Jornada de um Casal ao Liberal - As aventuras de Mark e Nanda - Os perigos da noite - Parte 1

Um conto erótico de Mark
Categoria: Heterossexual
Contém 8042 palavras
Data: 25/07/2023 16:11:10
Última revisão: 26/07/2023 16:23:28

Amigos, amigas,

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Forte abraço,

Do Mark

Ah, e só para vocês, segue uma resenha quentinha:

CAPÍTULO I - TERCEIRAS INTENÇÕES

Como todo bom mineiro, quando não estamos proseando, estamos bebendo um bom cafezinho. Comigo não era diferente. Depois daquela última conversa com a Nanda, desci até a cozinha e fui procurar um café quentinho para me acalmar a alma. Servi-me de uma boa xícara e de um talho generoso de um queijo minas "in natura".

Sentado à mesa, as ideias fervilhavam e acabei me perdendo nas lembranças, revisitando tudo o que havíamos vivido até ali. Desde a compra de seu primeiro “brinquedinho”, passando pelo Cadú, Caio, os policiais e agora a Laura. Laura, ô Laura... Filha da puta de mulher gostosa! Que trepada forte tinha aquela mulher e que boca, não fosse ela ter se insinuado para mim longe da Nanda, teria sido tudo perfeito! De repente, me toquei que estava perdendo tempo demais pensando nela, mas afinal fora com ela que eu havia transado. Os outros não me marcaram porque, apesar do prazer, haviam os melhores momentos haviam sido proporcionados somente para a Nanda:

- Pensando na loirona, né, safado!? - Atrás de mim, falava alto uma vozinha que eu conhecia bem.

Não sei de onde surgiu a criatura, mas quando me voltei em sua direção, vi que estava de pé, batendo um pezinho e me olhando com um semblante sério:

- Oi!? O que? - Retruquei para ela, sem saber o que falar.

- O que, né!? Sei... - Disse ela, abrindo um sorriso e se sentando em meu colo, já emendando um caprichado selinho na boca: - Hummm! Gostinho de café...

Aliás, vou ensinar para vocês que não tiveram o privilégio de nascer em Minas Gerais. Se um dia estiverem em meu estado e alguém oferecer um café, não interessa quem, homem, mulher, vaca, galinha, aceite: negar um café no meu Estado é uma desfeita, quase um tapa na cara com luva de pedreiro. Tratamos o café aqui quase como um filho! Ah, é a mesma coisa com o pãozinho de queijo...

Depois de nos sarrarmos um pouco, mais eu porque ela nessa hora estava tomando meu café, decidimos sentar na sala e planejar o que fazer à noite, afinal, com as filhas na casa dos avós, tínhamos que aproveitar cada segundo:

- E aí? O que você está a fim de fazer? - Perguntei.

- Sei lá... - Ela me respondeu, pensativa, mas sugerindo em seguida: - Uma pizza, filme e cama?!

- Ah, não estou a fim de ficar aqui hoje, não. Vamos sair e tomar um chope com uma porçãozinha. Depois a gente vem assistir filme.

- Pode ser, então. Que horas?

- Sei lá, umas nove da noite. Por que?

- Pra eu poder me arrumar, né!? Dar um “tapa na peteca”, podar a grama, encerar o parquinho, alisar a juba, afiar as garras... - Falou, ronronando em meu ouvido e se esfregando em meu colo.

- E o que você vai vestir? Hein, hein!? - Perguntei, entusiasmado.

- Não te interessa, seu curioso! Depois você vai ficar sabendo. Aliás... - Deu uma parada, enquanto olhava para o teto, pensativa: - Vou pegar uma roupa legal para você e deixar no quarto de hóspedes e você toma banho no banheiro social. Vou me trancar no quarto para me arrumar...

- Pra que isso, caramba!? A gente só vai tomar um chope, oras!...

Seu semblante mudou e ela me olhou sério, mas vi que era só charme:

- Uai! Se eu não posso me arrumar para meu marido, vou me arrumar para quem quiser ver uma mulher bonita e feliz! - Retrucou, levantando-se do meu colo e se dirigindo para a área reservada de nossa casa: - Mas ainda assim vou me arrumar e não ouse espiar!

“O que essa criatura está aprontando?”, pensei, enquanto via aquela bela morena se afastar, cantarolando desafinadamente alguma música que custei a entender e não entendi.

Como ainda eram por volta das cinco da tarde, decidi assistir um pouco de TV e comecei a saltar pelos canais procurando alguma coisa que eu não sabia o que. Futebol? Nada naquele horário. Programas infantis? Não, isso eu já assistia muito com minhas filhas. Entrevistas e casos de família? Nem fodendo! Mas, eis que a chamada desse me cativou pela escrita na legenda: “Escândalo! Mulher trai marido com amigos (sim, plural) por amor e pede perdão!”

- Porra! Trair por amor!? - Falei para mim mesmo: - O que essa biscate aprontou?

Aparece então uma conhecida apresentadora das tardes brasileiras e apresenta Cláudia, professora, com trinta e dois anos, e André, mecânico, com seus trinta e cinco anos, casados e sem filhas. Ela não era feia, uma mulata de altura normal, talvez com pouco menos de um metro e sessenta, corpo esguio, peso normal, mas seus seios despontavam forte na imagem: grandes, fartos, empinados, quase saltando de seu decote que, diga-se de passagem, não era pequeno. Ele não era, ou não estava, nada simpático: negro, forte, mais ou menos da mesma altura que ela e com uma “barriguinha de cerveja”. Não era feio, nem bonito, aliás, homem bonito para mim somente eu e meu pai; os outros são aceitáveis.

Mal a apresentadora começa a falar e André já se levanta e, com o dedo em riste, aponta para a esposa e a chama de biscate, piranha, puta e mais alguns substantivos equivalentes que agora nem me lembro mais. O vocabulário chulo dele era vasto, bem maior que o meu! A apresentadora pede para ele se sentar e, ao invés disso, ele parte para cima da esposa. Um segurança entra no palco para evitar “o pior”.

Eu nunca acreditei nesse tipo de programa. Para mim, as histórias sempre eram forjadas, falsas, mas tinha alguma coisa nas palavras daquele homem que realmente pareciam passar verdade. Ele realmente parecia estar nervoso, aliás, transtornado. Ou o programa estava apresentando um fato real, ou ele merecia ganhar um Oscar.

Passado algum tempo, ele já aparentando estar mais calmo, principalmente depois que um segurança do programa, um loirão com cara de poucos amigos e bem alto, talvez quase dois metros de altura, se instalou pouco atrás dele, o programa continuou: (CONTINUA)

CAPÍTULO II - OS PERIGOS DA NOITE

No banheiro, já embaixo da ducha, comecei a rir novamente de toda a situação:

- Um sonho! - Falei para mim mesmo.

Pouco depois, eu já saía, mas as risadas não cessavam. Ainda bem que ela havia ficado na sala ou eu não teria paz enquanto não lhe contasse do sonho que tive.

