Um jovem cede à insistência da companhia a qual trabalha e adquire um assistente artificial no formato de uma jovem do sexo feminino.
(Essa é uma história de ficção erótica. Todos os personagens e situações dessa história são fictícios e todos personagens tem mais de dezoito anos de idade. Não existem doenças sexualmente transmissíveis de qualquer tipo no universo dessa história.)
sissiehipnose@gmail.com
A vizinha me surpreendeu quando me convidou pelo aplicativo de mensagens para tomar um café.
A alguns meses atrás nós trocamos contatos, pois ela viajou por alguns dias e eu reguei a sua planta. De resto nós só trocamos palavras básicas como um “oi, tudo bem?” ou “bom dia”.
A minha vizinha é bonita, tem altura parecida com a minha e cabelos lisos claros e compridos. Eu já a vi na academia do condomínio usando uma roupa de ginástica justa e seu corpo é atlético e bem moldado.
Quem abriu a porta foi uma outra pessoa e levei apenas um segundo para eu perceber que se tratava de uma assistente APA.
O rosto de um APA (Assistente Pessoal Autônomo) é imediatamente reconhecido pelos seus olhos brilhantes e artificiais. Eventualmente eu cruzo com um deles nas ruas, mas eles têm se tornado cada vez mais comuns.
O modelo que estou vendo é do sexo feminino, é mais alto do que eu, com um cabelo castanho escuro curto e olhos brilhantes verdes. Com uma voz doce e delicada falou:
— Seja bem vindo Sr. Fernando, a Srta. Paloma o aguarda.
Entrei na ampla sala, idêntica à minha em formato, mas com a sua própria decoração. A mesa está bem arrumada com variados itens. Eu ainda observava com certa curiosidade a APA quando da cozinha a minha vizinha gritou:
— Só um momento!
Pouco depois ela apareceu. Está bem melhor vestida e de forma sexy, muito diferente do meu traje casual, o que me deixou um pouco desconfortável. Com uma voz simpática falou:
— Fiquei muito feliz por ter aceitado o meu convite. Cíntia acha importante o bom relacionamento com os vizinhos próximos.
Olhei brevemente para a imitação de gente. Não sabia que davam nomes humanos para eles. Pelo pouco que eu sei eles são majoritariamente de carne e osso como um humano, mas tem muitos componentes eletrônicos ligados a seus cérebros e são produzidos já com a aparência de adultos em fábricas muito avançadas. No começo eram usados em posições de risco onde um robô mecânico não se mostrou possível ou adequado, mas nos últimos anos tem se tornado populares como auxiliares do serviço doméstico em residências.
A companhia de Paloma se mostrou agradável. É nítido que ela se esforça em agradar, mas às vezes tem momentos de rispidez que não sei como interpretar. Eu sou tímido e introvertido, então deixei ela falar mais.
***
A companhia já havia me oferecido para adquirir de forma gratuita um APA para a melhora da minha produtividade. Mas na última reunião com o meu supervisor ontem isso foi colocado de forma mais necessária.
Eu sou um trabalhador em home office como a maioria das pessoas. Eu raramente preciso comparecer à empresa. Como a maioria eu pouco preciso sair do condomínio, tudo o que eu preciso está aqui. Mas perder o meu emprego pode significar eu ter que me mudar para uma residência de renda básica após algum tempo. Ninguém quer isso.
Meu trabalho consiste em revisar e melhorar roteiros de filmes, séries e novelas que as máquinas de inteligência artificial geram. Por melhores e mais rápidos que sejam os produtos gerados por elas, eles contém muitas inconsistências e são repetitivos. É aí que o meu trabalho entra.
Já faz quase duas semanas que tive meu encontro com a minha vizinha e conheci Cintia. Depois disso reparei em outros APAs andando pelo condomínio. No geral eles sempre usam roupas bem básicas.
Sem muitas opções, eu visitei e fiz o meu cadastro no site indicado pela companhia. Eu preciso adquirir um APA.
Os APAs são personalizados para os seus proprietários. Nem precisei pensar para selecionar inicialmente que queria um do sexo feminino. Eu não queria outro homem aqui para dividir o espaço, e embora as informações a esse respeito sejam escassas, eu sei que eles podem ser usados para o sexo.
Depois disso, pude escolher com calma muitas opções como cor da pele, dos cabelos, dos olhos, formato do rosto, do cabelo, do corpo entre muitas e muitas opções disponíveis. A criatura ficaria inteiramente de acordo com o meu gosto pessoal. No final eu soube que as instalações em meu lar seriam executadas em duas semanas.
