Amigos e amigas,
Há algum tempo tivemos o prazer de conhecer a obra de um escritor como poucos, o grande Nassau.
Seu estilo único, mas que ao mesmo tempo se esmera em mesclar o emocional, o suspense e o sensual, tornou seu nome referência entre os autores do CDC, com méritos mais que merecidos.
E qual não foi a nossa surpresa ao sermos convidados para participar como personagens e autores de uma de suas obras!?
Foi simplesmente maravilhoso! Nanda dedicou-se e se desdobrou, mas tanto que tive que para-la um pouco ou corria o risco de tomar posse dos escritos do agora grande amigo. Claro que, seguindo a tradição da nossa querida Ida, dei também meus bons "pitacos", vários, aliás.
Mas a lição que fica é que, mais que escrita a oito mãos e quatro cabeças, houve uma inegável conjunção de quatro corações que deram o seu melhor para o prazer de seus leitores.
Fica o nosso eterno agradecimento a esse autor e generoso homem, sem igual.
Esperamos que apreciem.
Do Mark e da Nanda.
PARTE III – CAPÍTULO I –TAMIRES E RÔMULO SE ENCONTRAM COM NANDA E MARK.
Com minha decisão de parar com o relacionamento sexual com Tamires e Rômulo, fiquei à mercê da insistência dela que não se mostrava disposta a aceitar essa minha decisão. Ela dizia que, depois daquela noite em agi para que o marido tivesse com ela pela primeira vez, depois de tantos anos de casados, o primeiro sexo anal, eu estava em dívida com ela, principalmente porque o Rômulo apreciou tanto que não a deixava mais em paz, querendo repetir aquilo todas as noites.
Eu respondia rindo que não tinha nada com isso e que, sendo o marido dela, eles que se entendessem. O Rômulo, ao contrário, pareceu entender e agindo de sua forma costumeira, passou a me tratar como uma amiga, vizinha e colega de trabalho.
Usei então a tática de manter a Tamires ocupada de alguma forma e, como a atividade que ela mais aprecia depois do sexo é conversar, fazia perguntas a respeito do passado dela e de seu marido.
Aquele assunto também despertava minha curiosidade, pois de tudo o que já tinha ouvido, apenas ela agia como uma esposa liberal, não se importando que seu marido transasse com sua prima e depois também aceitou a presença da Catarina na cama deles.
Quanto à Catarina, a relação não durou muito. Aliás, acho que nem dá para dizer que tenha sido uma relação. A bela loira dos pampas também se mudou para São Paulo, procurou por eles, transaram e de vez em quando ela aparecia. Deixou de aparecer depois que, usando o prestígio e o dinheiro do homem que lhe deu apoio para destruir Luís Henrique e prejudicar a Adriana, conseguiu entrar para o mundo artístico e se tornou uma atriz conhecida. Não daquelas que fazem o papel principal nas novelas, mas sim do tipo que, apesar de representar personagens coadjuvantes se destacam pela beleza e acaba por se tornar o sonho de consumo de muita gente, o que ela soube aproveitar para se tornar independente do amante com quem ela continuou a manter um relacionamento, porém, nos termos dela.
Catarina comentava sobre isso nas poucas vezes que se encontrou com o casal em ocasiões que ela mesma criava, convidando-os para alguma reunião festiva, porém, não chegavam a transar e o relacionamento de amizade persiste até os dias de hoje, com elas sempre se falando por telefone ou em raros encontros onde existe um convite para um restaurante ou algum show de artista famoso, nada mais que isso.
Agora eu estava curiosa em como o Rômulo, que a princípio demonstrava algum ciúme de Tamires, se transformou também em um homem liberal que aceitava com a maior tranquilidade as aventuras em que ela tinha encontros com outros homens com a finalidade de transar.
E até que fui bem sucedida nesse propósito. Percebendo minha curiosidade, ela me contou com a maior boa vontade o que aconteceu para provocar essa mudança na relação deles.
RELATO DE TAMIRES
Durante os primeiros cinco anos em São Paulo nosso relacionamento foi quase normal. Digo quase normal porque a Catarina aparecia de vez em quando e ela, Rômulo e eu matávamos a saudade de um sexo plenamente satisfatório. Além disso, não fizemos nada de diferente.
Isso pode ser explicado também pelo fato de que, nesses cinco anos, eu tive duas gravidez e com filhos para cuidar acrescentado à uma rotina sufocante nosso tesão entrou em baixa. Eu ainda tentava algumas vezes levantar o ânimo do Rômulo relembrando as vezes em que estivemos com a Claudia ou Catarina, mas até isso acabou se tornando uma coisa que não o animava tanto assim e fui desistindo.
Com a frequência do sexo entre nós ir se tornando muito baixa, comecei a pensar e a agir como as mulheres normalmente fazem nesses casos, ou seja, acreditar que meu marido estava tendo casos com outras mulheres fora do casamento e isso, como não poderia deixar de ser, acabou por provocar algumas brigas entre nós. O Rômulo jurava que nunca tinha ido para a cama com outra e eu não acreditava nisso, aliás, não acredito até hoje, a única mudança é que parei de dar importância a isso.
Entretanto, não era isso que me incomodava. O que me deixava pra baixo era a falta de fazer sexo de uma forma que fizesse a adrenalina no meu sangue me deixar fervendo e toda trêmula. O sexo rotineiro e causal com meu marido não me satisfazia, porém, eu conseguia me controlar. Afinal de contas, consegui ficar sem sexo com homens todo o período em que ficamos distantes, que foi da data do casamento até o dia que nos reencontramos em Porto Alegre, o que quer dizer que, por pouco mais que dois anos, as poucas vezes que estive na cama com alguém foi com minha amiga Mirna.
Aquilo me incomodava e já estava atrapalhando até mesmo a convivência normal em casa, fazendo com que surgissem algumas discussões que, muitas vezes não tinham o menor sentido.
Não sei dizer se foi por isso ou qual seria o motivo de que, logo depois de uma transa meia boca com o Rômulo, tendo ele gozado e, como você sabe, depois que ele goza demora um pouco para que o pau dele volte a ficar duro. Ele diz que é por causa da necessidade de muito sangue para conseguir levantar aquilo tudo e eu prefiro nem pensar a respeito, pois, como você já sabe, a minha única preocupação quando tenho um cacete à minha disposição é fazer com que ele funcione, e funcione bem...
Pare de rir de mim Malu, estou falando sério.
Bem, continuando então. A gente estava lá, eu frustrada porque não tinha gozado ainda e o Rômulo já tinha levantando a bandeira branca, não em sinal de paz, mas em um ato de rendição total quando comecei a comentar sobre nossas aventuras. Sem que houvesse um propósito, começamos dos mais recentes, falando de Catarina e de Claudia e depois fiz questão que ele contasse suas aventuras com Adriana e Edna.
Não é que ele não tivesse falado sobre isso quando nos reencontramos, porém, agora eu fazia perguntas que exigiam dele um relato falando dos detalhes e aquilo foi me deixando com tesão. Sem conseguir resistir, comecei a me tocar e tive um orgasmo e o efeito que isso causou nele foi maravilhoso. Ele, ao me ver gozando com três dedos de uma mão enfiados em minha buceta e dois das outras prendendo e esfregando meu grelinho, seu pau ressuscitou e ele partiu para cima de mim. Fiquei extasiada, afinal, depois de bastante tempo tivemos uma foda que me deixou plenamente satisfeita.
Aquilo para mim foi uma lição e, uma semana depois, repeti a mesma tática. Só que já havíamos falado sobre tudo o que aconteceu com a gente depois de nossa separação. Quer dizer, ele acabou falando mais, pois eu não tinha nada para contar. Sendo assim, criei coragem e retroagi mais, tocando no assunto de nossa primeira transa e isso não dava para ser comentado sem que as transas dele com minha mãe fizessem parte. Por incrível que pareça, não senti ciúmes em ouvir o relato, desde a primeira vez quando foi seduzido e todas as outras, inclusive, daquelas em que ele revezava, transando comigo e com ela em dias alternados.
Se não tive ciúmes, também não provocou uma reação de tesão em mim como acontecera da vez anterior. Não sei se foi por isso ou por algum motivo que nunca descobri, ele perguntou sobre as transas que tive antes dele. Comecei então a fazer um relato minucioso contando desde a primeira transa, passando pela perda da virgindade, a tentativa de minha amiga em me transformar em garota de programa e depois da aproximação com Mirna. Mas ele queria mais. Ele queria também que eu contasse sobre minhas transas com os homens naquela época e, como tive muitas, resolvi contar aquelas que por algum motivo ficaram gravadas em minha memória.
Qual não foi minha surpresa em notar que o pau do Rômulo, de repente, estava para estourar de tão duro. É certo que ele já começara a se animar quando contei das meninas, porém, ao ouvir sobre as transas com os caras, ele ficou maluco de tesão e veio para cima de mim me dando o que eu chamo de uma verdadeira surra de pica, me deixando quase desmaiada de tanto que eu gozei.
Fiquei muito feliz em perceber que, finalmente, havia encontrado o caminho das pedras para chegar ao meu objetivo de fazer meu marido sentir novamente um grande prazer nas transas que tínhamos. Então passamos um bom período de satisfação plena onde, bastava eu sentir algum desejo, começava a falar sobre minhas transas ou pedir para que Rômulo falasse nos mínimos detalhes algumas das aventuras dele com Adriana para nos atracarmos e eu sentir aquele cacete delicioso dentro de mim e ir à loucura de tanto que gozava.
Uma coisa leva a outra e eu também passei a contar, sem pudor nenhum, sobre minhas aventuras e os resultados eram surpreendentes. Ficava duplamente feliz, pois além de ter ao meu lado um marido que voltara a ser o tesudo que era antes na cama, também tive de volta o marido carinhoso que ele era antes e descobri o quanto ele curtia ser pai e como adorava seus filhos, aliás, como adora até hoje.
Quando o estoque de lembranças se esgotou, eu fiquei preocupada e comecei a pensar em alguma coisa. Minha primeira opção foi sobre filmes eróticos e descobri que os resultados não eram o que eu esperava. Então resolvi apelar procurando interagir com o Rômulo como se fôssemos nós os protagonistas daqueles filmes. Porém, os filmes eróticos têm muitas cenas, aqueles considerados bons muita ação, mas carece de histórias. Alguns deles não mostram, talvez a maioria, não existe o fato casual, ou seja, o que levaram as aquelas duas ou mais pessoas a transarem. Muitas vezes, fica a impressão de que eles se encontraram tiraram as roupas e a mulher já cai de boca no pau do ator, como normalmente acontece. Isso parecia não excitar de maneira alguma ao meu marido e, para dizer a verdade, a mim também não.
