Jornada de um Casal ao Liberal - Capítulo 15 - Alvorecer - Parte 30

Um conto erótico de Nanda
Categoria: Heterossexual
Contém 3724 palavras
Data: 02/06/2023 09:39:45
Última revisão: 02/06/2023 10:03:32

Caríssimos,

É o seguinte: voltamos a postar.

Com certeza, terminaremos este capítulo. Não seria justo eu parar tudo agora e o faço em reconhecimento a vocês, mas principalmente porque minha onça branca também participa ativamente da adaptação desta parte do que eu havia escrito. Eu devo isso a ela.

Não sei se continuarei. Embora alguns boçais realmente não representem nada em termos estatísticos, é ODIOSO, OFENSIVO e INACEITÁVEL os xingamentos que são direcionados a mim ou a Nanda.

Estou me lixando se vocês concordam ou não com os rumos dos acontecimentos. Aconteceu e é fato! Podem curtir ou criticar à vontade, mas xingamentos eu não admito.

Alguns desses “elementos” (é difícil até mesmo nomeá-los!) são tão insistentes que, se apago o comentário, ele volta e faz outro, tão ou mais baixo que o primeiro. Eu tenho mais o que fazer do que ficar dando atenção a ele. A Nanda inclusive chegou a denunciar um para o Eduardo (administrador do site) e estamos aguardando.

Os demais contos serão continuados, mas estou analisando a possibilidade de não postá-los em capítulos de agora em diante. Talvez eu passe a disponibilizar temporadas completas, com pelo menos 10 capítulos ou partes, cobrando de quem realmente se interessar em adquiri-los, tal como o Lael faz. Ainda não decidi.

Por enquanto, é só.

Curtam, ou não, mas respeitem!

Mark

(VOLTANDO AO CONTO)

Ele parou e ficou me olhando, fingindo o inconformismo que eu havia imaginado, mas eu o conhecia bem e sabia que era outra de suas piadinhas para me deixar em maus lençóis:

- Ah para, né! É do tamanho ideal, tá bom assim? - Falei e ri, fazendo-o rir comigo, e ainda completei: - Eu nunca te trocaria por ninguém, mesmo que tenha o pau do Kid Bengala.

Daí ele gargalhou gostoso:

- Então tá. Capricha aí! Se sou tão especial assim, eu mereço. - Falou já me entregando o vestido.

(CONTINUANDO)

Voltei a colocar aquele vestido no meu corpo e só aí notei que a lingerie que eu havia escolhido não ornava:

- Saco! Tinha esquecido que esse é de costas aberta. Vou ter que ir sem soutien. Solta pra mim?

Ele veio e o soltou, dando condições de eu terminar de me ajeitar naquele traje. Ele ainda me olhava invocado com aquele vestido, mas continuei a me arrumar, agora decidida a dar o meu melhor para o homem que amo. Quando o ajeitei de vez em meu corpo, notei que ele fez uma expressão que eu só poderia traduzir como “Uau!”. Então, peguei um par de brincos de brilhante que adoro, o meu colar com as minhas menininhas e duas pulseiras gêmeas, colocando-os. Por fim, dei um leve retoque na maquiagem e pus meus sapatos de salto, deixando a surpresa para o final, pois coloquei minha tornozeleira dourada com os pingentes de pimentinha no tornozelo direito. Eu gostei do resultado final e vi que havia ficado mais alta que ele:

- Que tal? - Perguntei enquanto ele me olhava em silêncio, perdido, quase babando:: - O-Oi! Mor!? Como eu estou?

- Ah… Tá… Tá, tá bem…

- Credo, só bem!? Se não fosse essa sua cara de bobo, eu diria até que estou mal vestida. - Falei e ri, virando-me para uma mesinha lateral: - Batom, maquiagem, lápis… Lápis, lápis, lápis… Aqui! Celular, cartão, documento e… Pronto!

- Camisinha!? - Ele brincou, rindo.

- Essa nem sai da minha bolsinha, ó! - Falei, mostrando o interior da minha bolsa e rindo da cara dele.

Por fim, com a bolsinha em mãos, virei-me novamente para ele:

- Vamos?