***
Os robôs trabalharam no dormitório de hóspedes por algum tempo. Ocupado com o meu serviço eu apenas passei olhando algumas vezes.
Eles por fim finalizaram e eu segui com curiosidade olhar o cômodo.
Fiquei imóvel e perplexo observando a garota imóvel como se estivesse dormindo dentro da câmera fechada e inclinada. Pela grande tampa de vidro eu podia ver quase inteiramente o seu corpo nu e perfeito. Eu li no manual que os APAs precisam passar entre seis e oito horas diariamente dentro desses compartimentos para reporem as suas energias e serem limpos, entre outras coisas.
Ainda um pouco hesitante eu apertei o botão que iria ativar a minha assistente. Nada aconteceu no primeiro minuto, o que me deixou inseguro, mas depois ela abriu seus olhos e logo depois a tampa de vidro deslizou para o lado.
De forma precisa e com movimentos robóticos a minha assistente deixou a câmera. De acordo com o manual, um APA leva algum tempo para ser mais eficiente e agir de forma mais natural.
Um cheiro de ambiente hospitalar invadiu o ambiente. Ela se colocou em pé em minha frente. Com um olhar vítreo, sem emoções e com uma voz perfeita recitou uma propaganda e agradecimentos por tê-la adquirido e no final falou:
— Assistente Pessoal Individual modelo FY102 número de série KX405 em operação. Deseja me dar um nome mais simples?
Ela é uns dez ou quinze centímetros mais alta do que eu. Isso me intimidou um pouco. Não havia nas especificações uma escolha de sua altura. Seu corpo é perfeito, sem pêlos de qualquer forma.
Me senti um pouco envergonhado diante de sua nudez, mesmo sabendo que ela não é uma pessoa de verdade. Procurando olhar de forma discreta verifiquei que seus peitos e a sua xoxota me parecem como o requisitado, entre todo o seu corpo.
Eu já tinha pensado em seu nome há algum tempo. A minha voz saiu um pouco insegura quando falei:
— O seu nome é Katia. Vista algo, por favor.
Katia é o nome da primeira e única namorada que eu tive. O relacionamento durou apenas três ou quatro semanas no ano passado. Foi com ela que eu perdi a minha virgindade.
Com novos movimentos precisos, mas muito não naturais, ela se dirigiu para um guarda roupas e pegou uma roupa básica, muito parecida com algumas que eu já tinha visto no condomínio.
***
Os primeiros dias com a minha nova APA foram um pouco trabalhosos. Ela muito mais atrapalhou do que ajudou. Eu preciso gastar elevado tempo para ensinar e explicar para ela como gosto que ela faça as coisas e responder às suas perguntas. O meu supervisor pareceu não se importar com alguns prazos que não consegui cumprir, diferente de outras situações onde fui fortemente cobrado.
A minha vizinha Paloma me deu muitas dicas para melhor “treinar” a minha APA. Eu sabia, mas foi nítido perceber, que os APAs se comunicam entre si de uma forma não verbal entre unidades próximas. Percebemos que eles podem se comunicar mesmo entre as paredes de um apartamento para o outro.
Apenas após duas semanas de uso e interações que as mudanças foram mais perceptíveis. Katia age de forma mais natural e autônoma. Ela está sempre sorrindo e eventualmente puxa alguma conversa trivial comigo se eu não estiver trabalhando. Sob supervisão eu a deixei cozinhar pela primeira vez.
***
Já estou com Kátia há mais de um mês e não sei como pude adiar tantas vezes em ter uma para me auxiliar. Agora entendo porque esses auxiliares estão cada vez sendo mais populares.
Eu não preciso mais me preocupar com qualquer aspecto ligado à limpeza ou organização do meu lar.
Praticamente não realizo mais pedidos de comidas prontas e não saudáveis, pois Katia assumiu inteiramente a cozinha. De acordo com os meus gostos ela prepara diferentes refeições e me surpreende a cada dia. Ela pode buscar informações em tempo real mesmo sem usar diretamente um computador. Usando o meu cadastro nos supermercados de venda on-line ela assumiu inteiramente as compras sem precisar de qualquer intervenção minha.
No trabalho não tenho mais estourado qualquer prazo e tenho entregado parte dos serviços mais rápidos do que antes. A companhia tinha razão em sua insistência para eu adquirir um auxiliar.
