ENTRE O AMOR E A PAIXÃO! - PARTE 7 - INIMIGA ÍNTIMA

Um conto erótico de Nanda do Mark
Categoria: Heterossexual
Contém 3630 palavras
Data: 10/08/2023 10:10:43

Eu não concordei com o Rick, mas também não discordei, afinal, eu não sabia o que fazer, e assim deixei que ele me puxasse para fora do restaurante. Eu tentava vê-la, mas em duas oportunidades em que os nossos olhos se cruzaram, os meus banhados em lágrimas, os dela molhados pelo veneno do ódio que transbordava de seu coração, decidi não enfrentá-la, não ali, não naquele momento. Ainda consegui ouvir novamente sua voz, mas as novas palavras doeram tanto quanto as primeiras:

- Mulher desgraçada! Traiu meu pai. Abandonou a gente por causa de um homem!? Como pode ser tão… tão… Malditaaaaaa! Que arda no infeeeernooooooo!

Fui praticamente jogada para dentro do carro pelo Rick que deu a partida e saiu ligeiro. Enquanto voltávamos para a cidade, não pude evitar as mais doloridas lágrimas da minha vida. Eu havia perdido o meu marido e agora a minha filha, talvez as duas! Mandei uma mensagem para o Mark, pedindo desculpas e querendo saber dela, mas ele sequer a visualizou. Também pudera, devia estar tentando controlar os nervos da nossa filha que, filha de Nanda e Mark, devia estar dando um show. Ainda assim, pedi, pelo amor de Deus, que me retornasse assim que possível.

PARTE 7 - INIMIGA ÍNTIMA

Rick me levou para seu apartamento e como eu não parava de chorar, providenciou um calmante para mim. Tomei sem ver o que tomava e apaguei. Pelo menos, foi o que eu pensei. No dia seguinte, acordei nua na cama dele e com a boceta esfolada de uma forma como nunca havia ficado antes, certamente vítima de uma trepada que fora violenta e da qual eu não me lembrava patavinas. “Filho da puta! Não acredito que ele abusou de mim!?”, pensei, irada, querendo matá-lo. Levantei-me e me cobri com um robe indo confrontá-lo, quando ele me mostrou um vídeo caseiro em seu celular que fez da noite anterior para não pairar dúvida alguma sobre o que havia acontecido: ele não fizera nada, eu o havia atacado e devorado. Atônita, assisti aquele vídeo e falei:

- Mas não pode ser!

- Pode e foi! Eu tentei te segurar de todas as maneiras. Juro por Deus! Você tirou suas roupas e disse que se eu não te comesse direito como a bela puta que é, você sairia pelada e daria para os primeiros que cruzassem o seu caminho.

- Meu Deus…

- Eu acho que deve ter sido alguma reação do remédio com a bebida alcoólica. Não imagino outra coisa, Nanda…

Eu não consegui parar de assistir ao vídeo em que o atacava loucamente, totalmente fora de mim. Ele explicava:

- Eu tentei te parar, juro que tentei. Inclusive, te coloquei na cama e prendi com meus braços, mas você estava parecendo uma leoa, brava e forte, gritando que queria um macho que matasse de trepar. Daí você me deu uma chave de perna e me virou não sei como. Então, começou a se… Daí… Daí… Você e eu… Bem, daí… Bom, o vídeo é autoexplicativo, né?

No vídeo, de pouco mais de quinze minutos, um Rick assustado, tentava me conter, mas eu estava realmente possuída, atacando-o de verdade. Quando consegui me desvencilhar de seus braços, e não sei como consegui, virei-o na cama e rasguei sua calça e cueca com minhas mãos. Foi então que disse ter tido a ideia de me falar que queria gravar nossa transa e acredito que fosse verdade, porque assim que começou a filmar aquela Nanda louca falou, esfregando-se como uma puta e já enfiando dois dedos dentro de si:

- Ah é, seu safado? Quer me filmar, quer? Pra quê? Vai enviar para os seus amigos para a gente fazer uma suruba bem gostosa, é? Vai, filma… Filma tudo! Mostra para os seus amigos e diz que eu estou louquinha para ser arregaçada aqui.