- Temos uns trinta minutos. Dá pra uma rapidinha. - Ele brincou, colocando sua mão em minha cintura.

- Ah tá! Quer me bagunçar, né, mocinho? Nem vem! Depois a gente brinca. - Entretanto, uma mão já invadia a fenda do meu vestido, enquanto ele me olhava fundo nos olhos: - Agora não, mor!

- Safada, cadê a calcinha?

Dei uma risada mais que debochada e dois tapinhas em sua mão, falando pausadamente:

- A-go-ra não, mor!

Ele riu e acessou um aplicativo, pedindo um Uber. Descemos para o saguão principal, onde encontramos a Aline e a convidamos para nos acompanhar. Uns cinco minutos depois, o motorista de aplicativo já se anunciava na frente do hotel. Ali no saguão, vimos que causaríamos no tal coquetel, pois os hóspedes, homens e mulheres, ficavam nos encarando enquanto esperávamos.

Após vinte minutos de trajeto, chegamos ao local da recepção. Era num restaurante chique, amplo e com uma pista de dança na lateral, onde havia um bar. Entramos, comigo agarrada em meu braço e o meu marido, cavalheiro desinteressado, ofereceu o outro braço para a Aline:

- Não é pra acostumar não, tá, Aline! - Brinquei, fazendo minha amiga nipônica dar aqueles típicos risinhos orientais.

- Não imaginava que você fosse ciumenta, Nanda. - Ela retrucou.

- Não sou ciumenta, só um pouquinho possessiva.

- Ô… Só um pouquinho. - Mark retrucou.

Alguns dos meus colegas já estavam no local e eu apresentei o Mark para todos eles. Ficamos ali conversando amenidades enquanto aguardávamos os demais chegarem. De repente, vi alguém que eu não queria ter visto:

- Não acredito! Filha da puta…

- O que foi? - Ele me perguntou, curioso e surpreso.

- A filha da puta da Verônica! O que ela tá fazendo aqui?

- Verônica!? - Aline perguntou e eu a mostrei com um movimento de cabeça: - É ela mesma!

- E quem é essa? - Mark insistiu, perdidinho.

- Lógico que você sabe! Lembra daquela falsa amiga que tentou me foder lá em Manaus, mas que acabou se fodendo com o Paulo? Daquele dia da reunião em que ela me entregou…

- Ah tá…

- O que será que ela tá fazendo aqui? - Aline perguntou.

- Acho que você não precisa se preocupar com ela, né? Desencana e vamos curtir. Sem exageros, tá? - Falou meu marido, tentando tirar minha atenção dela.

- Mas claro, meu amorrrrrr! Vou dançar muito hoje. Se prepara.

O seu Paulo logo apareceu no local, acompanhado apenas do Gonzaga e este de uma mulher, certamente sua esposa. Passaram a cumprimentar todos os presentes. Logo, ele nos viu e veio nos cumprimentar também. Não perdi a chance:

- Por que a Verônica está aqui, seu Paulo?

- Decisões superiores, Fernanda, mas fique tranquila, ela não vai te incomodar.

- Ah… Espero que não.

Começamos a nos dirigir a quatro grandes mesas para doze pessoas cada, reservadas pela empresa. Em uma ficamos eu, Mark, Paulo, Gonzaga e sua esposa, Aline, Cíntia e Mauro, seu marido, além de dois outros diretores, Júlia e Demerval, e seus respectivos cônjuges, que nos foram apresentados apenas naquele momento. Júlia, no decorrer da noite, vim a saber que estava acompanhada de um irmão, pois havia se divorciado há pouco. Os demais foram se espalhando para as outras mesas, mas, como estavam todas perto umas das outras, a interação era praticamente impossível.

Aliás, impossível e impraticável, haja vista que o seu Paulo perambulava de uma para a outra, tacando fogo em todo mundo, quase obrigando a se divertirem. Como era um momento festivo, todos estavam tranquilos, brincando e conversando entre si. Até o Mark se enturmou rápido, ajudado pelo Paulo que lhe dispensava uma atenção até exagerada, levando-o a conversar com o Gonzaga e também com Júlia e Demerval. Enquanto isso, eu conversava com todos, mas principalmente com Aline, Cíntia e Mauro, que ficaram do meu lado. Entretanto, eu via que os olhos do meu marido não brilhavam do jeitinho que eu gosto tanto, embora ele sorrisse e interagisse, não parecia tão disposto, e eu sabia bem quem era a culpada disso.