Vou fazer um aparte aqui apenas para dizer o óbvio, que nós homens temos uma vantagem evolutiva em relação às mulheres e isso ninguém pode negar: somos rápidos para nos arrumar! Em quinze minutos ou menos, eu já estava pronto para uma noitada que prometia: púbis depilada (Nanda prefere, aliás, exige assim para não engasgar no oral!), barba aparada, cabelinho penteado (brincadeira, sou careca!), então ele estava aparadíssimo, camisa preta básica, calça jeans e sapa-tênis.

Não sou o mais bonito dos homens, mas também não sou feio. Descendente de uma mistura de índios e italianos, acabei me tornando um homem bastante interessante. Tenho quase um metro e oitenta de altura, pouco menos de oitenta quilos de peso bem distribuídos, olhos amendoados da herança indígena, pele branca da ascendência europeia, careca herdada não sei de quem e uma barba sempre aparada para conferir um pouco mais de respeito e maturidade que, apesar da Nanda não gostar muito, pois diz que me envelhece, eu gosto bastante do efeito visual que me proporciona.

Ela, por sua vez, estava lindíssima, como sempre, aliás, eu gostaria que ela pudesse, pelo menos uma vez na vida, se enxergar pelos meus olhos. Com certeza, se pudesse, ela se produziria um mínimo no dia a dia, porque ela é muito bonita, mas produzida, fica maravilhosa! Já é alta por natureza, mas em cima de um salto alto fica majestosa, imponente, altiva. No salto, aquela bunda deliciosa fica ainda mais ousada, empinada, convidativa, ressaltando ainda mais suas curvas. O batom vermelho que ela passou a usar sempre que saímos, torna sua boca ainda mais suculenta que a mais vermelha das maçãs e seus olhos cores de avelã, emoldurados pela maquiagem, completavam um quadro de rara beleza.

Depois que decidimos entrar nesse meio liberal, seu vestuário começou a seguir o mesmo mundo. Em casa, ela costuma usar blusinhas justas ou não, mas sempre sem sutiã. Acrescentava ainda shorts curtos ou mini saias, às vezes sem calcinha. Ela sabe que isso me deixa louco, então se aproveitava disso para me tentar, inclusive na presença de nossas filhas, muitas vezes roçando sua bunda em mim, pois sabia que eu ficaria em ponto de bala, mas não poderia fazer nada naquele momento.

Seu pai se horrorizava quando a via vestida daquele jeito. Aliás, não poucas vezes eu soube que ele fora reclamar de seu vestuário com sua mãe, dizendo que aquilo não era coisa de mulher decente, honesta. A mãe dela, por sua vez, não se deixava influenciar pelas opiniões dele desde que se divorciaram e quando ele insistia muito, ela deixava bem claro que se o marido dela não se importava, quem era ele para querer dar opinião na vida dela.

Enfim, quando me dei por satisfeito com minha “arrumação”, voltei até a sala e a encontrei tomando uma taça de vinho, mas sei que, pela cor de suas bochechas, ela já devia estar na segunda ou terceira. Isso, inclusive, é uma coisa que me diverte bastante nela: por ter a pele branquinha, quando bebe, suas bochechas ficam facilmente ruborizadas e quanto mais bebida, mais vermelhas ficam. É quase um termômetro natural:

- Vamos, então? - Perguntei: - Ou quer ficar por aqui mesmo?

- Não, claro que não. Vamos sim! - Respondeu, sorrindo e balançando sensualmente sua taça: - Vamos para onde, por falar nisso, meu “amorrrrr”?

Pois é, para onde? Boa pergunta! Morar no interior tem suas vantagens e desvantagens. É vantajoso porque a qualidade de vida tende a ser muito boa, com baixo custo de vida e índices de criminalidade igualmente baixos, mas é desvantajoso porque o retorno financeiro não costuma ser alto e a vida noturna, quando existente, tende a ser bem tediosa e sem grandes novidades.

Naquele dia, não haveria nenhuma festa na programação da região. Quando menciono “festa”, quero dizer quermesse. Então, teríamos a opção de sair e lanchar num “podrão” qualquer, ou comer uma pizza em nosso local preferido ou jantar num dos restaurantes locais. A única cervejaria da cidade se achava um ambiente requintado e normalmente era realmente frequentada pela elite da cidade, mas, na realidade, não passava de um restaurante bem montado num ponto central e que vivia de uma fama que já não se justificava nos dias atuais. Impor a ela uma noitada dessas não me parecia justo, ainda mais depois dela ter passado a tarde se produzindo para mim:

- Vamos para a metrópole. - Propus e forçando dois sotaques diferentes, complementei: - Prefere no lado de “paulisssta” ou “caipiiiira” mesmo?

- Tá falando sério!? - Respondeu: - Pensei que fôssemos dar apenas uma saidinha rápida?

- E por que não? Você já teve todo o trabalho para se produzir, não seria justo esconder do mundo essa formosura toda... - Falei, piscando um olho para ela.

- Sei! Quem não te conhece que te compre, doutor Mark. - Pensou um pouco e completou: - Se você está disposto mesmo, vamos mudar um pouco de ares então, e de sotaque também.

Entramos no carro e nele para a rodovia, rumando para a metrópole mais próxima do lado paulista que dista aproximadamente uns oitenta quilômetros de nossa casa. Metrópole era só uma forma de falar, é claro, pois mesmo a cidade paulista não era grande. Sinceramente, eu acho que é pouco maior que a nossa, mas é turística e era alta temporada, logo, haveria movimento, pessoas e sabíamos que lá a vida noturna era bem variada, fervia, literalmente.

Por incrível que pareça, apesar da relativa pouca distância, nunca tivemos a chance de ir à noite para essa cidade. Então, ficamos meio perdidos até conseguirmos encontrar o centro gastronômico do lugar. Ali sim, com vários bares, restaurantes, pizzarias, etc., teríamos a chance de encontrar algum lugar para curtir:

- Quero brincar! - A Nanda me falou, sorrindo, enquanto eu finalizava uma baliza com nosso carro.

- Brincar?

- É! - Insistiu e já consegui ouvir uma conotação maliciosa por trás de suas palavras: - O que você acha de escolhermos um local e entrarmos separados? (CONTINUA)

CAPÍTULO III - COSTURANDO AS LEMBRANÇAS

No dia seguinte, acordei com um pé na minha cara e não era da Nanda, aliás, era um baita pé preto, número quarenta e quatro para cima, realmente nada bonito. Levantei minha cabeça, ainda meio grogue da cervejada que havia bebido com aquela galera na noite anterior. Na sala, havia gente dormindo nos sofás, no chão, encostadas nas paredes; havia gente no corredor, quartos, enfim, cada um se arranjou do jeito que pode. Olhei para o meu lado e não vi a minha digníssima e agora sumidíssima esposa. Procurei focar melhor e olhei por todos os lados, nenhum sinal dela. Apesar de conhecê-la bem e achar que não faria nenhuma besteira, preocupei-me, porque, depois dos acontecimentos da noite anterior, não sabia o que poderia estar se passando em sua cabeça.

