Encontros, desencontros, descobertas e traições 14.

Um conto erótico de João
Categoria: Heterossexual
Contém 3986 palavras
Data: 21/06/2023 16:40:49
Última revisão: 25/08/2023 18:10:13

No meio da madrugada, assim que o Senhor Sérgio acordou, Jéssica e dona Áurea foram autorizadas a entrar para vê-lo. Com todos aliviados, Natasha fez o favor de levar minha mãe e minha irmã para casa. Eu resolvi ficar para dar apoio e ajudar no que fosse preciso, me mantendo como um porto seguro para as duas. Ao voltar para a sala de espera, sozinha, Jéssica estava novamente sorridente e feliz. Ela disse:

– Meu pai pediu para você entrar. Ele quer falar com você. Ele ainda está um pouco aéreo, tenha paciência.

Eu estranhei aquilo, mas obedeci. Estranhei também, o fato de a Jéssica não entrar comigo e perguntei o motivo. Ela desconversou:

– Eu estou faminta, preciso comer. Acho que vou até a lanchonete do hospital. Quer alguma coisa?

Eu recusei, dizendo estar sem fome. Ela se virou e saiu, me deixando curioso sobre o motivo de o pai dela me chamar. De qualquer forma, eu não tinha motivos para recusar e me dirigi ao encontro dele.

Bati na porta e a dona Áurea mandou que eu entrasse. Antes de qualquer coisa, perguntei como ele estava se sentindo e recebi como resposta um sorriso meio torto. O Sr. Sérgio parecia fisicamente desconfortável, o que seria óbvio após uma cirurgia de coluna. Por indicação da dona Áurea, me sentei ao seu lado, numa banqueta de madeira. Foi ela quem começou a falar:

– Nós temos um pedido e uma proposta para você. Ouça tudo o que temos para dizer, converse com sua família, pense bastante, leve o tempo que for necessário antes de nos responder, ok?

Eu apenas balancei a cabeça afirmativamente. O Sr. Sérgio, pausadamente e com dificuldades, tomou a palavra:

– JB, eu sou um homem das antigas, com costumes antigos e isso me obriga a ser cuidadoso com minhas mulheres. Áurea e Jéssica são a minha vida e é por elas que me levanto todos os dias para trabalhar. Faço isso para tentar manter um sorriso permanente no rosto das duas.

Eu ficava cada vez mais curioso. Dona Áurea sorria para o marido e ele continuou:

– Você sabe que nossa família é minúscula. Áurea foi filha única e eu tenho apenas um irmão solteiro, mais novo, que trabalha comigo na marcenaria. Nossos pais já são falecidos e Jéssica é minha única herdeira. – Ele me encarou tentando sorrir. – Acho que estou divagando, me desculpe.

Dona Áurea deu um pouco de água para ele beber, ajeitou os travesseiros e ele voltou a falar:

– Fiquei feliz pela Jéssica demonstrar interesse no negócio da família, mas me preocupo com o fato dela ser a única mulher lá. Meu irmão é um alcoólatra, lutando há anos contra o vício, e ele não tem o que é preciso para cuidar da empresa na minha ausência. É aí que você entra, JB.

Eu me assustei com aquilo, mas tentei ficar o mais impassível possível. Deixei que ele continuasse:

– Eu quero que você venha trabalhar com a gente. Quero você e Jéssica juntos cuidando da empresa …

Eu tentei interromper:

– Mas, espera um …

Tocando em meu braço, desviando minha atenção, dona Áurea me calou. O Sr. Sérgio voltou a falar:

– Nós vamos cuidar de você, JB! Eu quero que você seja o meu braço direito. Enquanto Jéssica aprende a administrar, você cuidará do negócio ao meu lado. Eu estou muito feliz sabendo que vocês estão juntos outra vez, mesmo que neguem, que digam que são modernos, que estão apenas curtindo … eu sei como isso acaba, e sempre acaba da mesma forma. – Ele deu uma risada debochada, me encarando.

Antes que eu pudesse esclarecer a verdade, mesmo que ele tivesse razão no que dizia, ele fez sua proposta:

– Eu vou cobrir o seu salário atual e vamos criar um plano de carreira para você também. Sobre a sua bolsa na faculdade, já fiz meus contatos e consegui manter seus benefícios, mesmo que você mude de empregador. Negociamos diretamente com o reitor. Você pode continuar estudando direito tranquilamente e quando precisar começar a estagiar, nosso advogado o aceitará como pupilo.