Na sequência, ele voltou timidamente para a cama e o seu pau obviamente estava mole, porque o coitado estava claramente assustado, apavorado eu diria. Mas eu, ela, aquela louca, o abocanhou com vontade e ele praticamente parou de lutar, acho que não pelo prazer, mas provavelmente porque estivesse com medo que eu o capasse nos dentes ali, naquele momento. Entretanto, mesmo assustado, ele não conseguiu resistir aos encantos daquela mulher e seu pau endureceu rapidinho. Daí foi uma sequência de posições das mais loucas que já vi na minha vida. Cheguei a ficar com pena dele em alguns momentos, pois ele gemia, realmente parecendo sofrer nas minhas mãos. Só no final, quando gozou e eu enfim desmontei dele, que notei que ele não usava camisinha alguma e sei disso, porque eu ainda havia enfiado alguns dedos dentro da minha boceta e depois transferi parte de uma bela gozada para minha boca, triunfante:

- Ai, meu Deus… O que foi que eu fiz!?

- Calma, Nanda, você não sabia o que estava fazendo. Estava fora de si e ninguém tem culpa de nada. - Falou, tentando me consolar: - Mas você viu que eu não tive culpa de nada, não viu?

- Porra, Rick, você devia ter me dado um safanão, sei lá… - Resmunguei, enquanto olhava o vídeo novamente.

- Mais!? Só se eu tivesse te dado uma porrada!

- Devia… Devia ter dado mesmo! Eu ando merecendo. Poxa, só faço cagada.

- Calma, fica calma. Você viu o vídeo e viu que eu não fiz nada, não é? Eu fui forçado, você entendeu, né? - Insistiu, preocupado agora com sua imagem.

- Vi, Rick, vi! Ai, inferno… - Resmunguei e me lembrei do que realmente importava naquele momento: - Meu Deus, a Maryeva! Como será que a minha filha está?

Olhei no meu celular e nenhuma mensagem do Mark havia chegado sobre o dia anterior. Eu precisava de notícias, mas tinha medo de ligar para ele e minha filha despejar toda a decepção de uma vida contra mim. Liguei para meus sogros e a escolha não foi nada melhor, pois a Maryeva havia sido mais rápida, ligado antes de mim e feito um resumo do dia anterior:

- Fernanda, que história é essa de você estar com outro homem? - Meu sogro foi objetivo, direto, sem sequer me cumprimentar.

- Ai, eu… eu… É difícil explicar. Não é nada disso do que ela está pensando. Foi só um mal entendido.

- Ela te pegou beijando outro homem na boca, Fernanda! Eu só consigo entender isso de uma forma e é a mesma que ela entendeu.

Lágrimas começaram a brotar dos meus olhos, mas eu ainda precisava saber da minha filha:

- Como ela está? Por favor, só preciso saber se ela está bem.

- Claro que ela está bem! Chorou muito, xingou bastante, mas agora se acalmou. O Mark e a minha esposa estão lá com ela. - Explicou, mas não conseguiu se conter: - É verdade o que ela disse ter visto?

- É complicado…

- É complicado dizer se beijou ou não outro homem na boca, Fernanda!? Quero a verdade! Não me enrole.

Faltou-me coragem para ser honesta e fui naquele momento o que nunca sido com ele até então: mal educada, encerrando a chamada sem lhe responder o óbvio. De qualquer forma, confessar o inconfessável já havia perdido o sentido, pois Maryeva gozava de crédito e o próprio Mark não iria contra os fatos flagrados por nossa filha para desmenti-la. Rick continuava ao meu lado e notou, pelo meu semblante, que a conversa não havia sido nada boa:

- A… A Mary ligou para meus sogros e contou o que viu. - Falei, já secando com as costas da mão uma lágrima que descia pelo meu rosto, tamanha a vergonha que eu estava sentindo: - Mas parece que ela já está mais calma.

