Diabos! Somos inseparáveis (Vai... se joga, Ezequiela!)

Um conto erótico de Larissa de Astorga
Categoria: Heterossexual
Contém 2166 palavras
Data: 18/08/2023 19:35:47
Última revisão: 18/08/2023 22:00:52

SEXTA-FEIRA

Está chegando o dia. Não sei de onde vem esse amor tão intenso, que me deixa aflita. Não é o fato de eu estar casando que me emociona, e pelo contrário, essa é a menor das minhas preocupações. O que me irrita é o diabo desse capeta que me fala aos ouvidos. Ele me invade a mente, e apesar de estar nesta terceira noite “em claro”, consigo dar uma cochiladinha e falo com ele.

Ele é o sonho de toda patricinha. Um homem gentil e requintado. Esse sonho, agora pra mim, é real. Tenho que me apegar ao pensamento de ser muita sorte tê-lo encontrado. O caso é para toda vida, como disse o mestre Jesus. Ele irá cuidar de mim e ser meu porto seguro. Daqui a 24 horas ele estará, em definitivo, nos meus braços, e é isso que importa, não é demônio?

SÁBADO

Antes de sair da cama eu escutei a voz dele: “Filha de Lilith, ele não sai da tua cabeça, e te deixou completamente pirada. Da sua pele macia, e ao cheiro da sua pica, tudo você não esquece. Quando ele chega, mesmo bêbado e cheirando a suor, é a tua perfídia, o mel dos teus prazeres!”

Levantei e andei sem rumos pela casa. É um casarão, e até passei na adega, tomar um drinque antes do café. Depois do terceiro gole, ele me liga. Me diz meu amor? Que nada! Quebra o ritmo do meu delírio, dizendo: “Ezequiela, não vá me decepcionar! Se você amarelar, eu vou embora daqui, e considere isso como chantagem emocional.”

Joguei o copinho de pinga na parede, e fui tomar o café. Minha família depende muito desse cara, que é o principal investidor. Mas que diabos!

Logo mais, fui para o salão de beleza. E enquanto eram processadas, a massagem e a limpeza de pele, eu refletia, querendo entender a razão de tudo ter acabado assim. Não me lembro de quando a dúvida entrou. Mas entrou em um momento de fraqueza, daqueles em que eu fraquejei, e com a sua língua preparando o meu ânus, o capetinha entrou dizendo: “Tudo está errado, Ezequiela! Você tem que aceitar o fim. Que se dane as suas amigas, que se dane os comentários extras! Ele não está tão distante de você assim!”

Olhei para o lado, e com essa lembrança, ele estava ali, naquele cantinho escuro. A profissional do salão de beleza me chamou, e quando voltei a olhar, só vi o abajur. Pode ter sido imaginação, ou ele era real e se escondeu. De qualquer forma, eu não queria falar com ele. Não agora! Quero que me deixem por horas, aqui nessa maca, a compilar as minhas lembranças. Não é assim que se desfaz um acordo, mas o diabinho continuava me dizendo: “Ele é teu paraíso. Entra e cai de cabeça, ó filha de Lilith!” Eu respondia: “Não sei e não quero pensar! Se existe amor entre nós dois, você pode mudar as coisas de lugar?” O demônio retrucava: ”Isso, somente aquele cujo nome não se deve pronunciar.”

Ó queridos leitores, esqueci de me apresentar. Sou a Ezequiela, aquela que guardou a virgindade da perseguida para o marido (só dela mesmo)! Mesmo assim, sou uma perversa e vadia. Quando vejo um homem, já fico ligada, e não dispenso mesmo. Já cheguei a enfrentar cada parada, que até o capetinha que me acompanha duvida. As pregas do meu cu não é segredo para ninguém, e sou boqueteira de mão cheia. Chupei todos os meus namorados, casados, solteiros e parentes. Marido das minha amigas, também não passam batidos. E neste dia do meu casamento, pelo menos uns 3 que eu citei estarão presentes. Mas, espero que ele falte, para que eu não tenha muito trabalho, e a culpa não caia toda sobre mim.