Eu, sinceramente não sabia o que responder, nem se deveria aceitar, não achava que seria legal misturar as coisas, mas com um argumento certeiro, o Sr. Sérgio me fez balançar:

– JB, nós o conhecemos desde que a sua mãe o trouxe da maternidade para casa. Você é como o filho que a gente não conseguiu ter, mesmo que tivéssemos tentado bastante. Saber que você e Jéssica são tão unidos só nos faz acreditar que esse é o melhor caminho. Pense com carinho, nós iremos entender e aceitar qualquer resposta sua.

Era impossível para mim negar o fato de que aquele homem era o meu exemplo, que eu o via como o pai que nunca tive. Foram seus conselhos e ensinamentos que ajudaram a moldar o meu caráter. Mesmo que eu não fosse realmente seu filho, ele sempre me colocou em uma posição de igualdade com Jéssica. Na infância, quando ela e eu brigávamos, ele sempre ouvia o meu lado também, a repreendendo quando ela estava errada e nunca passando a mão em sua cabeça. Dona Áurea fazia o mesmo.

Aquela proposta mexeu profundamente comigo, balançando todos os meus alicerces, me fazendo sentir obrigado a aceitar, por gratidão ou por dívida. Foi dona Áurea quem me tirou dos pensamentos:

– Não precisa responder agora. Como eu disse, pense com calma, converse com sua mãe. Só deixe a Jéssica fora disso por enquanto, não queremos vê-la sofrer com uma possível negativa e nem que ela o pressione a aceitar. Eu mesma conversarei com ela.

Vendo que o Sr. Sérgio sucumbiu aos efeitos dos remédios, me despedi e saí. Jéssica me esperava. Ela foi direta:

– Eles novamente lhe ofereceram um emprego, não é?

Eu apenas dei risada. Ela me abraçou:

– Eu ia ficar feliz, mas aceito o que você decidir. Tudo tem sido tão bom que eu tenho medo de passar do ponto, assustar você. Parece um sonho e a qualquer momento eu posso acordar e descobrir que não é real.

Eu dei um beijo demorado em sua boca e a abracei mais forte:

– Parece real pra você?

Ela brincou:

– Ainda não sei, deixa eu ver. – Ela me deu outro beijo demorado.

Com os olhos vermelhos, pesados, ela disse:

– Acho que deveríamos ir pra casa dormir um pouco. Me espera um minuto, vou avisar minha mãe.

Jéssica saiu e voltou dez minutos depois, dizendo:

– Ela disse que não vai sair do lado do meu pai. Ele deve ter alta em dois dias e se recuperar em casa. Podemos ir. Mais tarde eu venho para que ela possa ir em casa tomar um banho e trocar de roupa.

Como Jéssica disse que estava bem para dirigir e eu estava doido para descansar, acabei não criando caso, deixando ela conduzir. Ela sempre foi uma ótima motorista e eu não tinha motivo para duvidar. Chegando próximos de casa, ela pediu:

– Vem pra casa comigo, a gente pode descansar juntos.

Eu brinquei:

– Mas já tá pensando naquilo … ô, mulher safada.

Jéssica riu:

– Também, mas não agora, estou morta. Ao acordar, quem sabe …

Ainda nem tinha clareado e eu acabei aceitando. Tomamos banho juntos, mas rapidamente. Esgotados, acabamos apagando instantes após nos deitarmos. Nus e de conchinha.

Nem sei por quanto tempo dormimos, mas fomos acordados sem nenhuma delicadeza por minha mãe. Assustada, Jéssica tentou se cobrir, vermelha igual a um tomate:

– O que é isso, João Batista? É sério? E ainda tem a cara de pau de me dizer que os dois não estão namorando?

Tentei argumentar, mas acabei usando o famoso clichê:

– Não é nada disso que a senhora está pensando …

Muita brava minha mãe me interrompeu:

– Imagina. O que eu deveria pensar então? Os dois dormindo pelados, agarradinhos … coloca essa roupa logo, moleque!

Jéssica continuava escondida embaixo dos lençóis e eu me vesti na velocidade da luz. Mesmo sabendo que estava abusando da sorte, perguntei:

– E o que a senhora está fazendo aqui?