Houve um dia em que perguntei ao Rômulo se ele gostaria de participar da cena que se desenrolava na telinha. Era duas mulheres, uma loira aparentando estar acima dos quarenta anos e uma moreninha com cara de menininha sapeca. Ele disse que não, que preferia outra coisa. Eu perguntei o que seria essa outra coisa e ele se recusou a contar. Insisti e ele se manteve irredutível.
Isso me deixou curiosa demais. Porque era tão difícil para o Rômulo confessar uma fantasia sua quando era disso que estávamos falando. Então comecei a tentar adivinhar citando algumas e ele ia negando. O filme terminou e ele colocou outro e eu continuava insistindo. Tentava fazer isso de forma bem humorada para não criar um ambiente de estresse e ele resolveu escolher outro filme. Fez uma pesquisa no notebook e logo encontrou um que colocou para rodar e colocou na tela inteira.
Qual não foi minha surpresa ao ver aparecer na tela uma garota loira, de cabelos curtos e em companhia de um rapaz da mesma idade dela. De repente eles começaram a se pegarem e, quando o cara já tinha abaixado a blusa dela e mamava em seus peitos médios e firmes, apareceu um homem com idade de ser pai de um deles e os surpreendeu. Porém, em vez de ficar furioso e chamar a atenção dos dois, ele logo se aproximou e levou suas mãos no seio da garota que estava livre e começou a fazer carinhos. Logo estavam se despindo e os dois, o homem e o rapaz, foderam a garota em todas as posições.
Fiquei intrigada. A garota, apesar de não parecer comigo, tinha o mesmo tipo físico e os cabelos iguais aos meus. Foi nessa hora que me veio uma ideia e eu soube na hora que tinha que fazer a pergunta que se formou em minha mente e, tentando falar de uma forma que deixasse uma forma de escapar se ele ficasse bravo, comentei:
– Nossa! Essa menina parecida comigo foi coincidência ou você escolheu a dedo?
Rômulo não respondeu, ele apenas me olhou com um sorriso enigmático, o que me deu a coragem que precisava para perguntar-lhe:
– Você está imaginando que sou eu naquela cena? – Rômulo me olhou com um brilho nos olhos que, juntamente com seu pau que pareceu dar um solavanco e ficou extremamente duro, mas não disse nada, o que me obrigou a continuar: – Você gostaria de assistir sua esposinha sendo e devorada por três homens? É isso que você quer fazer parecer colocando esse filme?
A resposta dele não foi verbal e não podia ser mais clara. Tanto é que, nem sei dizer qual foi o destino daquela garota do filme, já que o meu foi ser consumida por meu marido que, pulando sobre mim, me fodeu como se fosse a última foda da humanidade. Poucas vezes na minha vida gozei tanto como naquela noite.
Isso fez com que algumas portas se abrissem para um novo tipo de relacionamento sexual. Estávamos sempre a procurar por filmes, eu mais do que ele, onde a ideia principal era um imaginar o outro em meio àquela cena. Assim nossa vida sexual voltou a ser uma coisa prazerosa e o ambiente dentro de casa que estava um pouco desgastado melhorou ficando melhor do que era antes do período ruim que passamos.
Não sei dizer quanto tempo essa forma de agir ia manter nosso tesão em alta. Hoje eu sei que, por mais que demorasse, um dia ia se tornar rotina também e com o tempo deixaríamos isso de lado e isso me preocupava, porém, eu não tinha a menor ideia do que fazer para impedir que isso acontecesse.
Então aconteceu algo que resolveu essa situação de uma vez por todas. Rômulo, cuja carreira na empresa que trabalhava ia muito bem e já tinha recebido várias promoções, recebeu a visita de seu irmão. As notícias não eram muito boas. Seu pai estava doente e queria vê-lo, em compensação, eles tinham vendido a propriedade rural e o valor arrecadado com essa venda foi satisfatório ao ponto de terem comprado uma casa para eles morarem na cidade e então o pai separou uma importância para aplicar e garantir sua merecida aposentadoria, dividindo o restante entre seus filhos. Não era uma fortuna, mas já era algo suficiente para realizarmos o sonho da casa própria. Foi com esse dinheiro que o Rômulo comprou o apartamento que hoje moramos cuja construção estava para ser iniciada. Não tivemos problemas para financiar o restante e as prestações, em virtude do valor da entrada ser significativo, eram de valores que não iam causar nenhum transtorno em nosso orçamento, mesmo porque, elas só começariam a ser pagas quando o apartamento fosse entregue e isso representava até uma vantagem por serem de valores inferiores ao do aluguel que pagávamos.
Rômulo tirou três dias de folga e foi visitar seu pai no Rio Grande do Sul e voltou revigorado. O fato de ter feito as pazes com seu pai que ficara muito magoado com a atitude dele de fugir de um casamento deixando a esposa grávida não era mais tão importante, pois o fato de ele ter assumido esse casamento dois anos depois contou muito ao seu favor. Foi como se um grande peso fosse retirado dos ombros de meu marido.
Quando tudo estava resolvido e só restava a nós esperamos pela entrega das chaves do apartamento e nos mudarmos. Então eu sugeri que a gente deveria comemorar isso fazendo uma viagem. Ele foi contra, pois achava que as idades das crianças, um de quase três anos e o outro com seis meses apenas era um empecilho.
Mais uma vez fomos premiados pelo acaso. A Cláudia entrou em gozo de férias e veios nos visitar. Incrível como o comportamento dela estava diferente, pois em nenhum momento ela fez qualquer menção da relação que vivemos antes e agiu como uma mulher visitando os parentes que não via há tempos. Fiquei até frustrada com a conduta dela que, inclusive, se desvencilhou de todas as tentativas que fiz para levá-la para nossa cama. Entretanto, o bom mesmo foi quando ela, ouvindo-me comentar a respeito de minha frustração por não poder viajar, resolveu dar uma de fada madrinha e se ofereceu para cuidar das crianças enquanto meu marido e eu viajávamos.
No primeiro momento eu recusei, é claro. O Rômulo foi solidário comigo e me apoiou, Nós dois pensávamos igual, achando que era um absurdo a Claudia vir nos visitar e ficar cuidando de crianças enquanto nós nos divertíamos. Porém, ela foi tão insistente nisso, chegando até mesmo a usar o argumento que seria bom para todos que a gente passar alguns dias longe dos filhos, pois estávamos nos tornando até mesmo bitolados em viver exclusivamente em função deles, o que era verdade, principalmente no que se referia a mim.
De tanto Claudia insistir, aceitamos e resolvemos fazer uma viagem de cinco dias, e não para muito longe. Projetamos um roteiro de descer para o litoral norte do Estado de São Paulo e nos movermos ao sabor dos momentos, ou seja, parar algum hotel servido por uma bela praia e depois seguir para outro local. A ideia era conhecer o máximo possível de praias.
Com relação ao emprego de Rômulo, não haveria problemas, pois ele já estava com duas férias vencidas e combinou de gozar uma delas tirando alguns dias. Assim como ele fez quando foi visitar seu pai, conseguiu mais dois dias que, emendando com um feriado que seria na segunda-feira, nos proporcionaria cinco dias para conhecer as praias que escolhemos. A ideia era começar em Bertioga e ir até Ubatuba, com paradas obrigatórias em Maresias e uma visita rápida em Ilha Bela.
Assim fizemos e descemos a serra utilizando a rodovia Mogi/Bertioga e, ao atingir a BR-101, também conhecida como Rio/Santos, viramos à esquerda e paramos na primeira praia que encontramos. Era uma quarta-feira e, como viajamos depois que o Rômulo chegou de seu trabalho, pois ele conseguira mais dois dias de folga e já era noite, por isso não fomos felizes em nossa primeira escolha.
Paramos na Praia da Boracéia e nos hospedamos na Pousada do Vladmir. A escolha foi feita por ela ficar próxima à praia e, quando o dia amanheceu, descobrimos que, pelo menos estávamos próximos do final da praia onde uma pequena curva formava uma enseada, pois o resto da praia é uma reta. Isso fez com que, depois de conhecer a praia, deixamos o hotel antes quando passava pouco das onze horas e ainda sem almoçar e logo nos sentimos infelizes ao descobrir que, menos de cinco quilômetros à frente, estava Barra do Uma, com sua pequena praia muito bonita e, por ser um dia de semana, tranquila. Mas achamos melhor seguir em frente e chegarmos ainda durante o dia em Maresias, o que não conseguimos, pois só chegamos à Maresias depois das dezenove horas. Quer dizer, chegamos não é o termo correto, pois apenas passamos por ela.
Quando digo isso, muita gente vai estranhar, pois de Boracéia até Maresias a distância, se for superior a cinquenta quilômetros, não é muito mais que isso. Então não era para demorar muito tempo. Mas foi justamente nesse tempo que a nossa vida começou a mudar radicalmente. E para melhor, diria eu.
Quando a fome começou a incomodar, por volta do meio dia, parar almoçar. Estávamos passando por um local conhecido como Barra do Sahy e optamos por um restaurante pitoresco de nome Restaurante Ébano, funcionando em um prédio rústico o que o tornava mais interessante. Mas ele só foi o escolhido por servir frutos do mar, que também estava praticamente vazio, o que fez com que fôssemos tratados como se a própria rainha da Inglaterra estivesse ali. (NA: Para os perfeccionistas, esse restaurante funciona das 12h00min às 21h00min de sexta-feira a domingo e na história estamos em uma quinta-feira. Então, credite esse fato a uma licença poética).
Nesse restaurante há uma área externa muito agradável, porém, decidimos ocupar uma mesa dentro do prédio que, para nossa surpresa, tinha apenas outras duas mesas ocupadas: uma delas, por dois homens que, pela forma de agir, demonstravam estar naquela região a serviço, pois logo terminaram suas refeições, pediram a conta e se retiraram; na outra, um casal.
Logo, minha atenção foi despertada pelo fato de que o casal parecia estar falando de nós. Comentei isso com o Rômulo e expliquei minha dedução porque a mulher nos olhava e depois virava o rosto, falando ao ouvido do parceiro, rindo e brincando, para depois voltarem ambos a nos encarar. Fiquei de certa forma incomodada com aquilo, mas ainda assim resolvi aceitar o desafio, passando a encará-los de volta. O homem, que mesmo quando estava ouvindo o que a mulher falava, não parava de me olhar, pareceu notar o meu desconforto, ficou sério e comentou algo com ela que a fez me encarar, agora aparentemente perplexa. Isso não durou muito, pois pouco tempo depois, ela fez um leve meneio de cabeça, como se me cumprimentasse, e, com um sorriso bonito, ela sustentou o meu olhar com o dela e, sem resistir, acabei sorrindo também.
