Passei a semana toda tentando conversar com o Mark em meus intervalos, mas a única coisa que conseguia tirar dele era o pedido para que eu procurasse um advogado. Nesse meio tempo, combinamos de eu buscar as meninas para almoçarem comigo e levá-las à escola. Não estava mais aguentando as cobranças da minha mãe e agora até do meu pai, um grosso e adúltero que só me causou decepção e, sem querer, naquele momento, vi que eu era mais parecida com ele do que eu própria gostaria de ser. Não sei se eu já me via como uma traidora, mas um sentimento de culpa já me assolava.
PARTE 4 - UM SÁBADO QUALQUER
Aluguei uma quitinete para mim, coincidentemente a mesma que o Mark usou quando saiu de casa. Combinei de ficar com as meninas no final de semana e foi o momento mais difícil da minha vida quando vi que Maryeva sabia ou já desconfiava de alguma coisa, sempre me dando indiretas ou diretas longe dos olhos e ouvidos da irmã. Ainda assim, imatura que era, consegui fugir pela tangente, sempre explicando que o mundo dos adultos é mais complicado do que parecia mas que logo, logo mesmo, eu recuperaria nossa família com muito amor.
Estranhamente, nossos laços se estreitaram bastante, porque passei a explicar para ela como uma mulher deve cuidar da casa e ela me contou que estava cada vez mais ativa na limpeza, com as roupas e até cozinhando já estava, naturalmente sempre sob a supervisão e ensinamentos do Mark que nunca a deixaria a só com frituras ou mesmo com pratos mais elaborados e que representassem um risco:
- Hoje, eu fiz macarronada... É “mó” bobeira, mãe! Se eu soubesse que era tão fácil, já tava cozinhando faz tempo.
- Olha! É bom mesmo porque quando eu voltar vou precisar muito da sua ajuda na casa.
- Já tô ajudando o pai. Até a Mi está ajudando, fazendo uma limpeza mais leve, tirando um pó, às vezes enxugando a louça...
- Eu adoraria ver isso! E as roupas, quem está cuidando?
- O pai e até eu também. Vi uns vídeos no Youtube e tô usando.
- Você não tá usando alvejante não, né, Mary!? – Perguntei, já imaginando os estragos em suas roupas.
- Não, né, mãe! Pô, o Youtube ensina tudo. Alvejante, às vezes e dependendo muito, em roupas brancas.
- Então tá...
- Mas essa parte mais pesada é o pai que está fazendo. Se bem que, com aquela máquina lá, não precisa de muito, ela faz quase tudo.
Nesse momento, dei-me conta de que estava tendo uma conversa de adulta com minha filha mais velha, enquanto a nova continuava perdida num joguinho qualquer de seu celular, algo que eu, pessoalmente, nunca gostei muito e queria mudar:
- Mi, solta esse celular e vamos sair um pouco. Que tal um sorvete?
- Antes do almoço!? – Ela perguntou, surpresa, enquanto me olhava por sobre o aparelho.
- É... – Olhei o celular e, pelo horário, poderíamos aproveitar para almoçar antes: - Vamos sair! A gente almoça num restaurante ou faz um lanche e depois, depois, depois, tchã-nã-nã, sorvete!
- Uai! E por que estamos esperando? Vamos nessa! – Respondeu, saltando da cama e vindo em nossa direção.
Como era sábado, quase dez horas da manhã, decidi caminhar um pouco com elas. Saímos da quitinete e fomos andando, passeando pelas calçadas de nossa cidade, olhando as vitrines das lojas até chegarmos em nosso restaurante preferido:
- Por que não liga para o pai, mãe? – Perguntou Miryan.
A pergunta era boa, por que não ligar? O pior que poderia acontecer era eu levar um não e continuarmos como estávamos. Na melhor das possibilidades, ele aceitaria o convite e, mesmo que fosse pelas meninas, eu já o teria próximo a mim um pouco mais.
