O ano era 2017. Estava eu, Benjamim, às 08h30 da manhã, nervoso, pois ia começar meu primeiro dia de trabalho na vida. Graças a Deus não precisei trabalhar até fazer meus 18 anos. Minha mãe conseguiu dar uma vida boa para meu irmão e eu e não precisamos trabalhar. Nós só estudávamos e isso foi excelente. Porém, acabamos não tendo muita vivência de vida. Por isso, quando fiz meus 18 anos decidi distribuir currículos e, inesperadamente, eu fui chamado para entrevistas. Depois de 2 fases de entrevistas com o RH e 1 entrevista direto com o dono da empresa eu fui aceito. Foi uma sensação maravilhosa. Me senti capaz de trilhar meu próprio caminho.
Na época eu tinha acabado de fazer meus 18 anos. Tenho 1,79m, moreno claro, cabelos escuros e olhos castanho claros. Não sou sarado, mas também não sou gordo. Estou no meio termo. Sempre gostei de passar a maquininha em todo meu corpo por questão de higiene, mas também não sou liso, não curto muito tão lisinho. Meu pau tem tamanho normal, um pouco mais escuro que minha cor de pele, e a cabeça bem roxa. Não sou circuncidado, por isso tenho uma pele na ponta que descobre quando está duro. Chega a uns 15cm que é o que dizem ser tamanho normal. Nesta época eu ainda era virgem. (Eu disse que não tinha vivência de vida). E me via 100% como um garoto hétero. Eu via as meninas e me excitava, batia punheta as vendo, mas nunca tinha tido a oportunidade de fazer algo a mais, só uns beijos que nem de língua foram. Mas mal sabia eu ia que isso ia mudar depois de algum tempo.
Aquele primeiro dia de trabalho estava bastante ensolarado, o que acabava me tranquilizando e me dando mais energias. Eu não sabia exatamente o que eu faria porque fui contratado como auxiliar administrativo e eu poderia fazer qualquer coisa. A empresa era bem grande, por volta de uns 70 funcionários. Você pode até achar que não é grande, mas para uma cidade do interior é grande sim. Antes que eu me esqueça, moro em uma cidade no interior do Rio de Janeiro chamada Saquarema. É uma cidade turística e que fica na região conhecida como “Região dos Lagos”. Perto de Cabo Frio e Búzios.
Cheguei na empresa e fui designado em um dos setores que prepara documentação para entrega aos clientes. Isso envolve ler bastante e digitar rápido, porém com muita atenção e sem erros. Parecia provisão divina porque eu sempre amei ler e escrever e sou muito perfeccionista em fazer as coisas certo. Logo no início me dei muito bem na função. Os setores eram bem grandes. E o que soube depois que era uma piada interna dizer que homens na empresa eram a cota. E é a mais pura verdade! Dos 70 funcionários, deviam ter somente uns 10 homens. No setor que fui designado eram umas 11 mulheres e só eu de homem. Os setores geralmente eram assim: muitas mulheres e 1 ou 2 homens em cada. Você poderia pensar: que beleza para você! Seria, se das 11 mulheres do setor as 11 eram casadas, com filhos e são da igreja. Logo, eu não teria muita chance ali.
Bom, como eram esses outros 9 homens da empresa? Em sua maioria homens já com mais idade e mais velhos e mal-encarados. Só tinham, além de mim, 2 homens até os 30 anos. Um deles, o Pablo era negro, cabelo bem cacheado, 2,15m de altura (enorme), gente boa demais, ele não era natural de Saquarema, ele tinha vindo de Nova Iguaçu o que fez com que ele tivesse todo aquele jeito malandro do Rio de Janeiro. Era extremamente inteligente, educadíssimo e bonitão. Eu, mesmo sendo hétero, nunca tive problema em achar caras bonitos. Nunca entendi o porquê mulheres falando de outras mulheres não tinha problema algum e um homem elogiando outro já era “viado”. Eu sempre fui assim e nunca mudaria independente do que falasse. O Pablo era um homem com “H” maiúsculo. Sempre muito cheiroso. E era magro. Acho que por ser alto está mais esticado. E tinha olhos azuis. Pensa num preto de olhos azuis! O cara sabia ser bonito. E se vestia muito bem de social. Não usava roupa muito larga e nem muito apertada. O cara namorava uma menina linda, da igreja, pois ele também era. Era guitarrista na igreja dele. E ele logo quando cheguei se aproximou de mim para tentar ter amizade.
O outro cara se chamava Miguel e era o extremo oposto do Pablo. Ele era todo “descaralhado”, brincalhão, falante, um pouco desprovido de inteligência, mas era extremamente esforçado. Era muito falante e sem papas na língua. Não tinha problema de arrumar confusão e falava as coisas na cara, mesmo que ele não tivesse na razão na maior parte do tempo. Tinha por volta de 1,70m, rato de academia, o que deixou ele com um tronco grandão. Lutava judô e o cara era bem branco. Pensa naquele branco praticamente transparente. Ele era um loiro bem puxado para o ruivo, cheio de pintinhas na pele, olhos castanhos e uma cara de safado. Ele era o que chamam de “hétero top”. O que pega geral, não deixa passar uma, que tem lábia para pegar quem ele quiser. E as garotas gostavam. E o que o Pablo tinha de educado o Miguel tinha de falar as coisas. Falava muita putaria, mostrava quem ele pegava para nós e dizia o que fazia. E a fama era grande mesmo porque acabei conhecendo algumas meninas que ficaram com ele e a fama era excelente sobre tamanho, grossura e que fodia bem. O cara era cheiroso também, mas se vestia mais esporte fino. Sempre com calça de brim na cor bege e alguma blusa polo de uma marca famosa de cores diferentes e um sapatênis de couro no pé.