A tal da Júlia era uma loira bem simpática, talvez um pouco mais nova que o Mark, acho que quase da minha idade. Em termos de estatura, era um pouco mais baixa que eu, mas em termos de conhecimento, estava anos luz à minha frente. De cara senti um interesse dela pelo meu marido, afinal, o Mark é um curioso nato e como ele próprio diz, “sabe um pouco de tudo e muito de quase nada”. A conversa entre a gente era a mais variada possível, desde cinema, livros, até física quântica e astrofísica, aliás, quando chegaram nesses últimos temas, fiquei perdida e preferi não me intrometer, mas isso não quer dizer que eu não iria cuidar do que é meu. Fiquei de olho.

De olho, mas tão de olho, que logo notei que a loira safada tinha uma tornozeleira dourada com uma pimentinha também dourada no tornozelo direito. Eu não sabia se ela sabia o significado, mas eu conhecia bem. Acabei me perdendo tempo demais na observação e ela notou, olhando-me constrangida e o Mark olhou-me sem entender. Disfarçadamente, corri o olho pela perna dela e o Mark, rápido como um raio, conseguiu ter o mesmo deslumbre que eu antes que ela cruzasse as pernas para outro lado. De repente, surgiu um silêncio constrangedor que fiz questão de desfazer ao cruzar minha perna direita e exibir a minha tornozeleira. Ela viu, surpreendendo-se, e me olhou, curiosa. Sutilmente sorrimos uma para a outra e pouco depois ambas para o Mark que notou o interesse:

- Acho que vou pegar um whisky. Garçom! - Falou e se levantou, indo até o encontro de um garçom e depois do Paulo que estava conversando com o Gonzaga entre duas das mesas.

Assim que ele se afastou, Júlia se sentou no lugar dele, mais perto de mim:

- Linda sua tornozeleira. - Falou-me.

- A sua também!

- Dizem que traz sorte, né!?

- Ah é… Por isso, uso três pimentinhas, verde, dourada e vermelha: quero muita, muiiita, muiiiiiita sorte.

Ela me olhou, sem ainda entender se estávamos falando do mesmo assunto e insistiu:

- Então… Também dizem que tem um outro significado. - Frisou a palavra “outro” sem desviar o olhar de mim e ainda levantando de leve sua sobrancelha esquerda.

- Sim! Eu sei também.

- Então?

- Então… Eu procuro sorte, mas muita sorte mesmo… - Agora era eu quem frisava a palavra “muita”: - Às vezes, sozinha; às vezes a dois, três, mas principalmente junto do meu marido.

Ela deu uma checada ao nosso redor e se aproximou do meu ouvido, cochichando:

- Você é uma “hot”?

- Sim e não! Nós somos liberais, mas ele não é um “sub”, a não ser quando a gente quer brincar. Na verdade, ele também participa, e bastante, muito, muito mesmo. Nu! Como ele gosta de participar. - Retruquei baixinho em seu ouvido também, mas não consegui conter uma gostosa risada no final.

Ela virou o rosto, dando uma verdadeira medida no meu marido de baixo a cima, chegando a morder o lábio inferior, resmungando para si mesma:

- Gente, isso não vai prestar…

- Xiiiiu! Júlia, aqui não vai dar, né!? Tem gente demais e do nosso trabalho ainda por cima.

- Aaaai! - Gemeu, batendo nervosamente os dedos da mão direita na mesa, como se tocasse um piano: - Posso dançar com ele depois, pelo menos?

- Deixo! Ah, isso eu deixo.

Daí por diante, viramos quase melhores amigas. Mark num certo momento olhou para mim, sorriu e fez um ligeiro brinde, levantando seu copo que correspondi com o meu e olhou para Júlia que o encarou, mordendo novamente o lábio inferior e levantando sua taça também. Ele arregalou os olhos, ficou vermelho e me encarou, surpreso. Não consegui conter outra gostosa risada de sua cara e nessa a Júlia me acompanhou em alto e bom som, chamando a atenção de vários ali presentes, inclusive do Paulo que falou algo com o meu marido, rindo.

