Episódio 3: Uma Partida de Futebol
Christopher convidou Bernardo para assistir ao próximo jogo do São Paulo em sua cobertura. Christopher soube através da espionagem de Augusto que Bernardo era torcedor. Christopher nada sabia de futebol e a ideia partiu de Augusto, mais uma vez o porteiro sabotando seu lado da aposta. A vista panorâmica da cidade era de tirar o fôlego na cobertura. O apartamento era um verdadeiro refúgio de elegância e conforto, refletindo o bom gosto e o estilo sofisticado de seu proprietário.
Enquanto os dois adentravam o espaço imponente da cobertura, Bernardo não conseguia deixar de admirar a beleza do local. Os móveis sofisticados e as amplas janelas que ofereciam uma visão deslumbrante da cidade criavam uma atmosfera envolvente, como se estivessem isolados do mundo exterior. Tudo contrastava com o apartamento abarrotado e totalmente sem coerência que Melisa decorou, quando tinha ímpetos de dizer que entendia de decoração e que poderia trabalhar com isso como um hobby.
Sentados confortavelmente no amplo sofá, Christopher e Bernardo conversavam amenidades. As carrafas de cerveja repousavam elegantemente sobre a mesa de centro, em um balde de gelo, enquanto uma seleção de petiscos deliciosos os aguardava, revelando a atenção meticulosa de Christopher em proporcionar uma experiência memorável.
Enquanto o jogo começava, a energia do estádio se infiltrava no ambiente, pois era uma TV de 86 polegadas, uma das melhores da época, também presente de um ex-namorado de Christopher. Bernardo, um torcedor fervoroso do São Paulo, até conseguiu prestar atenção no jogo, mas desviou várias vezes seu olhar para Christopher que sempre estava olhando para Bernardo sem prestar atenção na tela.
A cada lance emocionante, seus olhares se encontravam, e um sorriso desafiador surgia nos lábios de ambos. Os lances se misturavam com risadas e piadas, criando uma atmosfera de cumplicidade e amizade. Christopher se esforçou em comentar sobre o jogo, mas não sabia nem o que era impedimento.
Após o apito final, o São Paulo emergiu como vitorioso. Christopher voltou-se para Bernardo com um sorriso brincalhão e disse: "Foi uma tarde incrível. Obrigado por ter vindo"
Bernardo correspondeu ao sorriso de Christopher e respondeu: "Agradeço por me convidar, Chris. Foi realmente uma experiência única. Você sabe como criar um ambiente perfeito para assistir a um jogo."
Era a primeira vez que Bernardo chamava ele de Chris. A partir daí, chamou sempre, mesmo sem perceber. Depois do jogo a conversa prosseguiu, Christopher serviu mais salgadinhos e quitutes. E mais cerveja.
A conversa fluía naturalmente entre os dois. Eles descobriram um interesse mútuo por filmes, livros e literatura, mergulhando em discussões animadas e compartilhando suas recomendações favoritas. O tempo parecia fluir lentamente enquanto desfrutavam da companhia um do outro.
Enquanto a noite caía sobre a cidade, Christopher serviu açaí aos dois como uma sobremesa refrescante. Intencionalmente, mas fingindo bem ser um acidente, Christopher deixou cair um pouco do açaí na bermuda de Bernardo.
Ele olhou para Bernardo com um olhar travesso e disse: "Ops! Parece que fiz uma bagunça. Você não vai querer sujar o sofá, Bernardo. Por que você não tira a bermuda? Assim, não teremos problemas."
Bernardo hesitou por um momento, mas a confiança e a conexão que haviam desenvolvido ao longo do dia lhe deram coragem. Ele decidiu seguir o conselho de Christopher, desabotoando sua bermuda e revelando apenas sua cueca. Um leve rubor surgiu em suas bochechas enquanto ele se sentia exposto, mas também excitado pela ousadia do momento.
Nesse instante, os olhos de Christopher se encontraram com os de Bernardo. O mundo ao redor parecia desaparecer, deixando apenas a intensidade do desejo mútuo entre eles. Sem dizer uma palavra, eles se aproximaram, deixando que seus corações falassem por si mesmos.
O beijo que se seguiu foi uma fusão de emoções, paixão e desejo acumulados. Os lábios se encontraram de forma ardente e faminta, revelando a intensidade de suas emoções até então reprimidas. O toque das mãos, a suavidade das línguas entrelaçadas e a entrega completa ao momento criaram uma sinfonia de prazer e conexão.
Envolvidos em um abraço apertado, seus corpos se moveram em perfeita sintonia, explorando as curvas e as formas que despertavam desejo e admiração mútua. O calor que emanava de seus corpos fundiu-se com a luxúria, formando um vínculo único e inegável.
Naquele momento, Christopher e Bernardo encontraram algo além da amizade, além da superficialidade. Descobriram uma conexão profunda e avassaladora, capaz de transcender barreiras e desafiar convenções. Seus caminhos se entrelaçaram, levando-os a explorar um novo território de paixão e autodescoberta.
Christopher se ajoelhou, baixou a cueca de Bernardo e engoliu seu membro viril. Bernardo sem esboçar qualquer movimento só fechou os olhos e só conseguiu gemar "ahhhh".