- Tem alguma coisa que eu possa fazer para te ajudar, Nanda?

- Não! Ninguém pode me ajudar, aliás, ninguém além do Mark, mas, nessa altura, não sei se posso contar com ele também, porque ele deve estar uma fera comigo.

- Por que não liga para ele para saber da sua filha. Apesar de tudo, você é a mãe. Tem os seus direitos.

- Direitos, Rick!? Que direito eu tenho? De ofender a minha filha? De decepcioná-la? De ser flagrada aos beijos com outro homem? Eu conheço a Maryeva, tem o mesmo gênio, o mesmo jeito do Mark. Ela pode até parecer comigo, mas por dentro é o pai cuspida e escarrada.

- E você deixou de ser mãe pelo que aconteceu, Nanda? - Perguntou, acariciando minha mão: - Claro que não deixou, meu amor. Tanto não deixou que está aí toda preocupada.

- Ai, Rick, se eu pudesse voltar no tempo, eu nunca teria te ligado naquele shopping de São Paulo…

- Para! Não fala isso. Você pode não acreditar, mas é a melhor coisa que me aconteceu em toda a minha vida.

- Talvez eu seja para você, mas você não está sendo para mim…

Ele se surpreendeu, óbvio, mas não teve tempo de dizer nada, pois, nesse momento, fui interrompida por uma ligação do meu pai. Por mais que ele não tivesse servido de exemplo para mim, era o meu pai e eu já imaginava o teor da ligação. Mostrei meu celular para o Rick sem a menor vontade de atender e ele se dispôs a fazê-lo:

- Cê tá louco, Rick!? É claro que não! - Falei e atendi a chamada, para evitar piorar ainda mais toda a situação.

- Você traiu o Mark? - Perguntou-me sem sequer querer saber de mim.

Eu já estava estressada, desesperada e despejei o que não devia sobre ele:

- Quem você pensa que é para me cobrar alguma coisa? Você traiu minha mãe, nunca deu bola para mim quando eu era criança, brigava, discutia à toa, me colocava de castigo sem eu merecer, nunca deixou eu ter amigos de verdade. Vá se foder, seu hipócrita do caralho! Ouviu!? VÁ SE FODER! - Gritei ao telefone: - E sim, eu o traí! Traí o melhor homem que eu conheci na vida e vou carregar esse peso comigo para sempre. Parabéns, viu!? Essa talvez seja a única herança que você me deixou, seu merda: ser uma traidora, indigna da confiança de alguém!

Desliguei o celular e desandei a chorar. Por maiores que fossem as minhas razões, eu nunca poderia ter falado com ele daquela forma. Acho que inconscientemente, eu estava tentando me separar em definitivo de toda a minha família, inclusive, pai e mãe que, coincidência ou não, ligou pouco depois para mim. Eu já estava na merda mesmo, então uma a mais ou a menos não faria diferença:

- Oi, mãe! - A atendi, seca como gelo no deserto.

- Nanda, como você está?

- Ah, mãe…

Desabei a chorar novamente e não consegui mais me controlar a partir daí. Rick me acariciava as costas, cabeça, mãos, tudo e nada conseguia me acalmar. Ele pegou o celular, mas eu já não ligava para mais nada, nem quando ele começou a conversar com ela:

- Não, a senhora não me conhece ainda. Meu nome é Rick e a Nanda está comigo. Infelizmente, ela está bem nervosa e não conseguirá conversar com a senhora, mas assim que ela se acalmar, eu peço para ela te ligar, está bem?

Um breve silêncio em suas palavras denunciavam que minha mãe devia estar conversando ou perguntando algo para ele. Tive a certeza logo depois:

- É… Então… Sim, infelizmente, sim. Não imaginávamos que isso pudesse acontecer, ainda mais naquele lugar, mas infelizmente aconteceu.