Optamos por não jantar, apenas ficando nos belisquetes e drinks. Pouco depois, o Mark retornou e Júlia voltou para o seu lugar, deixando-o em meio a gente. Imaginem o perigo, Mark sentado no meio de duas quase lobas, ainda por cima famintas! Continuamos a beber, conversar e beliscar. Vez ou outra eu quase debruçava sobre o Mark para falar com ela, apoiando minha mão na perna dele, próximo a sua virilha, roçando de leve meus dedos em seu pau. Ela começou a fazer o mesmo comigo e logo tomou a liberdade de discretamente fazer o mesmo com ele. Ele me olhou cobrando uma explicação:

- Ela é mesmo do meio, mor. - Sussurrei em seu ouvido e ainda complementei, olhando para ela: - Já prometi, inclusive, uma dança sua com ela.

Mark me olhou sorrindo e depois a encarou que não escondia estar disposta até a uma posterior safadeza noturna, mas meu sistemático e ainda abalado maridinho jogou um balde de água fria em nossas pretensões, cochichando em meu ouvido:

- Trabalho não se mistura com prazer: grande risco de dar merda!

- Ainda é cedo. Vamos aproveitar a noite e depois veremos no que dá, pode ser? - Pedi.

Ele concordou. Continuamos aproveitando e Júlia se enturmava cada vez melhor com a gente. Numa certa altura, Paulo veio me convidar para uma dança. Olhei para o Mark e ele sorriu, meio conformado, mas eu não estava:

- Desculpa, seu Paulo, mas a primeira dança é sempre do meu marido. Sempre! - Falei e depois lhe encarei e aí sim o vi sorrindo como eu gostava: - Depois, se ele permitir, dançarei com o senhor.

- Então, devo exercer esse meu direito o quanto antes, não é, dona Fernanda!? - Mark me falou, sedutor e eu sorri de volta, concordando.

Saímos de mãos dadas para o salão lateral que ficava ao lado da nossa mesa, onde tocava uma música instrumental lenta, própria para casais dançarem agarradinhos. Ali eu me entreguei a meus braços e ficamos dançando coladinhos, olhos nos olhos, conversando:

- Parece que o chefinho está muito a fim de dançar agarradinho com você, não é?

- Eu notei, mas eu nunca dançaria com ele antes de você. Aliás, se você cumprir bem o seu papel e dançar direto comigo, acho que ele nem terá chance.

- Tá fugindo dele?

- Não, não tô. Ele é muito legal, mas o que mais gostei nele é que é muito respeitador. Quando eu disse que não faria mais nada longe de você, ele entendeu e nunca mais tocou no assunto. A gente só se encontrava onde havia outras pessoas e ele nunca avançou nenhum sinal, nem se insinuou para mim. Ele foi um perfeito cavalheiro.

- Xiiii! Tô achando que tem alguém aqui com uma quedinha pelo chefe.

- Uai, idade não é nada, né? Eu acho ele bem charmoso, educado, sei lá, é diferente. - Falei e ri: - Será que ele daria conta de mim sem Viagra?

Mark caiu na risada novamente e eu o acompanhei. Outras pessoas já dançavam e cada vez mais chegavam com seus companheiros. O clima estava tão gostoso que quase havia me esquecido da tensão que causei no início do dia:

- Acho que não tive a oportunidade de dizer que você está deslumbrante, morena. - Ele me falou, olhando no fundo dos olhos: - A mais linda da noite.

Como não abrir um sorrisão quando o homem da sua vida lhe diz algo como isso sem mais nem menos? Claro que eu abri o meu melhor e maior, e ainda lhe enlacei o pescoço com meus braços:

- Eu te amo tanto que chega a doer, sabia? - Falei, murmurando próximo ao seu ouvido.

- Amor deveria ser fonte de prazer, não de dor.

- É!? Experimenta por um pau no cu…

- Porra! - Ele falou e me encarou, dando uma deliciosa risada que me fez sorrir de imediato, emendando: - Romantismo suave igual lixa de parede!

