A vida como ela é!!!
Continuando...
A partir daquele dia após a ligação da Márcia, eu fiquei desesperada, eu não tinha o que fazer se realmente ela mandasse tudo aquilo para o Bruno, fiquei morrendo de medo de qual seria a reação dele, fiquei também pensando em como seria a reação da minha filha, do meu pai, enfim de todos a minha volta.
Depois de pensar muito em qual direção deveria seguir, resolvi que iria mesmo me separar, era o mais correto e o mais justo com todos, principalmente com o Bruno, ele apesar de seu jeito mandão, que na maioria das vezes não aceitava sugestão de ninguém, ele achava que sempre tinha razão, infelizmente muitas vezes eu me anulava em muitas coisas para fazer as suas vontades e não ter nenhuma discussão. Ele me amava de verdade e eu tinha um sentimento muito grande por ele, mas naquele momento eu estava perdidamente apaixonada pelo Paulo. Eu tinha certeza que o sentimento era recíproco, que quando eu fizesse a proposta de nós dois separarmos de nossos parceiros poderíamos ficar juntos.
Eu queria conversar com ele naquela mesma semana, mas estava morrendo de medo da Márcia, não tinha ideia nenhuma do que ela poderia fazer, resolvi ficar afastada do Paulo por uns dias, liguei e expliquei meio por cima o que estava acontecendo, ele também ficou muito preocupado, porque se ela mostrasse as fotos, a bomba iria explodir pro lado dele também, ele concordou em ficarmos afastados por algumas semanas, para esperar os próximos passos daquela louca.
De tudo o que o Bruno falava, o que ele acertou em cheio foi em relação a Marcia, ele sempre esteve certo, ela não prestava nenhum pouco, eu fui extremamente ingênua em acreditar em tudo o que ela falava, me deixei influenciar de uma forma que eu não pensava em mais nada sozinha, tudo eu perguntava pra ela, eu era induzida a fazer tudo o que ela queria, e agora estava nas mão dela, eu tinha que esperar o próximo passo, com a cabeça mais calma, tive a certeza que ela iria me chantagear, iria querer dinheiro para manter seu silêncio, mas eu não tinha quase nada, tinha pouco dinheiro guardado, mas com certeza não iria pensar duas vezes em dar o dinheiro para ela.
Mas para minha grande surpresa, ela não me procurou por vários dias, já tinham se passado duas semanas, eu já estava começando a relaxar, pensando que ela só estava fazendo aquilo para me assustar, que não iria ter coragem de mandar todas as fotos para o Bruno.
Relaxei tanto que queria me encontrar com o Paulo, o quanto antes, não estava aguentando de tantas saudades, eu já tinha esquematizado tudo na minha cabeça, quando fôssemos nos encontrar no motel, iria conversar com ele, explicar toda a situação, assim que acertarmos os detalhes eu iria conversar com o Bruno e comunicar a minha decisão de nos divorciar.
Eu tinha conversado com a Andressa, falei pra ela sobre todo o meu sentimento e qual era a minha intenção, que eu tinha certeza que ele iria topar e que logo poderíamos ficar juntos definitivamente, mas ela me alertou que eu poderia estar indo com muita pressa.
- Amanda, minha amiga! Eu acho que você deveria esperar mais um pouco, talvez ele não esteja na mesma sintonia que você, talvez ele ainda queira te conhecer mais, apesar de já saírem a um tempo, o relacionamento de vocês se resume a ir para um motel e ficarem algumas horas, eu imagino que a transa seja legal, mas jogar um casamento igual ao seu pro alto por causa de um cara, eu acho que você deveria rever sua decisão, espera um pouco mais, conversa de leve com ele, para sentir o terreno e principalmente ver a reação dele.
Mas eu não quis entender nada do que ela estava me falando, cheguei ao cúmulo de pensar que ela estava com inveja de mim, que ela não tinha a mesma coragem que eu, ficava namorando dois caras ao mesmo tempo em vez de resolver ficar com um só.