Ela era muito bonita de rosto mesmo! Além disso, tinha lindos, longos e lisos cabelos pretos, além de exibir uma pele clara, alva como o leite, mas muito bem cuidada. Entretanto, o que mais se destacava, sem dúvidas, era o seu sorriso, enigmático, que transitava entre ser tímido, divertido, provocante, exibindo duas fileiras de dentes brancos e perfeitos. Ela, agora vendo que eu a encarava sem receio, resolveu agir e se levantou de sua mesa, falando algo para seu parceiro e se dirigindo ao toalete. Coincidência ou não, passou bem ao lado da nossa mesa, mas não seguiu sem antes dizer com uma voz sedosa e meio rouca:
– O lombo de Meca está divino! Experimentem.
Aquela voz me arrepiou inteira. Fiquei chocada e olhei para o Rômulo que tinha o semblante igualmente abalado. Assim que ela seguiu seu caminho, não resisti e virei meu rosto, contemplando seu corpo esguio que se dirigia a passadas firmes e decididas rumo ao toalete. Aliás, ela não andava, desfilava como se estivesse em uma passarela, sustentada por pernas longas e lindas, terminadas em simples rasteirinhas que, embora não fossem sensuais, em nada prejudicaram a sensualidade daquela mulher. Calculei que sua altura deveria ser próxima a um metro e setenta, pois aparentava ser bem mais alta que eu. Próxima à porta do toalete, ela parou e novamente me encarou, sorrindo, mas agora de uma forma sapeca, como se me convidasse a acompanhá-la, entrando, por fim. Encarei o Rômulo e quem estava perplexa e perdida agora era eu! Só nesse momento, vi que ele também olhava naquela direção, aparentando estar mais perdido que eu. Suspirei fundo e sorri para meu marido querendo muito segui-la, mas acabei sendo impedida por uma repentina timidez. A minha face queimava:
- Nem me lembro a última vez que te vi com vergonha de alguma coisa. – Disse Rômulo, rindo em seguida de mim.
Sorri resignada, concordando com a cabeça, para balançá-la negativamente em seguida. Fiquei chateada comigo mesma, afinal, eu não era assim, mas enfim… Curiosa que somos nós mulheres, lembrei-me de seu parceiro e imaginei que ele pudesse ter testemunhado nossa indiscrição. Então, olhei na direção da mesa em que o parceiro dela havia ficado e o encarei, aliás, percebi que estava começando a gostar daquele joguinho. Ele olhava um celular e assim pude analisar com mais calma seu rosto que não era o que se pode chamar de lindo, mas, seus traços chamariam facilmente a atenção de qualquer mulher: eu mesma ficaria fácil com ele numa noite qualquer! Apesar de careca, seu rosto tinha um belo formato, com traços quadrados e másculos. Exibia uma barba bem cuidada e olhos tão enigmáticos ou mais que os dela, tanto que comentei com o Rômulo que nunca havia visto olhos como os deles: amendoados, mas não puxados como dos orientais, nem redondinhos como dos europeus. Era um formato totalmente diferente, mas que conferia a ele um semblante bastante charmoso.
Enquanto eu o analisava, perdida em meus pensamentos, não me dei conta de que ele voltara a me encarar e agora havia algo de cativante no jeito com que ele me olhava: não era a mesma sedução forte, instintiva, instigante que sua parceira transpirava, mas sim a de um homem experiente, maduro e seguro de si. Digo maduro porque ele aparentava ter pelo menos uns dez anos a mais do que eu e, como sou um ano mais velha que o Rômulo, também bem mais velho comparado a ele, e, seguro, porque tinha uma expressão de estar tranquilo com a forma com que sua companheira agia. Isso, para mim, deixava claro que todo aquele jeito dela de me encarar e usar a ida à toalete como desculpa para falar alguma coisa com a gente não era um ato isolado dela, mas algo que fazia parte da relação dos dois, talvez uma típica brincadeira de casal.
Resolvi então pedir o prato que ela havia sugerido e o Rômulo optou por linguado ao molho de camarão. Para beber, como continuaríamos a viagem depois do almoço, pedimos apenas sucos.
Pouco tempo depois, a mulher voltou da toalete pouco depois e andou até sua mesa de uma forma insinuante que era pura provocação. Ao passar por nossa mesa, tive vergonha de encará-la, mas não consegui desviar o olhar daquelas belas ancas rebolativas passando pela minha frente. Não resisti e quis saber como o Rômulo estava encarando todo aquele teatro e, como estávamos sentados um ao lado do outro, levei minha mão até suas pernas e subi tateando até encontrar seu pau que, como eu já imaginava, estava duríssimo. Não deixei passar em branco e levei minha boca até seu ouvido e falei baixinho:
– Isso tudo aí é por causa daquela mulher? Olha que eu topo, hein!?
Rômulo apenas olhou para mim e me deu um sorriso sem graça que era um autêntico pedido de desculpas, mas como eu também estava excitada, ratifiquei que não me importava e apertei carinhosamente seu enorme pau, provocando um ligeiro gemido da parte dele, o que me deixou ainda mais acesa, a ponto de levar minha boca até o ouvido dele e usar minha língua em uma rápida exploração que foi interrompida por ele que, segurando carinhosa minha mão, afastou-me de seu corpo e pediu:
– Não faz assim. Vai ser terrível se eu gozar aqui.
Ri debochadamente da forma sofrida como ele me confidenciou aquilo e minha risada ecoou alta pelos quatro cantos daquele restaurante vazio, me senti uma verdadeira cantora a “la capella”, inclusive pelo casal que passou a nos encarar curiosos e agora com mais persistência ainda.
Acredito até que aquela cena promovida por mim encorajou o casal que, como já haviam almoçado, pediram a conta e, quando se levantaram, em vez de se dirigirem à saída, vieram até a nossa mesa. Conforme se aproximavam, um arrepio gostoso percorreu minha espinha e apertei a perna do Rômulo, indicando a direção deles. Ele os olhou e assim eu também pude analisá-los melhor, aliás, aquele homem com sua estatura ainda maior que a da mulher, talvez um metro e oitenta, mais ou menos, era realmente um homem diferenciado: tinha toda uma imponência sem ser arrogante, uma coisa de macho que sabe ser macho sem ser machista e um olhar único, calmo, cativante, que poderia facilmente hipnotizar uma mulher indefesa.
Eles chegaram à nossa mesa, sorrindo, e antes que pudéssemos dizer qualquer coisa, o homem falou:
– Boa tarde, meus caros.
Uma voz encorpada e de um português extremamente audível surgiu e não consegui conter um sorriso, pois em seu sotaque surgiu um “R” longo e cantado, demonstrando que eles eram do interior. A morena notou meu sorriso e o seu cresceu ainda mais, deixando-me até mesmo um pouco constrangida. Ele continuou:
– Desculpem incomodá-los, mas vocês estão apenas fazendo turismo ou teriam alguma casa de praia na região?
– Turismo! – Respondeu Rômulo, meio que sobressaltado ante a presença da bela morena, recompondo-se em seguida: – Na verdade, estamos só de passagem. Passamos a noite em Boracéia e programamos ir até uma praia chamada Maresias depois.
– Ah! São gaúchos! – Comentou o homem ao perceber o sotaque de Rômulo, tendo uma coragem que não tive de falar do sotaque dele.
– Somos sim, mas moramos em São Paulo há cinco anos.
– Muito prazer! Meu nome é Mark e esta é Fernanda, minha esposa. Somos de Minas Gerais e estamos indo até a cidade de Ubatuba descansar por uns dias.
Na sequência, ele estendeu sua mão. Rômulo e eu, por educação, nos levantamos para cumprimentá-los:
– O prazer é todo nosso. Eu me chamo Rômulo e esta é minha esposa, Tamires.
Ele apertou a mão do Rômulo de forma vigorosa, decidida e depois se afastou para que a mulher o cumprimentasse. Rômulo estendeu sua mão, mas, para a minha surpresa e acredito que dele também, ela ignorou sua mão e se aproximou bastante dele, colocando as mãos em seus ombros, praticamente colando seu corpo ao dele, dando-lhe dois beijinhos, um em cada face. Não foi o beijo que me chamou a atenção, mas o fato de que ela não precisava encostar-se daquele jeito no meu marido. A tal Fernanda simplesmente colou o corpo dela ao dele enquanto dava os seus beijinhos! Foi tudo muito rápido, mas o suficiente para eu ficar levemente enciumada. Ela, inclusive, ao desencostar dele, demonstrou uma certa surpresa, o que deixava claro que devia ter sentido toda a dureza daquele enorme cacete que eu conhecia tão bem.
Olhei para o Mark e agora ele me estendia sua mão que peguei sem pestanejar. Ele a segurou com firmeza, fazendo uma leve pressão e passando seu dedão, como se acariciasse as costas da minha mão, e não a soltou. Ao contrário, ainda puxou-me de encontro a si, fazendo com que eu apoiasse minha outra mão em seu braço e me deu dois beijinhos também, quase colando os cantos de seus lábios nos meus. Senti um perfume que, junto daquele contato, me inebriou, ao ponto de me fazer suspirar pouco depois do término daquele segundo beijinho. Ao se afastar de mim, olhei para o Rômulo e vi em seus olhos aquele brilho tão meu conhecido, demonstrando que ele estava com tanto tesão quanto eu naquele momento. Acabei tomando a palavra para não parecer uma boba:
– Sei… Essa cidade que você falou... Como é mesmo o nome?
– Ubatuba. – Mark respondeu, sendo ele o único que nos dirigia a palavra enquanto a Fernanda encarava fixamente meu marido como se sua surpresa não cessasse.
– É isso, Ubatuba... A gente vai para lá também. Só que antes, pretendemos passar em Maresias e Ilha Bela. – Falei ainda meio perdida naquele jogo de tabuleiro.
– Vocês alugaram casa lá?
– Não. – Rômulo retomou a palavra: – Nossa intenção é ficar em hotéis ou pousadas, pois não sabemos quanto tempo vamos parar nesses outros locais. Além disso, não temos um dia previsto para a nossa chegada lá, apenas a de retorno.
– E que dia vocês retornam?
– Segunda-feira à tarde, na terça tenho que trabalhar.
