De Mario a Mari - Parte 01

Um conto erótico de Historia de Cdzinhas
Categoria: Crossdresser
Contém 3414 palavras
Data: 22/06/2023 15:27:50

- Mário, acorda! – falou uma voz em tom calmo.

Abri os olhos e olhei ao meu redor, o sol batia timidamente na janela, as persianas só deixavam passar finos raios de luz para dentro do quarto. Me levantei, esfreguei os olhos e deixei eles se acostumarem com a claridade.

Levantei-me e fui direto ao banheiro, escovei os dentes, penteei os cabelos e depois fui ao armário para trocar de roupa. Peguei uma calça jeans, uma camisa polo cinza, um par de meias e um sapatênis marrom e preto. Fui para a cozinha e vi minha mãe preparando o café. Havia sido ela que me tinha me chamado. Já passava das 7:00 e se eu demorasse um pouco mais acabaria perdendo o horário do ônibus para ir para o trabalho. Pegava as 9:00 e nem gostava e não tinha o hábito de chegar atrasado.

- Bom dia, Filho! – falou minha mãe dando um sorriso – Tudo bem, chegou tarde ontem!

- Bom dia, Mãe! – respondi dando uma golada de café – As coisas na empresa estão meio corridas, período de balanço, ta uma loucura!

- Vai demorar pra voltar hoje? – perguntou – quer que deixe uma janta pronta?

- Não precisa mãe! – respondi já me levantando – Eu como alguma coisa na rua.

Me despedi de minha mãe e fui correndo para o ponto de ônibus. Até o trabalho seria pouco mais de 50 minutos de trânsito, mas eu gostava de chegar um pouco mais cedo para conseguir adiantar minhas coisas. Não demorou muito e consegui embarcar no coletivo, consegui um lugar mais ou menos ao centro do ônibus e na janela. Não estava cheio e algumas poucas pessoas que se sentavam juntas estavam conversando. Aproveitei para ir olhando a paisagem enquanto ouvia música nos meus fones de ouvido.

Desci no meu ponto quando avistei Laura ao longe, andando com seus longos cabelos negros e sua roupa monocromática.

- Bom dia, Laura! – falei dando um sorriso – Toda de preto hoje? Alguém morreu?

Laura me olhou em tom de deboche e respondeu.

- Bom dia, bobão! – falou fazendo careta – Claro que não! Só estava com preguiça de escolher roupa e vim no pretinho básico!

Laura era uma mulher nos seus 27 anos, tinha um corpo bonito, tinha um pouco mais de 1.60 e um corpo que fazia inveja a muitas mulheres e sabia escolher roupas que valorizassem tanto suas coxas grossas quanto os seus firmes pares de seios. Era cobiçada por boa parte dos homens da empresa e volta e meia, dava umas escapulidas com o filho do dono da empresa, coisa que era segredo apenas meu e dela.

Por minha parte, tinha 1.65, um corpo magro, sem pelos corporais, um pinto pequeno, meu corpo era curvilíneo, quase andrógeno o que na época da escola me gerou muitos apelidos e bullying, cabelos lisos com um penteado emo que cobria parte dos meus olhos. Sempre fui muito tímido e o tipo de corte de cabelo era mais por uma questão de querer esconder meu rosto do que por estética, ou seja, baixinho, pau pequeno, baixa autoestima e tímido, como diziam os “colegas” da escola, o esboço do fracasso. Sou branco, não pálido, mas por questões de zoeira, Laura me apelidara de Branca de Neve. Minha missão na empresa, era auxiliar Laura nas questões administrativas em primeiro lugar e fazer de tudo para não chamar a atenção em segundo. Nos conhecemos da época da faculdade, ela estava se formando e eu tinha começado a minha graduação em Administração de Empresas, nos conhecemos em uma festa organizada pelos alunos da faculdade e que eu por algum milagre havia sido convencido pela minha mãe a ir. De lá para cá, cultivamos uma boa amizade e quando apareceu a oportunidade de emprego junto a ela, ela fez questão de me chamar e hoje trabalhamos a pouco mais de dois anos juntos.

Ela é a única amiga que eu tenho em anos, e confidenciamos muitas coisas um para o outro, mais dela para mim, afinal de contas, eu sou um caramujo que não sai de casa, segundo palavras da própria Laura.