No início da terceira semana, eu liguei para ele e combinamos para o dia seguinte fazermos o nosso mesmo esquema, de ele me pegar no estacionamento no centro da cidade.
Na noite anterior, eu quase não dormi, de tanta ansiedade de poder rever o meu “amor”, de transar muito e me acabar de tanto gozar, eu já tinha até decidido que se ele tentasse eu iria deixar ele comer a minha bundinha. Que depois quando já estivéssemos relaxados e porque não saciados poderíamos decidir nosso futuro juntos, já estava até me imaginando indo morar na sua cidade.
Nós tomamos todos os cuidados possíveis, para não deixar nenhum rastro do nosso esquema, e fomos passar a manhã em uma suíte maravilhosa, e como da primeira vez, mal entramos no quarto, fomos tirando nossas roupas, quando eu já estava só de calcinha e com ele beijando meus seios, me pegou no colo e me levou até a cama, eu me senti a verdadeira noiva na noite de núpcias, ele me deitou e continuou a beijar meus seios, foi descendo pela minha barriga, foi tirando minha calcinha e em questão de segundos, já estava com a cara enfiada no meio das minhas pernas, que delicia sentir a sua boca, sua língua dentro de mim, foram poucos minutos e eu gozava horrores e comigo mole pelo orgasmo maravilhoso, ele abriu um pouco minha bunda e começou a beijar meu cuzinho, eu estava com tanto tesão e com tanta saudades, que já ali no começo deixei ele brincar à vontade.
Ficou um tempo alternando em beijar meu cuzinho e passar a língua na bucetinha, conforme fui me excitando ele começou a passar a ponta de um dedo, não forçava, mas ficava brincando, eu estava entregue, sentia um tesão fora do comum, estava me sentindo uma verdadeira devassa. Eu rebolava e gemia alto, ele foi colocando a ponta do dedo, eu gemi mais alto e rebolei novamente, ele ficou entusiasmado e foi enfiando o dedo cada vez mais.
De repente ele parou, pegou um pequeno frasco no bolso da calça, e me mostrou explicando que aquilo era um gel lubrificante que tinha um leve efeito anestésico, ele iria passar bastante na minha bunda, para que não sentisse nenhuma dor. Ele não me pediu nada, somente foi comunicando e eu aceitando tudo, no fundo queria que ele me comesse de qualquer forma, o importante era sentir ele ali comigo, sentir ele dentro de mim, não importava o buraco.
Ele foi com jeitinho e quando eu menos esperava, já tinha colocando dois dedos, ficava entrando e saindo bem devagar, ficava chupando a bucetinha e enfiando os dedos no cuzinho, eu nunca imaginei que seria possível sentir tanto tesão na bunda, era maravilhoso.
Foi subindo em direção a minha boca, me deu um beijo tão gostoso, eu percebi que ali já tinham se quebrado qualquer barreira, eu iria dar o meu cuzinho para ele.
Sem dizer nenhuma palavra, nem muito menos pedindo permissão ou algo do tipo, me deitou de bruços, colocou um travesseiro na minha barriga, me deixando com a bunda bem empinada. Continuou mexendo os dedos, se posicionou, ficou passando a cabeça do pau no meu buraquinho e devagar foi colocando, eu sentia um pouco de dor, mas queria dar esse presente a ele, eu tentava relaxar, mas não era fácil, mesmo com o gel anestésico, era bem dolorido.
Ele com muita paciência colocava um pouco, depois tirava até perto da cabecinha, logo em seguida colocava um pouco mais, não sei ao certo quanto tempo ficamos ali daquela forma, mas sei que ele com muita calma logo já estava com o pau inteiro dentro de mim, quando chegou bem lá no fundinho, ficou parado para eu ir acostumando, quando resolveu se mexer novamente, ele foi mexendo na bucetinha, era um estímulo delicioso.
