APOSTANDO CONVERTER UM HÉTERO - Epísódio 8

Um conto erótico de Christopher Guedes
Categoria: Homossexual
Contém 4229 palavras
Data: 08/07/2023 22:02:46

Episódio 8 - Bloqueio e desbloqueio

Bernardo conseguiu dormir poucas horas da sexta-feira para o sábado. Ficou consumido pelo medo do que aconteceria ao não cumprir o ultimato. Não passou pela sua cabeça a possibilidade de inventar alguma mentira para Christopher, era incapaz de mentir ao seu amado. Bernardo só conseguiu dormir duas horas aquela noite. O tempo que passou acordado ficou chorando, muitas vezes soluçando. Melisa não ouviu nada, pois tomava fortes remédios para dormir. Na hora habitual, pela primeira vez em muitos anos, Bernardo não teve forças para levantar para ir até a academia. Bernardo esperou pacientemente pela hora que habitualmente ia até o apartamento de Christopher, colocou um short e uma blusa de ginástica e subiu para a cobertura.

Christopher sempre deixava a porta destrancada na hora habitual da chegada de Bernardo, para o advogado poder entrar discretamente, mas naquele dia a porta estava trancada. Bernardo teve um choque com a porta trancada, pois sabia que Christopher era também uma pessoa tão disciplinada quanto ele em relação a horários e nunca tinha deixado de destrancar a porta naquela hora em todos aqueles meses. Ou seja, Bernardo sabia que a porta estava trancada de propósito. O advogado tocou a campainha repetidas vezes e não teve resposta.

Em seguida, Bernardo começou a bater na porta com toda a força. "Chris, abre por favor, meu amor, eu preciso falar com você", gritava Bernardo, repetidas vezes, sem se importar se alguém poderia ouvir.

Após mais cinco minutos batendo, Bernardo começou a chorar copiosamente e se sentou no chão encostado na porta. Após mais um minuto com Bernardo chorando a porta do elevador se abriu e Augusto com cara séria ficou diante de Bernardo, que continuava sentado, encostado na porta da cobertura.

"Dr. Bernardo, desculpe lhe incomodar, mas o dr. Christopher ligou para a recepção e disse que havia alguém aqui pertubando o sossego e dr. Christopher solicitou que quem estivesse aqui fosse retirado pela segurança. Será que o senhor poderia voltar para seu apartamento, por favor?", disse Augusto, com uma postura muito série e profissional.

Bernardo aumentou o choro, após compreender as palavras de Augusto, mas se levantou.

"Estou voltanto, desculpe qualquer coisa", disse caminhando para o acesso à escada.

Após Bernardo sair, Augusto esperou mais um minuto para garantir que o advogado não ia voltar e usou sua chave para entrar na cobertura de Christopher, lembrando de trancar novamente a porta depois de adentrar.

Encontrou o arquiteto na cozinha, de roupão branco, cabelo perfeitamente arrumado, pleno, mais bonito que nunca. Tomando café e lendo o jornal impresso, de forma bemk casual.

"Pronto, já fiz o primeiro passo, doutor", disse Augusto.

"E eu já bloquiei ele no telefone, Whatsapp e em todas as redes sociais", respondeu Christopher.

"Fiquei com pena dele, doutor. Ele visivelmente está sofrendo muito", disse Augusto.

"Você tem que ter pena é de mim", disse Christopher com raiva.

"Agora tudo vai se resolver, doutor. Nós usar um tiro de bazuca para mater uma mosca. Ir para cima de dona Melisa vai resolver tudo muito rápido", disse o porteiro-chefe, respeitoso com o amigo e cúmplice.

Bernardo voltou para o apartamento desolado. Pegou o celular e tentou ligar várias vezes para Christopher. Rapidamente percebeu que estava bloqueado no telefone, no Whatsapp e em todas as redes sociais. Bernardo se desesperou mais ainda, deitou no tapete da sala e ficou chorando em posição quase fetal por mais duas horas. Perto das 11 horas se esforçou por levantar e ir para o escritório, pois não queria que Melisa o visse daquele jeito. Também não queria falar com ela.

