tentando achar a porta. De repente, Maurice chegou por trás dele, e quando estava prestes a segurá-lo, Pièrre o golpeou com a adaga em seu braço. O vampiro deu um grito de dor, sentindo o membro se queimar, e em seguida foi golpeado no peito.
- Me perdoe, Maurice! Você era um empregado tão bom!
Imediatamente, a pele do vampiro começou a se murchar e secar até que ele se tornou um cadáver ressequido ao chão. Pièrre conseguiu achar a porta e saiu dali às pressas.
Saindo da mansão, ele foi até o jornal e, disfarçado, pediu para falar com o editor-chefe, mas informaram que ele não estava. Então, pediu para falar com outro editor, Marc Leroy. Marc o recebeu em sua sala.
- Marc, sou eu: Pièrre!
- Meu Deus!! Pièrre, onde você esteve?
- Shhhh. Silêncio! Ninguém mais pode saber que estou aqui.
Marc lhe deu um forte abraço.
- É uma longa história. Mas vou contar tudo. Onde está Serge Lecompte?
- Serge não tem vindo aqui, parece que está doente ou está tendo algum outro problema, não entendi bem. Ele me deixou encarregado de resolver os problemas menores, e quando temos algo mais sério, comunicamos a ele para resolver. Ele vem aqui a noite às vezes e resolve.
- E você o viu depois que ele parou de vir aqui normalmente?
- Duas vezes eu acho. No primeiro dia que não veio aqui, ele mandou nos avisar que estava doente. Porém, à noite, ele foi na minha casa conversar comigo. Estava estranho e um pouco pálido.
- Meu Deus!
- O que foi, Pièrre?
- Marc, a situação está pior do que eu imaginei.
- Do que está falando, Pièrre?
- Venha comigo à minha casa. Você vai entender quando ver o que tem lá.
Marc ficou preocupado e indagando o que poderia ser. Pegou seu casaco e saiu com Pièrre em uma carruagem. Chegando lá, Pièrre lhe contou resumidamente o que aconteceu com ele, Jean e Anthony. Mesmo assim, Marc ainda não acreditava. Então, os dois desceram até o porão, onde estava o corpo seco de Maurice.
- Minha nossa!!! - Marc disse assustado.
- Esse era Maurice, um empregado aqui da casa.
- Então, isso é real!! Meu Deus!
- Vamos voltar para o jornal. Precisamos preparar uma nota para ser publicada até amanhã. Mas antes de publicá-la, precisamos ir à delegacia falar com o delegado.
Após prepararem a nota, Pièrre seguiu até a delegacia. O delegado o atendeu surpreso e estranhamente feliz até ouvir o que Pièrre lhe contou.
- Sr. Montagne, que história é essa? Isso não faz sentido. Vampiros são uma lenda.
- Delegado, me ouça! Isso é real e está acontecendo aqui em Paris, Saint-Denis, e talvez em outras cidades. As pessoas precisam se proteger deles e a polícia precisa garantir a segurança geral.
- Escute aqui, Sr. Montagne. Eu coloquei quatro policiais para te procurar em Saint-Denis quando me disseram que você tinha sumido por lá, mas ontem recebi a notícia de que você está bem; só que, claramente, você não está.
- Mas, Delegado….
- Eu tenho muitas coisas para resolver e não posso ficar brincando de caçar vampiros com o senhor, que certamente quer causar um alvoroço na cidade e vender seu jornal. Faça-me o favor de sair da minha delegacia, sr. Montagne!
- Por favor, acredite em mim. Paris está em perigo!!
- Tirem esse homem daqui! - Disse ele a um policial que estava à porta de sua sala.
O policial entrou e pegou Pièrre pelo braço, e enquanto era levado para fora, ele alertou mais uma vez:
- Delegado, todos estamos em perigo. Quanto antes a população souber, mais chances teremos de sobreviver.
- Você precisa descansar, Sr. Montagne! Veja seu estado. Parece louco.
- Pode me soltar, oficial. Eu conheço a saída. - Disse Pièrre, se soltando da mão do policial.
Ao final da tarde, Pièrre voltou ao jornal e lá conversou com os funcionários sobre o que estava acontecendo. Em seguida, começaram a impressão da nota para o dia seguinte. Saindo de lá ao cair da notie, o sr. Montagne correu à casa de Jean, onde Anthony estava escondido, mas ao chegar lá, se deparou com o corpo de um homem caído ao chão, e Anthony não estava mais lá. Ele então saiu pelas ruas à procura de Anthony.
Ao cair da noite, Serge Lecompte chegou ao Le Parisien e constatou que os funcionários estavam terminando a impressão da edição extra do jornal com a nota que Pièrre e Marc escreveram.
- Marc, o que significa isso? “Vampiros em Paris”? De onde você tirou isso?
- Serge, o sr. Montagne…
- Você quer afundar esse jornal, Marc? - E virando-se aos funcionários, gritou: - Parem com a impressão agora!
Os outros três funcionários ali presentes sem saber o que fazer, olhavam para os dois.
- Serge, o sr. Montagne esteve aqui e foi ele que nos deu a ordem de publicar isso. Além do mais, isso é verdade, eu mesmo vi uma dessas coisas.
- Ele não me deu nenhuma ordem, então, essa porcaria NÃO DEVE SER PUBLICADA!
- Pessoal, deixem as máquinas ligadas, vocês receberam ordens do próprio Pièrre Montagne. - Disse Marc.
- Ah, então vai ser assim?
Serge Lecompte saiu do local de impresão furioso. De repente, as portas do local se fecharam sozinhas, assustando a todos. Quando verificaram, as portas estava trancadas. Marc tentou acalmá-los, mas o medo tomou conta deles.
- Vamos ficar juntos aqui no meio. Tem algo errado aqui.
Houve um silêncio naquele ambiente e então, viram um vulto passar ao fundo. Um a um, os três funcionários foram atacados, sendo arremessados para o alto e caindo no chão já mortos. Aterrorizado, Marc correu tentando escapar, mas Serge o alcançou e o mordeu no pescoço, sugando-lhe todo o sangue até sua morte. Serge então, pegou o corpo de Marc e o jogou em cima de uma das máquinas, fazendo-a enguiçar e então explodir, causando um incêndio no local. Em alguns minutos, as pessoas do lado de fora começaram a tentar apagar as chamas, mas foi inútil: por causa da grande quantidade de papéis, o fogo se alastrou rapidamente, e o Le Parisien ia sendo completamente destruído.
Pièrre ainda procurava por Anthony, quando ouviu um homem comentando sobre o incêndio. Ele correu para lá e, ao ver as chamas consumindo a sede do jornal, caiu de joelhos na calçada, chorando desesperadamente.
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Em algum lugar distante de Paris, Jean Roche contemplava a lua cheia da janela de um quarto de hotel em que se hospedara. Com os olhos mareados, o jovem indagava sobre o amor de Pièrre por ele, e se esse seria o fim do relacionamento - afinal, era incerto para ele se os dois se reencontrariam novamente, dadas as circunstâncias tão terríveis que lhes sobrevieram. Ele tomava sua quarta taça de vinho quando ouviu alguém bater à porta do quarto. Cambaleando, ele se levantou para antender.
- Good evening, Mr. Roche! Meu nome é Lyana Richards e esse é o Sr. Paul Cartier.
- Prazer, Jean Roche! Estou muito feliz em te conhecer. - Disse Paul, sorrindo, e oferecendo-lhe a mão.
Fim do décimo quarto capítulo.
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