Ele foi fazendo bem devagar, mas logo já estava indo um pouco mais rápido, não parava de mexer na bucetinha, eu estava sentindo um tesão absurdo, ficamos naquela posição um bom tempo, e para minha surpresa eu gozei, meu gozo foi muito forte fiquei praticamente berrando, foi muito diferente de tudo o que eu conhecia. Ele não gozou, ficou metendo um pouco mais devagar, mas pedi para parar um pouco, para poder respirar. Só aí que fui perceber que ele tinha colocado uma camisinha. Deitou ao meu lado, ficamos nos beijando, ficamos namorando, era como se flutuasse ali. Ele me beijava e agradecia por ter tido confiança nele, por eu ter deixado ele comer minha bundinha.
Foi assim que eu perdi a virgindade da minha bundinha, até nisso eu enganei o Bruno, quando ele conseguiu me comer, na viagem para a praia eu agi como se fosse a primeira vez, apesar que depois desse dia nunca mais tinha feito mesmo, o Bruno mais uma vez era o meu segundo homem.
Logo estávamos nos beijando e com ele por cima começamos a fazer um papai mamãe, bem calmo, ficamos nos curtindo, aos poucos foi ficando mais rápido e forte, gozamos praticamente juntos, os dois gemendo e se beijando.
Tomamos um banho e sentamos na cama um de frente pro outro.
Eu não via a hora de poder falar tudo o que estava sentindo e que estava pronta para ser sua mulher definitivamente.
- Paulo meu amor, eu preciso conversar com você, é um assunto bem sério, estou muito ansiosa.
- Quando começamos a sair, era tudo meio que de brincadeira, era somente para matarmos o tesão e a vontade de transar bem gostoso, e nisso já faz um bom tempo que estamos saindo, eu nunca te cobrei nada e você também não me cobrou, só que aconteceu uma coisa que eu não contava.
Nessa hora ele ficou branco e perguntou rapidamente
- Você está grávida? É isso! Nossa o que vamos fazer, você não estava tomando o remédio direitinho?
Eu na hora achei estranha a sua reação, mas fui acalmando-o.
- Não meu amor, eu não estou grávida, ainda não! Mas quem sabe mais pra frente. O que quero dizer é que eu me apaixonei por você, fico pensando em você o dia inteiro, quando vou dormir e o Bruno vem querer transar eu tenho tentado evitar, eu só quero você, não sinto mais nenhum tesão com ele, eu sou só sua, só você que faz eu me sentir uma verdadeira mulher, nunca em minha vida imaginei sentir tanto tesão e tanto prazer, como eu sinto com você.
Parei um pouco, respirei fundo para tomar coragem, fiquei olhando para ele, que estava com uma cara de interrogação.
- Paulo o que eu quero dizer é que eu vou me separar do Bruno, eu já tomei a decisão, eu vou pedir o divórcio, eu vou sair daquela casa, não consigo ficar longe de você, eu fazendo isso não corro o risco de ser chantageada, assim que eu sair, fico esperando por você, nós vamos precisar arrumar um lugar para nós dois.
Eu estava segurando as mãos dele, senti que ficaram frias e molhadas, ele devagar se levantou da cama, deu uma pequena caminhada pelo quarto, não falava nada, ficava com a mão na cabeça, voltou para minha frente e soltou a bomba. Nunca em minha vida imaginei passar por uma humilhação tão grande. Meu castelo encantado desmoronou de uma vez só, perdi o chão.
- Amanda, olha só! Tudo o que você está me falando, eu concordo que nós dois nunca cobramos nada um do outro, me desculpe te falar isso dessa forma, mas eu não vou me separar da minha esposa e nem quero que você se separe do seu marido, nosso lance é uma curtição, é somente para podermos nos divertir, amanhã ou depois você conhece outro cara e eu outra mulher e vamos parar de nos encontrar, nós passarmos algumas horas deliciosas, gozar bastante e voltarmos para a vida real, eu nunca te prometi nada, eu gosto de você, mas não te amo, eu sinto muito tesão por você, e isso não quer dizer que por esse tesão todo eu vá me separar e ir morar com você, isso nunca passou pela minha cabeça.