No escritório, bem mais vazio pois era um sábado, não conseguiu se concentrar nenhum minuto em trabalho. Lembrou de ligar para Christopher pelo telefone fixo do escritório, mas o arquiteto não atendia. De tanto insistir, percebeu que o arquiteto bloqueou também o número do fixo. Pensou em escrever uma carta ou até mesmo mandar um telegrama, mas percebeu o ridículo que seria mandar um telegrama para Christopher. Bernardo lembrou que não tinha nenhum amigo para lhe ajudar e tentar ser uma ponte com Christopher e chorou ainda mais. Um dos sócios, que também estava trabalhando no escritório no sábado, abriu sua porta para deixar um documento e se assustou vendo o chefe chorando com os olhos vermelhos. "Desculpe", disse assustado o outro advogado, fechando a porta em seguida sem deixar o documento. Bernardo foi o último a sair do escritório, ás 17 horas do sábado, mas não trabalhou em nada, só ficou pensando em Christopher e como falar com ele.

Ao chegar ao condomínio, subiu novamente para a cobertura, tocou repetidas vezes a campainha, mas não foi atendido. Pensou em bater na porta com força, novamente, ou até arrombar, mas foi contido pela possibilidade de virar um escândalo ainda maior sua atitude. Christopher tinha sido prontamente avisado por Augusto da chegada de Bernardo ao prédio e estava preparado para não abrir a porta. Bernardo pegou um papel em sua pasta e escreveu a caneta "Por favor, fale comigo, meu amor" e enfiou o papel por debaixo da porta. O advogado desceu um andar para seu apartamento.

Em casa, Bernardo encontrou Melisa sorridente, com uma mesa preparada para servir um jantar romântico a dois. Até uma vela acessa havia na mesa. Ao ver a cena, Bernardo teve vontade de chorar mais uma vez, mas se conteve. Melisa entabulou uma conversa carinhosa com o marido, contou novidades da família e sobrinhos, enfim, depois de muitos anos tiveram uma conversa normal de casal durante um jantar. Bernardo respondia com monossílabos, mas a contrariedade de Bernardo não afetava Melisa que continuava falando de assuntos amenos de forma bem gentil e delicada. Ao fim do jantar, Melisa perguntou se Bernardo queria ver um filme na TV. Bernardo disse que estava com dor de cabeça e foi para o quarto deitar, mas não conseguiu dormir, ficando deitado olhando para a parede até Melisa vir deitar e dormir rapidamente por causa dos remédios. Após a esposa dormir, Bernardo se levantou e ficou andando pelo apartamento, pensando se deveria ir novamente na cobertura. Tentou novamente ligar para Christopher, mas continuava bloqueado em todos os acessos.

No domingo, no meio da manhã, o advogado desceu até a portaria. Bernardo ficou contrariado ao ver Augusto no posto, pois estava torcendo que fosse outro porteiro. Mesmo assim, criou coragem e foi falar com o porteiro-chefe.

"Bom dia, você sabe se dr. Christopher está em casa?", perguntou Bernardo, hesitante.

"Dr. Christopher viajou hoje mais cedo", disse Augusto, impassível em um tom impessoal.

"Viajou sozinho?" perguntou Bernardo de supetão, seu medo é que Bernardo tivesse viajado com Júlio, o ex-namorado modelo.

"Sim, viajou sozinho", respondeu ainda impassível o porteiro-chefe.

"Para onde dr. Christopher viajou? Você sabe que dia ele volta?", perguntou Bernardo.

"Desculpe, dr. Bernardo, mas não tenho autorização para dar informações pessoais de outros moradores ao senhor", respondeu o porteiro, num tom profissional, sem alterar a voz.

Bernardo não falou nada, apenas olhou para o chão e foi em direção a porta da rua. Decidiu ir correr no parque para tentar clarear suas ideias.

Christopher realmente tinha viajado. Estava em sua linda casa em Campos do Jordão. O arquiteto seguiu uma estratégia de ficar uns dias fora do alcance de Bernardo, apesar do prazo apertadíssimo do término da aposta.