Ouvi sons de conversa na cozinha e a voz parecia ser a dela. Isso já me acalmou. Levantei-me e fui pé ante pé até lá, desviando da galera que roncava alto. Antes de chegar, parei um minuto no corredor para ouvir uma conversa que se passava:

- Mas, gente, eu juro que pensei que ele estivesse lá comigo numa hora. Eu ouvi a voz dele. Era ele! - Dizia a Nanda, inconformada: - Eu nunca teria feito nada daquilo se ele não estivesse junto comigo...

- Nanda, ele esteve o tempo todo do meu lado. - Pela voz, Valkíria a confrontava: - Aquele filho da puta lá deve ter dado alguma droga para você e você alucinou na hora.

- Não pode ser. Não tem lógica... - Nanda insistia.

- Eu não entendi direito: então, vocês transam com outros? - Perguntou uma outra voz feminina que eu não reconheci.

- É complicado... - Nanda titubeou: - Não quero que contem para ninguém, por favor, a gente tem um relacionamento meio que liberal. Já aconteceu da gente sair com outras pessoas. Não é direto, mas já aconteceu.

- Sério!? - Insistia aquela mesma voz feminina: - E isso dá certo?

- Já deu errado, já deu certo... Dessa vez, quase deu merda... - Explicava a Nanda: - Era só pra ser uma brincadeira... Nós fizemos uma aposta, quem pegasse alguém primeiro, chamaria o outro só para assistir se esse alguém topasse.

- Nossa, cara, que loucura! Não sei se eu teria coragem de fazer isso não. - Disse a mesma voz feminina.

- Para de ser carola, Lucinha, a vida é deles, porra! Se dá certo pra eles, que eles sejam felizes. - Falou Valkíria e ainda completou, em meio às próprias risadas: - Eu pessoalmente adoraria encontrar um homem desprendido assim... Cuida dele, Nanda, senão eu pego pra mim, viu!?

Ouvi então risadas das três:

- Eu não entendo, só tomei refrigerante e água. - Insistia a Nanda.

- Você não tem culpa de nada do que aconteceu, cara, mas foi bastante imprudente em ter aceitado bebida de um estranho... - Dizia a Lucinha.

- Mas era só refrigerante com energético, pelo menos foi o que ele me disse. Não tinha gosto de nada além de refrigerante. - Nanda retrucava.

- Pois é, mas malandro tem em qualquer lugar! Provavelmente, ele te deu um primeiro copo normal para ganhar tua confiança e depois colocou alguma coisa no outro... - Insistia Lucinha.

- Será!? Ai, meu Deus. O que foi que eu fiz? - Respondeu a Nanda.

- Para de se culpar, mulher, você errou, mas não foi intencional. O Mark não te culpou por nada, aliás, nem poderia porque ele aceitou o risco quando topou a brincadeira de vocês. - Falou Valkíria: - Agora, vou te falar de novo: ele ficou todo o tempo comigo e muito preocupado com você. Uma belezinha...

O assobio de uma chaleira avisava que a água estava quente o suficiente para a preparação de alguma iguaria. Logo em seguida, senti o cheirinho inconfundível de um café sendo passado na hora. Valkíria voltou a falar:

- Não chora, Nanda, aliás, chora sim: bota pra fora mesmo, abre o peito, desabafa! Vai te fazer bem, mas acredite, ninguém está te culpando por nada. Errar faz parte da nossa passagem nesta terra, mas o importante é a gente aprender com os erros e não repetir.

- Poxa, a gente fala tanto para as nossas filhas não aceitarem nada de estranhos e eu vou lá e faço o quê!? Aceito! Porra, como posso ser burra desse jeito? Podia ter deixado minhas filhas órfãs numa dessa! - Lamentava.

Um breve silêncio tomou conta do ambiente e depois ouvi falarem algo bem baixo, mas não consegui entender. Acho que deviam estar tentando consolá-la. Eu não sabia se entrava ou não, afinal, ainda não sabia bem o que dizer. Então, fiz um barulho, como se estivesse chegando naquele momento, e entrei na cozinha, coçando meus olhos. Dei bom dia a todas, vi que Nanda se virou para o outro lado para enxugar suas lágrimas, mas mesmo assim fui até ela e lhe dei um beijo na testa. O clima realmente não estava legal:

- Senta aí, Mark, já “tá” saindo um cafezinho... - Disse a Lucinha: - Ou prefere uma cerveja?

- Vocês não estão querendo que a gente vá embora mesmo, né? - Brinquei, rindo, e pedi: - Na verdade, eu queria usar seu banheiro, posso?

- Vai lá, cara. Claro que pode.

Nanda agora me olhava com os olhos vermelhos:

- Já volto, chorona. - Dei-lhe outro beijo na cabeça e fui.

No banheiro, sentei-me no vaso sanitário e comecei a pensar em como abordá-la. Obviamente não iria confrontá-la, mas precisava deixar claro que estava ali para ela me contar o que quisesse, quando quisesse. Ainda assim eu precisava me preparar, porque não sabia ainda o que havia acontecido ao certo no escritório daquele filho da puta. Além disso, eu precisava pensar muito bem antes de reagir às informações que ela poderia me dar. Nessa hora, olhei para as minhas mãos e a direita estava bem inchada. “Só falta eu ter quebrado alguma coisa!”, pensei enquanto a alisava, “Mas se quebrei na cara dele, valeu a pena!”. Dei uma mijada, lavei minhas mãos, o meu rosto e saí, voltando para a cozinha: (CONTINUA)

CAPÍTULO IV - UM GRITO EMUDECIDO

Quiseram me oferecer roupas secas, mas eu estava tão necessitado daquele banho natural que a água fria não me incomodava. Ainda assim seria uma grande sacanagem andar pela casa da Lucinha ensopado. Nanda acabou me devolvendo a camisa que lhe dera e vestiu uma outra fornecida pela dona da casa. Como ela não tinha uma calça que me servisse, ofereceu-me uma bermuda de academia:

- Ui! Vai ficar uma graça! - Disse algum sacana do grupo.

Aquilo me fez sorrir e todos os demais começaram a rir no ato, mas óbvio que não aceitei. Virei-me, tirei minha calça, enrolei a toalha na cintura e torci minha calça no tanque de lavar roupa, pendurando-a num varal para “dar uma secada”. A Nanda se aproximou:

- Você está pensando em fazer besteira...

- Não, não estou! - Respondi, seco, objetivo, tentando despistar o óbvio.

- Você parou de chorar de uma hora para outra e eu conheço esse teu olhar. Eu te conheço como ninguém, mor. - Insistiu.

- Se você me conhece, então sabe que vamos discutir se você continuar com essa conversa.

Ela abaixou a cabeça e vi que tinha exagerado. Tentei me redimir e explicar:

- Desculpa. Só não acho justo aquele filho da puta ficar impune!