– Ah sim... Bem, nós vamos ficar um tempo maior lá. Pretendemos voltar apenas no domingo, não o próximo, mas no outro ainda, depois do feriado.
– Que beleza, não? Isso dá uns dez dias de descanso. – Respondi olhando fixamente para os olhos dele, tentando ser mais simpática e, inconscientemente talvez, rivalizar com a Fernanda que não parava de olhar para o meu marido.
– Uai, e não é que é!? – Fernanda agora falou pela primeira vez, com aquela voz sedosa, olhando bem no fundo dos meus olhos: – A gente estava precisando demais da conta de uma parada, principalmente ele: o Mark é advogado e vive estressado, sobrecarregado! Daí como eu estou de férias, consegui arrastá-lo para cá, mas só consegui porque estamos fora da temporada, o que quer dizer que as praias não ficam tão cheias. Meu mozão não gosta de muito esfrega-esfrega, né não, mor?
– Aham.
– Bem... Às vezes, ele até que gosta, né não, mor!? – Insistiu, vibrando seu “R” na última palavra e piscou um olho para ele, sorrindo maliciosamente.
– Ubatuba recebe muitas visitas? – Perguntou Rômulo, estranhamente com a face meio ruborizada.
– Nu! Demais da conta. Acredito que, mesmo estando fora da temporada, o fato de segunda-feira ser feriado já vai fazer com que a cidade fique cheia. - Ela explicou.
– Ué, mas vocês não acabaram de dizer que ela fica vazia nessa época?
– Então... – Concordou Mark com um meneio de cabeça: – Mas isso só vai acontecer depois do feriado. Amanhã mesmo começa a receber muitos turistas.
Não entendia o motivo daquela preocupação do Rômulo. Afinal, que importância teria muita ou pouca gente? Afinal, estávamos apenas nós dois e poderíamos, a qualquer momento, correr para o quarto do hotel.
Dessa vez, Fernanda se desculpou, dizendo que estavam nos atrapalhando ao que meu marido lhe disse que não e sugeriu que os dois se sentassem à mesa para podermos conversar um pouco mais. Achei que fossem recusar de forma educada, mas não foi isso que aconteceu e eles se sentaram à nossa frente. O Mark passou a falar um pouco sobre eles, às vezes, sendo complementado pela Fernanda. Contaram das peripécias que tiveram que fazer para viajarem sem suas filhas, Maryeva e Miryane, além de contarem que, por morarem numa cidade pequena, estavam sempre viajando, principalmente quando estavam a fim de fazer alguma coisa diferente. Não sei quanto ao Rômulo, mas para mim ouvi um tom de malícia na voz do Mark ao pronunciar as palavras “coisa diferente” que me arrepiou de imediato.
A conversa prosseguia animada. A Fernanda começou a exaltar as virtudes de suas filhas e me achei no direito de também falar dos meus. Ela adorou saber que eu era mãe, não entendi o porquê, mas gostei disso! Logo depois, ela pediu para que a chamássemos por Nanda, pois era essa a forma que seus amigos a chamavam. Seu marido brincou:
– Ou Fernanda Mariana, para os mais íntimos...
– “Crendeuspai”, mor!! – Falou alto, rindo em seguida: – Faz esse trem comigo não! Odeio meu nome composto.
Começamos todos a rir, embalados por sua espontaneidade. Aliás, percebi que ela gostava mesmo de usar os nomes simplificados, pois passou a se referir a mim como “Tá” e ao Rômulo como “Rô”. Só o Mark que ela dizia o nome inteiro, mas só às vezes, pois gostava de chamá-lo de “mor” puxando o “R” com aquele sotaque caipirinha tão gostoso de ouvir, bem de interior mesmo.
Ela disse que eles estavam passeando sem pressa, procurando parar nos locais que tinham fama de possuírem praias belas. Esse foi o motivo de ainda estarem naquela cidade, aonde chegaram à tarde anterior e passaram a manhã passeando na praia daquele local, ao qual ela se referiu como uma paisagem de sonhos. Depois disse que, saindo dali, eles parariam na próxima que era conhecida como Praia da Baleia e explicou que lhe contaram que tinha esse nome porque, bem na frente dela, havia uma ilha de formação rochosa que se assemelhava a esse animal, o que a teria deixado curiosa:
– O fato de ela ser isolada e pouco frequentada não te interessou em nada não, né!? – Mark perguntou, sugerindo algo que somente os dois pareciam saber.
– Uai... Uma coisa puxa a outra, né, mor! – Respondeu, sorrindo e depois lhe deu um caprichado selinho bem ali na nossa frente.
– Não entendi... – Falei curiosa com aquela brincadeira entre eles e ela somente me encarou, séria, mas ao mesmo tempo com um suave sorriso malicioso nos lábios, fazendo-me ter outro arrepio.
Quando terminamos nosso almoço, fomos convidados para acompanhá-los na visita que fariam àquela praia. Eu estava tão absorvida pelo clima de sedução que havia entre aqueles dois e deles sobre a gente que, antes que o Rômulo dissesse qualquer coisa, já aceitei, dizendo que, como nós também não tínhamos compromisso de horário, poderíamos ir sim. Eles se entreolharam novamente e vi brotar um sorriso cúmplice em seus lábios, dando conta de que pareciam estar gostando muito do rumo que as coisas estavam tomando.
Saímos dali seguindo o carro deles, conforme sugestão do Mark.
Andamos pouca coisa, praticamente subindo e descendo um morro, já entrando numa estrada vicinal, onde havia muitas casas. Depois, eles entraram numa rua e rodaram por mais um quilômetro e pouco, estacionando o carro e fazendo sinal para que fizéssemos o mesmo. Desci do carro e não vi praia alguma. Fernanda, vendo minha cara de espanto, veio explicar que as ruas não chegavam até o paraíso. Estranhei a ênfase que ela deu a palavra “paraíso”, mas o Rômulo parecia estar de acordo, aliás, tudo o que ela falava, ele concordava, babando feito um babaca. Deixamos nossos carros e seguimos o Mark que tinha a Nanda atrás de si, depois eu e, por fim, o Rômulo, saindo em uma praia que era realmente uma pintura.
Estávamos a duzentos metros do início da praia que começava em meio a algumas pedras enormes e logo a seguir um morro coberto de uma densa vegetação. Olhando para o outro lado vi que, a cerca de dois quilômetros de onde estávamos, ficava o final da praia que terminava da mesma forma que começava. Esses dois morros avançavam mar adentro formando uma enseada que fazia com que o mar se assemelhasse a uma piscina, com ondas pequenas e calmas acariciando a areia.
Onde estávamos não havia ninguém, mas a gente conseguia ver alguns banhistas bem distantes de nós, na outra ponta da praia, comprovando o que o Mark quis dizer com o fato de estarmos fora da temporada. A Nanda elogiava o local e passou a correr em direção ao mar e, só nessa hora, notei que ela já estava descalça. Acredito que deve ter deixado os sapatos no carro. Não vacilei em me livrar dos tênis que usava, assim como das meias e saí correndo atrás dela. Sabia que, como eu usava um short comportado, poderia ir mais para dentro da água do que ela que usava uma calça jeans.
Quando passei por ela, fui impedida de ir adiante, pois ela segurou na minha mão e disse:
– Vamos dar uma caminhada até aquele cantinho ali? Acho lindas as ondas quebrando naquelas pedras.
Olhei na direção que ela apontava e não vi nada de especial, afinal, as ondas mansas apenas acariciavam as rochas que alcançavam. Mesmo assim, aceitei, curiosa por saber o que ela via que eu não enxergava. Começamos a andar e ela não soltava a minha mão. Eu ia com os pés sendo atingido pela água quando as marolas vinham até mim e ela à minha direita, sobre a areia. Chegamos bem próximas às pedras e ela parou, enquanto eu continuei mais para dentro do mar até que a água chegasse à altura dos meus joelhos, o que não era muito dada a minha estatura. Virei-me para ela que me olhava fixamente até que falou:
– Ara! Estou morrendo de inveja de você aí nessa aguinha, mas se está pensando que vou ficar só olhando está enganada. Ah, se tá!... – Disse e começou a desabotoar sua calça, enquanto eu a encarava surpresa e sem saber o que fazer.
– O que é isso, Nanda? Eu não posso entrar! Não estou usando biquíni e não posso molhar minha roupa.
– Então, faça como eu, uai: tire a roupa!
– Você está doida? Não me ouviu? Eu não estou usando biquíni.
– E daí? Não tem ninguém por perto. Só aqueles dois babões ali. – Disse, referindo-se aos nossos maridos que vinham a passos de tartaruga lá atrás.
Ela não se limitava a falar apenas, pois, enquanto falava, já havia soltado o botão de sua calça jeans, descido o zíper e começado a puxá-la para baixo, rebolando suavemente para se livrar da peça de roupa que, quando chegou aos seus pés, ela fez um movimento, chutando-a marotamente para longe da linha d’água. Eu estava pasma olhando para ela. Suas pernas esguias e firmes se encontravam onde havia uma calcinha diminuta e transparente, sendo possível ver que sua xoxota estava depilada. Ela se virou de costas para mim enquanto tirava a blusa, certamente procurando os olhos do marido ou os do Rômulo, não sei, mostrando, enquanto isso, sua bunda redonda e firme para o meu deleite.
Quando ela se virou novamente para mim, fiquei com água na boca ao ver seus seios lindos e firmes, não tão grandes mas deliciosos, suculentos, com mamilos médios e claramente arrepiados pelo tesão daquele momento, porque frio não fazia, apontando em minha direção. Ela, com um sorriso malicioso, perguntou:
– E aí? Você vai ficar vestida?
Eu não sabia o que responder, mas ao ver a cara do Rômulo, encarando sem qualquer reserva ou vergonha a mulher do próximo e isso bem próximo do “próximo”, decidi ousar, afinal, eu queria ter alguém babando por mim também e o Mark serviria bem ao meu propósito:
– Tá! Acho que não tem problema algum, né?
– Claro que não, amiga, vamos aproveitar esse sol que tá bom demais da conta, sô!
Enquanto eu tirava minhas roupas, me toquei que eu estava adorando o papel que aquela linda mulher tinha destinado a mim. Eu estava sendo tratada como uma garotinha, uma novata, e ela a mulher madura e sedutora que se empenhava em me seduzir. Eu só não sabia se o interesse dela era em mim ou tudo aquilo era um jogo para que ela atacasse meu marido. Dei de ombros pensando que, se o jogo era esse, eu não ficaria no prejuízo, pois o marido dela era um homem e tanto. Além disso, um homem calmo, seguro e maduro como ele, certamente saberia como levar uma mulher à loucura. Minha única dúvida era sobre como o Rômulo iria reagir a tudo aquilo. Pensando assim, resolvi interpretar o papel que ela me oferecia naquele momento e falei:
– Ah! Mas eu… Sei lá, Nanda, acho melhor não... Eu tenho vergonha!