Durante a semana, no escritório, Bernardo estava visivelmente deprimido, todos repararam. Em uma reunião corriqueira, o chefe do escritório começou a chorar no meio da reunião e saiu da sala sem falar nada. No escritório, ninguém tinha ideia do que estava ocorrendo, mas desconfiavam que a culpa seria de Melisa, mais uma vez. Em casa, Bernardo continuava tendo uma convivência meramente protocolar com Melisa, falando poucas palavras necessárias, mas a esposa continuava tentando dar um novo clima e criar um novo rumo ao casamento. Uma noite, Melisa chegou a procurar sexualmente Bernardo na cama, como não fazia há seis meses. Bernardo apenas disse "desculpe, estou com dor de cabeça, vamos fazer isso outro dia, por favor" e se virou para o outro lado, dando as costas à esposa. Bernardo também chegou a pensar em tentar subornar Augusto para saber onde Christopher estava, ou contratar um detetive particular, mas desistiu por sempre ter levado a vida em um campo ético.

O fato de passar o dia inteiro no escritório pensando em Christopher já prejudicava o trabalho do advogado no escritório. Sócios, assistentes e secretárias já comentavam, porém muito solidários com o chefe que sempre os tratou muito bem. Queriam ajudar, mas não sabiam como abordar o assunto com o chefe, que sempre foi muito reservado sobre a vida pessoal.

Na quinta-feira pela manhã, Bernardo estava seguindo sua nova rotina de ficar no escritório pensando em Christopher, chorando, trabalhando o mínimo e de forma insuficiente, quando chegou uma das poucas visitas que teve vontade de receber. Era o irmão mais velho de Melisa, seu cunhado. Na sala de Bernardo, já servido o café, o cunhado perguntou como Bernardo estava.

"Estou bem", respondeu protolarmente Bernardo.

"Bernardo, meu irmãozinho, eu sei que você não está nada bem. Encontrei com um dos seus sócios no restaurante e perguntei de você. Seu sócio hesitou um pouco, mas como sabe que, além de cunhados, somos amigos, me contou como está seu comportamento no escritório essa semana. Até da sua crise de choro na reunião. Liguei para Melisa e ela me disse que estava tudo maravilhosamente bem entre vocês. O que estranhei é que senti sinceridade na voz dela. Aí liguei para papai e ele me contou da conversa de vocês semana passada. Disse que você tinha uma amante e que estava pensando em se separar para ficar com essa mulher, mas papai disse que lhe demoveu da ideia", disse o cunhado.

"É isso", respondeu laconicamente Bernardo.

"Mas não é bem isso, não é, Bernardo. Você está apaixonado por um homem, não é?", disse o cunhado.

Bernardo tomou um susto. Demorou para responder.

"Como você sabe disso? Quem te contou?", perguntou Bernardo.

"Niguém me contou. Eu sei. E eu sei por quatro razões que se complementam que vou te explicar... Mas antes vou te contar uma coisa que não falei para ninguém no Brasil. Eu quando fui fazer faculdade nos Estados Unidos, dividia o dormitório da faculdade com um americano, um loirinho, de olhos azuis. Naquele frio dos EUA, com o tempo, formamos uma amizade e ai, começou a rolar, com um tempo, uma mão amiga, dele me masturbando todas as noites, depois ele começou a chupar meu pau. Mais umas semanas e eu já estava macetando com gosto o cuzinho dele. E ele, todo loirinho, esgui fortinho, olhos azuis, os pelos corporais todos amarelinhos. Uma delícia. Ficamos os 4 anos no mesmo dormitório, eu desfrutando esse prazer todo. Cheguei a ter namoradas na faculdade, ele não se importava. Mas ele era só meu. Foi uma época muito boa na minha vida e com certeza o relacionamento com ele foi o que fez eu gostar tanto da faculdade. Além do sexo, ele cuidava muito bem de mim, melhor que qualquer namorada ou esposa jamais fez na minha vida. Arrumava nosso dormitório, lavava minhas roupas, arrumava minhas coisas, era meu anjinho perfeito. Apesar disso, eu sempre me considerei heterossexual, porque minha atração mesmo é por mulher. Ele foi o único homem que fiz sexo na vida. Ao voltar ao Brasil, isso ficou no passado. Hoje ele é vice-presidente de um dos maiores bancos do mundo, mas nunca mais nos falamos, apenas periodicamente pesquiso o nome dele no Google, apenas para relembrar um momento bom do passado, como se estivesse vendo uma foto velha nostálgica", disse o cunhado.