***
Fiquei contente quando observei Paloma na piscina naquele dia de Sol forte e quente. Eu apenas fiquei algum tempo na espreguiçadeira vendo ela ir e voltar da piscina na parte exclusiva para exercícios. A sua APA estava lá, parecendo monitorar com atenção as suas atividades, elas conversavam no que parecia ser a cada série de exercícios.
Em uma das paradas Paloma conversava com Cintia que apenas permanecia fora da piscina e parecia dar instruções.
Ao me aproximar percebi que a sua voz para Paloma parecia mais ríspida e direta. Ela comentava algo sobre o tempo mais elevado das últimas voltas. Eu me aproximei e falei:
— Oi, tudo bem? Como está?
Cintia interrompeu imediatamente as suas instruções. Sua fisionomia permaneceu séria e ela se calou. Paloma sorriu e disse:
— Tudo bem. É um prazer vê-lo. Posso realizar uma pausa?
A pergunta foi dirigida a APA que respondeu com uma voz séria:
— Pausa de vinte minutos ativada.
Ela se afastou e Paloma imediatamente deixou a piscina. Ela está usando um traje de banho diminuto e muito bonito. Seu corpo parece ainda mais atlético e bonito. Seu peito parece estar ainda maior no biquini. Os pingos de água escorrendo pelo seu corpo me excitam. Enquanto caminhamos para as espreguiçadeiras ela falou:
— Cintia está me ajudando a manter a forma. Ela é uma excelente treinadora. Eu sei que APAs não podem atuar desse jeito de forma profissional, mas pessoal podem.
Existem muitas restrições legais no uso de um APA de forma profissional. Acho que eles roubariam muitos postos de trabalho sem essas restrições. Até onde pude perceber eles podem aprender coisas novas de forma imediata. Não sei qual o limite disso.
Cintia ficou imóvel e em pé mais ao longe. Se um APA se sente cansado às vezes é uma incógnita para mim, mas Katia faz atividades por longos períodos e não posso perceber nada. Seu olhar parece um pouco severo e sério demais, muito diferente de Katia que sempre está sorrindo. Os APAs cada vez mais se adaptam aos gostos de seus proprietários.
Com curiosidade observei uma garota vestida de preto e com seios muito grandes e valorizados por um decote. Ao seu lado caminhava um APA.
A conversa foi agradável e o tempo voou. Me senti um pouco chateado quando Cintia nos interrompeu avisando que o intervalo de Paloma havia terminado. Ela se despediu e correu para os seus exercícios. Um pouco aborrecido aproveitei para deixar a piscina já pensando no que poderia assistir no streaming.
***
As iniciativas de Katia para melhor me auxiliar são aos poucos mais presentes. No começo estranhei quando ela introduziu alguns legumes e verduras na preparação de algumas refeições. Quando perguntei, ela me explicou a importância de uma alimentação mais saudável. O esporádico se tornou aos poucos mais frequente. Ela passou as vezes a substituir doces industrializados nas sobremesas por diferentes frutas.
O meu trabalho está mais produtivo e com isso os elogios do meu supervisor se tornaram mais frequentes. Em nossa reunião ele comentou sobre a possibilidade de um aumento financeiro em breve. Nessa mesma reunião eu percebi o seu APA, um modelo do sexo masculino, parado e imóvel ao fundo de sua sala.
Eu nunca me preocupei com a privacidade em meu apartamento de solteiro. Isso até o momento atual.
Eu estava me masturbando assistindo pornografia em meu quarto quando Katia inesperadamente entrou segurando uma pilha de roupas minhas em seus braços.
Assustado e disfarçando da melhor forma eu imediatamente guardei o meu pinto e puxei a minha bermuda para cima. Acho que uma pessoa teria esboçado alguma reação e esperei algo assim de Katia, mas isso não aconteceu.
Diante da pornografia sendo exibida na mnha televisão ela guardou as minhas roupas com calma no guarda roupa. Eu desliguei a televisão.
Ela finalizou a sua atividade e se preparava para sair quando eu falei:
— Espere! Venha aqui um pouco.
Ela se aproximou e aguardou. Constrangido eu não sabia como iniciar a conversa com ela, e me forcei a recordar que ela é uma máquina biológica que segue a sua programação.
Eu já tinha pesquisado sobre sexo com APAs, mas quase não existem informações sobre isso, apenas que é possível. É esquisito a falta de informações fora de sites oficiais. Na verdade, excetuando em fotos, é difícil ler comentários mais pessoais sobre a convivência com um APA. Acho que é o mesmo com outros objetos, ninguém escreve sobre a convivência com a geladeira.