Como se fosse uma transferência de pensamento, meu celular começou a chamar, indicando que alguém me ligava. Infelizmente, não era o Mark, mas sim o Rick, certamente querendo me convidar para almoçar. Não o atendi e mandei uma mensagem, avisando que estava almoçando com minhas filhas no restaurante Quintal da Vó e que nos falaríamos depois. Ele lamentou, mas não insistiu mais.
A Maryeva me olhava e chegou e esticar seus olhinhos curiosos para meu aparelho, mas eu desviei o aparelho para não piorar o que já não estava bom. Ela insistiu, falando logo depois:
- Também acho! Não custa nada convidar ele.
Pelo horário, eu sabia que o Mark ainda não havia almoçado. Talvez estivesse preparando algo para comer ou entretido com alguma atividade doméstica. Ao invés de mandar uma mensagem, decidi fazer uma chamada de vídeo. O celular tocou três vezes e ele atendeu:
- Fernanda!? Aconteceu alguma coisa? – Perguntou sem sequer me cumprimentar, talvez imaginando algo relacionado às meninas.
- Oi! Bom dia para você também, mor. – Falei sorrindo, brincando, mas pelo seu semblante, ele não gostou de ser chamado daquela forma: - Estou com as meninas no Quintal da Vó. Não quer vir almoçar com a gente?
- Vó!? Que vó? Na tua mãe?
- Não, Mark, no restaurante. – Falei e todas nós começamos a rir dele.
- Ah, Fernanda, eu já estava fazendo um arroz aqui. Só ia fritar uns ovos, talvez uma linguiça e comer.
- Ahhhhh, paííí! – Gritou Miryan, vindo se colocar do meu lado para reforçar o convite: - Vem comer com a gente. Não custa nada.
- Custar até custa, né? – Retrucou uma pragmática Maryeva, aproximando-se para também aparecer na conversa: - Ele não vai comer de graça, mas também não vai ser nenhum absurdo, né, pai!?
- Mas gente, hoje é o dia da sua mãe. – Ele insistiu.
- Uai, e vai deixar de ser o dia dela se você estiver junto? – Maryeva insistiu e deu o “check mate”: - Mesmo separados, vocês precisam estar juntos para garantir o nosso bem estar. Podia começar com o almoço...
- Isso é apelação, Maryeva!? – Mark retrucou e pensou um pouco, em silêncio, olhando para a tela: - Tá! Vou trocar de roupa, enquanto termino o arroz e vou para aí.
- Posso pedir aquele combinado de carnes que a gente costuma comer? Assim, já vão adiantando. – Perguntei.
- Pode! Daqui a pouco, apareço aí.
- Tá bom, mor, beijo, te amo! – Falei novamente, agora porque eu quis, pois estava esfuziante.
- Beijo, pai, beijo, beijo, beijo, beijo! – As meninas emendaram a falar também, fazendo com que ele abrisse um sorrisão.
Assim que desliguei não pude evitar um imenso sorriso, pois teria um tempo em família novamente, agora com a presença do meu marido junto de nós. Eu era só sorrisos e as meninas notaram isso, ficando extremamente alegres também:
- Será que o pai vai deixar você voltar pra casa hoje? – Perguntou Miryan, matando meu sorriso na raiz com a lembrança do erro, digo, da escolha que eu havia feito.
- Então, Mi, vamos por partes, né!? Ele almoça hoje com a gente, a gente se diverte, brinca, conversa. Quem sabe ele não deixa, né?
- Eu vou pedir! – Ela insistiu.
Maryeva só nos encara sem nada dizer, aliás, ela me encarava, cobrando uma resposta que eu ainda não havia dado para ela, nem estava disposta, pois a verdade seria complicada demais para a cabecinha pré-adolescente dela digerir.