Fiquei ali parada olhando pra ele, minha vista ficou meio turva, achei até que fosse desmaiar de tanto nervoso, eu não acreditava no que ele estava me falando, não era possível aquilo, como que ele não me amava também? Não podia ser verdade. hoje consigo ver o quanto eu era ingênua, achava que todos tinham o mesmo sentimento por mim, já tinha levado na cabeça com a Márcia e agora com ele. Assim que aquela zonzeira passou, me levantei e fiquei na sua frente.
- Paulo não é possível isso tudo que você está falando, não é possível que não me ame, olha tudo o que fazemos, olha o risco que corro vindo passar as manhãs junto com você, você só pode estar brincando comigo, por favor pare de brincar com isso e fale sério comigo.
Eu já estava começando a erguer a voz, eu exigia que ele me explicasse tudo aquilo.
- Amanda! Não estou brincando, estou falando sério demais, eu não vou me separar, eu amo minha mulher, como te falei eu gosto de você, mas somente com uma amiga, uma amiga que passamos horas deliciosas e mais nada, me desculpe, mas não quero nenhum tipo de compromisso sério com você.
Nessa hora eu comecei a gritar com ele, que ele não podia fazer aquilo comigo, que eu não era nenhuma biscate, nenhuma puta para ser tratada daquela forma, eu exigia respeito.
Nessa hora que eu vi que tipo de homem que eu fui me envolver.
- Amanda pare de gritar comigo, eu não admito isso, ninguém grita comigo, você não está na posição de me exigir nada, e me desculpe a franqueza, você diz que não é nenhuma puta, mas que tipo de mulher mata aula, engana o marido, para ficar aqui no motel dando pro amante, até uma noite inteira você deu um jeito de ficar comigo, que tipo de mulher faz isso com o marido, as mulheres sérias com certeza não fazem, mas você faz e faz muito bem feito, não venha querer me cobrar nada, eu sempre te falei que as horas que passávamos aqui era pra diversão e não para nenhum tipo de relacionamento sério.
Quando ele falou isso eu parti pra cima dele, dei alguns tapas em seus braços, eu chorava de nervoso e de vergonha, nunca tinha sido tão humilhada, nem quando meu ex marido me estuprou.
- Paulo, você não pode fazer isso comigo! Você está acabando com minha vida, eu sonho com essas horas que passamos aqui juntos, nós temos que ficar juntos, você vai ter que separar dela sim, eu exígo isso de você.
Eu chorava, meu corpo tremia todo, parecia que o mundo estava rodando que tinha aberto um buraco embaixo das minhas pernas.
Ele segurou meus pulsos e gritando, acabou de vez comigo.
- Amanda, você não está na condição de exigir nada! Você acha mesmo que eu teria um relacionamento sério com uma mulher que não pensou duas vezes em trair o marido? Uma mulher que na lua de mel já queria dar pra mim, iria fazer o marido de corno na lua de mel, que mulher faz isso, só as putas fazem, não adianta ficar chorando fazendo esse drama todo, porque seu lugar é ao lado daquele corno, que acha que é o bom, que naquele dia me ameaçou, se ele imaginasse o que a puta da mulher dele faz toda semana, será que ele ficaria tão senhor de si ou iria enfiar o rabinho no meio das pernas e ficar pianinho.
- Tem mais uma coisa, você não ouse me procurar, principalmente procurar minha mulher, se você falar alguma coisa eu acabo com você, toda sua família saberá a puta que você se tornou.
Falou isso me empurrou e foi colocando suas roupas, pegou na carteira um pouco de dinheiro jogou na cama dizendo que era para o táxi, que a partir daquele momento nós não iríamos mais nos ver e ainda disse que eu não precisava me preocupar que a conta do motel o cliente que pagava.
Foi embora e me deixou ali naquele quarto sozinha, eu não sabia o que fazer, estava perdidamente apaixonada, fui humilhada pelo homem que eu achava que era o mais gentil e o mais amável, mas ele me tratou como um lixo.
Mas o pior de tudo é que depois com a cabeça fria eu fui obrigada a concordar com ele, eu infelizmente tinha me tornado em uma adúltera, uma puta, que na viagem de lua de mel, quase transei com ele e deixei outro cara começar a me comer.