Às vezes, quando ficávamos até tarde no trabalho, ela me contava algumas safadezas que ela fazia com os contatinhos delas. Como da vez que ela me contou de quando saiu com dois rapazes que ela conheceu numa balada e que ofereceram uma carona de volta para casa em que ela acabou mamando os dois, afinal de contas, palavras dela, boquete e copo d’água não se negam a ninguém.

Ela não tinha vergonha nenhuma de dizer que gostava de sexo. Sabia que era bonita e sabia que estava no auge da sua sexualidade e queria aproveitar, palavras dela, “Dar a perseguida até achar um lugar pra ficar quieta”. Era a maneira dela de dizer que ia sair com todos os caras errados até achar um cara certo.

- E você Mario, não tem ninguém que tenha saído ou saia?

Essa foi uma das primeiras perguntas que ela me fez quando ficamos mais amigos. Honestamente, com exceção de um caso que eu tive no ensino médio que acabou apenas em frustração, tinha zero experiencia em relacionamentos interpessoais, o que dirá nos sexuais. Contei para ela o quão difícil era para mim me abrir e o quão complicado era para que eu conseguisse tentar me expressar para alguém de que eu gosto ou deixo de gostar. Isso acabou se tornando um empecilho para o meu crescimento interpessoal e que me fez focar mais nos meus estudos.

Acabei aprendendo muito com ela, e minha admiração por aquela mulher que apesar de tão nova, era inteligente, bonita, divertida e independente, quase me faziam querer ser ela. E esse pensamento começou a crescer na minha cabeça. Seria possível que alguém como eu pudesse se tornar uma pessoa como ela?

Aquele mês passou rapidamente, mas os dias eram intermináveis, fazer balanço em uma empresa não é tarefa fácil. Chegamos ao fim do último dia de balanço, totalmente esgotados.

- Finalmente! – Laura falou, levantando uma última folha de papel – terminamos essa chatice!

- Eeeee! – falei timidamente, imitando um gritinho – posso ir pra casa descansar!

- O QUÊ???? – falou ela olhando pra mim zangada – Hoje o senhorito só vai pra casa depois que me levar pra tomar uma cerveja e dançar!

- M-mas... – comecei a elaborar uma desculpa.

- Nada de mas! – falou ela me interrompendo – Hoje você não tem escolha!

Nessas horas, eu não sabia dizer não e vi que teria que aceitar os caprichos de Laura. Saímos do escritório e fomos para o estacionamento, diferente de mim, reles pedestre. Laura tinha carro e tinha uma vaga na garagem da empresa. Entramos no carro e Laura dirigiu até um barzinho que ela gostava de frequentar. Estacionou o carro e andamos até o bar aonde pegamos uma mesa no segundo andar do bar, em que dava vista pra uma pequena pista de dança e as outras mesas do andar de baixo.

Laura foi se adiantando e chamou um garçom para fazer um pedido.

- Pois não, o que vão querer? – falou o garçom.

- Eu quero uma cerveja! – falou Laura se adiantando – e você?

- Eu quero uma coca! – falei

- Coca? – me interrompeu laura – estamos aqui pra comemorar e você vai tomar coca?

Fiquei sem graça com a reação dela e mudei o meu pedido.

- O mesmo que ela – falei timidamente sem olhar pro garçom pois já estava vermelho de sem graça.

Laura olhou pra mim, e começou a rir.

- Mario? Olá? Tá tudo bem? – falou ela sorrindo pra mim – estamos aqui pra nos divertir! Acabou o horário de expediente! Se solta.

- É difícil amiga! – falei pra ela timidamente – Você me conhece, sou eu, o Mário, o que não sai de casa? O que adora ficar na frente do PC jogando? Isso aqui pra mim é muito fora do meu território! – falei dando um risinho.

Laura parou por um minuto, o garçom havia voltado com duas cervejas longneck, saiu e a conversa retornou.

- Me diz, o que é tão difícil pra você? – falou ela com carinho – Sempre vejo você fugindo dos olhares de todo mundo, como se devesse dinheiro pra todo mundo!

Dei uma risada e respondi.

- Não é isso! – respirei e continuei – sei lá, tenho medo de ser julgado! Todo mundo é tão descolado, tão solto e eu não consigo nem puxar assunto na hora do café sabe?