Fiz o pedido para o garçom e passamos a conversar, brincar, interagir. O dia estava ótimo e tendia ficar ainda muito, muito, muiiiito melhor! O meu Mark estava vindo e poderíamos ter ótimos momentos juntos. Era o que eu queria; era o que elas queriam; e ele, certamente, não faria nada para decepcionar nossas filhas. Voltar para casa seria um bônus sem tamanho, mas quem tem esperança, tem meia solução para o problema. Eu só precisava que ele ajudasse um pouco para conseguir dar o próximo passo.
O restaurante enchia cada vez mais. Várias pessoas, algumas conhecidas minhas de longa data chegando. Naturalmente, as mais íntimas, próximas, perguntavam pelo Mark e eu, pela primeira vez, não precisei mentir, respondendo que ele já estava chegando. Foi assim, enquanto eu e minhas filhas estávamos brincando, sorrindo, rindo, que ele chegou, imponente, lindo, e parou na porta do restaurante como se procurasse alguém: ele, o Rick!
Meu mundo começou a ruir. “Mas não é possível!”, pensei em silêncio, enquanto meu sorriso saía correndo pelos fundos do restaurante, só deixando um semblante pesado e temeroso pelo pior.
Ele me viu, claro! Depois, sorriu e deu uma piscadinha, enquanto se sentava numa mesa mais afastada. Minhas filhas não notaram, nem poderiam, porque ainda não o haviam conhecido. Apesar da mesa em que se sentou ficar longe da entrada, de onde estávamos, podíamos vê-lo e se o Mark o visse, meu dia teria grandes chances de virar um pequeno inferno, porque, afinal, poderia pensar que eu estava colocando nossas filhas no olho do furacão. Aproveitando que minhas filhas estava distraídas, olhando algum vídeo no Youtube, mandei uma mensagem no ato para ele:
Eu – “Rick, vai embora!”
Rick – “Credo, Nanda, só vou almoçar.”
Eu – “Vai pra outro lugar!”
Eu – “O Mark está vindo para cá e se ele te vê, vai me culpar por colocar nossas filhas no mesmo ambiente que você.”
Eu – “Sai daqui!”
Rick – “Quer dizer que eu não posso mais frequentar o mesmo ambiente que ele?”
Rick – “Maridinho fraco, hein!?”
Rick – “Que cara inseguro, credo!”
Eu – “Vai embora ou nunca mais falo com você, e não estou brincando!”
Eu – “Você não me conhece tão bem quanto pensa.”
Eu – “Não sabe como eu sou quando fico brava...”
Eu – “Eu vou reconquistar o meu marido, querendo você ou não; então, não me atrapalhe!”
Eu – “Sai, por favor!”
Ele me encarou de onde estava e não sei se conseguiu ver, mas eu estava realmente com sangue nos olhos. Estava tão brava, irada, que já estava a ponto de ir até a mesa e expulsá-lo pessoalmente. Eu podia até ter pisado na bola com o Mark, mas eu nunca deixaria que ele prejudicasse minhas filhas, aliás, não mais do que eu própria já havia prejudicado. Ele balançou a cabeça negativamente e eu não entendi se era negando o meu pedido ou a situação em si. Fato é que pouco depois chamou um garçom e falou alguma coisa para ele, levantando-se e dando uma última olhada para mim, antes de sair.
Respirei aliviada e bebi uma taça de chope de virada naquele momento. Alguns minutos depois, chegou o Mark, também parando na porta do restaurante, certamente procurando pela gente. Apesar de ainda estar um pouco tensa pela situação, não pude evitar um sorriso ao vê-lo: ele estava muito bem vestido, como sempre imponente, altivo, a carequinha brilhava e ostentava uma barba bem feita, aliás, notei que parecia até mais escura. Vestia um jeans azul escuro, uma camisa polo preta e um sapatênis preto. Eu devia estar com cara de boba, pois as meninas passaram a me encarar e depois a olhar na direção em que eu olhava. Começaram a rir e Miryan, sempre ela, a mais estabanada e saidinha das três, começou a gritar:
- Pai, aqui! Ajuda, a mãe perdeu a fala.
- Hein!? Não perdi, não! De onde você tirou isso? – Perguntei, olhando para ela e para ele que agora se aproximava.