Mais um breve silêncio e ele continuou:

- Peço sim, mas posso te garantir que ela está bem e segura. Só está um pouco nervosa. Assim que ela se acalmar, eu peço para ela te ligar.

Novo silêncio e ele voltou a falar:

- Fique tranquila. Ela está em boas mãos. Boa tarde.

Chorei por mais um tempão e nesse tempo, ele não saiu do meu lado. Quando eu consegui me acalmar, depois de muito carinho e à custa de uns dois ou três copos de água com açúcar, pois obviamente recusei um novo calmante, decidi ligar para o Mark, mesmo sabendo que ele deveria estar ardendo em ódio. Nisso, acertei em cheio:

- Oi. - Respondeu seco, frio, sem falar meu nome, provavelmente por ter alguém por perto e disfarçou logo depois: - Dr. Fonseca? Ô, meu caríssimo, como tem passado? No escritório!? Não, infelizmente, hoje não irei. Estou resolvendo um probleminha familiar, mas nada sério…

- Mor, como a Mary está?

Ouvi ele falando para alguém que iria atender um colega e já voltava, mas a voz do outro lado, mostrava que minha filha era mais sagaz do que eu imagina e já sabia com quem ele conversava:

- É ela, não é!? É ela, não é, pai? - Minha Mary falava alto, quase gritando: - Fala pra ela vir aqui conversar comigo. Quero ver se ela tem coragem… Piranha! Biscate!

- Maryeva, para, não é a sua mãe! - Reconheci a voz da minha sogra: - E mesmo que fosse, não seria correto falar assim. Não faça isso com vocês.

- Com vocês, quem, vó!? Não tem vocês, nem nada, não! Aquela… Aquela… Ahhhhhhhh!

- Chega, Mary! Xingar sua mãe não vai resolver problema algum e só vai deixar o clima mais pesado. - Ouvi o Mark falando alto, já assumindo com quem conversava, fazendo com que ela parasse: - Ela errou, mas vai ser sua mãe para sempre. Ninguém vai te obrigar a aceitar o que ela fez, conviver com ela, nada do tipo; mas eu também não vou aceitar que você fique se rebaixando em xingá-la. Você não foi educada assim e não admito que se rebaixe! Além disso, não fará bem para ninguém, principalmente para você. Respira fundo e se acalme.

- Mas… Mas… - Minha Mary ainda resmungou, mas se calou em seguida: - Sorte dela que eu sou racional, vó, senão o bicho ia pegar.

Conhecendo o Mark como eu conhecia, já imaginei que ele a tivesse calado somente com um olhar, talvez levantando um indicador para pedir silêncio. De qualquer forma, o fato é que ele retomou o controle da situação e se fez obedecer, pois os xingamentos cessaram daí por diante. Vi minha chance de continuar aquela conversa:

- Mor, ela está bem? Como vocês estão?

Ele demorou um pouco a responder, aparentemente saindo de perto delas, pois ouvi o barulho de uma porta. Quando retornou, a verdade veio forte:

- Fernanda, para de me chamar de “mor”, isso acabou! De agora em diante e para sempre, será Mark. Estamos entendidos?

- Credo, mor… - Engasguei, mas me corrigi: - Mark. Vamos ter que nos tratar assim de agora em diante?

- A gente acabou, aceite de uma vez por todas, então, corte as intimidades comigo. Não te dou mais esse direito! Nosso vínculo se restringirá tão somente às questões relacionadas à criação das nossas filhas, nada mais.

- Poxa…

- Agora, respondendo a sua pergunta, estamos bem fisicamente. Mary chorou bastante, xingou pra caralho, mas tenho conversado bem com ela, refletimos sobre a complexidade da natureza humana e ela parece estar se acalmando. Às vezes, tem os seus rompantes, como você acabou de ouvir, mas vai ficar bem. A minha mãe está grudada nela para ajudá-la a superar o que viu.

- E a Mi?