- Você já deu uma baita surra nele ontem! Quase o matou, Mark. Esquece dele. A gente toca a vida. Eu só preciso de você comigo e vou ficar bem.

- Tem certeza de que não quer denunciar ele? - Perguntei, já sabendo a resposta.

- Tenho! Eu não quero! Ninguém precisa saber o que aconteceu. Não posso deixar isso prejudicar a gente e muito menos as meninas. - Seus olhos se encheram de lágrimas novamente: - Se você não quiser ficar comigo por eu estar suja, eu vou entender, mas não vou fazer isso com elas.

Aquelas palavras me doeram e a abracei forte, apertado. Eu não cogitava me separar dela, nunca, não por algo que ela não tivesse dado causa. Aquele ódio começou a me incendiar novamente, mas eu sabia que agora não poderia me entregar. Eu precisava me manter racional para fazer pagá-lo e se não fosse através de uma denúncia, eu procuraria outros meios.

Uma parte da turma acabou indo embora, mas os demais improvisaram, mesmo eu dizendo que não queríamos, um churrasquinho. A chuva insistia em cair, então colocaram a churrasqueira na área de serviço/lazer do quintal e todos se espalharam pela casa, revezando-se em nos dar atenção. Parece que não queriam nos deixar a sós. Até que foi bom, porque desviaram o foco do que havia acontecido e nos mergulharam num mar de histórias por eles vividos. No fim, acabaram nos convidando para entrar no moto clube deles. Eu nunca tive moto, apesar de achar lindas as estradeiras da Harley Davidson. Insistiram tanto que eu disse que iria pensar.

No meio da tarde, voltamos para casa. Nanda, ainda sonolenta na segunda balançada do carro, dormiu. “Melhor assim”, pensei. Naqueles setenta, oitenta quilômetros de distância até nossa casa, fiquei pensando, imaginando formas de dar uma boa punição a aqueles filhos da puta, mas com a cabeça ainda quente não conseguiria encontrar a melhor forma.

Chegamos em casa, ela foi tomar outro banho e então a convidei para irmos buscar as meninas. Ela me pediu que fosse sozinho, porque ainda não estava se sentindo bem. Eu não queria deixá-la só, mas ela disse para eu ir despreocupado que ela iria somente descansar e não faria nenhuma besteira, principalmente porque não queria traumatizar as meninas. Deitou-se no sofá da sala e ligou a televisão. Fui buscar nossas filhas e inventei uma história de dor de cabeça para justificar a ausência dela aos meus pais. Sequer me sentei para um café, coisa rara para nós, mineiros, e voltamos os três. Quando entramos em casa, só havia silêncio, a sala estava vazia. No quarto, nada. No banheiro, idem. Na cozinha, vazia. Já estava me preocupando quando olho no quintal e a vejo aguando nossa hortinha e empurrando nossa gatinha com o pé, para que não se molhasse.

Abri a porta do quintal e me encostei no batente, observando-a. Ela me viu e esboçou um sorriso a “La Gioconda”. Era bom vê-la tentando se ajustar ao dia a dia, mas era estranho que isso se desse tão rápido assim. Eu queria me vingar, digo, punir o Bruno e os amigos dele, mas a saúde mental e felicidade dela eram minha prioridades naquele momento:

- Que tal uma pizza hoje? - Perguntei.

- Oba! Pizza! - Miryane, nossa caçula, saiu gritando pelo quintal, correndo atrás de uma gatinha recém adotada.

- Pode ser... - Nanda falou obviamente sem o mesmo entusiasmo.

Aproximei-me dela e a encarei por um instante:

- Estou bem! Não me olha desse jeito, senão vou começar a lembrar de tudo e chorar. - Ela falou sem me encarar, enquanto fechava o esguicho da mangueira: - Só me deixa quietinha.

No começo da noite, liguei para a nossa pizzaria de costume e, naturalmente, a caçula pediu um sabor e Maryeva, nossa primogênita, uma pré-adolescente que se encontrava com a bunda estacionada no sofá da sala com um celular à mão, gritou que queria outro. Uma discussão se iniciou e esquentava cada vez mais. Eu olhei para Nanda que me falou de antemão:

- Sabe que eu estava sentindo falta disso. - E riu um sorriso verdadeiro pela primeira vez desde os fatos.

Aquilo me aliviou a alma de tal maneira que comecei a avaliar se seria realmente necessário punir Bruno ou se poderíamos tão somente riscar aquela noite de nossas vidas e continuar dali para a frente.

Decidi que não tocaria mais naquele assunto por um tempo, mas, naquela noite, ela dormiu mal, um sono agitado, revoltado, sofrido... Revirou-se na cama diversas vezes e até falou dormindo. Numa dessas vezes identifiquei o nome do Bruno e, entre frases soltas, sem sentido, outras inaudíveis, houve sorrisos e choramingos. Isso se repetiu na outra e na outra noite. Na verdade, parecia agora fazer parte da sua rotina noturna. Os dias transcorriam dentro de uma normalidade e se ela chorava, o fazia escondido de mim. Tive certeza disso, quando Maryeva, num dia qualquer, perguntou se a gente havia brigado e, ao indagá-la do porquê daquela pergunta, contou-me que sua mãe estava mais quieta, não brigava mais com ela e passava muito tempo trancada no banheiro. Era certo que algo não estava bem. (CONTINUA)

CAPÍTULO V - O PLANO

Mesmo ressabiado, passei o número do celular da Nanda. Fiquei observando enquanto ele teclava e colocava o aparelho no ouvido. Pouco depois, ele o colocou sobre a mesa e ativou o viva-voz. Ouvimos um toque, dois, três…

- Alô? - A voz da Nanda ecoou.

- Dona Fernanda?

- Sim, sou eu. Quem fala?

- Dona Fernanda, não nos conhecemos pessoalmente ainda. Meu nome é Josué Galeano. Tudo bem como a senhora?

- Tudo… - Ela respondeu, timidamente.

- Eu sou psicanalista e estou acompanhando seu marido em decorrência de um evento pelo qual passaram. Será que poderíamos conversar por um instante?

Um breve silêncio:

- Dona Fernanda?

- Oi.

- Dona Fernanda, eu gostaria de conversar com a senhora sobre...

- Desculpe, doutor. - Ela o interrompeu: - Eu não quero conversar sobre nada com o senhor, aliás, com ninguém! Já falei para o Mark que ele pode fazer o tratamento que quiser, mas eu não quero. Só preciso ficar em paz e esquecer...

- Ah, sim, por favor... Peço desculpas se me fiz entender dessa forma, mas, na verdade, ligo porque preciso da sua ajuda com ele.

- Ajuda!? Por que? O que aconteceu com o Mark?

- Nada ainda, mas identifiquei uma forte tendência vingativa no seu marido e acho que vou precisar da sua ajuda para tentar demovê-lo de algumas ideias nocivas com relação ao fato que vitimou vocês.

Eu o encarei com olhos arregalados, mas ele se mantinha calmo, controlado, senhor de si:

- Vingança!? Mas eu já falei para ele esquecer disso! A gente só precisa de tempo… - Ela falou no telefone.