- Tá até babando! – Maryeva emendou.
A boba aqui passou a mão na boca, preocupada em não fazer um papelão na frente de sua paquera e só então notei que ela estava brincando. Ela caíram numa risada debochada e assim ficaram rindo da minha cara até o Mark chegar em nossa mesa. Cumprimentou as meninas com beijos e abraços, e depois, para não parecer indelicado, cumprimentou-me com um beijo no rosto. Não consegui evitar de abraçá-lo e ainda suspirei, saudosa daquele contato mais próximo. Ele se recompôs, olhou-me curioso e pediu:
- Miryan, você não quer sentar aqui para eu ficar no meio de vocês duas?
- Quero não, pai! A gente tá vendo vídeo.
- Momento família não tem celular incluído, não é? – Insistiu.
- A comida ainda não chegou. – Maryeva retrucou: - Senta aí do lado da mãe. Depois, a gente troca.
Maryeva é tão estratégica quanto ele. Como dizemos no interior, “ela não dava ponto sem nó”! Falou o que falou para obrigá-lo a ficar mais próximo de mim e eu, claro, que não iria contrariá-la. Ele preferiu evitar o embate e se sentou. Eu não sabia por onde começar e comecei por onde podia amaciá-lo um pouco:
- Chope?
- Pode ser... – Ele me respondeu, bem desanimado.
- Tá tudo bem? Aconteceu alguma coisa?
- Eu o vi saindo daqui. – Falou baixinho comigo, quase lamentando: - Só entrei, depois de pensar muito, por causa das meninas.
Gelei, já imaginando que pudesse tê-lo perdido. As palavras sumiram e eu não consegui dizer mais nada. Só que tive o bom senso de mostrar para ele a conversa que tive com o Rick que poderia explicar que eu não havia armado nada contra eles. Peguei meu celular e falei:
- Só leia e tire suas conclusões.
Acessei a conversa que tive com o Rick e lhe mostrei. A curiosidade o levou a ler algumas das mais antigas acima, mas eu não podia negar, nem precisaria, afinal, eu não havia escrito nada demais: o Rick sempre tentava me galantear, mas eu fui protocolar com ele, sem dar esperanças ou abrir possibilidades. Ele lia em silêncio e, pelo seu semblante, parecia estar se surpreendido positivamente, pois até um sorrisinho vi brotar de seus lábios em alguns momentos. Quando se saciou, devolveu meu aparelho, olhou-me e disse:
- Garçom!
Um garçom já se aproximou e ele pediu uma caneca de meio litro, perguntando se eu também queria outra, o que aceitei. Assim que nos serviram, ele pegou a dele e fez menção de beber, mas eu levantei minha caneca para brindarmos e ele parou. As meninas nos olhavam e, rapidamente, pegaram seus copos de refrigerantes:
- Tim-Tim? – Perguntei, pedindo.
Ele me olhou com cara de interrogação e as meninas fizeram o mesmo. Decidi ousar:
- Ao perdão e às novas oportunidades!
Ele fez uma cara de interrogação ainda maior. Daí me toquei as “novas oportunidades” tinha uma conotação dupla que poderia dar a entender, inclusive, novos relacionamentos. Decidi melhorar:
- Pela reconstrução do que nunca deveria ter ruído.
Acertei ele em cheio! Ele sentiu a indireta e baixou sua taça, parecendo confuso ou abalado com algo que talvez ele ainda quisesse. Não durou muito e ele levantou sua taça, falando:
- Tim-Tim!
Brindamos e bebemos. Ele olhava as filhas e de soslaio para mim, já eu o encarava perdidamente apaixonada pelo homem que eu tentava recuperar. Entretanto, eu ainda não sabia como, mas conhecendo-o como eu conhecia, sabia que se fosse muito afoita, teria grandes chances de bater numa parede. Decidi, então, usar a técnica do pescador, “dando linha e puxando”. Passamos a conversar assuntos banais, relacionados aos nossos trabalhos e ele não se furtou em responder e interagir, conversando comigo e com as meninas. Nossa comida chegou e passamos a almoçar, sempre conversando, interagindo e decidi brincar um pouco com a vida doméstica deles:
- Mary me contou que já está cozinhando...