- Ela não viu o seu beijo, claro, mas a Mary fez questão de contar aos gritos para meio mundo lá no restaurante. Então, ela também já está sabendo, ficou assustada, está confusa, mas está reagindo bem. Só que também não está querendo falar com você. - Explicou, parou por um momento, talvez tentando se acalmar também, pois sua entonação só aumentava e voltou a falar, agora mais calmo: - Acho que o que assustou a Mary foi te ver beijando aquele lá. Talvez se você tivesse sido honesta e contado para ela que tínhamos acabado e já estava conhecendo outro, o impacto não teria sido tão grande.

- “Jesuis”! - Clamei, agora mais temerosa ainda de ter perdido o amor das minhas filhas e o questionei, brava por não terem ido almoçar na casa dos meus sogros: - Mas o que, diabos, vocês foram fazer lá? Vocês não iam almoçar nos seus pais?

- “Tianinha” do “Tiuzezinho” teve um piripaque e foi internada. Meu pai teve que levar a minha mãe lá no hospital e deixou a Mi aqui em casa. Daí eu saí com elas para almoçar fora, afinal, não tinha feito nada ainda para a gente comer. Infelizmente, tive a péssima ideia de me lembrar daquele restaurante e pensei que seria um bom lugar para irmos por ser longe daqui. Deu no que deu…

- Mor… Mark! Eu… Eu não sei o que falar para você me perdoar…

- Não fala nada! - Interrompeu-me: - De alguma forma, eu já sabia que ia dar nisso. Até cheguei a pensar que você pudesse estar se conscientizando por tudo o que conversamos, mas, mesmo você terminando com ele por telefone, algo não conseguia me convencer, por isso, inclusive, que não ficamos juntos lá no Jangada. - Disse e suspirou profundamente: - Dá um tempo. Deixa as meninas se acalmarem e depois eu tento marcar alguma coisa entre vocês. Eu sei que você as ama, não vou te afastar delas, mas deixa elas se recuperarem um pouco. Enquanto isso, pensa em um belo conto de fadas com o seu príncipe encantado, daquelas cheias de romantismo mesmo, para contar para as duas, porque se você falar a verdade, vai piorar o que já não está bom.

- Mas, Mark, minhas filhas…

- Agora, você não tem o que fazer! - Interrompeu-me novamente, aumentando o tom: - Acalme-se e deixe elas se acalmarem! Se você tentar se aproximar delas agora, vai me obrigar a agir como advogado contra você, inclusive, entrando com um pedido de medida protetiva contra você pelo bem estar delas e eu não quero ter que chegar a esse ponto, mas se você tentar algo, irá conhecer um lado meu que não é nada legal.

Comecei a chorar no telefone. Eu estava perdendo o meu marido, aliás, acho que já o havia perdido e agora minhas filhas estavam indo pelo mesmo caminho tortuoso. Entreguei os pontos e implorei:

- Por favor, Mark, me ajuda! Sem você, eu já não sei o que farei, mas sem elas, a minha vida perde o sentido. Eu… Eu não… Por favor, eu não vou conseguir sem vocês.

Apesar dele ser um capricorniano e a empatia não ser uma de suas maiores virtudes, além do ódio que todo o contexto devia ter plantado em seu coração, ele é um homem bom, justo e se compadeceu de mim, talvez mais de nossas filhas também, mas também de mim. Isso ficou claro quando falou:

- Calma! Eu nunca quis que isso acontecesse, foi péssimo realmente e atingiu todo mundo. Eu vou ajudar vocês! Ainda não sei como, mas eu vou. Vou… - Calou-se por um tempo e voltou a falar pouco depois com um aparente ânimo renovado: - Acho que já sei o que fazer: vou falar com o doutor Galeano! Sim, é claro… Ele certamente saberá me orientar nesse momento.

- O doutor Galeano!? É… É! Acho que é uma ótima ideia! - Concordei, esperançosa: - Vou falar com ele também. Ele vai saber o que fazer. Sem dúvidas, ele vai!