"Nossa, nunca imaginei isso de você", disse Bernardo ainda surpreso.

"Como disse, eu sou heterossexual. Mas como vivi essa relação tão maravilhosa na faculdade, eu sei apreciar a beleza de determinados homens. E essa foi a forma que eu descobri que você é homossexual, Bernardo. Nos restaurantes ou em reuniões, quando estavamos juntos, mesmo quando você ainda tinha 21 anos quando te conheci, quando um homem bonito, tesudinho, passava, você sempre se virava para olhar e apreciar. Por acaso, você tem o mesmo tipo de gosto de homem que eu. Os esbeltos, mais delicados, tesudinhos. Eu reparei que você se virava para olhar os mesmos caras que eu achava interessante. Eu mais por nostalgia do meu americano anjinho da faculdade. Mas quando uma mulher gostosona, peituda ou bunduda passava, eu e todos os outros heteros da mesa acompanhavamos, mas você continuava impasível, sem movimentar um músculo sequer, como se a gostosa fosse invisível. Essa foi a primeira forma que descobri", disse o cunhado.

"Entendo, é verdade. Algo sempre me abala por dentro, desde adolescente, quando vejo um tipo de homem bonito. E o segundo motivo?", reconheceu Bernardo.

"Esse é até mais simples. Você é fiel. Você é fiel, mesmo tendo esse corpo todo musculoso, de modelo, de ator de filme americano, todo trabalhado. E ainda por cima você é rico também. É impossível um homem heterossexual como você, com seu corpo, beleza e dinheiro, resistir tantos anos às investidas das mulheres sem trair. E no seu caso, ainda, minha irmã é uma megera com você, mesmo assim você nunca traiu. Bernardo, se você fosse hetero e desse o mínimo de abertura para as mulheres do seu escritório, você ia abrir a porta da sua sala um dia e uma delas estaria na sua mesa de perna aberta pronta para receber seu pau dentro dela e só meter sem falar nada. Mulher é assim, cai matando em cima de homem rico e bonito como você. Você só conseguiu se manter fiel esses anos todos por ser homossexual. Se você fosse hetero, você já teria traído Melisa várias vezes esses anos todos", disse o cunhado.

Bernardo, desta vez, não respondeu.

"O terceiro motivo foi no dia que nos conhecemos, mas só juntei as peças anos depois. Aquele dia, que você disse que não queria casar com Melisa. Aquilo não tinha lógica nenhuma. Que homem hetero não ia querer casar com Melisa naquela época? Ela era linda, um corpo de modelo, rica. E vocês ainda disseram que não tinham consumado o sexo. Que homem hetero não já teria comido Melisa, assim que ela se oferecesse? Ela nem era mais virgem naquela época. Melisa ter se casado sem fazer sexo com você antes foi mais uma prova para mim, anos depois, de que você era homossexual. Por fim, o quarto motivo, foi aquela nossa conversa, anos atrás, em que você contou que você se casou virgem aos 21 anos. Ora, você já era muito bonito na época que ainda era pobre, tanto que Melisa se interessou por você. Era impossível um hetero tão bonito como você ficar virgem de mulher até os 21 anos, pois as mulheres caem matando", disse o cunhado.

"Sim, tudo que você disse é verdade... Por que você nunca contou para seu pai ou Melisa, se já sabia de mim desde lá atrás?", perguntou Bernardo.