– Vergonha! Uai, mas de quem? De mim? Tem mais ninguém aqui!
– Tem o seu marido, oras! O que ele vai pensar de mim?
– Ara! Deixa de ser boba Tá. Ele só vai pensar que você é uma garota linda e que tem um corpinho maravilhoso. Além disso, não seria o primeiro que ele vê.
– Você tem certeza? Brinquei, mas me tocando do que ela havia dito, perguntei curiosa: – Como assim não é o primeiro que ele vê?
Antes que ela respondesse, ouvi vozes e notei que nossos homens estavam próximos de onde estávamos. Então, falei para o Rômulo:
– Querido, ela está sugerindo que eu também tire a roupa. Ela quer nadar um pouco.
– A Nanda quer nadar? Essa eu quero ver! – Ao invés do Rômulo, quem me respondeu foi o Mark, gargalhando alto.
Não entendi a brincadeira, mas vi que ela fez uma cara de “depois, você me paga, cretino!”, com as mãos na cintura, enquanto o encarava. Como eu não obtive resposta do Rômulo que, naquele momento, concentrava toda sua atenção no corpão praticamente nu daquela morena que, notando ser o centro das suas atenções e com a desenvoltura de uma modelo desfilando em uma passarela, passou a olhar fixamente para ele com uma das pernas um pouco a frente, meio dobrada e uma das mãos na cintura, em uma posição que claramente o desafiava a se aproximar, voltei a falar ainda mais alto:
– Rômulo, acorda cara! A Nanda quer que eu também tire a roupa. Ela está me convidando para nadar.
Quando repetia a pergunta, o Mark voltou a gargalhar alto e a se alongar, dizendo:
– Melhor eu já ir me preparando aqui, porque a mineira vai me dar trabalho daqui a pouco...
Rômulo também não entendeu a piada e o encarou, só então ele explicou, zombando dela:
– Essa aí mergulha igual um prego e boia igual um tijolo, cara. A Nanda nada nadica de nada! – Disse e voltou a gargalhar.
– Ah, filho da puta! Tem gente que vai ficar só na punhetinha o resto da viagem. – Ela brincou agora, fazendo-o calar-se imediatamente, simulando estar temeroso.
Entretanto, o sorriso que brotou no rosto de ambos entregava que tudo não passava de uma brincadeira para estreitar ainda mais a intimidade entre eles. Aliás, a cumplicidade que eles pareciam ter era algo fora do normal. Eu adorei a forma como se tratavam, brincando e caçoando um do outro desde o primeiro momento. Rômulo entendendo a brincadeira, sorriu e, até que enfim, me deu um pouco de atenção:
– Bah! Acho que é melhor mesmo. Vai ficar ruim se você molhar sua roupa.
“Porra! Meu marido está sugerindo que eu também mostre meu corpo para o Mark? Então tá. Vamos ver até onde ele aguenta isso.”, pensei. Comecei tirando a blusa curta que eu usava por sobre a cabeça e caminhei com ela na mão até perto da Nanda, jogando-a ao lado de suas roupas. De soslaio, pude perceber os olhos gulosos do Mark sobre meus seios e isso fez com que eu me desse conta que estava com muito tesão, pois minhas aréolas pareciam que iam estourar a qualquer momento, de tão duras que estavam. Com um sorriso nos lábios que eu já não sabia se era para ele ou para o meu marido, baixei o short e, ao levantar os pés para me livrar dele, apoiei-me no braço da Nanda que apenas me olhava, com um sorrisinho no rosto.
Minha calcinha, embora não fosse tão minúscula como a dela, era pequena o suficiente para deixar à mostra a parte de cima dos pelos curtos e loiros que eu cultivava e minha bunda ficava quase que totalmente exposta. Ela então pegou em minha mão novamente e, rindo como duas crianças, corremos em direção da água. Brincamos muito e eu já estranhava o fato dela não se aproveitar da nossa nudez e proximidade para fazer carinhos. Eu estava com muita vontade de tocar e chupar aqueles seios lindos, mas tinha que manter a postura de garotinha tímida. Isso podia parecer estranho, mas entendi tudo quando ela me perguntou:
– Você é muito ciumenta?
– Como assim ciumenta?
– É que, quando eu fui cumprimentar seu marido, encostei nele e vi que você ficou me olhando de um jeito estranho.
– Não olhei para você: olhei para ele! Fiquei, sei lá, acho que admirada com a cara que ele fez naquela hora.
– Que cara?
– De tesão, né, Nanda! Qual mais?
– E isso te incomodou?
– Incomodou o que?
– Uai, o seu marido sentir tesão por mim!
– Não, Nanda... É que... Não, é que... – Comecei a gaguejar, mas, depois de respirar fundo, confessei: – Não é nada estranho, nem seria a primeira vez...
– Ui! Como assim, menina? Explica melhor esse trem aí. Vocês, por acaso, já tiveram alguma coisa com outro casal?
– Não! Quer dizer: não com outro casal. Só com outra mulher...
Imediatamente notei que seu semblante mudou. Ela não gostou nada da minha resposta e entendi que não bastaria para ela uma transa comigo e com o Rômulo, pois provavelmente o roteiro que ela havia imaginado, certamente incluía o seu marido. Fui desviada dos meus pensamentos com ela me perguntando novamente:
– Quer dizer que você gosta de outra mulher na cama de vocês, né!?. – E antes que eu respondesse ela completou, rindo e zombando de si mesma: – Nóóó, Nanda, mas que amiguinha mais safadinha que “ocê” arrumou! E “ocê” pensando que ela era uma garotinha tímida...
Ri da brincadeira e respondi:
– Sim. A gente viveu uma relação assim, mas já faz tempo.
– E com outro homem? Nunca? Nunquinha mesmo!?
– Não, nunca! – E resolvi abrir o jogo de vez: – Desde que fiquei com o Rômulo nunca mais experimentei outro pau. Antes dele sim, tive alguns, mas depois...
– Mas não teve outro por que não quer ou por que ele não deixa?
– Então, não sei... Sabe que a pergunta é boa? Realmente eu não sei.
– Você tem cara de que tem vontade?
– Bah, vontade a gente sempre tem, né? - Falei e ri, um pouco constrangida, mas tentando ser o mais sincera possível.
Ela se calou e ficou olhando onde nossos maridos estavam por um tempinho. Depois, falou:
– Eu achei seu marido bem bonito, sabe? Eu ficaria fácil com ele. – Depois, voltou a me encarar e perguntou: – Você gostou do Mark? Sentiu algo por ele?
– Ah, Nanda... – Falei, ficando vermelha de vergonha, afinal, nunca uma esposa havia me oferecido tão descaradamente seu marido antes: - Poxa, ele é muito bonito, sim. Elegante, classudo… Tem jeito de ser um gostoso na cama, né!?
– Ô... – Resmungou, enquanto olhava para eles, para o marido provavelmente, sorrindo com alguma boa lembrança: – “Cê” nem imagina do que aquele mineirinho ali é capaz...
– Ele é pauzudo?
– Desde quando tamanho é documento, Tá!? O cara pode ser um jegue que, se não souber usar, a mulher vai ficar insatisfeita. – Falou, mas respondeu logo depois: – Não, ele não é. Ele está na média, talvez um pouco acima, mas o que é “bão dimais da conta” nele não é o tamanho do trem, é a resistência. Nu! Quando ele está disposto, menina, eu saio raladinha...
– Ah, Nanda, para! Esse papo já está me dando água na boca.
Ela começou a rir e, pouco depois, quando se controlou, voltou a perguntar:
– E você acha que o Rô ficaria muito bravo se você disse que gostaria de ficar com o Mark hoje?
– Para falar a verdade, eu não sei. Nós tivemos um problema muito grande no passado por causa dele achar que eu estava transando com outros…
– Uai, mas como foi isso? - Interrompeu-me, curiosa.
– Melhor deixar pra lá. É uma história muito longa e chata mesmo. Prefiro esquecer.
A Nanda parou de falar e ficou pensativa por um bom tempo. De repente, sem nenhum aviso prévio, ela se apoiou em mim, pois o local onde estávamos a água ficava abaixo do meu pescoço e dos seios dela, e passou a mexer em alguma coisa dentro da água. Só depois levantou os braços e vi que trazia sua calcinha na mão. Com uma voz sedutora foi falando, enquanto prendia seu cabelo com a calcinha, fazendo um rabo de cavalo com ele:
– O Mark gostou de você, sabia? Disse que te achou um tesãozinho.
– Para! Não brinca com isso.
– Tá, ó só… Se vocês não quiserem nada com a gente tudo bem, a amizade será a mesma, mas se quiserem, aproveitem, porque a vida é uma só e bastante curta para a gente ficar se regulando. Eu sei que, se eu pedir, meu marido me deixa ficar com vocês, assistindo apenas ou nem estando junto, mas eu queria que ele também curtisse e agora, sabendo da sua história, sei que ele te faria curtir muito também.
– Mas e o Rômulo? Eu tenho medo que…
– Deixa isso comigo! – Interrompeu-me novamente e agora me instigou: – Mas você precisa querer.
Fiquei olhando para ela e pouco depois olhei na direção deles e, não sei se instintivamente ou não, balancei minha cabeça concordando, pois realmente tudo aquilo estava me excitando demais:
– Então, vamos sair nuas da água para ver como esses dois vão reagir? Depois, deixa que eu dou meu jeito.
Fiquei um pouco pensativa, mas não por muito tempo, pois, afinal, aquilo poderia ser um teste decisivo para saber como o Rômulo reagiria. Além disso, a ideia era boa, pois, nos últimos meses, ele sempre demonstrava tesão ao me ouvir contar sobre minhas transas antigas. Portanto, talvez, ele pudesse concordar e ficar excitado, assistindo a uma nova, pessoalmente. Diferente dela, mergulhei e retirei minha calcinha, mas como não tenho os cabelos com o comprimento suficiente sequer para uma franja, nem pensar em imitá-la, fazendo um rabo de cavalo: improvisei e enrolei a calcinha no meu pulso. Feito isso, começamos a caminhar em direção aos dois homens que, naquela altura, estavam sentados na areia conversando entre eles, mas com os olhos grudados na gente.