Eu não me sinto confortável para qualquer investida sexual com Katia. Ela me obedece, então eu vejo isso quase como um estupro. Gaguejando um pouco falei:
— Você sabe o que é privacidade, não é?
— Sim, Sr. Fernando. Eu sei sim. Deseja que eu fale o significado?
Respirando um momento falei:
— Não! Então a partir de agora, sempre que você precisar vir ao meu quarto e eu estiver com a porta fechada, você deve bater de leve na porta e aguardar a minha resposta com autorização para entrar. Você pode fazer isso?
— Sim, Sr. Fernando. Posso ajudar em mais algo?
— Não, pode retornar para suas atividades.
Ela deixou meu quarto. Eu pensei em retomar, mas todo o clima havia desaparecido. Religuei a televisão a fim de me distrair com outra coisa.
***
A sofisticação de Katia não deixa de surpreender. Em sintonia com os sistemas computacionais do meu lar ela antecipa algo que vou gostar de assistir, basta ligar a minha televisão e começar a assistir e ela acerta em quase todas as vezes.
Ligo o sistema de som do apartamento e ele intercala músicas conhecidas e novas que atendem inteiramente os meus gostos musicais.
E na maioria das vezes Katia pode adivinhar algo que estou com vontade de comer e procura intercalar esses desejos com as alimentações saudáveis que ela me prepara.
Mesmo sem uma prática de exercícios insana como a minha vizinha eu perdi alguns quilos a mais apenas com a minha alimentação. Então não fiquei surpreso quando Katia chegou carregando um pote branco farmacêutico e explicou:
— O senhor precisa tomar essas cápsulas de vitaminas duas vezes ao dia, anotei os horários apropriados no rótulo. Já foram devidamente aprovadas pelo Dr. Johansson.
Eu já nem me lembrava dele muito bem. A minha última consulta a um médico foi há uns dois anos. Eu sempre fui bastante saudável.
Desisti de fazer perguntas desnecessárias. Katia está aqui para atender às minhas necessidades. Só posso ficar contente por ela antecipar essa necessidade. Achei que as novidades haviam terminado, mas ela continuou:
— Adquiri algumas novas roupas para o senhor, em reposição a roupas já velhas e que precisavam de substituição.
A informação me deixou um pouco alarmado. Fiquei imóvel por um momento e depois decidi dar uma pausa no trabalho. Segui para o meu quarto e com curiosidade examinei o meu guarda roupa.
As novas roupas se destacaram em minha visão. A maioria das minhas roupas segue uma linha mais sóbria com muito preto e cinza. Um pouco alarmado peguei uma das novas camisetas e olhei para o festival de novas cores. Ela parece menor e mais justa.
Percebi que algumas de minhas velhas e confortáveis camisetas haviam desaparecido. Busquei sem sucesso uma velha bermuda de usar em casa. Katia havia me seguido para o quarto. Um pouco irritado falei:
— Você precisa me avisar antes de substituir uma parte de minhas roupas. Onde estão as roupas velhas?
— Seguiram para a reciclagem duas horas atrás.
Ela não deveria ter gasto pouco. Substituiu pelo menos um terço das minhas roupas. Acredito que o meu último aumento salarial supriria o gasto inesperado sem nenhum problema.
Olhei novamente para as novas roupas. Elas não são do meu agrado, mas Katia sempre acerta em suas decisões. Eu posso experimentá-las.
Peguei uma calça comprida. Eu acredito que ela ficará muito justa e achei o seu modelo um pouco feminino.
Desisti das roupas e segui novamente para trabalhar. Tenho aumentado sempre a minha produtividade e devo voltar a me concentrar.
***
Meus números de produtividade tiveram uma ligeira queda nas últimas duas semanas. Nada alarmante, mas o suficiente para gerar certa preocupação. Cada vez fica mais difícil manter o ritmo.
Eu me lembrei de uma conversa com a minha vizinha e chamei Katia perguntando:
— Você tem acesso ao meu trabalho feito hoje?
— Sim, senhor.
Eu hesitei por um momento, relembrando as diversas cláusulas restritivas do uso de um APA em atividades profissionais, mas por fim falei.
— Leia as minhas atividades de hoje.
— Feito, senhor.