Fiquei ali perdida, não sabia o que fazer, não sabia qual atitude deveria tomar, estava com muita raiva, queria dar um jeito de ligar para a esposa dele e contar tudo.
Mas depois de chorar muito fui me acalmando um pouco, eu percebi que realmente seria um erro, porque quem iria sair perdendo tudo seria eu, perderia meu marido e também o meu amante, quer dizer o meu amante já tinha perdido, com meu marido talvez eu conseguisse melhorar um pouco nosso relacionamento, ou mesmo sem o Paulo deveria me separar, seria o mais correto em fazer com o Bruno, pensando em todos esses meses que estava traindo ele, sentia que seria muito difícil de ter amor por ele novamente, com toda certeza eu iria acabar traindo mais uma vez ou sei lá quantas.
Fiquei ali sentada um bom tempo, tentando colocar a ideias no lugar, tentando achar uma solução, me lembrei das palavras da Andressa, dizendo que ele não estava na mesma sintonia que eu, nessa hora eu tive a certeza que ela sabia de alguma coisa, tentou me avisar, mas eu estava cega e surda.
Liguei pra ela, que por sorte já estava fora da sala de aula, me atendeu rapidamente, contei tudo o que aconteceu, de tudo o que ele me falou, da humilhação que estava passando. Ela se ofereceu para ir me buscar, para não me deixar sozinha, eu aceitei e não demorou muito eu já estava dentro do seu carro e chorando horrores, ele me deixou colocar tudo pra fora, me levou até o meu carro, ficamos um bom tempo lá até eu me acalmar um pouco mais e poder dirigir.
Fui pra casa e pedi pro Bruno ir buscar a Isabela, depois de tomar um bom banho, tomei um remédio forte para enxaqueca e dormir pesado, nem vi quando eles dois chegaram, com certeza o Bruno não mexeu comigo deixando eu descansar.
A partir daquele dia, eu comecei a tentar achar uma forma de conversar com o Bruno, eu precisava contar a verdade para ele, eu precisava deixar ele seguir o seu caminho, iria ser dolorido, para mim, para ele mas principalmente para a Isabela, ela com certeza iria sofrer muito, não iria me perdoar, mas era preciso, não era justo tudo o que eu estava fazendo com eles dois.
No meio daquele turbilhão todo, recebo uma ligação da Marica novamente, perguntando se eu achava que ela tinha me esquecido, ele me ameaçou novamente e como não poderia deixar de ser, começou a me chantagear, me pediu dinheiro, pediu muito dinheiro, aquela quantia era muito mais do que eu tinha guardado no banco, eu não iria conseguir todo aquele dinheiro, não tinha como arrumar, mas para ganhar um pouco de tempo, pedi alguns dias para poder levantar todo o valor.
Minha intenção era de nesse intervalo eu conseguir conversar com ele, contar tudo, assim a chantagem dela perderia todo o sentido. Eu pedi uma semana para ela, mas com dois dias ela me ligou novamente exigindo o dinheiro para o dia seguinte, mas eu mesmo com medo resolvi enfrentar a situação de frente.
- Márcia, eu não vou te dar dinheiro nenhum, eu já tomei a decisão de me separar, só não conversei com ele ainda, mas vou falar o mais rápido possível, então se você resolver ir contar tudo eu não me importo, vai ser um favor que você irá me fazer, vai me poupar muito tempo de uma conversa que vai ser dura. Eu não estou nem ai pra você e como sempre me disseram você não passa de uma puta, de uma grande invejosa, que queria tudo o que era meu, queria me tirar do Bruno de todas as formas, mas para seu desespero, eu não deixei isso acontecer e pior, ele viu que você era uma mulher que não valia nada, então eu quero que você vá se fuder, porque eu já estou fudida mesmo e não tenho mais nada a perder.
Como não podia deixar de ser, ela ficou irada e me ameaçou muito, dizendo que eu não perdia por esperar, que se ela não podia ter eu também não teria.
Eu não conseguia imaginar tudo o que aquela mulher seria capaz de fazer.