O membro de Bernardo, que já estava quase duro quando ele tirou a bermuda, se transformou em uma tora de quase aço, uma ereção muito dura que Bernardo não alcançava há anos.
Christopher se esmerou em algo que era um craque melhor que qualquer craque no futebol, em fazer o melhor sexo oral que Bernardo já recebera na vida. Sem dizer nada, Christopher fez Bernardo sentar no sofá e continuou o trabalho prazeroso.
Quando ainda estava no meio do seu processo, Christopher se surpreendeu com Bernardo ejaculando em sua garganta. Christopher retirou o membro de Bernardo da boca e começou a manipulá-lo com força com as mãos para dar mais prazer a Bernardo. Um jato acertou em cheio o rosto de Christopher, mas ele não se abalou e continuou manipulando o pau de Bernardo até sair a última gota de semen. Após o final da ejaculação, abocanhou novamente o pênis de Bernardo para sugar a última gota e deixou o pau de Bernardo limpinho com sua língua.
Bernardo apenas respirava pesadamente exausto. Christopher se levantou e estendeu a mão para Bernardo. "Vamos tomar um banho juntos?", disse Christopher.
Bernardo olhou para ele assustado, como se tivesse acordado de um longo sonho. Levantou-se e subiu rapidamente a cueca que estava nos seus pés. Tropeçando colocou a bermuda mesmo suja de açai.
"Eu tenho que ir", foram as únicas palavras que disse. Saiu quase correndo, da cobertura. Atônito e com a cara gozada de semen, Christopher viu a porta da sua cobertura bater após Bernardo sair.
Uma hora depois, Christopher já estava na sua cozinha, de banho tomado, pleno e elegante como sempre, fritando ovos em sua cozinha de cinema impecável, quando entrou Augusto pela porta de serviço. O porteiro, por ser de confiança, tinha todas as chaves de Christopher.
"Escutei o casal tendo uma pequena briguinha, por isso soube que ele já tinha saido daqui. Saiu muito cedo. O que aconteceu? Você falhou mais uma vez?", falou o porteiro-chefe tentando dar um ar sério, mas quase rindo a medida que dizia as palavras.
Christopher já estava chateado com a demora da aposta e não entrou no clima de graça. Sério, fez todo o relato do que ocorreu.
"Bom, você já cumpriu metade da aposta. Sexo oral com ejaculação é sexo sim, não tem Bill Clinton aqui para negar. Seja mais otimista, doutor, o senhor já está na metade do caminho de vencer a aposta", disse Augusto, que apesar de tantos anos de cumplicidade, ainda chamava o já amigo apenas de "doutor" ou "doutor Christopher".
"Ele é muito indeciso, meu medo é ele fugir do prédio. Não tenho tempo nem paciência de ir atrás dele", argumentou Christopher, servindo os ovos mexidos em dois pratos e acenando para Augusto se sentar e comer.
"Qual foi o motivo da briguinha de agora?", perguntou o arquiteto.
"Uma cunhada de Melisa comprou um carro zero semana passada. Ela quer o carro zero novo também, por inveja, para não ficar por baixo. Bernardo disse que o carro dela não tem nem 1 ano de comprado e ainda está na garantia de fábrica, que não tem sentido trocar o carro", explicou Augusto, pegando uma garfada dos ovos.
"Ao ouvir isso ela explodiu e disse que ele nunca vai deixar de ter a mentalidade de pobre miserável, que ela não precisa dele para nada, que vai pedir ao pai dela o carro, que Bernardo deve tudo que tem a ela, etc etc etc", relatou Augusto.
"Uma novidade muito interessante é que Bernardo não gritou com ela. Estava, na verdade, bem calmo, quase plácido. Com certeza, fruto do seu trabalho bem feito, doutor", disse Augusto safisfeito pela tirada jocosa.
Christopher terminou de comer os ovos com um olhar de desdém ante a tirada de Augusto.
"Só passaram 41 dias, o senhor ainda tem 79 dias, não vejo porque está tão preocupado", argumentou Augusto. "O senhor já conseguiu fechar apostas faltando apenas 10 dias para o fim"
"Como disse estou preocupado em ele fugir do prédio", respondeu o arquiteto.
"Se o senhor não quiser ir atrás dele o senhor perde a aposta, só lamento. Não seria a primeira vez", disse Augusto contrariado. "Mas essa aposta, pela chata daquela mulher dele, eu gostaria muito que o senhor ganhasse. E também o senhor já namorou modelos e atores muito mais bonitos, mas eu não trocaria dr. Bernardo por nenhum deles. Ele está o mais próximo possível da perfeição de homem, nunca vi igual não. Não é o mais bonito, mas o conjunto da obra é o melhor de todos...", disse o porteiro suspirando.
"Se você nunca viu igual deve ser muito bom, não é, considerando o quanto o você é rodado", disse Christopher, sorrindo, agora provocando um riso em Augusto.
"E quais suas ordens agora, doutor?", perguntou Augusto.
"Vamos apenas seguir o plano, como sempre", respondeu Christopher.