- Ué, mas quando você tá na frente do PC – respondeu ela – você não disse que consegue conversar de boa com os outros?

- Não é bem conversa né Laura! – respondi – São 5 pessoas que tem um assunto em comum, é como reunião no trabalho, temos o jogo como foco principal, a única diferença é que é divertido.

Laura ficou me olhando e achei que deveria complementar o pensamento.

- Além do mais – continuei – apesar de sempre jogar com as mesmas pessoas, nenhum deles me conhece pessoalmente, então sei lá, eu posso ser outra pessoa.

- Como assim? – perguntou Laura.

- Sei lá – respondi com vergonha – é como se eu pudesse falar ou agir sem me preocupar com os outros, na pior das hipóteses, desligo a chamada e volto pro meu canto sabe. Sem ninguém pra me julgar.

- Entendi... – falou Laura sem completar o raciocínio.

Desviou o olhar por uns instantes e depois voltou a olhar pra mim.

- Me responde uma coisa, sem vergonha ta? – falou ela seriamente – Algo pessoal seu?

- Claro, nunca tive segredos com você ué! – respondi sinceramente.

- Você gosta de mulher? – falou ela seca e diretamente.

Ruborizei, não imaginava uma pergunta direta daquelas. Honestamente, fiquei perdido com a pergunta.

- Gosto Sim, por quê? – perguntei atônito.

- E de homem? – rebateu com outra pergunta que me deixou totalmente sem chão.

- E-eu? N-não sei, sei lá? – perguntei totalmente sem graça – Tem resposta certa pra isso?

- Sim ou Não, ué? Gosta ou não? – falou ela com um risinho – Por exemplo, seu um cara chegasse do seu lado agora e te desse uma cantada? O que você faria?

- Congelava? – respondi quase me escondendo embaixo da mesa.

Laura se divertia com a minha reação. Adorava me provocar, sempre gostou, mas podia ver que dessa vez ela estava adorando.

A música começou a rolar naquele momento e algumas pessoas já começavam a tomar os espaços da pequena pista de dança.

- Quer dançar? – perguntou-me Laura.

- N-não, valeu! – falei com vergonha – vou ficar aqui terminando de beber minha cerveja e tentando achar minha dignidade!

Laura riu alto, levantou-se, parou ao meu lado, beijou-me a bochecha e falou.

- Vou ali dançar um pouco, continua pensando no que eu te perguntei e depois me responde tá? – falou olhando nos meus olhos.

Virou-se e desceu a escada, foi direto pra pista de dança enquanto eu fiquei na mesa, olhando pro povo dançando e bebendo minha cerveja com a minha cabeça fervendo com as coisas que ela havia me perguntado.

Vi quando Laura apareceu na pista, apesar de pequena, ela se destacava, parecia que criava uma área em que só quem ela deixasse entrava, dançava solta e ninguém a interrompia e quando algum cara mais ousado tentava chegar perto, ela nem fazia força e o cara já entendia que ela não era pro bico dele. Vendo aquilo, senti um pouco de inveja, será que eu conseguiria ser daquele jeito? Será que eu poderia me redescobrir, começar do zero e ser uma nova pessoa? Mais confiante, mais solta?

Chamei o garçom e pedi uma caipirinha, a cerveja tava me fazendo ficar um pouco mais solto e resolvi experimentar algo que eu sempre quis beber. Pedi uma porção de batatas fritas junto, estava com fome também. No tempo que o garçom levou pra preparar a caipirinha e trazer a batata, Laura voltou pra mesa.

- Hmmm, que chique, caipirinha! – falou ela dando risada.

- Para! – falei rindo junto – Nunca bebo nada, deixa eu experimentar!

- Deixo! Aliás, faço questão de pedir outra pra te acompanhar! – Laura estava adorando brincar comigo – Trás outra pra mim moço?

O garçom anotou o pedido dela e voltou com outra caipirinha logo em seguida.

Laura agradeceu e logo em seguida voltou sua atenção pra mim novamente.

- E aí? – perguntou ela – pensou no que eu te perguntei?

- Ai para, Laura! – falei com vergonha – Não faço ideia de como eu te respondo isso!

- Ué, fala a verdade? – completou ela – Não precisa ter vergonha de mim, se tem alguém que não vai te julgar aqui, sou eu!