- Dona Fernanda, há um trauma que precisa ser tratado. Fico feliz por saber que a senhora está se recuperando bem, mas ele não. Ele está se sentindo frustrado, culpado e precisa de apoio. Infelizmente, não estou conseguindo alcança-lo e temo que ele possa fazer algo. Por isso, estou te ligando. Preciso da sua ajuda.

Fiz menção de querer protestar e ele pediu silêncio, erguendo o dedo indicador em frente a seus lábios. Depois de um tempo, ela volta a falar, parecendo chorar na linha:

- Esse inferno parece que não vai ter fim... Saco, saco! - Após um breve silêncio, ela continuou: - O que eu posso fazer, doutor?

- Ele ficou arredio hoje depois que eu tentei apresentar alguns fatos, inclusive, ele disse que não voltaria mais por já estar bem, mas ele não está, acredite: ele não está! É apenas uma imagem que ele criou para não preocupar a senhora. Ele não pode parar a terapia agora, porque seria arriscado ele fazer algo impensado, impensável…

- Ai, meu Deus! - Disse, aflita.

- Será que a senhora poderia trazê-lo amanhã em meu consultório novamente, por volta deste mesmo horário? Talvez se a senhora falar para ele que pensou melhor e gostaria de vir conversar comigo, ele também venha, pela senhora...

Nessa hora, comecei a me indagar se ele não estaria mesmo tentando aplicar alguma terapia em mim, porque eu realmente tinha pretensões nada elogiáveis para com o Bruno e seus amigos, mas não para já, não naquele momento:

- Tudo bem. É doutor o quê mesmo? - Perguntou.

- Galeano, Josué Galeano.

- Eu vou dar um jeito de leva-lo aí, mas não vou falar nada.

- A senhora vindo com ele, pedirei que ele aguarde um pouco na antessala, para ele não desconfiar de meus métodos, e enquanto isso, irei orientá-la da melhor forma sobre como procederemos com ele. Posso, então, contar com sua colaboração?

- Pode, doutor. Farei o possível.

- Ok, então. Qualquer coisa, a senhora pode me ligar nesse mesmo número, ok?

- Ok.

- Obrigado, então, Dona Fernanda. Passar bem.

Desligaram e eu o encarava incomodado com aquela linha de abordagem, principalmente, porque parecia me atingir também:

- Doutor, o senhor está tentando me tratar a minha revelia?

- Doutor Mark, se a cura de sua esposa depender do seu processo de cura, o senhor não se submeteria? - Respondeu, com uma pergunta, também me encarando.

Ele era esperto, mais do que eu havia imaginado. Por mais nobres que fossem suas intenções, era claro que ele tentaria curar nós dois, mesmo que contra nossa própria vontade. Infelizmente, capricorniano genioso que sou, não seria uma presa tão fácil para os joguinhos mentais dele, pelo menos era o que eu pensava. Minha objetividade atacou:

- Não gostei disso, realmente não é ético. Não vou mentir para minha esposa e sua resposta é sim: vou me vingar daqueles filhos da puta! Ainda não decidi como, mas eu vou. Queria a verdade, agora o senhor a tem. - Falei, com a cara fechada. (CONTINUA)

CAPÍTULO VI - EFEITOS ADVERSOS

Após as meninas se deitarem, passava um programa qualquer na TV e eu fiquei assistindo o branco da parede por um tempo até que ela veio se sentar perto de mim. Vendo que não havia assunto para conversarmos e como eu me mantinha calado, letárgico praticamente, deitou sua cabeça em meu colo e ficou lá assistindo a TV ou talvez fingindo. Eu não entendia como eu poderia amar tanto uma pessoa e essa pessoa ter outra em sua mente, ainda mais num momento de intimidade como aquele que estávamos experimentando, forte, intenso como há muito tempo não tínhamos.

Pedi licença e fui até o banheiro, onde fiquei um tempo para tentar me acalmar. Depois voltei, mas ela havia deitado a cabeça num dos braços do sofá e então vi que vestia uma camisolinha vermelha de um tecido leve, sem nada mais. Sentei-me na outra extremidade do sofá e voltei a meus pensamentos:

- Você não quer ficar perto de mim, né? - Ela me perguntou ao ver onde eu havia me sentado.

- Estamos perto. - Respondi sem nenhum entusiasmo.

- Deus! Foi só um nome…

- Só o nome do seu estuprador. - Rebati já meio sem paciência e enfatizei: - O que que estava passando na sua cabeça, Nanda!? O cara te droga, praticamente te rapta, abusa de você, te violenta, e quando nós estamos fazendo amor, você me chama pelo nome dele? Porra! Dá uma facada em mim que dói menos.

Acredito que ela entendeu nessa hora o estrago que havia feito. Levantou-se, vindo em minha direção e se sentou perto de mim. Colocou sua mão em meu rosto, mas me virei para a outra direção:

- Eu não vou pedir desculpas novamente porque sei que você não está pronto para me perdoar. Eu não sei o que te falar. Eu vou melhorar, te prometo isso. Só preciso colocar as ideias no lugar. - Falou, enquanto agora coçava minha nuca: - Vem deitar comigo, vamos dormir. Amanhã, a gente conversa com o doutor.

Pegou minha mão e eu ia me levantando com ela, mas, de repente, não me senti à vontade e falei:

- Vou mais tarde. Ainda estou sem sono…

Ela viu que não adiantaria insistir e se recolheu. Ali no sofá o tempo passou devagar: onze horas, meia noite, uma hora, duas… Desliguei a TV, apaguei a luz e nada do sono chegar. Alta madrugada, vejo o vulto da Nanda aparecer na sala e finjo estar dormindo:

- Mark… Mark… - Sussurrou: - Vem pra cama.

Ronquei de leve, fingindo estar num sono pesado:

- Está me ouvindo?

Mantive o silêncio e ela voltou para o quarto. Pouco depois, noto que ela retornou com um travesseiro e um lençol, deitando-se no tapete abaixo do sofá em que eu estava:

- Não sei por que você ainda está comigo? Eu só te faço mal... Só espero que você ainda tenha um pouquinho de amor no seu coração para eu poder te reconquistar. - Cochichava e suspirou: - Ah, como eu te amo... Já que você não quer dormir comigo, durma com Deus.

Ouvir aquilo me doeu mais ainda na alma e me virei de costas para ela. Nesse momento, senti uma lágrima escorrer, mas não chorei. Acho que eu estava em choque com tudo aquilo. Não sei quanto tempo depois apaguei.

Algum tempo depois, ouço barulhos que parecem vir da cozinha. Mantenho-me deitado e passo a prestar mais atenção ao que estava acontecendo: pareciam gemidos! Olho para baixo do sofá e Nanda não está mais. Levanto minha cabeça e de onde estou vejo um grande vulto escuro passando pela cozinha. Levanto-me e vou devagar até lá. Ali, vejo então a Nanda cavalgando com vontade um barbudo e chupando outro como uma devassa, babando muito mesmo no seu pau, tudo isso enquanto Bruno fode seu cu com uma imensa vontade, querendo arregaçar, machucá-la mesmo:

- Ah, o manso acordou! - Falou, zombando e rindo, acompanhado dos outros dois: - - Pode chegar, corno, garanto que essa piranha dá conta de dar pra você também, não dá, Nandinha?