Confirmando a minha suspeita, Kátia foi capaz de ler tudo em um segundo ou menos. Um ser humano teria levado uma hora ou mais. Mas até onde ela terá capacidade para interpretar e criticar o que leu.
Após uma hora de conversas e troca de ideias com ela pude ter certeza que a sua capacidade é muito superior à inteligência artificial que gera os textos. Eu acredito que ela poderia se passar por um ser humano em uma conversa não presencial.
***
Cansado após o longo dia de trabalho liguei a minha televisão. Interrompi a introdução de uma das séries que acompanho e segui para um site pornográfico que visito eventualmente. O sistema nunca faz a escolha automática de material pornográfico.
As cenas quentes me animaram. Tirei a minha bermuda e me acomodei, tomando um gole de minha cerveja.
Frustrado, desisti após quase quarenta minutos. Os vídeos são excitantes e tem a qualidade de sempre, mas por mais que me toquei, não consegui ter uma ereção. O meu pinto não apresentou qualquer sinal de vida. Tentei até me sentir exausto.
Acabei por desistir e um pouco chateado coloquei a série indicada novamente para assistir. Não que eu nunca tenha falhado antes num orgasmo em meu ato de masturbação, mas a situação atual me pareceu mais severa. Talvez eu deva procurar o Dr. Johansson quando tiver uma oportunidade.
***
Finalizei o meu banho e Katia, como sempre, já havia separado as roupas que eu deveria vestir.
O meu guarda roupa atualmente está quase inteiramente renovado. Com as sugestões de Katia abandonei as minhas velhas roupas sem graça e hoje me visto muito melhor.
A calça rosa é justa, acho que não teria sido capaz de usar ela sem ter perdido uns bons quilos dos últimos tempos.
De forma automática vesti a camiseta clara. O toque do tecido em meus peitos me fez arrepiar por um momento. Os meus peitos estão muito sensíveis nos últimos dias e me parece que cresceram um pouco, mas com certeza isso é apenas uma impressão. A camiseta é ainda mais curta que o habitual e deixou a minha barriga à mostra.
Deixei o banheiro e Katia me avisou que havia servido o meu jantar.
Com felicidade olhei para o que a minha auxiliar havia me preparado. Um farto prato de folhas de salada variada e um pequeno peixe grelhado.
Como geralmente fazemos, nos sentamos juntos em nossa sala de jantar. Enquanto conversávamos a respeito de alguns textos produzidos no dia, a citação de um personagem comendo um bife grande de carne vermelha chamou a minha atenção. Com insegurança perguntei:
— Porque eu não posso comer um bife como o personagem?
Com uma voz maternal e suave Katia respondeu:
— Já conversamos sobre isso, lembra. Carne vermelha não faz bem para a sua saúde.
Tentei me lembrar da última vez que Katia me preparou um bife. Já deve fazer uns três ou quatro meses. Tive náuseas após uma refeição e vomitei. Ainda bem que tenho Katia para cuidar de mim.
***
Mesmo com a bexiga cheia me senti desconfortável para urinar. Foram uns dez minutos para eu descobrir que apenas conseguia urinar com conforto estando sentado sobre o vaso sanitário.
O meu pinto e o meu saco escrotal me parecem menores do que o normal.
Deixei o banheiro e segui para o meu computador. Com calma iniciei uma pesquisa. Após um tempo localizei inúmeras doenças que podem fazer aumentar ou diminuir um pênis e um testículo.
Encontrei Katia na cozinha preparando algo. Falei para ela:
— Você poderia marcar uma consulta com o Dr. Johansson?
— Claro, posso sim. Eu tenho acesso a uma ampla biblioteca médica no caso de poder ajudar em algo.
O pensamento de expor a minha genital para a minha auxiliar não foi uma perspectiva agradável.
Me lembrei que meus peitos estão inchados e sensíveis já faz algum tempo, embora já tenha me acostumado com a sensação. Preferi apenas reforçar o pedido:
— Não, obrigado, apenas marque a minha consulta mesmo.
É confortável poder contar com os serviços da minha APA.
***
Katia havia me comunicado que eu receberia visitas para o café da manhã. Aguardei ansioso e logo Katia abriu a porta e Paloma e Cintia entraram em meu lar.
Recebi Paloma com um abraço. Eu tenho saído menos de casa e já faz algum tempo que não vejo a minha vizinha.
Cintia e Katia seguiram para a cozinha e me acomodei em meu sofá junto com Paloma.