Dois dias depois eu fui procurar minha mãe, fui contar para ela a minha decisão, eu sabia que ela não iria me apoiar, mas pelo menos saberia antes de todos, assim poderia segurar um pouco a barra com meu pai, passamos a tarde juntas contei um pouco do que me aconteceu, ela ficou horrorizada com o que eu falei que nem foi dez por cento de tudo o que eu aprontei, mas ela me deu razão em me separar, era o mais correto a se fazer.
No final da tarde eu já estava me preparando para ir embora, já estava me despedindo e meu celular tocou, era Ângela me ligando, me deu um grande frio na barriga e minhas pernas amoleceram, já imaginei que a Márcia tinha aparecido por lá e feito o maior barraco, mas não era isso, era muito pior.
A Lotérica tinha sido assaltada, os assaltantes não conseguiram roubar quase nada e por isso tinham agredido o Bruno que estava sendo encaminhado para um hospital, que segundo os socorristas que foram atender a emergência o quadro dele era muito grave.
Sai o mais rápido possível em direção ao hospital, minha mãe foi junto, ela não falava nada, mas foi o caminho todo rezando e eu também.
Quando chegamos no hospital ele ainda estava sendo examinado, foi uma espera angustiante, estávamos todos ali esperando por notícias, suas filhas, sua mãe e eu também estávamos desesperadas.
Quando o Médico veio conversar conosco, vimos que foi muito grave, mas que de certa forma ele teve muita sorte.
O Bruno sofreu um “pequeno” AVC, mas por obra do destino e muita sorte, com a pancada que deram em sua cabeça, teve muito sangramento, com isso ajudou a ter pequenas consequências, ele poderia ficar com pequenas sequelas ou talvez com o tempo e com um tratamento adequado ficar sem nenhuma.
Ele ficou internado alguns dias, e quando saiu e foi pra casa eu não poderia contar nada do que iria fazer, se eu falasse que queria me separar, ele com certeza não iria aguentar o baque e aí sim ter algo muito mais sério, assim resolvi que iria ficar quieta e deixar o barco correr, era hora de cuidar dele, não poderia de forma alguma abandonar ele dessa forma.
Uma coisa que eu estava achando muito estranho, foi o sumiço da Marcia, ela não tinha conseguido fazer nada do que me ameaçou, mas poucos dias depois que estávamos em casa, recebi uma ligação, novamente de um número desconhecido, tinha certeza que era ela, que foi me falando da forma mais cínica possível.
- Oi Amanda, quanto tempo, fiquei sabendo que vocês passaram um grande susto, nossa que coisa né, um assalto, quem seria capaz de fazer uma coisa dessa? Ainda bem que não deram um tiro nele, foi somente um susto, ele teve muita sorte mesmo, mas quem sabe se na próxima vez o susto não seja maior, cuidado.
Quando terminou de falar desligou e claro desligou o telefone, eu tentei ligar várias vezes, mas não tive sucesso.
Eu nunca soube do assalto até aquele momento, nunca que iria participar de uma atrocidade dessa, mas com a ligação tive certeza que ela estava por trás de tudo aquilo, fiquei com muito medo e achei melhor não contar pra ninguém, principalmente para a polícia.
Fiquei na minha vida de faculdade e casa cuidando dele, com muito medo do que ela seria capaz de fazer, mas precisava seguir em frente.
Foi o que eu fiz! Seguimos em frente, contratamos uma enfermeira para ajudar durante o dia e à noite ficávamos eu e a Isabela, que estava desesperada, com a situação do “pai”, ela me ajudou muito. Me ajudava a cuidar dele, não saia de perto um minuto que fosse.
Vendo a minha filha daquela forma, tive a certeza do erro que seria me separar, tomei a decisão de que quando ele ficasse bom, que eu deveria fazer de tudo para voltar a amar aquele homem.
Mas nem tudo sai do jeito que a gente imagina, com muitos meses pela frente em sua recuperação, e como vocês sabem ele teve algumas decisões que quase acabaram com nosso casamento de vez.
Continua....