- Ai, dou. Ai! Dou sim.

- Quer dar para ele, biscate? - Ele insistiu.

- Ai! Eu quero o que você quiser, Brunão, você é meu dono. Você manda… - Respondeu e me olhou com desdém, passando a sorrir e zombar: - Mas pra que eu daria para ele? O pauzinho dele não chega nem perto ao de vocês.

- Se fodeu, corno! - Gritaram e começaram a gargalhar.

Acordei sem ar nesse momento e com um imenso aperto no peito. Cheguei a pensar que fosse infartar. Olhei para baixo e a Nanda dormia igual um bebê:

- Inferno! - Resmunguei: - Nem dormir eu consigo mais.

Levantei-me e fui até a cozinha, onde me servi de um copo de água. Minhas mãos tremiam. Sentei-me na mesa e vi que o relógio marcava quatro e meia. Ali, permaneci e não dormi mais naquela madrugada. Minha cabeça estava uma bagunça. Era por volta das sete quando vejo a Nanda entrar na cozinha com um olhar preocupado. Sentou-se do meu lado e colocou sua mão sobre a minha, apertando forte:

- Não pede desculpa! - Falei para ela.

Não consegui decifrar seu olhar, parecia haver medo, dor, pena… Mas ela não falou nada, somente ficou ali comigo em silêncio. Às oito horas, nossas filhas chegaram e sentiram que algo não estava certo. Nanda se levantou e pegou um iogurte e algo mais para a caçula comer, que foi para a sala. A mais velha se sentou do meu outro lado e ficou me encarando por um tempo. Depois, levantou-se e me deu um abraço, dizendo:

- Você vai resolver tudo: você sempre resolve, pai! (CONTINUA)

CAPÍTULO VII – CARTAS NA MESA

- Bem, Fernanda, retomando de onde paramos, estive pensando e, se você preferir, posso utilizar com você a mesma técnica que utilizei com o seu marido, te ajudando a revisitar os fatos daquele dia? Vou relembrando a história que ele me contou e a senhora me corrige ou complementa os fatos quando quiser. O que acha?

- Eu ainda não estou certa, doutor... - Respondeu, envergonhada.

- Quer que eu saia? - Perguntei, outra vez.

- Não! Não mesmo…

Vendo que não sairíamos daquilo se alguém não tomasse uma iniciativa, levantei-me, retirei a mesinha que estava no centro de nossas poltronas, colocando-a de lado, coloquei minha poltrona bem próxima da dela e me sentei. Eles ficaram me observando todo o momento, sem entender o que eu queria:

- “Dá o pezinho, lôro!?” - Falei para ela enquanto esticava minha mão em sua direção.

Ela deu uma risada gostosa na mesma hora e entendeu o que eu estava fazendo. Era uma brincadeira nossa e então me deu a sua mão:

- Vai me pedir em casamento novamente também? - Perguntou, olhando em meus olhos.

- Não. É que preciso da sua mão para assinar o divórcio. - Rebati, rindo na sequência.

- Ah, vá… - Respondeu, também rindo e completando: - Piada sem graça!

O Doutor Galeano somente nos observava com um sorriso no rosto. Ele entendeu na hora que eu estava quebrando o gelo e a preparando para o que viria a seguir:

- É o seguinte, Nanda, ele vai recontar a história como eu a contei, com base no que eu sabia. Não vai ser legal, mas é necessário. Quando quiser fazer alguma correção é só você falar, ok? Não adianta ficar fugindo ou protelando, enfrenta. Eu estou aqui.

Quando fiz menção de puxar minha mão para me recostar melhor, ela me segurou forte e pediu:

- Devolve meu poleiro ou não vou dar conta.

Então, ficamos ali de mãos dadas, enquanto o doutor Galeano recontava toda a nossa história de vida. Ele tinha anotado tudo o que havíamos conversado. Nas palavras dele, eu me senti personagem de um conto. Ela ouvia tudo com a cabeça baixa, mas às vezes, o encarava, ainda sem interrompê-lo e aceitou tudo muito bem. Ele lembrou o início de minha fantasia e início dela: o exibicionismo, a primeira brincadeira no rodeio com Cadú, depois a primeira vez na praia com o Caio, nossa trepada com a Laura. Vendo que ela parecia constrangida com tudo aquilo, ele fez um aparte para explicar:

- Fernanda, não precisa ter vergonha ou remorso de sua história de vida. Não estou aqui para julgá-la ou recriminá-la, entende?

- Ah, doutor, mas é tão esquisito… Eu nunca pensei viver isso no meu casamento. Eu sonhava casar, ter filhas, ser apenas dele, envelhecer e morrer. - Disse e depois me olhou: - Aí, vem o meu marido e me pede para traí-lo!? E o pior é que depois eu até gostei das sensações. Mas, poxa, sei lá…

- Fernanda, traição é o que se faz às escondidas! Vocês tem um acordo de vontade, é tudo feito às claras e com concordância mútua. Não há traição alguma, a meu ver.

- Mas com o Caio, eu o traí… - Insistiu.

- Eu não diria que houve traição. Eu consideraria que, numa situação nova, a senhora acabou se deixando envolver e, no calor do momento, ultrapassou um limite, sem maior importância…

- Eu discordo, doutor! - O interrompi e frisei: - A questão dela querer transar com o Caio à sós, realmente não teria importância alguma, mas o fato dela ter feito isso sem proteção foi muito errado sim!

- Fernanda? - Ele a chamou para se manifestar.

- Sim, eu sei. Realmente foi um erro. Eu podia ter colocado nossa saúde em risco…

- Correto! Mas mesmo errando, acertaram. - Nós dois o encaramos e ele continuou: - Conseguiram entender e superar um erro e, com isso, devem ter entendido a importância do estabelecimento e do cumprimento de limites para sua própria segurança. Eu só posso dar meus parabéns para ambos.

- Mas ainda assim é estranho…

- O relacionamento íntimo de vocês somente diz respeito a você e seu marido, e ninguém mais! Tenho vários pacientes que mantêm casamentos de fachada, infelizes, ou tem vidas paralelas, uma outra família, ou traem seus parceiros sem remorso algum. É uma decisão pessoal e eu não estou aqui para julgá-los, mas pessoalmente eu não concordo! Acho muito mais honesto e proveitoso um relacionamento como o de vocês, porque vocês se respeitam, se preocupam um com o outro, se divertem juntos e criam, com isso, uma cumplicidade inimaginável. É uma parceria realmente linda.