Ouvi a risada da minha irmã adolescente no corredor, debochada. Minha mãe, ainda espumando de raiva, disse:

– Vim dar uma ajeitada na casa a pedido da Áurea, para ela poder cuidar do Sérgio. O que mais eu estaria fazendo aqui? E levar a Jéssica para almoçar com a gente, é claro. Quando vi sua cama intocada em casa, imaginei que você estaria aqui, aproveitando a situação. Eu não acredito que depois de adulto, você começaria a fazer esse tipo de coisa. Não foi essa a educação que eu te dei.

Jéssica tentou assumir a responsabilidade e disse:

– A culpa é minha, tia. Fui eu que pedi ao JB para ficar comigo. Eu não queria ficar sozinha. Me desculpe.

Eu precisava controlar a situação, era minha obrigação de homem assumir a responsabilidade. Mesmo correndo o risco de decepcionar minha mãe, eu disse:

– Não somos mais crianças, mãe. Nós apenas dormimos juntos, nada demais. Jéssica e eu estamos novamente em uma relação, estamos juntos.

Não sei quais olhos brilharam mais, se foram os da Jéssica ou os da minha mãe. Até minha irmã resolveu entrar no quarto:

– Já era hora, né? Vocês dois foram feitos para estarem juntos. – Ela abraçou a Jéssica, alertando. – Aquela Natasha está doida para tomar o que é seu, abre o olho.

Minha mãe saiu do quarto, arrastando eu e minha irmã junto com ela:

– Vista-se, querida! Estamos te esperando na sala. O almoço espera por nós em casa. Não demore.

Senti que havia exagerado e talvez fosse mal interpretado futuramente. Jéssica e eu estávamos realmente em uma relação, mas não era a que minha mãe provavelmente entendeu. Analisando a reação de todos, eles já estavam convencidos que voltamos a namorar, Sr. Sérgio havia dito absolutamente a mesma coisa no hospital. Pensei: "depois eu converso com a Jéssica e tento lhe explicar o que eu quis dizer. Ela vai entender".

Fomos para a minha casa, almoçamos todos juntos, conversamos, rimos, brincamos e Jéssica estava muito mais carinhosa e próxima de mim. Sem querer, ou melhor, querendo me livrar das perguntas e da decepção no rosto da minha mãe ao nos flagrar, acabei criando uma situação complexa. O que fazer agora? Voltar atrás na declaração, e arriscar foder com a cabeça da Jéssica, ou seguir em frente, assumir de vez?

Acabei deixando rolar, perdendo a coragem para iniciar aquela conversa. Jéssica estava feliz demais. No final da tarde, quando ela foi ao hospital "trocar" com a mãe, aproveitei para conversar com minha família. Era preciso resolver logo a situação e definir meu futuro. Minha mãe achou que eu deveria mudar, mas eu preferi esperar mais um pouco, ter a certeza do que queria fazer. Conversei com Natasha também, por vídeo, e ela me deu bons conselhos, mas deixando a decisão totalmente por minha conta, sem tentar me influenciar.

Nos dias seguintes o Sr. Sérgio teve alta do hospital, começando sua recuperação em casa. Jéssica, me surpreendendo, mesmo estando feliz com a mudança não intencional do nosso status de relação, continuou agindo da mesma forma, não me pressionando e até parecendo ansiosa para marcar alguma coisa junto com Natasha. Eu tive diversas chances para iniciar uma conversa mais definitiva, mas o clima entre nós era tão bom, tão leve, que eu acabava adiando qualquer conversa mais séria e perdendo as oportunidades.

Na sexta-feira, Natasha estava livre e pôde sair com a gente. Na intenção de me ajudar, de testar a Jéssica, assim que chegamos em seu apartamento naquela noite, ela me recebeu com um beijo na boca delicioso e demorado, dizendo:

– Que saudade de você, meu gostoso.

Ela deu também um selinho caprichado na Jéssica e um tapa na bunda:

– De você também, minha gostosa.

Jéssica não mudou em nada, sorrindo e aceitando tudo tranquilamente, participando ativamente de qualquer coisa que acontecesse. Por diversas vezes, ela e Natasha se abraçavam, trocavam mais selinhos, se alisavam, estavam sempre cochichando … as duas pareciam estar me provocando, brincando comigo. Me beijavam, se sentavam no meu colo, se esfregavam em mim … aquilo estava me deixando louco. Num momento a sós, quando Jéssica foi ao banheiro, Natasha confessou:

– Eu não tenho mais dúvidas, acho que em breve vai rolar.