- Está bem! Eu vou desligar agora porque ainda tenho que dar um gás aqui na “Operação Tapa Buraco”. - Riu de si mesmo, mas lamentou em seguida, sentido consigo também: - Mas que besteira… Depois a gente se fala.

- Tá bom, obrigada. Beijo, mor… Não! Digo, Mark. Posso te ligar depois?

- Bom dia, Fernanda.

Aquele “bom dia” deixou bem claro que não havia mais espaço para intimidades entre a gente. Eu, agora, era somente a Fernanda, uma pessoa como várias outras que para ele não somava, nem diminuía. Pelo menos, eu esperava conseguir consertar aquele flagra para não diminuir minhas chances de ter uma boa convivência com minhas filhas, mas, quanto ao meu marido, às chances eram mínimas.

Rick estava sentado ao meu lado e, naturalmente curioso, quis saber o que eu havia conversado com meu ainda marido. Expliquei e ele, após ouvir tudo com extrema atenção, opinou:

- A ideia do terapeuta é ótima! Concordo totalmente com ele. Entretanto, acho que você precisará de uma orientação de outras pessoas também para resolver sua vida com eles.

- Como assim?

- Se vocês vão se divorciar, pelo menos é isso que ele deixou bem claro querer, você também precisará de um advogado para cuidar dos seus Interesses...

- Rick! - O interrompi, incomodada com a proposta: - O Mark é o meu advogado, sempre foi e vai continuar sendo, se ele quiser, é claro. Eu não quero nada de patrimônio, bens, sei lá o quê: só quero minhas filhas, só isso!

- Então… Mas mesmo que não queira nada de patrimônio, ainda assim para discutir a guarda delas, precisará de um advogado.

- Não quero saber disso. Chega! O Mark vai cuidar de tudo como sempre fez. Ele vai resolver tudo. Não preciso, nem quero nenhum outro advogado para me encher a cabeça de minhoca.

- Nanda, acho que você precisa pensar melhor. Tem um escritório de advocacia em São Paulo que me presta assessoria, posso pedir para eles te atenderem a qualquer momen…

- Para, Rick! Chega desse papo ou vamos acabar discutindo feio. - Falei, brava, interrompendo-o novamente: - Aliás, eu tenho que ir. Já fiquei muito tempo aqui. Preciso… Eu preciso pensar, sozinha, só eu e a Nanda, entende?

- Acha prudente ficar sozinha num momento desses?

- Acho… Acho não: eu quero e vou! Preciso colocar as ideias no lugar e o silêncio é um ótimo conselheiro em momentos de crise.

Despedi-me dele praticamente à força, porque ele insistiu diversas e diversas vezes para que eu ficasse. Não fiquei! Não queria e quando eu não quero, nem o Mark consegue me convencer do contrário. Infelizmente, aquele último jantar em São Paulo comprovou isso muito bem e isso eu lamentava profundamente. Seu eu tivesse aprendido a ser menos teimosa, ouvi-lo com mais frequência, teria evitado toda essa desgraça em que se transformou a minha vida.

OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO, EM PARTE, FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL NÃO É MERA COINCIDÊNCIA, PELO MENOS PARA NÓS.

FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DA AUTORA, SOB AS PENAS DA LEI.

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Comentários

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Estou triste porque eles não se acertaram!se tivesse tido um pouco mais de coerência da parte da Nanda né, até que sim......

Mas ela foi imprudente! Não soube esperar..⭐⭐⭐💯

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Nanda a história está muito empolgante. Acho que o Rick só quer ter vc com posse. Se vc quiser reconquistar o Mark e sua filha a primeira coisa a fazer e cortar totalmente o relacionamento com o Rick. Quem garante que ele já não tinha visto o Mark e as meninas no restaurante e te beijou de caso pensando. Essa história de calmante que te deixou alucinada de tesão está tbm muito mal contada. Já ouvi falar muito de rebite medicamento que caminhoneiro toma com álcool para se manterem acordo, mas nunca ouvi relatos de algum que te faça ter esse tesão incontrolável e ainda te cause aminesia. Tenho certeza que ele te drogou com na época do Bruno. Um grande abraço para vc, Mark e as meninas, que Deus abençoe sempre o casamento de vcs.