Conforme superávamos a linha d’água, nossos corpos apareciam mais e mais, e logo eles notaram que estávamos nuas. Um silêncio ensurdecedor surgiu entre eles e foi o Mark que, mesmo embasbacado, mas garantido por sua experiência, quebrou o silêncio, assobiando e dizendo à sua esposa em seguida:
– Nanda, o Rômulo estava me contando aqui sobre algumas passagens da vida deles. Você acredita que eles também são liberais?
– É mesmo!? A Tá estava me falando sobre isso agora a pouco, mas não sei se são realmente liberais, mor, porque, segundo ela, eles só transaram com mulher.
Mark o encarou, curioso ou surpreso, não sei, porque aparentemente, o Rômulo não havia contado esse pequeno detalhe sobre ele. A Nanda não queria deixar o assunto morrer e insistiu:
– Acho que você vai ter que ensinar a ele como é gostoso ser corninho da esposa, mor...
– Corno!? – Rômulo a interrompeu: – Não, não... Isso não! Não vou ser corno manso de ninguém. Mas não, nunca, mesmo!
O Mark começou a rir dele e depois de se controlar, explicou:
– Ah vá, cara! Deixa de bobeira, Rômulo. Não existe esse negócio de traição quando o casal está combinado e de acordo. A Nanda falou corno só para me insultar, mas, eu levo de boa, porque ela também já foi minha corninha e várias vezes.
– É, né, seu safado! – Nanda confirmou, rindo: – Não engoli aquela história com a Iara na cachoeira até hoje. Ainda vai ter troco!
– Ué, mas vocês não são liberais!? Não é tudo liberado? – Rômulo perguntou, desviando o foco de si, como se instigasse nossa discussão.
– Pois é... A Iara é uma ex do meu digníssimo, sabe, Tá? Uma puta mulata das mais gostosas. – Insistiu, agora encarando o marido que sorria, divertindo-se com ela: – O safado comeu ela numa cachoeira. Numa cachoeira, você acredita!? Nem eu fui comida numa cachoeira ainda, mas a danada da mulata foi!
Dito isso, ela se jogou sobre ele, sentando em seu colo e dando vários soquinhos em seu ombro e peito, enquanto ele gargalhava alto e a insultava ainda mais:
– Iara, Iara... Ô, saudade!...
Após um tempinho nessa briga simulada, começaram a rir, depois gargalhar e então se beijaram com uma intensidade assustadora. Se eu não estivesse molhada da água do mar, ficaria naquela hora, pois a sensualidade da cena extrapolava os limites do bom senso: ela parecia disposta a abatê-lo ali mesmo na nossa frente. Pouco depois, ela própria se conteve e explicou:
– Gente... Corno, corna, são somente palavras, o que importa é serem honestos e transparentes com seu parceiro: eu já transei com homens na frente dele, somente para que ele assistisse e curtisse uma punhetinha. – Disse e riu alto: – Se bem que não foram tantas assim porque a gente sempre se pega no final, né, mor? Não dá, a gente simplesmente não consegue ficar sem se pegar.
– Verdade... – Ele confirmou, beijando seu braço com carinho e ternura.
– E ele também já transou com mulheres na minha frente. Só que eu não sou muito de assistir, isso eu não curto. Então, deixo ele começar com a outra, ou começo eu mesma, mas depois, de qualquer forma, eu me embolo naquele bololô e daí é só festa. – Falou e encostou sua testa na dele, suspirando romanticamente: – E ele sempre cuida muito bem de mim e da outra. Meu mozão nunca deixa faltar amor pra ninguém.
– Amor!? - Ele perguntou para ela.
– Tá! Ele nunca deixa faltar sexo e prazer; o amor é só meu! - Ela se corrigiu.
– Não deixa um nome te limitar, cara. – Mark voltou a falar com o Rômulo: – Uma das coisas mais gostosas que existem é o ménage. Assistir sua mulher se entregar para outro, gozar com outro e depois participar com ela, pelo prazer dela, é algo que não tem preço. É surreal de tão bom! E o swing, então!? Nu! Bom demais da conta!
– É mesmo... Ô, se é! – A Nanda concordou, mas se calou em seguida, olhando o seu marido e depois o meu, brincando: – Por que vocês tiraram suas calças? Já tão pensando em fazer maldade com as mocinhas indefesas aqui, né? Confessa, Rômulo!
Eu nem tinha notado isso e, ao ouvir esse comentário de Nanda, olhei para os dois e vi que estavam somente de cuecas. O pau do meu marido estava duro, mas virado para o lado, pois se estivesse para cima, certamente estaria saindo do elástico da cueca. O do Mark eu não conseguia ver porque a Nanda estava em cima dele. Aliás, o constrangimento do Rômulo só não era maior que o seu tesão e isso era muito visível e refletiu diretamente nela, que começou a morder seu lábio inferior, imaginando cenas que eu sequer podia supor naquele momento:
– Rômulo!? – Perguntei, surpresa, mas ao mesmo tempo excitada com o que se desenhava cada vez mais à minha frente.
Ele sorriu para mim, simplesmente isso: um grande e delicioso sorriso. Não havia mais como fugir daquela situação. O tesão dos dois homens e o da Nanda gritavam em silêncio para quem quisesse ouvir, sem falar que o meu também já estava me deixando maluca. Certamente aquilo nos levaria a encarar uma situação que, para mim e meu marido, era novidade. Foi a Nanda, a mais decidida e safada de todos ali, que tomou a iniciativa. Ela se levantou e, segurando a mão do Mark, puxou-o, fazendo com que se levantasse, fazendo o mesmo com o Rômulo. Em seguida, ela apertou o pau de ambos sobre suas cuecas, olhando surpresa para o pau do meu marido e gemendo:
– Ai, mor, isso não vai prestar… Nu! Olha só o tamanho desse trem!
Ela então puxou a cueca dos dois para baixo e, só aí, consegui ter um deslumbre do pau do Mark, não tão grande como o do Rômulo, mas não tão pequeno também, mas bonito, duro, apontado para o céu e pronto para uma brincadeira gostosa. Ela, alheia a meus pensamentos e agora segurando em seus paus duros, saiu andando, enquanto falava:
– Vamos ali para aquelas pedras.
Se não fosse pelo tesão que eu sentia, teria dado uma gargalhada ao ver aquela cena. Era muito engraçado ver a Nanda caminhando e rebocando dois homens, puxando eles por seus paus duros. Após algumas boas passadas, Mark a parou e a repreendeu:
– Não, Nanda, não vamos não! Eles precisam decidir o que querem antes de alguma coisa acontecer. Não podemos nos responsabilizar por uma crise no casamento deles.
– Mas, é só... Só pra gente conversar, mor! – Ela tentava encontrar argumentos que não havia, pois a razão dela já havia sido dominada pelo tesão.
Inclusive, naquele momento entendi que ele era a parte racional que mantinha os pés no chão, enquanto ela era a emoção que os incendiava. Impressionante como se completavam e se entendiam bem. Ainda os analisando, ele voltou a falar:
– Ah tá! Como se eu não te conhecesse, Nanda, e a resposta ainda é não!
Ela fez um biquinho inconformado, entristecido e largou o pau do meu marido, concordando com o marido. Entretanto, o Mark estava certo, eu e Rômulo precisávamos decidir juntos antes de dar o próximo passo, pois não haveria mais volta. Por isso, aproximei-me dele e, olhando em seus olhos, naqueles maravilhosos olhos que sempre me quiseram tão bem, muito mais do que às vezes eu achava merecer, quis perguntar, mas não sabia como. Ele vendo minha excitação e também a minha hesitação, tomou a frente e falou:
– Mark, eu amo demais essa mulher. Você vai cuidar bem dela?
Mark sorriu de uma forma quase paternal para ele, mas para mim, eu vi uma malícia que fez com que minha xoxota se contraísse de uma forma como nunca havia acontecido antes. Se alguém tivesse tocado em mim, eu teria gozado, juro! Acho que, inconscientemente, meu corpo já sabia que eu voltaria a ser de outro naquele dia.
Antes que o Mark dissesse alguma coisa, a Nanda falou:
– Amiga, meu marido vai levá-la às estrelas: ida e volta garantida! Acho que se deixar ele faz igual aquele bonequinho… – Falou e perguntou para ele: – Como é que é mesmo, mor, “ao infinito e avente”?
Ele a encarou inconformado e sorriu, balançando negativamente a cabeça, falando a seguir:
– É “ao infinito e além”, Magda, “ao infinito e além”. – Falou, fazendo brincadeira com a personagem de um antigo seriado de televisão.
– Ah… – Ela sussurrou e sorriu, encabulada, depois olhou para mim e para o Mark, brincando: – Mas se borboletas voarem na barriga de um dos dois, o pau vai comer e não é no bom sentido, ok? Tá ouvindo, doutor? Ai, ai, ai, hein!?
Caímos na gargalhada e logo já voltávamos a caminhar em direção às pedras. Agora, a Nanda voltou a puxar os dois pelos paus, enquanto eu seguia abraçada ao Rômulo. Escalamos as primeiras pedras e escolhemos uma grande que apesar do seu tamanho, era de altura inferior às que existiam à sua volta, o que impedia quem estivesse na praia de nos ver. Mal chegamos ali e ela soltou o pau do marido, puxando Rômulo para si, enquanto me dava uns tapinhas, brincando:
– Solta! Agora é meu! Perdeu, mermã… mermana!? Nu! Mermana é esquisito demais, sô. – Disse e me mostrou a língua, rindo alto.
Aliás, sua língua não perdeu tempo, pulando para dentro da boca do Rômulo, num beijo longo e tesudo. Eu fiquei perdida, olhando para os dois, nem percebi que o Mark se deslocara para ficar atrás de mim. Só me dei conta disso, quando senti o contato de seu pau acima da minha bunda, enquanto suas mãos habilidosas já me tocavam a cintura, fechando-se pouco depois num abraço gostoso. Ele então aproximou sua boca da minha orelha e falou bem baixinho:
– Relaxa, Tamires! Se você quiser só assistir os dois, eu fico aqui com você, sem problema algum.
Mas como resistir aos toques dele naquele momento. Eram suaves, certeiros e somados a sua voz em meu cangote, fizeram cair qualquer chance de eu parar. Fui sincera:
– Assistir!? Até pode ser, mas só depois. Não vou perder a chance de aproveitar muito com você depois da permissão do meu marido.
– Então, minha cara, deixa eu te conduzir. Se você não estiver gostando de alguma coisa, fala que eu paro no mesmo instante. Eu quero te realizar e se conseguir fazer isso, ficarei duplamente satisfeito.