Eu estava aéreo naquela semana, pensando na proposta do Sr. Sérgio e até me esqueci de outras coisas importantes:

– Vai rolar o quê?

Natasha não acreditou na minha pergunta:

– Como assim o quê? Jéssica e eu, ora bolas. Esqueceu o que combinamos? Eu venho a semanas investindo nisso. Ela está pronta, ela quer.

Aquela revelação me paralisou, fazendo meu pau começar a endurecer. Ela tinha mais a dizer:

– Mas eu acho que ela quer um ménage, nós três juntos. Ainda preciso entender melhor. Ela pode até gostar de mulheres, estar curiosa, mas o amor que ela sente por você é real até demais, essa garota te idolatra.

Aquilo me assustou:

– Me idolatra? Isso não é bom. Ela precisa ser independente, não passar a vida ao meu dispor.

Natasha se corrigiu:

– Talvez eu tenha exagerado. Você tem razão, mas eu acho que a gente não precisa se preocupar. Seu erro acabou sendo bom. Estar numa relação mais concreta com você, oficial, acabou fazendo muito bem a ela. – Natasha me puxou para mais perto. – Ela já me confessou que não tem problemas com o nosso lance, que está bem com isso. Por isso eu disse que um ménage, nós três juntos, me parece a coisa mais óbvia para ela.

Assim que Jéssica voltou do banheiro, Natasha sugeriu:

– Vamos sair? Estou precisando me divertir um pouco, só trabalhei nas últimas semanas. Eu tenho convites para a área VIP de uma casa bem legal em que trabalhei nas últimas semanas. O que acham?

Jéssica concordou de imediato, mas Natasha resolveu nos surpreender:

– É uma casa de swing.

Jéssica e eu nos olhamos assustados. Ela explicou:

– Relaxem! Não é porque é uma casa de swing que alguém é obrigado a transar com outras pessoas. É um lugar bem gostoso e animado para se divertir.

Curiosos, tanto Jéssica quanto eu, acabamos topando. Jéssica estava visivelmente excitada com aquele passeio. E também, muito curiosa com o motivo de Natasha estar trabalhando num lugar como aquele:

– O que você fazia lá? Era algum tipo de promoter ou uma hostess?

Natasha parou de sorrir:

– Desculpe, amiga! Era um trabalho sério e sigiloso. Eu realmente não posso falar sobre isso. Foi um favor para um bom amigo. – Nós entendemos e não insistimos.

Eu já estava arrumado, pois calça jeans, camiseta e tênis, acabam sendo grandes coringas para um homem jovem. Natasha e Jéssica acabaram levando uma hora para se arrumar, mas o resultado valeu a espera.

Jéssica estava linda com um vestido emprestado por Natasha. Um vestido azul marinho mais leve, próprio para o verão, de alcinhas e levemente colado ao corpo. Como já havia ganhado mais peso, as curvas de seu corpinho mignon voltavam a se destacar no vestido. Uma sandália de salto baixo, discreta, completava o seu visual.

Natasha estava também de vestido, do mesmo modelo, mas na cor rosa. Ela e Jéssica tinham medidas quase idênticas. O contraste entre as duas era maravilhoso: a morena e a loira, as duas exuberantes. Ambas com maquiagens leves e os cabelos soltos. Estavam impecáveis, incrivelmente belas. Que sortudo eu sou por desfrutar da companhia de duas beldades.

Fomos no carro de Natasha e levamos menos de trinta minutos para chegar. Fomos recebidos como figurões importantes, sendo tratados com pompas e circunstâncias. O ambiente parecia mesmo o de uma danceteria, uma balada moderna.

Apesar de amplo, o salão era aconchegante. Mesas estilo dinner americano nos cantos, aquelas de assento único, estofados e macios. Mais próximo ao grande bar, mesas de menor circunferência e mais altura, sem cadeiras. A decoração era um show à parte. Artes de diferentes culturas, antigas e novas, réplicas de obras com clara referência à sexualidade, ao erótico, de gregos e romanos aos dias atuais.

O local ainda estava com pouco movimento, pois Natasha disse que ainda era cedo. Jéssica estava deslumbrada com tudo, principalmente com os vídeos eróticos que podíamos assistir nos tablets sobre as mesas, que também serviam para fazermos os pedidos. Tinha todo tipo de pornografia ali, e ela escolheu justamente um ménage feminino para assistir, duas mulheres e um homem. Será que era uma indicação do que desejava?