Caímos na risada e logo após eu o beijei. Não estava nem aí se o meu batom iria borrar, mas naquela hora, eu queria beijá-lo e parti pra cima. Depois lembrei que, com meu fixador, ele não borrava, daí então passei literalmente a sugá-lo enquanto dançávamos:

- Opa! Parece que alguém se animou aqui? - Falei ao sentir uma ereção me cutucar.

- Ah! O que você quer? Depois de um beijo desse.

Dançamos mais umas duas ou três músicas e voltamos à mesa. Paulo pegou meu marido e o levou para uma rodinha de homens de negócios. Ficaram papeando enquanto Júlia voltava a carga total sobre mim, querendo saber do que nós gostávamos e eu retribuía as perguntas. Foi assim que eu soube que ela e o ex marido viveram nesse meio por quase dez anos, mas que, depois que um terceiro entrou em seu relacionamento, tudo acabou:

- Credo! Tô me vendo agora. - Falei para ela, antes de tomar um belo gole de meu drink.

- Você ou o seu marido?

- Eu! Tem um cara que eu conheci e fiquei… Bem, ele invocou em mim e eu meio que, sei lá, acho que acabei gostando, me apaixonando por ele.

- Fernanda… - Resmungou em tom de reprovação: - E você contou isso para o seu marido?

- Contei! A gente não esconde nada um do outro. Fiz isso uma vez e quase nos separamos. E olha só a sinuca de bico: tentei pôr um fim nessa história e o outro disse que só deixa de me procurar se eu ficar um final de semana com ele, como se fosse sua mulher.

- Ah tá! E você acreditou nisso?

- Não sei! É… Eu só quero resolver isso para ficar em paz com meu marido.

- Olha só, no meu caso, eu nem estava apaixonada, mas fui eu que pedi uma última vez para o meu marido, nem foi o carinha, fui eu mesma! Meu marido deixou e nós ficamos um, não, dois dias na praia. Só que quando eu voltei pra casa, as coisas começaram a dar pra trás: a gente discutia por qualquer besteira, ele sempre me jogava na cara a história do amante, dizia que eu estava diferente… Bom, pra encurtar a história, a gente parou de combinar. Daí acabou que acabamos. - Falou, chateada: - E olha que eu amava o meu marido pra caramba, viu!

- Nossa, Júlia…

- Olha, se conselho fosse bom eu vendia, mas vou te dar um de qualquer jeito: se você quer continuar com o seu marido, esquece esse Rick. Esquece, simples assim! Se ele te procurar, fala um não bem grande para ele. Se ele insistir, entra na Justiça, mas não deixa o seu marido cuidar disso por melhor advogado que ele seja. Ele é teu marido, mas você tem que poupá-lo disso! Homem, por mais seguro que seja, também tem limite e o seu, eu acho que você já cruzou perigosamente.

- Eu sei…

- Ele não te satisfaz?

- Quem? O Rick?

- Não, Nanda, o teu marido, né!

- Ah, claro que sim! Ele é muito bom em tudo, tudo mesmo! A gente só entrou nessa de meio liberal por iniciativa dele.

- Mas você não queria? Não gosta?

- No começo, eu achava estranho. Hoje, eu curto bastante. Já fizemos umas coisinhas bem legais.

- Joia! Tem que ser bom para os dois. Mas olha, se ele não curte exatamente ser corno, principalmente desses mansos, que aceitam humilhação, não inventa de impor um encontro desses para ele: pode ser fatal! - Tomou um pouco de seu drink, enquanto olhava o Mark e falou: - Ainda bem que você não contou para ele dessa proposta…

- Contei. - A interrompi e ela me olhou surpresa.

- Nossa! E ele?

Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras e é verdade: não precisei contar nada porque a minha cara, lembrando das reações dele, principalmente de quando ele teve aquele piripaque, entregou tudo. Ela sacou:

- Para, para tudo! Você está na beira do precipício e praticamente empurrando ele. Pela sua cara, ele não gostou, né?

- Odiou!

- Preciso falar mais alguma coisa? Se você quer continuar com ele, esquece do outro!