Ele, então, seguiu beijando meu pescoço, mas logo mordeu de leve o lóbulo da minha orelha, chupando-a suavemente enquanto parecia gemer baixinho. Pouco depois, começou a usar sua língua em minha orelha, por fora e por dentro, e aí quem gemeu fui eu, chamando a atenção do Rômulo para nós. Mark já me abraçava por trás, apertando meus seios com firmeza, mas sem brutalidade. Pouco depois, uma de suas mãos desceu para a minha xoxota e quando ele tocou e pressionou meu clitóris, involuntariamente, joguei minha bunda para trás, encaixando-me ainda mais em seu abraço. Gemi alto de tesão, sob o olhar da Nanda e do Rômulo e a minha excitação ficou ainda mais intensa quando a vi se ajoelhando na frente do meu marido, pegando em seu pau com as duas mãos e exclamar:
– Nu! Que espetáculo de pica, mor. É hoje que me acabo ou ela acaba comigo.
Estranhei, porque tudo dava no mesmo e talvez essa fosse a intenção dela: dizer que ela é quem iria se divertir ali, querendo ele ou não! Eu curtia o meu amasso e a cada movimento dele, parecia ficar ainda melhor. Não bastasse isso, ver a Nanda beijar a cabeça do pau do Rômulo e depois enfiá-lo o máximo que conseguia em sua boca gulosa, iniciando uma deliciosa chupada, estava me tirando da razão. Eu fiquei hipnotizada com aquela cena ao ponto de não me dar conta de que o Mark tinha dado a volta no meu corpo e se agachado na minha frente. Só notei isso quando ele começou a beijar a parte de cima da minha púbis, pouco acima dos pelinhos loiros, descendo com aquela língua a caminho da minha xoxota. Sua língua era tão ágil e gostosa que comecei a respirar pesado, fechando os olhos para curtir ao máximo as sensações. Senti ali que não aguentaria muito. Ele pegou uma das minhas pernas e colocou por cima do seu ombro e então me mostrou como a experiência realmente podia fazer uma grande diferença, passando a me lamber e chupar de uma forma que só possa classificar como divina. Não resisti mais do que dois minutos e gozei intensamente, aos berros, quase chorando, e, como estava com meu peso apoiado em uma única perna, perdi o equilíbrio, só não me estatelando na pedra porque o Mark amparou meu corpo.
Ele gentilmente acolheu-me em seu colo e esperou pacientemente que eu me recuperasse um pouco. Quando consegui abrir os olhos, eu era só sorrisos para ele e para o Rômulo que me olhava curioso, mas estranhamente satisfeito. A Nanda me olhava e eu podia presumir um sorriso em seus lábios, porque ela não perdia tempo, usando e abusando do pau do meu marido. Aproveitando que eu já estava em seu colo, segurei o pau do Mark que, embora não fosse grande como o do Rômulo, realmente não deixava nada a desejar. Posicionei-me melhor, ficando quase de quatro, e comecei a mamá-lo com gula, enquanto voltava a buscar um contato visual com meu marido. Não foi difícil, pois ele olhava sem parar para mim com uma expressão de grande prazer e acho até que foi isso que fez com que ele gozasse na boca da Nanda pouco depois, despejando fortes jatos de leite em sua boca e seios.
Ela sorriu satisfeita e foi ali que eu vi uma das cenas mais devassas da minha vida: ela se lambeu como uma gata e depois veio na minha direção, puxando-me para um beijo e compartilhando o leite do meu marido comigo mesma! Assim que ela se satisfez comigo, engoliu o restante do que havia em sua boca e foi até o Mark, beijando-o com paixão e intensidade, mesmo ainda estando lambuzada, enquanto gemia excitada:
– Porra! – Exclamou o Rômulo, surpreso com a cena.
Ela pareceu não ter gostado do que ouviu e, tomado por aquela novidade, decidi fazer algo para ele nunca mais esquecer. Como ainda estava com um pouco de seu próprio sêmen em minha boca, levantei-me e o peguei num beijo igualmente apaixonado e intenso, fazendo ele se debater no início, mas se render no final:
– Sim, porra... – Mark falou, confirmando o óbvio e rindo: – Sem frescura, cara, só curta.
Adorei ouvir aquilo dele e fui ao seu encontro novamente. Agora era eu quem dava tapinhas na Nanda para que ela me devolvesse aquele homem, o que ela fez aos risos, brincando:
– Calma, calma, caramba! Já vou devolver... Nóó, minha nova amiguinha não sabe dividir, mor. Chato isso, viu!?
Voltei a chupar seu marido com vontade, mas uma vontade tão grande, tão intensa, tão necessária, que o próprio Rômulo não aguentou:
– Cara, que delícia de chupada! Também vou querer uma assim, Tamires.
Quanto a mim, não sei se foi isso ou se foi o fato de estar chupando um pau diferente e na frente dele que parecia estar curtindo tanto quanto eu, mas foi tão excitante que gozei novamente sem sequer tocar na minha xoxota. Quase arranquei parte do pau de Mark, pois, sem conseguir manter o controle, devo ter dado umas boas mordidas naquele pau teso e gostoso, sob seus protestos é claro:
– Tamires! Só estou emprestando o meu marido, ouviu!? Quero ele inteiro de volta, depois!
Diante de uma situação nova e muito excitante, o pau de Rômulo continuou duro e a Nanda, vendo isso, como já estava de pé, curvou-se e se apoiou em uma das pedras mais altas, olhando para o Rômulo que entendeu o que deveria fazer. Invejei e decidi fazer a mesma coisa. Mesmo cambaleando, pois era a minha segunda gozada do dia, fiquei de pé ao lado dela e, com uma das mãos, apertei aqueles seios apetitosos:
– “Peraí”, cara, cadê a camisinha? – Mark cortou nosso embalo.
– Porra, não tenho! Nunca pensei que isso pudesse acontecer e não trouxe nenhuma! – Rômulo resmungou, aflito, enquanto acariciava a bunda da Nanda, olhando o Mark.
A Nanda também encarou aflita o marido, mas concordou, lamentando:
– Ah, Rô, sério!? Poxa, cara, sem camisinha, não dá, né!
Novamente a experiência contou pontos, pois o Mark tirou, sei lá de onde, um pacotinho com três unidades, entregando uma para o Rômulo e brincando:
– Essa vai custar caro, hein!? O jantar vai ser por sua conta.
– Cara, para foder essa morena, eu pago até um boquete pra você!
Nós três o encaramos, surpresos e ele ficou vermelho de vergonha, falando, em seguida, que tinha sido só uma piada. O Mark não perdeu a deixa:
– Boquete eu não sei, mas sabe que você até que tem uma bundinha bonitinha…
De vermelho, o Rômulo ficou roxo e o Mark, gargalhando, disse que era brincadeira, pois ambos gostavam da mesma fruta e “não era banana”. Ambos encaparam seus paus e o Mark me penetrou, mas apenas com a cabeça, tocando meu clitóris e falando:
– Olha pro lado.
Olhei e vi o Rômulo enfiando seu pau lenta, mas sem parar para dentro da Nanda, parando só quando seu saco quase encostou em sua bunda. Diferente do Mark, que se mantinha parado, aparentemente querendo me torturar, o Rômulo passou a bombar forte na morena, fazendo ela gemer alto:
– Ai, devagar, devagar! Vai me machucar, seu cavalo! – Nanda reclamou e dessa vez, parecia dizer a verdade: – Porra, que pau é esse! Ele tá me arrebentando, mor! Ai, cacete, devagar... Não, caralho, não para! Fode mais, vai, vai… Ai, ai, mas vai com jeito, caramba!
Comecei a arfar e tremer de leve quando senti o contato dos dedos do Mark em meu clitóris e, pouco depois, senti ele me penetrar até o fim, bem no fundo. Não sei se foi a expectativa, o tesão, sei lá o quê, mas seu pau parecia bem maior, pois alcançou o fundo da minha xoxota, tocando o colo do meu útero e não entendi como ele conseguiu alcançá-lo, aliás, até hoje não sei. Ele passou a me foder com força, segurando meu quadril, fazendo-me urrar com as bombadas que me dava. Gozei novamente no exato momento em que a Nanda começou a gemer alto e a gozar ao meu lado, mas o Mark não parava, nem dava sinais de que iria gozar. Ele tirou o pau de dentro de mim por um instante e pouco depois penetrou-me novamente, bombando rápido e forte, levando-me a gozar uma vez mais. Olhei para o lado, mas o Rômulo havia se esquecido de mim, concentrando toda sua vontade nas bombadas que voltara a dar na Nanda e ficou assim um bom tempo até que começou a gemer e me olhar transtornado, gozando em seguida. Mark ainda bombava gostoso dentro de mim, agora com cadência e alterando entre carinho e safadeza. Comecei a gemer sem parar, perdida em sensações:
– Não falei que ele sabe controlar bem? – Nanda brincou.
– Porra, ele não goza. Como você aguenta? Ai, ai, caralho! Assim eu vou gozar de novo.
– Para de judiar dela, mor! Desse jeito, ela não vai querer repetir mais com você.
– Não vou!? Claro que voooouuuuuu! – Gritei alto e rouco, gozando novamente.
Rômulo, surpreendendo-me, voltou a penetrar a Nanda, arrancando um gemido de surpresa dela. A surpresa, a excitação e os movimentos forte dele, fizeram a linda morena ter outro orgasmo, fazendo ele finalmente estocar até o fundo de sua buceta com seu enorme cacete. Não sei se ele gozou, mas ela com certeza. Praticamente nesse mesmo momento, o Mark me segurou forte pela cintura e introduziu todo o seu pau dentro de mim, urrando e gozando absurdamente dentro da camisinha, enquanto mexia seu corpo suavemente da esquerda para a direita e vice-versa, sem descolar seu corpo do meu.:
– Aaaaaiii, caralho! - Choraminguei quando senti, naquele esfregar dele, seu pau forçar as laterais da minha vagina.
Por mim a gente ficaria a vida toda naquelas pedras, porém, não era possível. Já tínhamos abusado da sorte e resolvemos nos vestir. Quer dizer, os homens vestiram suas cuecas, enquanto a Nanda e eu andamos nuas até ao mar e nos lavamos em suas águas. Ali, ela, toda sorridente, me questionou:
– Meu carequinha é foda, não é?
– Foda!? Menina, o que foi aquilo? Pensei que ele não fosse gozar mais.
– O que ele não tem de tamanho, tem de autocontrole. Já chegamos a ficar quase duas horas numa trepada.