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Já ouvi falar muito de um tal de "tesão de vaca"..

Mas não sei se é lenda ou existe de fato

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Nunca ouvi falar, mas de qualquer forma não é um calmante, e sim um estimulante sexual. Continuo achando que o Rick armou para a Nanda de todas as formas.

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Aviso a que possa interessar:

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Já estou em crise de abstinência!!!

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Querida ID@, vc não se importaria se a Nanda lhe enviasse os textos antes de publica-los, somente para uma verificação ortográfica, vc se importaria?

Kkkkkkkkkkk

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É claro que eu não me importaria. Na verdade eu iria adorar !!! Pena que ela não precisa deste tipo de ajuda. 😢😢😢

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Rsrsrs! Doses de 12/12 horas seriam o indicado não Ida???

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Foi o que o meu terapeuta me indicou . Se precisar posso apresentar a receita médica !!!

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Vou solicitar 2 vias: uma para apresentar a Amanda e a outra para vc e Lukinha!!!!!!😉

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Agora vc vê o que eu sofria nos tempos de “O que é o Amor”!!!😂

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Esse calmante não sei não, tá mais pra um estimulante sexual.

Dona Fernanda pagando com juros seus erros.

Quanto mais fogo no parquinho melhor🔥🔥🔥🔥🔥

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Haja coração! Um teste cardíaco a cada capítulo! O coração começa a palpitar e daí, a gente para, respira e pensa...Não é de verdade, seu otário! Ainda bem que é só ficção, né Nanda! Embora eu ache que ela muitas vezes deve ter pensado como teria sido se tivesse se entregado ao desejo de uma relação mais duradoura com o Rickinho! Nanda, minha escritora preferida, mesmo nos capítulos sem sexo! Parabéns! Nota mil! Bjs

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No conto de Annemarye, onde ela tem relações com o Erick, e o mesmo faz uma gravação, utilizando dela para depois chantagear a Annemarye.

Poderemos ver num futuro próximo o Rick usando a gravação para chantagear a Nanda!

Que fria a Nanda se enfiou!

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Nanda isso tudo e muito insano mesmo parabéns pelo conto amiga nota um trilhão abraço

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Bom, a exploração da Nanda realmente mostra o que ela faria se tivesse seguido na linha de meter os pés pelas mãos: TUDO daria errado, TUDO, absolutamente TUDO. Ela perderia TUDO.

E quanto a esse remédio do Rick, eu poderia dizer que ele vai se revelar um monstro sádico que vai fazer da chantagem ou usar isso para humilhar o Mark.

Mas dado que no mundo real eles tiveram um reencontro tempos depois com a participação do Mark, creio que ele não seja uma pessoa ruim nesse aspecto.

Ou.... Uma pessoa apaixonada é capaz das maiores loucuras, como a protagonista provou na linha do tempo principal e agora no Nandaverso.

Nanda: tu escreve maravilhosamente bem, Mark pode ser o revisor, sugestor, todos os "or" possíveis, mas o principal nasce de ti. Parabéns e obrigado pela história.

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Esse capítulo foi até tranquilo, se bem que teve a transa estranha com o Rick, não duvido que a Nanda tenha ingerido alguma droga e deu no que deu, o Rick foi malandro gravando a transa e essa prova o salva de qualquer acusação futura, é uma possibilidade a Nanda engravidar, com certeza o vídeo que o Rick gravou vai ser usado de alguma forma por ele no futuro, a Nanda é muito burra de não ter apagado esse vídeo.