Ela o ouvia de boca aberta, surpresa com o entendimento apresentado. Ele falava sem parar:

- Não é errado querer conhecer novas formas de prazer. Se seu marido se excita em vê-la com outro e a senhora tem prazer em vê-lo excitado, e consegue aproveitar o sexo no braço desse outro, ou vice-versa, gozem à vontade, sejam felizes. De que adiantaria viver uma vida sem cor, sem prazer? O maior erro está no entendimento de que sexo e amor são a mesma coisa: não são! Amor você vive com seu marido, vem de um sentimento interno e de uma relação construída ao longo do tempo; já sexo é uma satisfação momentânea da carne que podemos, ou não, ter com quem amamos. Simples assim. (CONTINUA)

CAPÍTULO VIII - EPÍLOGO

Infelizmente, na busca pela felicidade, temos a tendência natural de confundi-la com satisfação momentânea e, às vezes, esta própria com o prazer que o sexo nos proporciona.

A jornada não se resume a isso, mas a busca por essa satisfação sexual pode diminuir nossa percepção dos riscos que nos cercam e foi isso justamente o que aconteceu nessa parte da história.

Esse percalço causou feridas? E como curá-las?

Aliás, como se dará a recuperação da confiança e do relacionamento do casal após as revelações feitas por ambos no calor do momento em que decidiram se abrir um para o outro?

Haverá espaço para o perdão?

Conseguirão salvar seu relacionamento? Aliás, continuarão vivendo essa relação liberal?

Não há resposta certa, nem uma que sirva para todos, mas a continuação tentará trazer algumas respostas e a importância de se socorrer a ajuda especializada na psicoterapia.

Para vocês, alguns trechos do que vem por aí:

“Ficamos ali mais um tempo em silêncio, apenas fazendo companhia um ao outro. Ela depois se levantou dizendo que iria colocar as meninas na cama e se recolher, porque estava cansada das emoções daquele dia. Eu disse que iria logo mais e fui para a sala. Como não é a minha área de atuação, fui pesquisar sobre as possíveis doenças que ela poderia ter sido contaminada. De todas, somente a AIDS me preocupou de verdade, pois, apesar de ter tratamento, realmente não tinha cura e limitaria bastante nosso contato íntimo. “Não é possível que ela tenha pegado AIDS!”, pensei.”

“Tomei outro tapa no rosto antes de continuar e parei na hora, encarando-a surpreso: o primeiro não havia doído, mas esse estalou bonito e ardeu! Se sua intenção não era me machucar, falhou vergonhosamente, mas serviu para mostrar que ela estava no comando da situação naquele momento. Resolvi ficar quieto e ver o que ela iria aprontar. No mesmo instante, ela se levantou e esfregou seus seios em minha boca, mas não me deixava abocanhá-los. Quando consegui pegar um dos mamilos e o segurei na sucção, ela me puxou as orelhas e me deu mais um tapa na face.”

“Entretanto, eu sabia, aliás, eu já havia me convencido de que aquilo não era verdade. Por mais e mais palavras que pudessem ser ditas, eu sabia que tinha responsabilidade em tudo o que havia acontecido a Nanda e por mais que minha vontade fosse por esfolar aqueles animais até chegar nos ossos, eu já começava a aceitar uma vingança um pouco mais, digamos, “didática”. Só dependeria de uma ajudinha do destino, talvez do Agenor e de mais um ou dois “caboclinhos” bons de serviço.”

“Nanda me encarava curiosa. Então, apoiei o telefone no ombro direito e fiz uma espécie de “cerquilha” cruzando os dedos médios e indicadores de minhas mãos, indicando prisão. O interessante é que ela não sorriu num primeiro momento, parecendo, na verdade, ter ficado apreensiva ou mesmo triste com toda a situação.”

“Lembro que paguei a conta e saímos. Eu meio que cambaleando, ela meio que me segurando, um muro meio que me ralando e um poste que teimou surgir do nada em meu caminho, acertando a minha cabeça. Já na casa dela, me falou que iria pegar um saco de gelo, mas eu pedi uma lata de cerveja bem gelada que serviria para beber e acalmar meu galo recém adotado. Sentei-me no chão da sala, bebericando a cerveja e a usando na testa, assistindo ainda a um programa qualquer na TV que não me lembro de tão interessante que estava.”

“Um arrepio me percorreu a espinha porque eu acabara de mandar minha esposa procurar outro e eu me toquei que não era isso o que eu queria. Eu a amava e tinha certeza de que ela também sentia o mesmo por mim, porque em meus braços senti isso! Peguei meu celular e liguei para ela no mesmo instante, mas estava desligado ou fora da área de cobertura. “Merda de operadora!”, xinguei, por saber que na rodovia seu sinal era baixíssimo, praticamente inexistente. Decidi ir até seu encontro, mesmo porque choperia na cidade vizinha só havia uma, então encontrá-la seria bastante fácil.”

“A ideia dela era boa e talvez fosse o melhor caminho para evitarmos a situações estranhas que tivemos nas “primeiras vezes”. Não estava exatamente pronto para propor algo, afinal, havíamos bebido, transado e estávamos cansados. Entretanto, seu olhar curioso para mim denunciava que eu não teria paz enquanto não estabelecesse os limites que ela tanto ansiava estabelecer. Talvez, ela própria já viesse pensando nisso e a tal curiosidade começou a me dominar também. Não custava nada tentar e se não ficasse bom, acertaremos os limites depois:”

“Ele me calou com um caloroso beijo e deixou seu corpo repousar sobre o meu, soltando meus membros. Então, ficamos nos beijando, agora apaixonadamente, enquanto nos acariciávamos. Olhamos para o lado e eles nos olhavam com atenção, mas, ao verem que nós os olhávamos, ficaram sem jeito e passaram a se pegar novamente. Demos um sorriso um para o outro e ele foi pegando a última das camisinhas que eu havia levado. Encapou seu pau e levantou minhas pernas, colocando-as em seus ombros, passando a roçá-lo do meu cu até meu clítoris. Estava uma delícia e eu comecei a gemer, quando me distraí com uma movimentação na hidro e vi que a Bia já estava cavalgando o Bernardo de frente para a gente. De repente, senti um pau me invadindo a boceta bem fundo e gemi alto e rouco, fazendo com que eles me encarassem. O Mark passou então a bombar suave e profundamente em minha boceta, tirando até ficar somente a cabeça para então enfiá-lo fundo, alternando entre estocadas rápidas e outras bem lentas. Eu estava tão necessitada daquele contato com meu marido que eu pouco tempo comecei a gozar, mas ele não diminuiu, ao contrário aumentando a intensidade e velocidade, me fazendo gozar mais uma, duas vezes.”

“Seguiram então para uma outra sala bem maior onde havia uma espécie de cama quadrada imensa com dossel adornadas por diversos apetrechos sadomasoquistas. Ali o marido foi acorrentado a uma espécie de “X” que estava na parede, bem próximo a lateral da cama, e a esposa foi amarrada de costas na cama, com os braços e pernas abertos. Então, o sexo começou a correr solto com o loirão usando e abusando da esposa na frente do marido que nada podia fazer a não ser se debater. Fizeram de tudo: sufocamento com as mãos, oral, garganta profunda até a atriz ficar quase roxa, vaginal, até dupla penetração vaginal, uso de vibradores diversos, “plugs”, etc., sendo o loirão auxiliado pelo negão, inclusive.”