Mark parece ter notado uma certa tensão no ar e voltou até onde estávamos, sorrindo, brincando com nós duas e depois de colocar seu copo sobre a mesa, falou:

- Bem, vamos dançar mais?

- Minha vez! - Falou Júlia e me encarou: - Posso, né, Nanda?

Olhei para o Mark e sorri:

- Poder, pode, mas ele decide.

Ela o olhou com a cara mais pidona possível, até fazendo biquinho, e ele me encarou já sorrindo:

- Posso, né?

- Pode, mor. Juízo vocês dois, ok?

Ele a pegou pela mão e a levou até o salão. Pouco depois, Paulo veio se sentar do meu lado:

- Não adianta falar que vai dançar com seu marido, ele já tem companhia e das boas. Dança uma comigo, Fernanda?

Apesar de eu não ter como pedir para o meu marido, sabia que ele não se importaria de eu dançar uma com o Paulo. Fomos para a pista e começamos a dançar, não tão perto deles, nem tão longe. Paulo se mostrava um perfeito cavalheiro à moda antiga, tomou-me em seus braços, mas não se encostou em mim, mantendo uma pequena distância. Apesar de estranho, deixei que me conduzisse e funcionou bem, principalmente, porque a distância nos dava condições de conversar olhando um para o outro, sem maldade alguma.

Mark e Júlia, por sua vez, já dançavam bem grudadinhos, não sei se pelo efeito da bebida, do tesão dela, dele, ou de ambos, mas estavam colados. Além disso, conversavam praticamente ao pé do ouvido um do outro e pareciam se divertir, pois sorriam sem parar. Numa dessas rodadas, típicas de uma dança bem dançada, ele me viu dançando também e sorriu. Mandei um beijinho para ele e ele sorriu ainda mais. Júlia estava certa, meu casamento não valia o risco de uma solução mal costurada com o Rick. Já era hora de eu retirá-lo da minha vida e eu faria isso na primeira chance que tivesse.

Depois de dançar duas músicas com o Paulo, senti uma necessidade imensa de voltar para o meu marido e pedi que fossemos até próximos deles. Quando nos aproximamos, o agradeci e toquei no braço da Júlia, cobrando a devolução do que é meu e dando o Paulo de lambuja para ela. Na verdade, eu é que queria me entregar novamente para o Mark: eu era dele, e no que dependesse de mim, isso não mudaria, nunca:

- Curtiu a loira? - Brinquei assim que voltamos a ficar coladinhos.

- Cheirosa demais, mas você sabe que prefiro as mulatas.

- Ô, e as morenas? - Resmunguei enciumada, naturalmente falando de mim.

- Ah é! Servem também.

- Mark!?

Ele começou a rir do jeito que eu gostava tanto e na sequência nos beijamos muito gostoso. Quando nossos lábios se separaram, suspirei em seu ouvido, molinha de paixão e da bebida que já fazia o seu efeito:

- Amo ocê demais da conta, sabia?

- Espero que sim!

- Desculpe, de novo, eu só faço cagada…

- Vamos aproveitar a noite e conversaremos com calma amanhã, pode ser?

- Pode, mas posso só falar uma coisa? - Pedi e ele me olhou em silêncio, aceitando: - Eu só queria dizer para você que desisti daquela ideia de me encontrar com o Rick. É realmente absurda! Eu nunca deveria ter concordado e muito menos ter pedido para você participar. Tô me sentindo até suja por ter feito isso…

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 264Seguidores: 627Seguindo: 20Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Cada dia melhor! espero que a Nanda e o Mark não entrem na onda do traste. Mala é mala. Liberal é liberal. O casal nota 1000 dos contos não deve brigar por um cara que nada tem a ver com o verdadeiro amor.