Aquilo foi algo bom de se ouvir. Eu não precisar ter medo de ser julgado por ela, era algo que eu gostaria que acontecesse com todas as outras pessoas, era o que me causava tanta frustração na vida.

- Ah, sei lá, se for bonitinho! – respondi timidamente com um risinho.

-SÉRIO? – os olhos de Laura brilharam naquele momento – Não pode brincar com isso heim! Tô perguntando com riso, mas é sério!

- Não sei Laura, eu nunca tive preferência por essas coisas, sei lá... – respondi sinceramente – Pra mim não tem diferença, sei lá, não consigo distinguir essas coisas.

E realmente não conseguia. Uma das minhas grandes dificuldades quando criança e adolescente, era que não havia distinção entre homem e mulher. Ambos geravam igual interesse pra mim e sempre me senti atraído tanto por um, quanto por outro. Mas, ter sido criado somente pela minha mãe, que era uma religiosa fervorosa e que nunca gostava de tocar nesse assunto fez com que as minhas dúvidas fossem mantidas e meus medos por ser julgado tanto por um quanto por outro, me retraíram cada vez mais.

- Eu falei pra você – continuei falando pra Laura – eu nunca saí com alguém propriamente dito.

- Você só me disse isso – falou ela – mas não me explicou o motivo.

- Eu cheguei a marcar um encontro com uma menina da minha classe, quando era mais novo – falei – mas sei lá, chegou na hora ela disse que simplesmente não podia e depois daquilo eu fiquei com mil coisas na cabeça e não soube lidar com aquilo, sei lá, quando o assunto é lidar com outras pessoas, sou uma negação.

Laura me olhava com uma fixação intensa, seus olhos brilhavam, não podia imaginar o que se passava na cabeça dela, as maquinações em sua mente fervilhavam enquanto ela dava um gole na caipirinha e pegava mais uma batata.

- Vou dançar! – falou ela de repente.

Fiquei com cara de bunda e sem entender o que estava acontecendo, Laura voltou para a pista de dança e novamente se destacava enquanto dançava sensualmente ao som de um funk que tocava. Dessa vez, um cara abordou Laura enquanto dançava, só que diferente dos outros, ao invés de tentar falar com ela logo, ficou ao seu lado acompanhando o seu ritmo e dançando junto com ela, mantendo uma distância que beirava a colisão dos seus corpos.

A música deu uma interrompida, o cara aproveitou para falar algo nos ouvidos de Laura, que recebeu com um sorriso, olhou para a nossa mesa, falou alguma coisa com o cara e voltando a olhar para o nosso lugar, apontou rapidamente e depois subiu vindo me encontrar.

- Quem era o cara lá embaixo? – perguntei sem nem dar tempo de ela sentar.

Ela já foi se sentando com um sorriso enorme no rosto, olhou pra mim e depois falou:

- Um carinha que queria saber e eu não gostaria de tomar uma cerveja com ele! – ela respondeu descontraída – aí convidei ele pra vir aqui na nossa mesa!

- Você o que sua louca?!?!?! – comecei a ficar nervoso – ai meu deus ...

Já comecei a ficar agoniado, além de não saber quem era, ainda teria que ficar de vela pra Laura, que situação, já estava constrangido e o cara nem tinha aparecido ainda.

- Calma amigo, relaxa! – ela falou dando risada – ele vai trazer um amigo pra você também!!!

Minha cabeça explodiu. O que a Laura estava pensando? Eu nem sabia o que eu queria da vida até aquele momento e ela me arruma um encontro expresso com outro cara? E eu nem sabia se eu gostava disso. Minha cabeça fervilhava.

- Mário! Calma menino! – falou Laura mudando a cadeira pro meu lado – Você nem sabe o que vai acontecer!

- Eu nem sei quem são! O que eu falo? – falei nervoso – Ai Laura...

Não deu nem tempo pra continuar a agonia, em seguida o homem que falou com Laura chegou e junto dele, um outro amigo, ambos muito parecidos.

O cara que abordou Laura se chamava Jorge, tinha em torno de 1.75m, um corpo bonito, barba por fazer e cabelos pretos e curtos, o outro se apresentou também, se chamava Henrique, tinha a mesma altura de Jorge e era um pouco mais magro, mas também era bonito. Laura levantou-se, cumprimentou os dois com beijos no rosto enquanto eu me limitei a apertos de mão. Laura abriu espaço na mesa, se sentou de frente pra mim e colocou Jorge para se sentar ao lado dela, enquanto Henrique ficou sentado do meu lado.