"Ora, Bernardo, assim você me ofende! Você é para mim o melhor irmão do mundo, te amo mais que meu irmão de sangue. Você, além de ser meu irmãozinho prefertido, ainda me salvou de ir a falência e reponder um processo criminal, abrindo mão de milhões em honorários para me ajudar. Se eu te dedurasse, além de ser um canalha, ia ser a pessoa mais ingrata do mundo. Mesmo que eu descobrisse que você traia Melisa com outros homens jamais ia te dedurar, você é o meu irmão preferido, do coração, te amo mais do que a própria Melisa", disse o cunhado emocionado.

"E você também veio me dizer para esquecer esse meu amor e continuar com Melisa?", perguntou Bernardo.

"Não, claro que não. Eu vim dizer para você se separar imediatamente de Melisa e ir viver finalmente sua vida", falou o cunhado, para espanto de Bernardo.

"Por ter vivido essa experiência maravilhosa na faculdade, eu posso imaginar o quanto você está sofrendo. Deixa eu te explicar. O meu anjinho americano, se eu fosse escolher racionalmente, sem colocar o tesão na balança, seria a melhor pessoa do mundo para eu estar junto. Ele era perfeito. Mas meu tesão mesmo é em mulher, por isso não levei aquilo para frente. O que meu pai te disse foi para pensar racionalmente em manter o casamento com Melisa, mas essas coisas não podem se decidir apenas racionalmente, o tesão e a atração física tem que ter seu peso na decisão, caso contrário a pessoa vai ser infeliz. Meu pai tem a cabeça muito antiga, muito tradicional, ele me contou que aconselhou você a montar um apartamento paralelo para sua amante mulher fictícia. Perdoa papai, ele é de outra geração, não tem como ele compreender essas coisas que você está vivendo Bernardo. Não tenha medo de papai romper com você, caso você se assuma gay. Eu tenho certeza que, com um tempo, ele vai voltar a te tratar como o filho preferido, como ele sempre te tratou desde que começaram suas aulas com ele. Eu vou batalhar para a relação de vocês se restabelecer o mais rápido possível", disse o cunhado.

"Obrigado por tudo, meu imão mais velho querido. Eu estou muito emocionado com suas palavras, com sua amizade, com seu carinho. Mas nada disso adianta mais, eu perdi meu amor. Eu não cumpri o que prometi, me separar de Melisa, e ele foi embora", disse Bernardo melancólico.

"Quem é ele?", perguntou o cunhado.

"O arquiteto Christopher Guedes, meu vizinho de condomínio", disse Bernardo.

"O arquiteto famoso, sei, já vi nos jornais", falou o cunnhado pensativo. "Ele é um tesão mesmo, com todo respeito. Parabéns".

"Ele foi a melhor coisa que me aconteceu na vida e eu perdi", disse Bernardo e começou a chorar novamente.

O cunhado se levantou e abraçou Bernardo que começou a chorar no ombro do parente.

"Tudo vai se resolver, tenha calma. Você é a pessoa mais boa que eu conheço, o universo não vai permitir que você fique nesse sofrimento", disse o cunhado.

Bernardo seguiu mais alguns dias sem nenhuma notícia do paradeiro de Christopher, mesmo pergundando várias vezes aos outros porteiros, pois não queria mais falar com Augusto.

Na terça-feira seguinte, às 3 da tarde, ele recebeu um audio pelo Whatsapp de Christopher, o arquiteto tinha desbloqueado ele, finalmente.

"Estou na cobertura, quero falar com você agora para resolvermos isso. Por favor, venha imediatamente", dizia o áudio do arquiteto.

O advogado ouviu uma segunda vez o áudio para confirmar que não estava alucinando e seu coração ficou esperançoso de conseguir fazer Christopher lhe perdoar.

Em menos de 15 minutos, o advogado chegou ao condomínio e subiu para a cobertura de Christopher, a unica unidade do andar. A porta estava já aberta, escancarada, Bernardo entrou já com o coração palpitante de tanto nervoso.

Ao entrar, Christopher estava na sala, de pé, mais bonito como nunca, com uma calça bege e uma camiseta branca meio tranparente, realçando os biquinhos de peito do arquiteto salientes. Bernardo sentiu que nunca tiva visto o arquiteto tão lindo como naquele momento, parecia uma pintura.