“Passei a beijar a parte interna de suas coxas, ora me aproximando, ora me afastando de sua vagina, mas ainda sem tocá-la. Ela me observava e mordia a falange do meio de seu indicador esquerdo com um tesão que beirava a raiva. Com minha mão, encostei em sua vagina e ela se arrepiou, gemendo. Com as duas mãos, lado a lado, encostei seus grandes lábios, fechando-a. Ela me olhava, aflita e eu retribuía, sorrindo. Então, passei minha língua sobre a junção daqueles lábios ainda fechados e ela gemeu alto, mas escondendo seu rosto em um travesseiro para não alertar as filhas, passando a respirar descompassadamente. Afastei minha cabeça e comecei a acariciar cada lado de sua vagina com a parte macia de meus dedões. Ela fechou os olhos e passou a aproveitar o toque, gemendo baixinho. Então, sem aviso, abri os lábios e enfiei minha língua o máximo que pude dentro de seu canal vaginal. Excitada e surpresa com aquela penetração, ela começou a tremer, deu uma gemida mais alta e gozou novamente, inundando minha boca com seus líquidos.”

Tudo isso e muito, mas muito mais mesmo, será contado na continuação de nossa história.

Nos vemos em breve.

Até lá!

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 265Seguidores: 629Seguindo: 21Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Quero comprar a sequência dos contos postados do Mark e Nanda, qual seria o ebook?

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Amigos, dona Fernanda Mariana, vulgo, Nanda do Mark começou sua própria história, baseada nesta aqui.

Quem se interessar, procure pelo conto

ENTRE O AMOR E A PAIXAO!

Tá ficando bom demais.

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Obrigado pela atenção.

Consegui resolver sim.

Mas gostei muito mais dessa decisão tomada por voces.

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Amigos, amigas, boa tarde.

Tenho recebido vários e-mails questionando se eu não poderia voltar a vender o livro diretamente, com pagamento via PIX, pois estariam enfrentando dificuldades ou não estariam gostando do SCRIV e do Clube de Autores.

Pensando em vocês, voltaremos a vender diretamente, com pagamento de R$ 25,00 pelo livro, via PIX para casalsulmgbr@gmail.com (chave e-mail).

Quem se interessar, basta fazer o PIX e me enviar o e-mail que envio o livro em seguida.

Forte abraço,

Mark

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Caro Mark,

Bom Dia!

Só para tirar uma dúvida: Ao realizar esse pagamento de R$25,00 terei acesso a todos os books disponibilizadas até agora??

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Não, amigo, esse é o preço por livro. Lembrando que cada um deles conta com mais de 200 páginas.

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Ei Mark, uma dúvida, esse segundo ebook, vai do capítulo 8 até o 12 ou até 11?

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Esse segundo livro termina pouco antes do meio do capítulo 11. O próximo terminará o capítulo 11 e englobará o 12.

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Muito triste vocês não postarem mais por aqui, segui na outra plataforma, mas não conseguirei acompanhar-los!! Pagamos pela falta de empatia de terceiros!!!

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Amigo, entendo sua decepção, mas R$ 25,00 por um livro de mais de 200 páginas não é tão caro assim, não é?

Adotei esse novo formato justamente para que quem tiver real interesse em nossas histórias, possa acompanhá-las e desfrutá-las.

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Querem um exemplo? Eles receberam e confirmaram a minha compra e o pagamento.

MAS O EMAIL QUE EU MANDEI RECLAMANDO QUE NAO ENCONTREI FORMAS DE FAZER DOWNLOAD OU MESMO LER O LIVRO QUE ADIQUIRI COMO IMPOSSIVEL DE RECEBER, MAS O DINHEIRO JA FOI.

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Mark e Nanda, sob protestos eu adquiri a ultima publicacao de voces pelo scriv, sendo que o primeiro livro eu adquiri diretamente de voces. Eu nao tenho o costume e nem gosto de fazer comentarios em contos na CDC mas me senti obrigado a fazer este desabafo, poderia ter feito por email em privado, mas vou tentar explicar o porque de tal escolha.

Voces pensam que estão melhorando a mossa relação (autores x leitores) mas estao enganados, a CDC é muito mais democratica e sem burrocracia, e nao estou falando por causa de ter que comprar as publicacoes, eu ja adquiri varias publicacoes de muitos autores que publicam na CDC e continuarei comprando. , mas acho o scrib muito burocratico e complicado para o leitor. Portando caros amigos, em que pese o mau comportamento de alguns leitores a CDC vale muito a pena. Sinto muitissimo que boces tenham saido

Obrigado

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Amigos, para facilitar ainda mais o acesso de vocês a esse livro, ambos os volumes estarão sendo disponibilizados a partir de hoje pelo Clube de Autores pelo seguinte link:

https://clubedeautores.com.br/livro/jornada-de-um-casal-ao-liberal-as-aventuras-de-mark-e-nanda-os-perigos-da-noite-parte-i

Forte abraço,

Mark

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Mark fico triste 😢 por não postar seus contos no CDC amigo como diz a galera vice pode fazer como o Lael a gente faz o depósito e você manda pra nós o que acho parceiro kkkkk pense nisso vai nos ajudar.

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Amigo, estou voltando a vender por PIX para quem se interessar, conforme explicações no último comentário deste capítulo.

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Mark, me tira uma dúvida, esses trechos da história são os que vc já postou aqui na CDC ou já são a continuação depois do último capítulo postado pela Nanda...?

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São os capítulos que já postamos, porém, agora retrabalhados pela Nanda que está inserindo seus próprios comentários, revisados por ambos e formatados como e-books.

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Possivelmente será uma boa estória mas nem vou começar a ler este capitulo gosto demais de uma boa leitura para depois não ter a continuação sejam felizes e boas escritas...

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Haverá continuação, amigo, mas agora apenas nesse novo formato, ok?

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Boa tarde Mark!

O conto Clair de Lune não vai ter mais a continuação?

Estou com muitas saudades!

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Já está sendo revisado e retrabalhado para o formato de livro, amigo. Acredito que em no máximo 15 dias, eu deva postá-lo.

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Olá Mark. Essa nova parte vc disponibilizará em por email tbm

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Vou passar a disponibilizar, amigo, explicações no primeiro comentário deste capítulo.

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Fico feliz e desejo toda sorte do mundo ao casal, mas infelizmente não terei como segui-los por lá! Sorte e sucesso, pois é merecido!

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É uma pena !!!

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É sim, mas devido aos ignorantes que faziam todo tipo de comentário isso aconteceu! E com isso lá se vai uma porrada de excelentes escritores!

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Amigo, caso se interesse também estarei disponibilizando o livro via PIX, conforme explicações no primeiro comentário deste capítulo.

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