A minha vizinha está com um porte atlético muito mais intenso que antes. Ela está usando um perfume um pouco forte, mas bastante agradável. Ela elogiou algumas vezes as minhas roupas o que me deixou muito feliz com as escolhas de Katia. É muito agradável conversar com ela.
Nossas auxiliares arrumaram a mesa para a nossa refeição. Olhei com entusiasmo para a agradável variedade de frutas. O pequeno prato com ovos e bacon me causou uma leve repugnância.
Nos acomodamos próximos, ocupando duas pontas da minha mesa. Eu preparei algumas frutas em meu prato e reparei na montagem do prato de Paloma que pegou todos os ovos com bacon e apenas uma fruta.
O toque em minha perna sob a mesa me alarmou. A minha pele hoje parece mais sensível que antes. A minha bermuda deixa quase toda a minha perna exposta. Inseguro olhei para Paloma que sem dizer nada deu mais uma garfada em sua refeição.
O toque de suas mãos se tornou mais intenso e ela me encarou e falou:
— Eu te acho muito bonito.
Sem reação eu apenas permaneci imóvel. Sua mão se afastou da minha perna e se aproximou por fora da mesa e tocou a minha cintura exposta.
A minha respiração acelerou, mas não consegui reagir de nenhuma forma. Ela continuou:
— Cintia me disse que você seria receptivo.
As suas mãos puxaram a minha blusa para cima e tocaram os meus seios. Não consegui segurar um gemido com a intensa onda de prazer que o toque me proporcionou.
O seu toque forte, mas muito agradável percorreu a minha pele e os nossos lábios se tocaram. A sua língua me explorou com intensidade.
Eu me afastei um pouco a surpreendendo. Pensei em Katia. A verdadeira Katia. Me senti inseguro e falei:
— Eu, eu, não me sinto bem.
Me levantei e me afastei um passo. Eu me senti em pânico. Algo está errado.
Katia e Cintia entraram na sala. Eu pude ver que Cintia falou algo próximo do ouvido de Paloma e ela se levantou também. Educadamente falou:
— É melhor eu me retirar. Cintia me informou que você está bastante sensível. Desejo melhoras.
Elas educadamente se retiraram. Eu me senti muito mal. Senti que havia decepcionado Katia. Involuntariamente comecei a chorar.
Com palavras e com carinho Katia me acalmou. Demorei a conseguir me expressar para ela e dormi no calor de seus braços.
***
Eu já estava a algum tempo assistindo pornografia num dos canais que eu sempre gostei.
Eu me sinto ansioso e frustrado. Sempre gostei de periodicamente me aliviar com um orgasmo, mas já faz tempo que não consigo sentir um.
Meu pênis, além de parecer estar muito pequeno, não mostra sinais de que possa ficar ereto.
A batida na porta me alarmou e logo depois Katia falou:
— Posso entrar?
Rapidamente subi a minha calça e desliguei a televisão. Seria constrangedor ser flagrado no meu ato pela minha auxiliar. Já arrumado eu respondi:
— Pode entrar.
Katia entrou no quarto e seguiu para o meu banheiro levando toalhas limpas. Ela ficou lá um pouco e estava passando novamente no meu quarto.
Inesperadamente a televisão ligou sozinha. A pornografia que eu estava assistindo antes retornou.
O fato fez Katia interromper a sua passagem e olhar para a televisão por um momento. Depois ela falou:
— Acredito que você possa estar assistido a pornografia errada. Posso alterar o canal?
Eu hesitei por um momento com certa indecisão. Mas depois estendi o controle remoto em direção a Katia. Ela sempre sabe o que é melhor para mim.
Ela mexeu um pouco e acompanhei ela entrando em um canal que eu não conhecia. Imediatamente surgiu um casal.
O homem posicionou com certa brutalidade a garota com a barriga sobre a cama e a sua bunda empinada.
Levei um momento para perceber que aquilo não é uma garota. Mesmo com os seus peitos e sua aparência feminina, ela tem um pequeno pinto flácido entre as pernas.
O homem a penetra com força e brutalidade. Ela geme e grita, parecendo estar gostando muito.
Katia se retira do meu quarto e eu continuo olhando a cena com fascinação, perplexidade e repugnância. Eu nunca tinha assistido pornografia gay antes.
***
Espero que tenham gostado dessa primeira parte. Eu estava escrevendo esse conto para ser em uma parte apenas, mas ele está se tornando grande demais e decidi quebrar, não sei ainda se em duas ou três partes.
Sugestões e críticas são sempre bem vindos.