- E bem! – Ele me interrompeu: - Ontem mesmo ela fez uma macarronada caprichada com pedacinhos de linguiça frita.
- Frita!? – Perguntei, já imaginando o risco com o manuseio do óleo quente.
- Com a Airfryer, né, Nanda! Claro que eu não deixaria ela usar óleo...
“Nanda!?”, pensei e sorri para ele que me olhou sem entender. Já fazia um tempo que ele não me chamava assim! Adorei tanto a novidade que meus olhos chegaram a marejar, chamando sua atenção:
- O que foi? – Perguntou.
- Hã!? Não, nada! Nada... – Falei e enxuguei uma lágrima mais rápida e ousada, explicando: - Só tô feliz demais.
Ele sabia que eu falava a verdade: estava nos meus olhos, nos das meninas, até no dele. Apesar disso, havia uma situação que somente nós dois poderíamos consertar e isso se ele quisesse me dar uma nova chance. Ele desviou o olhar e a conversa para assuntos banais, não querendo enfrentar aquela questão, mas eu ficava cada vez mais esperançosa. Terminamos nosso almoço num clima muito gostoso e, já fora do restaurante, Miryan, sempre ela, emendou:
- Agora: SORVETE! Êêêêê... – Gritava, saltitante.
Mark não é exatamente um amante de comidas doces e sobremesas, mas se rendeu à animação da pequena. Fomos todos numa sorveteria não muito longe dali, a pé mesmo e fizemos nossos pedidos. Elas pediram de chocolate, com cobertura de chocolate e granulados de chocolate. Eu pedi um de chocolate preto, com cobertura de branco e castanhas. Ele pediu um chamado “Sangue de Dragão”, sem cobertura ou granulado. Aproveitando que as meninas haviam saído para um espaço kids na sorveteria, brinquei:
- É uma indireta para mim: sangue e dragão?
- Sabe que não sou assim.
- Eu sei. Só estou brincando...
- Você vai usar as meninas agora?
- Por favor, está sendo um ótimo dia, um dos melhores da minha vida. Só vamos aproveitá-lo. – Pedi colocando uma mão sobre a dele.
Ele me olhava e concordou com a cabeça, parando com aquilo que poderia se transformar numa discussão. Quando ele tentou puxar sua mão debaixo da minha, eu a segurei firme e fui para o tudo ou nada:
- Eu nunca te pedi algo como vou fazer agora, mas, por favor, pensa com carinho: me dá mais uma chance? Só uma! Eu juro que vou fazer de tudo para merecer sua confiança.
Ele me olhou constrangido, mas não respondeu, aliás, até respondeu, baixando e balançando negativamente sua cabeça. Eu o estava perdendo, mas não podia desistir:
- Sai junto comigo hoje então.
- E já não estamos juntos?
- Não, não! Eu e você, só nós dois, como tudo começou.
- Você está querendo me seduzir?
- E por que não? No começo de tudo foi você que me seduziu, agora é minha vez! – Falei e sorri, completando em seguida: - Não, desculpa, estou brincando. Eu quero sair com você para, sei lá, eu só quero sair com você. Poxa, Mark, foram mais de quinze anos, não é possível que você não possa fazer isso pra mim!?
- E as meninas? É o seu final de semana com elas.
- Eu converso com elas e peço para ficarem na minha mãe, ou até mesmo nos seus pais. Só sai comigo, por favor. – Pedi, esperançosa e insinuei, cutucando-o de leve: - Daí quem sabe amanhã a gente não volta a se reunir para um evento família, hein, hein!?
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO, EM PARTE, FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL NÃO É MERA COINCIDÊNCIA, PELO MENOS PARA NÓS.
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