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Eu já dei a sugestão num post do blog da casa, deles adicionarem a ferramenta de bloquear o usuário ao invés da única forma de "punir" esses elementos ser denunciando por email. Apagar comentários, eles podem simplesmente fazer outro enchendo o saco e o autor ainda tem que obrigatoriamente ler a ofensa. Enfim, sou contra começarem a cobrar porque quem não tem condições não terá acesso ao conteúdo por causa do erro de uns idiotas... inclusive uma parte legal é ler as resenhas (respeitosas) sobre a história e isso se perderia. Sem falar que exatamente pelo conteúdo ser pago, automaticamente vai ter gente parando de ler, sabendo que as próximas histórias ou temporadas terão que ser pagas pra ler. Não deixem esses poucos desanimaram vocês

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Continuem a nos abrilhantar com suas narrativas, por mim o conto está muito bem escrito e emocionante, espero que o Mark e a Nanda se acertem e gozem de muitas aventuras ainda.

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Diferente da opinião de muitos, não acho que o Mark tenha sido humilhado, nenhuma vez.

O que vejo é falta de diálogo, decisões precipitadas tomadas no calor da situação,embaladas pela falta de experiencia.

E preciso lembrar do título do conto, "uma jornada ao liberal" a história de um casal que AINDA está conhecendo e ganhando experiência numa área que pode sim, ser perigosa e botar a relação em risco, caso o casal não estaja muito seguro dos sentimentos de um pelo outro.

Mais uma vez expresso minha admiração pelo casal.

Gostei da introdução da Júlia na história, e acho que junto com o patrão Paulo, pode dar mais um caminhão de ganchos para.novas aventuras e ganho de experiências.

ahh... sou mais um a engrossar o coro de que idiotas devem ser ignorados.

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Mark e Nanda. Adoro os contos seus contos e estou sempre relendo. Não deixe pessoas inferiores acabar com isso que vocês fizeram. Meu nome é Ramiro espero o mas rápido possível nobas histórias. Amo vocês.

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Mark e Nanda! Continuem. Os seus contos são os melhores que já li. parabéns! Não liguem para comentários idiotas. Vocês tem uma narrativa única que mexe com agente!

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Uauuu!! Maravilhoso conto! Mark e Nanda vocês são os melhores da casa dos contos, com certeza! Como liberais e democratas que somos, sempre devemos ouvir críticas, mas construtivas, e nesse caso as críticas não vão mudar o rumo da história, pois se trata de uma história real, pode se mudar uma coisa ou outra, mas a essência vai sempre continuar a mesma, que diga se de passagem é super legal! Por favor, não deem ouvidos aos idiotas de plantão, quem gosta é muito mais importante! E eu adoro esse conto e respeito muito vocês e sua família! E sempre desejo o melhor para vocês! Abraços desse fã!!!!

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Boa noite Mark e Nanda, primeiro quero agradecer por continuarem com essa história. Se tornou meu livro de cabeceira rs, sempre volto ao primeiro e re-leio até a última postagem...RS

A ideia de fazer como o Leal acho que é solução para certas "merdas" que estão sendo dirigidas ao relato e a vocês mesmos.

Nunca dei uma opinião sobre os fatos ocorridos porque sei que a resposta vem sempre no próximo, mais sempre de uma forma que me surpreende! Por isso gosto muito ee acompanhar este relato de vocês, confesso não consegui ler os outros contos que escreveu por estar "preso" a este kkkk

Só tenho que agradecer por compartilharem conosco e caso as próximas postagem deste delicioso relato venha a ser pago... já me manda a chave 🔑 do PIX... kkk

Abraço de mais um fã de vocês.

PS. Amo uma história bem escrita (não mais que Pão di Queijo, como bom filho de mineiro kkk) e sei que o próximo vai me surpreender ainda mais! 😃 🙂

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Mark e Nanda, sou fã de vocês. Fico sim muito bravo com a Nanda e quando falo algo é minha opinião de fã. Esse capítulo me fez até amar a Júlia e dar uma respirada aliviada de que talvez tenhamos paz. Porém acho que o próximo capítulo será uma nova mudança, pois conhecendo o Mark, eu acho que agora é ele que vai querer o encontro e a Nanda fará de tudo para evitar, mas ele não vai querer viver a dúvida ou já se decidiu e vai querer se separar.

Caramba, vocês causam na gente uma tempestade de sentimentos. Seja o que decidirem, não deixe a gente sem saber da história de vocês até a data do aniversário de casamento.