Depois do almoço liguei para ele, perguntando se eu devia. Ele me disse que sim, se era o desejo do meu coração, que eu devia ir em frente, que as ferida estavam cicatrizadas, e que o desejo era iminente.

Não me lembro de nenhuma vez que eu tenha falhado, e agora, eu só precisava ser sincera no que iria dizer. No primeiro momento, meu coração deu uma titubeada, mas o capeta apareceu: “Filha de Lilith, não me deixe perdido! Você está bloqueando o seu pensamento, e eu não sou onisciente como aquele, sua malvada!”

Pela primeira vez, eu dei uma risada alta, com essa invertida que o capeta tomou. Era sair naquela tarde, chamar um Uber gostosão, fazer um boquete caprichado como despedida de solteira, antes de colocar o vestido e ir para a maquiagem. Dito e feito: o demônio voltou a me sintonizar, chamei o motorista pauzudo em questão, que parou no pátio do salão. Todo mundo viu e já sabe, não se incomodando com ocasião. Segurei naquele mastro, uma benga majestosa e delgada, para eu caprichar na salivada, falar besteiras para ele, e receber na boca, a esporrada, que veio quente e avantajada, me melecando toda, fato que não tinha problema, pois haveria remoção do conteúdo na maquiagem. Foi muito gentil, quando disse: “Boa sorte na tua empreitada de logo mais!”

Entrei para o salão, ouvindo a voz do gramunhão: “Só obedeça a metade do que ele te falou.”

Chegou a noite do sábado, o dia do meu casamento. Miguel Ângelo estava como sempre, com o seu terno de vidro, lindo mas frágil. Estava como antes, e garanto que bastava acionar o seu binga pra gente pegar fogo. Eu entendo dessas coisas! Olhei e... pra tanta puta de braços dados com o marido, aquele salão enorme até que era pequeno.

Me lembrei com a ajuda do meu “amiguinho das trevas” daqueles finais de semana, quando a gente passava, e com as cantadas que recebíamos, aceitávamos os convides, nos acabávamos na pista, indo chupar picas de madrugada. Olhei mais ainda, principalmente para a porta, que acabava de entrar, uma coroa safada, que gostava de dar o cu para desconhecidos. Claro que, ao seu velho amasiado, que estava ao seu lado, ela dava boas chupadas, que eu vi, pois na sua casa virou rotina, as surubas sodomitas. Ali, eu só chupava o barman, e ainda depois que ela botava o coroa pra dormir, isso porque ele era o único que não metia no cu dela, logo na primeira rodada.

A minha calcinha ficou encharcada mesmo, só quando entrou uma turminha de nerds, cujo chefe deles me ensinou a sentar em seu pau. Fazia isso, enquanto eu chupava as picas dos seus comparsas, coisa que o meu diabinho de plantão não ensinou, logo ele, que é uma entidade de malícia.

Qual a resposta que ei ia dizer ao juiz de cerimônia? O sim para este, significava um não para o outro? Não necessariamente, por exemplo, se houvesse concomitância. E o contrário? Era “um não” agora, para desfrutar de “um sim” para um destino virtuoso? Nem isso era garantido! Aqui, se perdeu totalmente, o conceito de verdade e mentira. E acho que a ordem dos fatores interferiu. Se fosse na Igreja Católica, o padre perguntaria, primeiro a mim. Mas, o juiz perguntou a Miguel Ângelo, se ele aceitaria ser meu esposo. Ele disse sim, e a bucha veio para o meu lado, com todos olhando para a minha cara. Neste momento, fui eu que perdi o contado com meu “guia demoníaco”, formando-se uma nuvem ao meu redor. Eu ouvi, lá no fundo, a voz do juiz: “Ezequiela de Montêz Guimarães, você aceita Miguel Ângelo Albuquerque como seu legítimo esposo?” Olhei para ele, um careca com um casaco de lapela, quando respondi: “Sim.”