Natasha nos levou para conhecer a casa. Cabines grandes e pequenas, para grupos ou poucas pessoas. Quartos mais completos também, com banheiros e tudo o que se pode imaginar. Cabines menores, com pequenos buracos nas laterais, o famoso glory hole. Havia também um corredor escuro, onde as pessoas podiam se esfregar sem culpa, sem saber quem é quem. Acabamos não dando sorte, pois ninguém transava em lugar nenhum naquele momento.

Voltamos para a nossa mesa na área VIP e aos poucos, a casa ia ganhando vida, enchendo. Pessoas se encontravam, outras se conheciam, Jéssica e Natasha passaram a ser olhadas com mais atenção. Ainda tímida, Jéssica se refugiou ao meu lado, mas Natasha pediu champanhe e aos poucos ia fazendo ela se soltar. Na segunda garrafa, as duas já dançavam de forma sensual na minha frente, me atiçando, se esfregando em mim.

Foi Natasha quem tomou a iniciativa e surpreendeu Jéssica com um beijo quente e molhado, demorado e lascivo, que foi retribuído com a mesma vontade e desejo. Se dando conta do que tinha acabado de acontecer, ela me olhou apreensiva. Eu apenas me levantei e entrei na onda da Natasha, dando mais um beijo naquela boca gostosa, sentindo-a relaxar nos meus braços. Fiz o mesmo com Natasha e ela acabou puxando Jéssica para junto de nós, o que culminou em um beijo triplo delicioso. Natasha fez um carinho no rosto da Jéssica e disse:

– Não pense em nada, apenas se divirta, faça o que tem vontade de fazer sem culpa.

Jéssica me olhou, buscando a minha aprovação. Eu dei mais um beijo em sua boca e concordei:

– Lembra do que conversamos no carro? Do que você me disse? Suas palavras foram: "eu preciso começar a viver mais, me soltar … talvez eu goste realmente de mulheres e isso seja um complemento". Foi mais ou menos isso.

Ela me beijou com muita vontade, aceitando finalmente tudo o que a vida poderia oferecer.

Natasha deu a ideia:

– Vamos circular, flertar, nos divertir. Deixa o JB respirar um pouco.

Jéssica não entendeu:

– Vamos deixar ele sozinho?

Natasha queria ver o circo pegar fogo:

– Sozinho? Até parece. Assim que a gente sair, a mulherada vai chegar em peso. O mesmo vai acontecer com a gente. Vamos ser desejadas um pouco, vai fazer bem pro nosso ego.

Eu incentivei:

– Vai lá, vai aproveitar. Tenho certeza de que vai ser divertido. Estamos saindo da rotina, nos divertindo. Não se prenda, apenas se jogue.

Natasha tinha razão. Assim que elas saíram, a mulherada, algumas até acompanhadas pelos parceiros, vieram me abordar. Algumas eram lindas, outras muito gostosas, mas eu estava tranquilo, apenas sendo gentil, falando pouco e ouvindo mais. Nem recusando e nem aceitando nada.

Acompanhei por um tempo o desfile das duas pelo salão e para a minha surpresa, a quantidade de mulheres que as abordaram, eram o triplo do número de homens. Após uma distração para falar com um casal que me abordou, acabei perdendo as duas de vista de vez. Imaginei que, com certeza, elas deveriam estar na parte quente da casa, onde a safadeza rolava. Acabei conhecendo um casal da minha idade, também estreantes, e me concentrei na conversa com os dois. Eles estavam curiosos, apenas querendo conhecer o ambiente.

A mulher, uma morena de belos traços, contou:

– Fui eu que pedi para vir. Nós fantasiamos muito, mas ainda temos medo.

O rapaz, também um homem bonito, completou:

– Eu tinha um pouco de receio, mas agora estou me sentindo mais tranquilo. É um ambiente seguro, as pessoas respeitam o “não”, o espaço dos outros … eu gostei.

Conversamos por mais de meia hora, até que vi novamente Jéssica e Natasha cruzando o salão, vindo ao meu encontro. Natasha visivelmente excitada e feliz, Jéssica com o rosto corado, a boca bem vermelha … na hora eu entendi o que aconteceu. As duas me beijaram, uma após a outra, fazendo o novo casal de amigos me olhar admirado. Os apresentei:

– Esses são a Elaine e o Jorge. Acabei de conhecê-los. Assim como eu, é a primeira vez deles aqui também.