"Meu amor, que bom ver você de novo", disse Bernardo.

"Mantenha essa distância, por favor", disse Christopher. Os dois ainda estavam a cerca de três metros.

Bernardo ficou chocado com o pedido, mas não avançou, respeitando a vontade do arquiteto.

"O que você ainda quer tanto falar comigo?", perguntou Christopher.

"Eu quero falar que eu te amo muito e te pedir perdão", disse Bernardo.

"Pedir perdão?", repetiu Christhopher para Bernardo.

"Sim, por favor, me perdoa, eu posso te explicar o que aconteceu naquele dia", falou o advogado a três metros de distância do arquiteto.

"Eu só irei considerar seu perdão se você pedir de joelhos", disse Christopher.

Bernardo demorou uns segundos para absorver a fala, mas se ajoelhou imediatamente.

"Eu te peço perdão, prometo que se você me dar uma chance eu saio de casa hoje mesmo, falo com Melisa agora mesmo. Eu farei tudo que você quiser, meu amor", disse Bernardo de joelhos diante do arquiteto, que olhava a tudo sem demostrar emoção ou reação.

Christopher se aproximou do advogado, que se mantinha de joelhos, ficando muito próximo.

"Você fará então tudo o que eu mandar para eu perdoar você?", perguntou Christopher.

"Tudo", disse Bernardo.

