Continua - visão de Dyhana; convido a ler do mais antigo até aqui pra entender o enredo até essa parte onde entramos mais no contexto
Nesse tempo todo, Roberto ficou em silêncio, assim como eu, mas com motivos diferentes; agora que as coisas estavam num outro rumo ele veio, mesmo a razão ainda querendo me fazer dizer não, eu sabia que não poderia fugir, pelo menos não da conversa
Coração acelerado
Mais alguns minutos e eu respondi sua mensagem:
- biblioteca, segundo andar
Ele entrou, eu estava de pé, olhando pra ele
Chegou perto, tocou no cabelo, enrolando uma mecha nos dedos, olhando pra minha boca, até que me agarrou na cintura me puxando pra um beijo longo
Ele apalpava todo o meu corpo e seguia me beijando, colocando as mãos em volta do meu pescoço, por baixo do cabelo, as minhas mãos estavam em sua cintura, era como se me devorasse
Respirações ofegantes, nenhuma fala
Me empurrou pressionando meu corpo de cara pra mesa de madeira do meio da biblioteca, subindo meu vestido
Nunca mais usei calcinha, ele tocou na minha buceta molhada
Debruçou seu corpo em cima do meu, beijando minha nuca, até que veio a primeira fala em mais de um ano, pertinho do meu ouvido:
- você é minha piranha, mas dessa vez eu quero que você diga, se não disser eu saio daqui e a gente segue a vida
- eu sou, eu sou tua piranha
Quase sem ar
Ele me virou deitada de frente pra ele e olhou nos meus olhos, segurando meu queixo
- como é?
- sou tua piranha senhor
Sorriu e me empurrou pra ficar inteira na mesa, tirou seu pau pra fora e já meteu com tudo na minha buceta, olhava nos meus olhos, seu corpo alinhado ao meu
Puxava meus cabelos e apertava meu pescoço, me olhava como se tivesse dado a vida por esse momento
Ele sabe conduzir as coisas e me derreter nas suas mãos, eu não preciso dizer o que fazer, é o que eu senti tanta falta, ele só sabe
Gozamos juntos, como era antes
Mais um beijo e um tempo pra respirar deitados lado a lado, até a inevitável conversa, sentamos um de frente pro outro em cima da mesa
- eu passei do limite, por isso te deixei ir
- o limite não era com a surra e você sabe disso né? .. senhor
Ele deu um sorrisinho
- eu sei, eu não acreditei em você, só me deixei levar pelo ciúme e vontade de te ter só pra mim, eu errei e tô aqui pra te pedir perdão, pelo amor que a gente fez existir e que pra mim não mudou, eu sempre tive medo de te perder, junto com raiva em pensar que não fosse minha, mas acabei vacilando tanto, que fiz tudo isso acontecer
- nunca deixei de pensar em nós, eu só me enchi de coisas, pessoas e novidades, então a vida seguiu; nesses últimos dias eu pensei mais do que nunca no lado bom do que a gente tinha, mas o que aconteceu realmente… eu tinha, eu… eu me entreguei de verdade pra tudo desde o início, então essa quebra de confiança eu não pude aceitar, não consigo
- eu entendo, essa culpa me perseguiu nesse tempo… eu vi que você tá com outro, não posso e não vou agir daquela forma outra vez, aliás, nem perto disso, sei que a gente nunca falou de limite de nada, talvez seja a hora, porque eu quero de verdade continuar contigo
-voltar à essa relação exige confiança da minha parte e preciso receber de volta
- você tem, prometo pra você
Segurou minhas mãos
- volta comigo
- olha, eu…
- não é um pedido, você vai voltar
Agarrou meus cabelos entre seus dedos e puxou meu rosto pra perto dele, mordendo minha bochecha, deslizando pro pescoço
- você é minha, toda minha, minha piranha
Me puxou por entre suas pernas, abriu as minhas pernas por baixo do vestido
- essa buceta sempre molhadinha é minha
Apertava meu clitóris e continuava a morder meu pescoço
- cada pedacinho é meu
Acariciando meu rosto, um tapa na cara, fraquinho, era bom sentir sua mão de novo
- esse cabelo, essa pele, toda minha
Deslizava os dedos pelo meu corpo
Ouvimos alguém batendo na porta
- Dyhana, tá melhor? Abre aqui, linda
Giovanni, me trazendo de volta pra realidade
- já vou, só um pouquinho
- você vai?
- vou… não vou mentir, o Giovanni… ele é… Eu não sei se vou contigo
Roberto respirou fundo
- tem alguém aí linda?
Dizia Giovanni
- tem sim
Roberto fez uma cara de inconformado
Levantei e fui até a porta, ajeitei meu vestido, minha vez de respirar fundo
- oi
- oi, como você… quem é esse?
Roberto arrumou sua roupa
Meu pescoço e meu rosto continuavam vermelhos
- Dyhana, o que? Quem é?
Segurei a mão de Giovanni
- Giovanni, esse é Roberto
- o ex que te fez vir pra cá?
Giovanni mudou o olhar e a postura, parecia querer mostrar sua posição ao meu lado
- é, eu não te contei muito sobre ele, mas…
- nem precisa, é passado… ou não é?
- as coisas ficaram mal resolvidas, ele veio…
- eu vim por que quero Dyhana de volta e agora depende dela
Disse Roberto, vindo pra perto, eu estava literalmente no meio dessa situação, Giovanni pegou minha mão:
- não esperava por isso, mas continuo esperando por você, Dyhana
- eu preciso pensar
Roberto veio pra perto, no rumo da porta, colou o rosto no meu, passando a mão no meu cabelo, beijando meu pescoço logo abaixo da minha orelha
- te amo ruivinha, vou ficar por perto
Senti minhas pernas tremendo
Olhares carregados entre eles
Um amor de pele e alma, uma razão de novidade e descoberta, onde estaria meu coração?
Continua