Jéssica e Natasha se apresentaram, mas o novo amigo não conseguiu segurar a língua:

– E nós aqui, achando que você estava sozinho, deslocado, e de repente …

Natasha riu gostoso, alto:

– Um gostoso desse sozinho? É impossível.

Jéssica sorriu timidamente, parecia preocupada. Natasha e o casal se deram bem instantaneamente, me dando o espaço que eu precisava para falar com a Jéssica. A convidei para dar uma volta comigo, com a desculpa de esticar as pernas. Natasha entendeu e sorriu maliciosamente para mim.

No meio do salão, Jéssica me puxou pela mão e me levou até uma cabine para casal, me fez sentar e começou a abrir o zíper da minha calça meio desesperada. Eu a conhecia muito bem, sabia que ela estava evitando falar. Segurei suas mãos, puxando seu corpo para um abraço e senti que ela começava a chorar. Me assustei:

– O que aconteceu, por que isso?

Jéssica tremia, já encharcando minha camiseta com suas lágrimas. Baixinho, quase inaudível, ela disse:

– Aconteceu! Me desculpa, eu não resisti.

Eu entendi, mas eu precisava fazer ela dizer em voz alta:

– Aconteceu o quê?

Ela se enrolava:

– Só aconteceu. Natasha e eu … a gente ficou, eu não consegui resistir.

Eu segurei em seu queixo e levantei seu rosto, fazendo ela me encarar:

– O mais importante: foi bom? Você gostou?

Jéssica voltou a esconder o rosto no meu peito:

– Sim! Foi muito bom, eu gostei.

Eu a abracei mais forte:

– Se foi bom e você gostou, por que está chorando?

Ela me surpreendeu:

– Eu sinto que trai você outra vez. Fiz de novo, sem pedir permissão …

Eu a interrompi:

– E desde quando eu sou seu dono? Por que você acha que precisa da minha permissão?

Ela me olhou assustada, sem entender:

– Você disse que a gente estava junto para a sua mãe, achei que fosse …

Eu interrompi novamente:

– Você é uma mulher inteligente, tenho certeza de que entendeu a situação naquele dia. Se você precisa desse rótulo, dessa confirmação, tudo bem, estamos juntos. Eu adoro estar com você, mas deixei bem claro no começo que gosto da minha vida, que tenho um rolo com Natasha. Vamos deixar bem claro: eu quero você sim, mas também quero ela.

Jéssica me encarava, sem saber o que dizer. Eu, então conclui:

– Você também quer a Natasha, não é? Seja honesta, assuma de uma vez.

Seus olhinhos lindos brilharam:

– Sim, eu quero.

Enxugando as lágrimas, ela disse:

– Me desculpa, eu ainda acho tudo isso estranho. Nunca achei que podia ter tudo, que as coisas poderiam ser tão simples.

Para aliviar ainda mais a tensão que se dissipava, eu brinquei:

– É claro que você sabia, eu te disse isso. Só faltava você ser honesta consigo mesma.

Do nada, a chave virou na minha cabeça e eu a provoquei:

– E como foi? Ela te pegou de jeito, ou foi você que pegou ela?

Jéssica me deu um soquinho no braço:

– Seu bobo, é lógico que foi ela. – E devolveu a provocação. – Ela me agarrou no corredor escuro e começou a dedilhar minha xoxota e chupar meus seios.

Eu enfiei minha mão dentro da calcinha dela e tirei um seio do vestido, sugando delicadamente. Sua buceta chegava a pingar:

– Nossa! Você deve ter gozado muito gostoso, ainda sinto os fluidos no meu dedo.

Jessica mordeu o lóbulo da minha orelha e disse baixinho:

– Gozei gostoso demais naquela boca … ela sabe muito bem o que faz.

Quase se entregando, mas recobrando os sentidos, ela se afastou de mim pedindo:

– Espera! Eu quero vocês dois juntos, quero muito. Chega de me enganar, eu não preciso. Você tem razão.

Aquela noite seria o marco da virada em nossa vida. Mas antes, uma situação complicada nos esperava.

Continua.