Laura começou um bom papo com Jorge, que logo irradiou para a mesa toda, pediram mais uma rodada de cerveja e logo estávamos todos rindo, eu, me limitando a pequenos comentários e a prestar atenção na conversa, enquanto Jorge e Henrique ficavam contando o que faziam e o que gostavam, enquanto Laura ficava fazendo cara de mocinha encantada e dando corda pra conversa dos dois.

Em alguns momentos Jorge e Laura, já mais soltos, trocavam uns beijos enquanto Henrique ficava me olhando e eu completamente tímido não sabia como lidar com aquela situação ficava olhando pro fundo do meu copo torcendo pra que algum alienígena me abduzisse e me levasse dali. Mesmo assim, podia sentir Henrique me olhando, até a hora que ele chegou mais perto e resolveu tomar as rédeas da situação.

- Oi! Prazer! Henrique! – falou ele com um sorriso no rosto e estendendo a mão em minha direção para me cumprimentar novamente.

- Mário, prazer! – falei estendendo a mão, mas evitando contato olho no olho.

- Vem sempre aqui? – perguntou Henrique.

- N-não... – gaguejei – primeira vez que essa minha amiga maluca me traz aqui!

Deixei Henrique tomar conta da situação. Laura por sua vez, aproveitou a deixa pra descer pra pista de dança novamente com Jorge enquanto me deixava sozinho com Henrique. O desconforto era visível no meu rosto, estava tentando ser agradável para Henrique, mas honestamente não estava sabendo lidar com aquilo, ele percebeu aquilo e perguntou.

- Já saiu com outro cara antes? – Henrique perguntou naturalmente.

- N-não... – respondi timidamente

- Quer sair? – continuou.

Fiquei vermelho de vergonha, coração acelerado e boca seca. Nunca na minha vida alguém tinha sido tão direto assim e eu não sabia como corresponder com aquilo.

De relance, vi que Laura me olhou e pude lançar um olhar de S.O.S pra ela. Parece que ela entendeu, logo em seguida, subiu com Jorge e sentaram-se a mesa.

Salvo pelo gongo.

Laura já chegou com a desculpa que estava cansada, deu mais uns beijinhos em Jorge, trocaram números de telefone e em seguida, me puxou pra fora da mesa e fomos direto pro caixa pagar nossas comandas.

- Sua louca! – disse eu nervosamente – Quase morri do coração!

Laura só ria. Pagamos nossas comandas e fomos para o carro de Laura, que a cada passo ria da situação e se divertia com minha aparência de tomate envergonhado.

- Para Mário! – começou ela – Vai dizer que não achou o bofe lindo? Deixei o mais gatinho pra você!

- Para, ai meu deus, que vergonha! – não sabia onde enfiar minha cara – Vão pensar que eu sou viado!

- E você é? – perguntou Laura rindo

- N-não! – respondi – Não sei, sei lá....

Laura ria alto.

- Eu acho... – começou Laura – Que você tem medo de experimentar da fruta e gostar!

- Bobona! – falei fazendo uma careta.

- Sério! – continuou ela abrindo a porta do carro e entrando.

Entrei no carro respondendo a ela.

- Você foi muito malvada comigo! – falei fingindo irritação – Aquilo não se faz! Ai meu deus, que vergonha!

- Mário? – falou ela ligando o carro e me olhando – Vai dizer que você não queria cair de beijos naquela boca dele?

Depois disso, Laura partiu com o carro e até chegar em minha casa, ficou implicando e me botando pilha como se estivesse tentando provar pra mim que eu queria ter ficado com Henrique. Nos despedimos e ela, num último ato de implicância fala pela janela do carro:

- Tchau Mari! Boa noite! – falou dando risada.

Sem me deixar retrucar, avançou com o carro e deu uma buzinada com a mão pra fora se despedindo. Apenas olhei ela virando a esquina da rua com o carro e ao mesmo tempo me flagrei dando uma pequena risada de canto de boca.

- Mari.... – falei baixinho dando risada.

Continua...

Está gostando do conto? Prometo que vai esquentar!

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