– Minha nossa!
– Pois é. – Falou e riu alto antes de cochichar comigo: - Mas que ele não nos ouça, um pauzudo potente como o Rômulo faz um estrago delicioso também, né? Ó só como ele me deixou!
Disse e mostrou sua xoxota, inchada, vermelha e deliciosamente aberta depois daquela trepada caprichada. Sorri, concordando, mas também não podia negar que eu estava me sentindo muito feliz e realizada, afinal, o Mark entregou muito mais do que eu esperava. Literalmente, ele era a síntese do ditado que diz que não podemos julgar um livro pela capa. Depois disso, voltamos até eles e vestimos nossas roupas, só que, tanto ela como eu, dispensamos o uso da calcinha.
Ali, de volta aos braços de nossos respectivos maridos, o Mark fez uma proposta interessante. Ele disse que Maresias tinha realmente uma praia muito bonita, mas que, como praia bonita é o que não falta naquela região, poderíamos ir os quatro diretamente para Ilhabela, onde poderíamos nos conhecer melhor:
– Melhor que isso!? – Perguntei, brincando.
– Uai, eu ainda tenho um ou dois truques na manga… – Ele respondeu, enigmático.
– Ôôôô, se tem! – Nanda concordou, balançando intensamente sua cabeça.
Concordamos e saímos apressados da praia. Pegamos nossos carros e seguimos viagem. Passamos por Maresias quando já escurecia e, após a travessia de balsa, chegamos em Ilhabela bem mais tarde, onde nos hospedamos em uma pousada. Dessa vez sim, pudemos aproveitar a presença deles para transarmos deliciosamente e com calma. Começamos cada uma com seu respectivo marido, porém, não demorou para que fizéssemos a troca. Teve um momento, quando o Rômulo estocava a Nanda na posição de quatro, fui me infiltrando por baixo dela, beijando seu lindo corpo até chegar com a boca na altura de sua xoxota que estava toda estufada com a pressão do enorme pau de meu marido. Não resisti ao seu grelinho e o abocanhei! Bem nesse momento, o sacana do Mark me invadiu novamente com aquele pau gostoso e outra vez me acertou bem no fundo. “Caramba! Como ele faz isso?”, pensei, enquanto curtia aquela gostosa sensação. Dessa vez, gozamos os quatro, juntos e praticamente ao mesmo tempo.
No dia seguinte, curtimos um sol maravilhoso em Ilhabela. Nanda vivia se besuntando de protetor solar, com a ajuda de meu prestativo marido, é claro e nós nos comportamos como qualquer casal, exceto com alguns beijos furtivos com os casais trocados. Até eu andei trocando alguns com ela, mas os dois não quiseram ousar tanto. Ah, e que boca gostosa ela tem…
Nesse dia, inclusive, fizemos um passeio de iate, quando tivemos chance de nos bronzear totalmente nuas e sob os olhares gulosos de dois marinheiros e do capitão, tudo graças à farta imaginação do Mark:
– Pois é, ele é bom em bolar essas brincadeiras. A gente sempre faz uma coisinha diferente, sempre! – Nanda me falou quando a questionei sobre seu marido.
Quando chegou a hora de seguirmos viagem, recebemos uma nova proposta interessante do Mark, o que provou que ele realmente era o “cabeça” do casal, convidando-nos para que, chegando em Ubatuba, ficássemos hospedados na casa que ele havia alugado. Depois de relutar um pouco, o Rômulo aceitou com a condição de que o valor do aluguel seria dividido. O Mark não queria aceitar e eles ficaram num embate besta que acabaria culminando na negativa do meu marido. Entretanto, para minha surpresa, Rômulo fez uma proposta igualmente interessante, dizendo que, então, durante nossa hospedagem, as despesas com os comes e bebes ficariam por sua conta:
– Você vai se ferrar, hein!? Eu bebo pra caralho! – Brincou o Mark.
– Se você apagar, eu vou talaricar e foder a sua esposa.
– Você vai foder ela até se eu estiver acordado, cara. De que jeito eu seguro ela? Olha só a cara com que essa tarada olha pra você.
– Verdade! – Falei, concordando, mas conclui uma coisa que eu havia notado também: – Só que para você, Mark, mais que tesão, ela olha com amor, carinho e admiração. Achei a coisa mais linda, Rô.
E era verdade. A Nanda e o Mark se olharam e realmente não havia como negar o quanto aqueles dois se amavam e se respeitavam. Sexo eles podiam compartilhar, mas o sentimento era só deles e parecia inabalável, realmente intocável para terceiros.
Aquele casal fez com que aquele passeio se transformasse em um marco importante nas vidas de Rômulo e na minha. Aprendi muito sobre cumplicidade e respeito com eles. Não só permanecemos durante o domingo e a segunda-feira com os maridos trocados, dormindo em quartos separados, como tive a oportunidade de, pela primeira vez na vida, experimentar uma dupla penetração com dois paus de verdade, instigada pela minha tutora Nanda, pois, até então, isso só acontecera com um, muitas vezes até mesmos dois paus artificiais. Também matei minha vontade de transar com a Nanda e foi ótimo, mas ficou claro para mim que, apesar de ser um tesão na cama, ela prefere mesmo é uma boa pica.
Despedimo-nos na segunda-feira com promessas de mantermos contato, o que realmente aconteceu e tivemos algumas ocasiões, poucas, mas existiram, deles viajarem até São Paulo e até uma nossa para Minas Gerais para que matássemos as saudades que tínhamos daquela que foi, para Rômulo e para mim, a nossa verdadeira e completa iniciação no mundo liberal. Hoje mantemos o contato e a amizade, mas o sexo ficou bastante dificultado com o crescimento de nossos filhos. Quem sabe um dia não nos encontremos novamente…
Aliás, isso foi apenas o começo. Cerca de dois meses depois, estava em um Shopping Center quando fui abordada por um homem lindo que, descaradamente, me deu uma cantada daquelas. Eu fiquei até tonta e já fui sentindo minha buceta molhar minha calcinha.
Sorri timidamente para o cara e me afastei dele. Então me ocorreu uma ideia e, pegando o celular, liguei para o Rômulo e lhe falei que estava no Shopping que tinha acontecido uma coisa interessante. Ele ficou curioso e eu lhe contei e, quando terminei meu relato, ele perguntou:
– E você, como ficou?
– Como assim, como fiquei? Estou até meio tonta. O cara é um charme.
– Não foi isso que perguntei. Quero saber se você ficou a fim de transar com ele?
– Lógico que fiquei. Se você estivesse aqui, acho que ia pedir para você convidar a ele par a gente ir a um motel.
– Olha querida. Não precisa que eu esteja aí. Se você ficou assim, tão afim. Então vá em frente.
– Você está brincando, não está?
– Lógico que não. É só você vai ter que me contar depois como as coisas aconteceram.
– Rômulo, pare de brincar comigo. Vai que eu acredito e aceito. – Adverti em tom de brincadeira.
– Não estou brincando. É sério. Vai lá. Olha, estou com o pau estourando de tesão aqui só de você me contar isso?
– Você está mesmo falando sério?
– Claro que estou. Você está livre para decidir e fazer o que quiser.
– Tudo bem então. Só não vá reclamar depois.
– Não vou querida. Tudo o que quero é te ver feliz e bem tesuda.
Despedi de Rômulo brincando que ele ia ganhar um belo par de chifres e ele riu. Então olhei em volta e o cara estava por perto me encarando. Fiz então um meneio com a cabeça como a pedir para que ele me seguisse, fui até a praça de alimentação, peguei um salgado e um refrigerante e me dirigi à mesa mais isolada que avistei. Não se passaram dois minutos e ele se aproximou perguntando se a cadeira ao meu lado estava livre.
Dei risada dele. Havia centenas de cadeiras livres naquele instante e achei sua abordagem um pouco tacanha. Mas ele era lindo e eu já sabia exatamente o que queria e não perdi tempo, logo dando a entender que estava mesmo a fim de uma boa trepada. Coitado do cara, ficou até decepcionado ao perceber que, de caçador, ele acabou se transformar em caça. Isso sem contar na surra de buceta e cuzinho que dei nele naquela tarde.
À noite, depois que as crianças dormiram, tive que relatar tudo o que fiz no motel, detalhe por detalhe, para um Rômulo tão cheio de tesão que me fodeu sem parar, chegando a gozar duas vezes. Eu acho que gozei umas cinco e, só não gozei mais, porque já tinha gozado três vezes naquela tarde.
No outro dia Rômulo conversou comigo e estabelecemos algumas regras. A primeira é que não precisava avisar quando surgisse uma oportunidade de ir para a cama no caso de sentir tesão por alguém, a segunda é que seria obrigado contar ao parceiro quando acontecesse algo, a terceira era a de evitar que se apaixonasse por algum caso nosso e que, caso acontecesse, deveria haver uma conversa franca sobre isso onde nós decidiríamos o que fazer a seguir. Depois disso ainda combinamos outras regras, porém, as mais importantes eram essas.
Dessa forma passamos a viver um casamento aberto. O Rômulo, por exemplo, não dispensa os atos de sedução antes de levar uma mulher para a cama ou aceitar a participar de uma troca de casais. Para ele isso é muito importante e isso ficou provado quando visitamos a uma casa de swing e ele, diante do fato de que todos que estão lá desejam transar, não havendo aquele joguinho de sedução antes, não se sentiu atraído por ninguém e nunca mais voltamos. Eu já sou diferente e me excito sempre que sinto que há o interesse da outra pessoa, seja ela homem ou mulher. Sentir-me desejada é a mola que impulsiona ainda mais o meu tesão e me leva a viver aventuras incríveis.
FINAL DO RELATO DE TAMIRES
Ouvindo o relato de Tamires eu fiquei muito excitada. O tesão era tamanho que tive que fazer um esforço enorme para me controlar e não ceder ao assédio que ela, assim que acabou de falar, passou a fazer sobre mim. Senti também um pouco de inveja dela por conseguir viver uma vida plena de satisfação sexual.
Entretanto, depois de tudo o que a minha vingança, indo para a cama com Rômulo provocou em meu marido, estava disposta a tudo para retomar meu casamento e vive-lo da forma mais tradicional possível. Eu havia jurado depois da última transa que tive com o casal que não permitiria mais que desejo, tesão ou mesmo motivada por raiva e querer revanche, jamais faria nada que pudesse levar meu marido a ter outra recaída e se afundar no profundo poço das drogas.
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO TOTALMENTE FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.
FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DO AUTOR, SOB AS PENAS DA LEI.