Já li muita coisa boa, já assisti muita coisa boa também, mas confesso que nunca me envolvo tanto em uma história.

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Mark e Nanda muito obrigado por ter voltado bjs e um abraço no vossos coração ❤️

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Boa garoto!! Perfeito Mark. Reitero a minha opinião e e sugestão com relação ser cobrado um valor simbólico Aparti da segunda temporada. Por favor na segunda temporada, que tal vc colocar um pouco de ficção na próxima temporada. O casal passa por uma pequena breve separação, pois no final dessa primeira temporada, vc permite que Nanda vai para o encontro com o Rick sem vc está presente. Vai duas sugestões para haver o motivo da separação. 1°motivo: Nanda confunde tesão, desejo, paixão, com amor, achando que vale apena deixar a família para viver com Rick. 2°motivo: eles passam o final de semana transando sem camisinha, ela acaba engravidado e vai viver com ele, pois vc pede a separação. Inclusive, a filha mais velha de vcs não quer ver a mãe em hipótese nenhuma. Em ambos os motivos, ela depois de alguns meses, percebe que o verdadeiro amor está na família. Lógico que se vc opitar pela gravidez, ela sofrerá um aborto espontâneo, por causa do arrependimento e de uma depressão. A segunda temporada será justamente para que as feridas sejam tratadas, cicatrizadas e que no final aja um reencontro feliz.

Obs.: Que essa belíssima obra(conto) não fique só na 2° temporada. Que depois tenha uma 3°, 4°, 5° etc...

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Ou você pode apenas criar a sua própria história e deixar o Mark continuar a nos contar a história deles. Nos termos e condições que ele bem entender. O que acha?

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O conto já fala de como eles superam e superaram suas dores e cicatrizes, então pra que uma nova história pra contar isso dentro da mesma história!!

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Vai começar a escrever essa história quando?

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Casal vocês são demais parabéns, o amor sempre tem que falar mais alto, ah amigo Mark fico triste por certas pessoas falarem asneiras o Nassau parou de escrever no site e muito triste que não entendem que a coisa aqui é para entreter, aprender a lidar com seus desejos, e viver um mundo de experiências novas se sober aproveita as boas amizades que fazemos aqui, eu agradeço ao casal pelo aprendizado ok. Minhas sinceras condolências.

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Nossa até que enfim consegui ler e olha até arrepiou este capítulo e que final em Sra Fernanda meus parabéns vc está no caminho mais que certo agora e vc max pode ficar em paz pois tem um diamante bem lapidado do seu lado amei este capítulo e ansioso pro próximo. Grande abraço.

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Mark e Nanda. Li agora de tarde. Gostei. Bem conduzida essa parte. Bem intermediária, ainda, mas já adiantando novos ganchos, o que ajuda a manter o interesse na continuação. (essa ideia de vender temporadas não tem graça, limita para poucos. Ou publica logo o livro, ou publica aqui). CONGRATULATIONS! A Julia aparecer na história com sua tornozeleira de pimentinha, já deu outro alento. Fiquei besta, igual assistir o filme "Missão Impossível" com a capacidade de novas aventuras por parágrafos seguidos. Incrível a sorte de vocês para surgirem pessoas liberais, bonitas, gostosas e disponíveis, na vossa vida. Eu tenho muita sorte, mas a de vocês é digna do Guinness Book. Mas é assim mesmo que a história fica Best Seller. Parabéns. Todas as estrelas.

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Assim, eu sou realmente fã da qualidade de escrita e da historia, mas vcs nao tem como esperar apenas elogios, eu por exemplo, nao é papinho: sou realmente fã dos textos de vcs, porém eu tb acho que a Nanda transforma o Mark num completo capacho e já o humilhou e traiu inumeras/diversas vezes em vários ambitos, o transformando num ''corno'' (eu sei que a palavra soa como pesada e ofensa descabida, mas é isso). Espero de verdade que não ofenda, mas é isso. Obrigado pelos textos, cobre mesmo e eu serei um dos que vão adquirir.

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Eu pensei que fosse ficcional, aparentemente não é, mas ainda sim, a partir do momento que é postado no site se torna publico e mesmo os fãs podem acabar fazendo comentários desagradaveis.

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