Ele e o Pablo eram muito amigos porque conviviam o dia inteiro na empresa e os outros caras não eram nada abertos a amizades. Logo quando cheguei eu senti que eles queriam me colocar junto com eles. Eu achei isso muito legal porque um garoto no começo dos seus 18 anos, trabalhando numa empresa legal e ainda por cima podendo ser amigo de dois caras mais velhos que estavam dispostos a ter mais um no ciclo de amizade foi incrível. Até então eu não tinha tido essa sensação e também não estava sentindo qualquer classe de tesão por qualquer um dos dois. Eu achava eles bonitões e estava achando o máximo estar no grupo dos bonitões. O Miguel logo pediu para o RH para eu almoçar no mesmo horário que o deles. O que foi aceito porque ele tinha uma moral bem grande lá dentro. E, mesmo que eu nunca tenha sido chamado por apelido na vida, eles dois já me chamavam de Ben.
“Bem, fui lá no RH e pedi para você almoçar agora no mesmo horário que a gente. A partir de hoje você passa a almoçar 14h30 com a gente” – Disse Miguel.
“Puta que pariu! Às 14h30? Isso é tarde pra caralho cara. Vou morrer de fome” – Disse eu.
“Deixa de ser fresco cara. Agora cê vai almoçar com os homens. Não reclama e aceita” – Disse Pablo.
“Vivo para reclamar. Me deixa! Mas já aceitei já” – Respondi.
A gente estava tendo uma amizade bem legal e o fato de que queriam que eu estivesse mais próximo era maravilhoso.
Naquele primeiro dia a sensação foi ótima. Eles quiseram ir a um restaurante e disseram que ia ser por conta deles como umas boas-vindas para mim. Fomos num restaurante legal e depois fomos tomar um sorvete numa sorveteria próxima. Miguel só sabia falar putaria.
Miguel: “Galera, vocês não sabem quem eu comi ontem? A Jéssica do atendimento ao público. Cara, que ruivinha gostosa, mas acho que curto mais gente morena. Parece que é mais quentinha a buceta.”
Pablo: “Miguel, cê sabe que entrei na igreja e tô namorando, já falei pra evitar esse tipo de assunto. Não por mim, mas porque o Ben vai ouvir eu levando isso na boa e vai duvidar se eu tô mesmo na igreja.”
Benjamin: “Relaxa Pablo. Não vou duvidar da sua índole não.”
Miguel: “Então pronto.”
Pablo: “Então conta aí Miguel. Vou me satisfazer te ouvindo porque agora que tô na igreja não posso nem fuder mais, nem com a namorada.”
Miguel: “Foi foda demais. Ela só não me deixou gozar nela. Tive que gozar no colchão e ela não mamava tão bem. Mas ela ao menos aguentou eu fudendo forte nela, pelo menos isso.”
Pablo: “Então não foi tão foda. Foi razoável. Mas pelo menos cê ainda fode. Eu tô na maior seca e nem punheta não bato há meses porque dizem que é pecado. Tô subindo pelas paredes já.”
Eu fiquei quieto enquanto eles estavam nesse assunto, até porque eu não tenho qualquer experiência para comentar nada, literalmente só punheta. Não tinha o que eu falar. Mas eu no fundo estava gostando de ouvi-los falando sobre isso. Nunca tive costume de falar putaria com meus amigos, sempre fui fechadão. E o que eu estava estranhando era que eu estava focado na parte que ele falou de gozar nela e de socar forte. Mas não era um pensamento como: “poxa, quero fazer isso também”. Estava mais com um pensamento: “Como seria alguém gozar em mim?” e “Como ela consegue aguentar uma socada forte?” Eu estava perdido em meus pensamentos e ao mesmo tempo me perguntando por que eu estava pensando essas coisas. Até que Miguel me tira de surpresa e me trás de volta para a realidade. Continua...
NOTA DO AUTOR: Este é meu primeiro conto. Quero fazer dele uma espécie de história em vários capítulos e capítulos grandes. Estou escrevendo assim porque gosto de ler contos deste tipo que me envolvem na história pra que quando chegar o clímax e as reviravoltas eu estar envolvido na história. Espero que gostem e que escrevam seus feedbacks nos comentários. Vou lançar os capítulos à medida que for escrevendo. Não vou demorar muito. Se curtirem vou amar os comentários. Se quiser pode me mandar um e-mail para o endereço a seguir: benjamin.autordelivros@gmail.com Vou ficar feliz de ler seus comentários e seus e-mails. Um grande abraço a todos que leem.