Consultoria e revisão: Id@

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Comentários

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Este casal são muito fofo, porque não os três juntos já que se gostam,formem o trisal

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Parabéns pelo conto. Eu gosto de contos como está parecendo uma novela. Aguardo continuação.

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Que historia maravilhosa, seus contos sempre muito detalhados e com temas otimos, esperando as continuações.

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vai continuar??? estou esperando com ansiedadegosto muito de ler o que escreve é JB ou LUkas?

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Estava sem óculus, vai continuar?

vc tem folego e deve tentar até um romance pois esse ja é com certeza um conto não muito pequeno, pode ate escrever com cuidado um romance , continue mesmo.

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Eu gostaria de saber se vai contubuar? Estou gostando muito e principalmente do seu folegp, voce twm jeito at´e para romance continue!!!!!

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Lukinha-01! Em todos os contos com títulos diferentes você e 💯! A Id@ também tem o meu respeito! Sei que ela adora estrelinhas: tom ué e pra vocês! ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐💯

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Se o JB aceitar a proposta do sogro pra mim é um tiro no pé, ele é safado mas parece que não sabe dizer não pras pessoas próximas.

É muito natural a Jéssica achar que traiu o JB novamente mas não sei se foi traição de fato. Dúvida cruel.

Do resto foi um bom capítulo.

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Massa Lukinha & Ida, bora pro trio, olha chuva...mentira, tá e pegando fogo

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Eu acho este trio mágico, ambos se completam ...mas acho que em algum momento dará merda e desta forma se separaram...espero que NÃO né...👁

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Comedor de viúvas e divorciadas, Grb73 e A_VERDADE_PREVALECERA, resolvi colocar um comentário não associado a nenhum de vocês de forma proposital. Vale para os três.

Entendo que os seus comentários expressam as suas opiniões sobre alguns dos personagens e acho válido. São as opiniões de vocês. Contudo, não consigo entender que tipo de análise vocês fazem para expor esta opinião. Até mesmo não entendo que conto vocês estão lendo. Porque deve ser outro, diferente do que o autor está postando.

Jéssica indo para a prostituição só por aceitar um convite para ir a uma casa de Swing ? Ela já se declarou bissexual e, até onde eu pude ler, só está se relacionando com o JB e com a Natasha. Inclusive este foi o último comentário dela, no final do capítulo.

Agora, se vocês acreditam que a evolução da personagem a levara para a prostituição, este é um exercício de futurologia de vocês, talvez baseados em seus valores e suas crenças ou, até mesmo, em outros contos que leram.

Nada do que foi postado até o momento, desculpem, me leva a crer no mesmo que vocês.

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veja bem,a Natasha fala que quer transar com a Jessica,depois convida o casal pra ir em uma casa de swing,lá dentro fala com Jessica,vamos circular,flertar,sendo que a Natasha é uma puta é claro que eu deduzi que a Natasha tá com má intenção desde o começo né.

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Sei não,a Natasha convidando pra casa de swing e pedindo para dar uma voltinha pra atiçar os outros homens.

Mesmo que as duas se pegaram é muito estranho essa parada de voltinha,JB que não fica esperto não,com a sede de ter as duas sem compromisso,vai peder a Jéssica pra prostituição,já começou indo em casa de swing a convite da Natasha.

O mais lógico seria assumir a Jéssica de vez e os dois se casarem e deixara Natasha na sua antiga vida,pois a intenção da Natasha sempre foi levar a Jéssica pro mal caminho,vem com esse papo de fazer um trisal só pra ganha a confiança do JB e sair com Jéssica sozinha,com certeza ela quer lucrar nas custa da Jéssica.

Sai fora JB,essa putinha quer fazer sua menina virar puta também,corta os laços com ela antes wue seja tarde.

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Num dos capítulos dessa saga eu tinha dito isso que a amizade delas iria corromper a Jéssica e ela iria deslumbra um mundo novo e vai automaticamente deixar o JB de lado.

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Está casa de swing é a mesma do outro conto? Natasha gostou tanto que já levou os amigos kkk

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Sim, é a mesma Natasha e a mesma casa !!!

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Eita porra! Só espero que essa relação não tenha mais percalços! Expendido!

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Percalço é o sobrenome do Lukinha e da Id@ Kkkkkkkkkkk

🌟🌟🌟

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Querido SnowCastle, você já me conhece !!! Rsrsrs

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A cada vez melhor nota mil e muito gostoso parabéns

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