Christopher abriu o ziper, baixou a calça, colocou o pênis para fora e então disse: "Me chupa, então!", com voz autoritária. Bernardo ficou alguns segundos olhando para os olhos de Christopher, como se não tivesse entendido o pedido, mas em seguida colocou o pênis de Christopher na boca e começou a chupar com sofreguidão e desejo. Só tocar qualquer parte de seu amado já era uma felicidade. Bernardo nunca tinha chupado um pênis, nem mesmo o do arquiteto nesses meses todos de relacionamento, mas não sentiu nojo ou repulsa, ao contrário, só sentiu prazer em sentir aquela carne na sua boca. O advogado passava sua língua pelo pênis do arquiteto e subia e descia como viu tantas vezes o arquiteto fazer nele. Christopher segurou a cabeça de Bernardo pelas têmporas com força e começou a foder sua boca como se fosse um cu, cadenciando os movimentos rapidamente, Bernardo se deixou dominar sentindo aquele pau entrando e saindo de sua boca pela primeira vez. Ao gozar, Christopher segurou com força a cabeça de Bernardo e deixou o pau bem na sua garganta, causando um quase engasgo no advogado. "Engole tudo", mandou Christopher, no que Bernardo obedeceu imediatamente. Ao tirar da boca de Bernardo, o pau de Christopher estava pingando de porra. Christopher recuou uns passos olhando para Bernardo com autoridade e sentou no sofá mais próximo da porta com as calças ainda arriadas. "Vem de joelhos e deixa meu pau limpinho", disse o arquiteto com a voz autoritária. Bernardo obedeceu mais uma vez e foi de joelhos até o sofá e lambeu toda a porra que ainda havia no pau do arquiteto, bem submisso para o amado. Bernardo estava extasiado só de estar perto do amado, mesmo nessa situação nova de submissão. "Eu vou te perdoar depois de comer o seu cu. Você quer?", perguntou Christopher. Bernardo se espantou, enquanto lambia o pau do arquiteto. Esses meses todos Christoper nunca tinha feito menção em querer ser o ativo na relação. Bernardo até pensou uma vez, no início do relacionamento, em como reagiria se o arquiteto quisesse, mas não pensou mais nisso após tanto meses macetando o cu e a boca do arquiteto, sempre sendo o ativo. "Sim", disse o advogado. "Fala direito então", exigiu o arquiteto alisando o rosto de Bernardo. "Eu quero que você coma meu cu, por favor", disse Bernardo. Christopher já estava preparado e tirou o lubrificante de um dos bolsos de sua calça. "Fica de quatro", mandou o arquiteto. Bernardo imediatamente tirou toda a roupa e se colocou na posição, abrindo as pernas. O contraste, ambos agora completamente nus, do corpo totalmente musculoso de Bernardo, naquela posição passiva, contrastando com o corpo esguio e classisista do arquiteto formava uma cena linda, que mereceria até ser imortalizada em uma obra de arte romana em mármore branco. Christopher lambuzou dois de seus dedos com o lubrificante e introduziu com força no ânus virgem de Bernardo. "Ai, ai", gritou o advogado surpreso com o movimento. Bernardo fechou os olhos e enfiou a rosto em uma almofada do sofá, não queria atrapalhar Christopher, pois queria muito seu "perdão". Após lubrificar bem o cu do advogado com os dedos, Christopher lubrificou mais o seu pênis e foi introduzindo o pau no cu de Bernardo, sem dar chance ao advogado reclamar da dor que sentia. Sem muita frescura, foi colocando seu pau, menor que o de Bernardo, mas ainda considerável, no ânus virgem do musculoso advogado. Quando colocou até o talo, o arquiteto deixou o advogado se acostumar alguns minutos, mas após já começou a tirar quase todo e colcar de volta com força, sem se preocupar com as dores de Bernardo. Com o tempo, acelerou os movimentos, macetando o cu ex-virgem de Bernardo, em um ritmo forte. Bernardo, de início, estava com os olhos marejados de lágrimas, mas, depois de vários minutos com seu cu sendo macetado pelo pênis do arquiteto, uma comichão gostosa começou a subir pela coluna do advogado, se espalhou por todo o seu corpo e Bernardo explodiu em gozo, sem nem tocar em seu pau. Ao perceber, o espasmo de Bernardo, Christopher segurou no pau de Bernardo e viu que ainda saia semen. "Gozou com meu pau no seu cu, seu viado mentiroso, traidor?", perguntou sem tirar o pênis do ânus de Bernardo. "Responde!", mandou o arquiteto, após alguns instantes de silêncio. "Sim, meu amor", respondeu Bernardo em meio a gemidos. Christopher parou um pouco o ritmo da penetração para respirar. Aparentemente não queria gozar ainda direto nas entrenhas de Bernardo, mais um minuto ou dois, o arquiteto voltou a penetrar Bernardo em um ritmo cadenciado, mas mais demorado que o anterior. Os dois já estavam totalmente suados, com seus corpos nus em cima do mesmo sofá em que já tinham transado tantas vezes, mas agora em posições invertidas. Bernardo continuava de olhos fechados com o rosto enfiado em uma almofada. Ele ouviu um barulho,aparentemente de passos no piso de madeira, mas no mesmo instante Chistopher intensificou ao máximo a cadência da penetração. Em seguida, rapidamente Christopher gozou dentro das entranhas de Bernardo, um gozo intenso forte. Christopher desabou arfando por cima de Bernardo.

E alguns segundos depois Bernardo ouviu um estridente grito de mulher.

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Comentários

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Eu já tinha muitas resistências com essa história, mas, agora, é meu limite. Daqui não passo.

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meu querido, essa é uma história de ficção, se você está com esse sentimento é que está achando a história boa

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Sei que é ficção, e muito bem escrita, mas não vou continuar lendo. Espero que termine logo e você possa começar outra com personagens mais legais. A vida já fode a gente (no pior sentido hehehehehe) que não precisa de sujeitos como esses áudios Chris.

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quem quiser os episódios 6 e 7 que o site não liberou, não sei porque, só me mandar um email christophercura@protonmail.com

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Chocado e com muita pena do Bernardo. Acho que ele não merecia isso. Ainda mais que o outro não está nem aí pra ele. Tudo não passa de uma aposta. Se esse cara não se cuidar vai acabar em suicídio. Que pena.

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QUEM QUISER FALAR COMIGO, EU MORO EM RECIFE, PROCURO UM NAMORO SÉRIO, PARA EVENTUALMENTE CASAR MEU EMAIL christophercura@protonmail.com

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