O Mark ainda tá calmo e tranquilo demais com todos esses acontecimentos que atingiram toda sua família e principalmente sua filha, só sendo discípulo do Dalai Lama para não explodir, lavei as mãos do Mark kkkkkk

Ansioso pelo próximo capítulo, três estrelas com louvor.

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Essa calmaria é contenção de danos. As filhas ja estão sem a mãe e se ele viras as costas pra revidar de alguma forma, vai deixar elas desamparadas. A própria Nanda disse que o Mark é capaz de engolir um sapo pra depois cuspir os ossos na cara da pessoa. Acho que é por aí...

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Com todo respeito a você, esse linha de raciocínio é totalmente sem noção, que pais iriam querer ferrar com a cabecinha da filha só para afastar o Rick?

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Já que se trata de uma obra de ficção, vamos viajar em possíveis desdobramentos: 1- Nanda percebe que foi drogada e resolve agir contra seu estuprador. Com o apoio do Dr. Galeano, procura o Mark e lhe pede ajuda. Conhecendo o Dr. Mark ele compraria essa briga jurídica facilmente. Isso pode reaproximar os dois; 2- Nanda é chantageada pelo Rick com o vídeo. Pode ceder ou não. Caso ceda já sabemos o desfecho. Caso não ceda, de novo entra em cena o Dr. Mark, com a possibilidade de reaproximação dos dois; 3- Nanda fica grávida de 1 menino. Aí a possibilidade de se reaproximar do Mark, que no momento não chega a 0,1%, termina de vez. Ainda tem a questão da posição da Nanda em seu trabalho, depois do escândalo que o assunto pode se transformar em uma cidade pequena. Quer dizer são inúmeras possibilidades. Nanda, a bola está com você, e todos nós sabemos que o que quer que aconteça, será sensacional. Parabéns. Manda ver Nanda!

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Nanda ...melhor escritora do ano .

Nanda acompanhar sua estória tá muito. Melhor q maratonar séries na NETFLIX.

Parabéns....tá arrasando

Vou te contratar para escrever minha biografia....rsrsrs

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Que Nanda foi drogada, é fato!! Não tem como não ter sido. Depois de ter sido flagrada aos beijos, pela filha, sai do restaurante aos prontos, desesperada, vai para casa do cara e no dia seguinte, amanhece nua, depois descobre que transou e que não se lembra de nada? Com certeza que foi drogada. Como ela vai descobrir? Esperemos os próximos capítulos. Talvez, ela comece a passar mal ou quando ela começar a contar tudo ao Dr. Galiano, ele perceba e peça para fazer um exame toxicológico, assim, a máscara do Rick comece a cair.

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Acredito que a Nanda está ilustrando de forma real o que teria ocorrido quando ela disse ao Mark que aceitaria o que ele decidir... E sem dúvidas, no auge da paixão dela, deve sim ter passado pela cabeça chutar o balde e quando ela disse a ele: vou ficar chateada mas vou respeitar ela viu tudo isso acontecendo e pensou: entre amor e paixão, fico com amor...

Aguardando a continuação... Nanda metaverso quase virando a vilã 01 daqui

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Engraçado, o que alguns criticam eu acho positivo! Esse lance de drama familiar, obviamente decorrido da tentativa de ser casal liberal, acaba tornando a história de vocês tão especial e diferenciada! Continuo gostando muito dessa versão Nanda! 10

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caos total.

Game Over.

Mas acho que ainda nao e fundo do poço, nada esta tao ruim qu enao possa piorar

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Acho que vc cometeu um pequeno erro, vc esqueceu de apagar o vídeo do celular do Rick.

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Agora vai ser dificil reverter o quadro.

Muito estranho a tua reação no apto do Rick, faça urgente um exame para saber se não foi drogada

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Nanda sou Novo po aqui mais li toda a história anterior...sei que vcs ja mais chegariam a este ponto..mai vou te fala seus contos são muito bons...real o ficção parabéns....mim prendeu do começo ao fim..ansioso..pelos próximos capítulos bjs...linda

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