Logo mais, era quase meia-noite, e eu lembrando do cowboy José Augusto (acho que toda noite de sábado era assim). Mas, agora era diferente: eu estava com outro na cama, e era marido este. Não importa! O pensamento é livre e compartilhado com o meu capetinha, que dizia: “Filha de Lilith, agora vou te revelar: Você precisava mesmo, valorizar a tua profissão! Não iria querer passar a o resto da vida limpando sela de cavalo, não é mesmo? Teu pai não te criou para isso, mas para ser uma empresária executiva, daquelas bem boazudas, sabe? Do tipo que leva três rolas, quer dizer rolos de uma só vez!” “Cala a boca!”, respondi ao demônio, que era pra ser em pensamento, mas foi em voz alta, e o Miguel Ângelo ouviu e estranhou: “O que disse?” Desatei a langerie de lacinho, soltei o cabelo e respondi: “Eu disse vem pra cima, cowboy!”

Miguel Ângelo estava com um chapéu de couro na cabeça, mas atirou para o canto, e veio me desflorar (primeira penetração vaginal).

DOMINGO

Acordei com a voz do demoniozinho chato: “Levanta que ele está te esperando! Sei que o tempo não é tão exato assim, pelo menos nesta dimensão, filha de Lilith. Você pode demorar um pouco mais. Só que eu te treinei para ser afinada, agir sorrateiramente e com eficiência. Sei que a última noite não foi das melhores, mas ainda há tempo de recuperar, e sua auto-estima depende disso. Sabia que todos as dúvidas vão recair sobre ele agora?”

“Sabia.”, respondi friamente ao diabinho, enquanto sentia a perereca, ainda dolorida por ser a primeira vez. Além disso, eu estava “meio dopada” com tudo aquilo que tinha se passado. Andei pela casa como na manhã anterior, mas com o dobro de atordoamento agora. Encontrei meu marido na cozinha, sentado na mesa do café, e arquei para abraça-lo por trás, como nos primeiros dias do nosso namoro. Tudo parecia ter se renovado, com todas as dúvidas dissipadas.

Ele me deu um beijo, girando a cabeça, e me puxando para me sentar ao seu lado. Abri os olhos novamente, e vi que ele estava diferente, com um semblante mais aguçado. Era hora de falar, e não obedecer ao capeta, mas fiquei muda e virei o bule para iniciar a refeição.

Dali a pouco, eu estava parada no semáforo. Esse trânsito daqui é um caos, mas tá tudo bem! Como disse aquele diabo, o tempo é relativo! Começou uma chuvinha, liguei o limpador e fui fazer o que devia (ou achava que devia).

No meio do caminho, vieram outros demônios a me atormentar (pois nunca há só um demônio que se associa a gente; são vários). Estes diziam que eu sou muito bonita pra ele. Eu respondia que, em contrapartida, tem pegada de amante profissional. Os demônios insistiam que meu amante poderia ser do meu círculo de trabalho e, que eu deveria esquecer esse capiau. Eu resistia e mantinha a rota de destino: precisava falar com o José Augusto e liquidar essa fatura. Mais do que na noite anterior, a minha resposta seria fundamental. Contra a minha vontade, eu já tinha feito o que ele queria.

José Augusto, o cowboy, tinha me dito para me casar, e que não queria manchar a minha carreira, e a minha vida, fazendo-me perder oportunidades financeiras e tudo mais. Além disso, ele era louco por mim, e queria continuar o caso comigo. Isso, porque se eu me amasiasse a ele, minha família não me daria apoio, e ele teria que investir numa carreira de peão de verdade, tendo que viajar para os Estados Unidos e tudo mais, já que eu sou uma puta muito cara.

Abri a porta do barraco, e como já passava das onze da manhã, ele estava com o peixe na brasa. Quando me viu, ficou o pau “em riste”, e eu me atirei aos seu pés. Puxei o short junto com a cueca, enfiando tudo na boca, aquela jeba imensa, que me fez golfar como sempre. Eu precisava daquilo, de me sentir como puta indecente. Alisando o seu par de coxas, com aquela imensidão na boca, ele perdeu a compostura, e agarrou a minha nuca, empurrando ainda mais, a pica contra a minha garganta. O diabo me falou: “Ezequiela, aguenta essa no cu! Tua buceta tá esfolada, já que o outro também graúdo! Faz a semana daquele, que eu te preparo este para a semana que vêm. Para isso, basta assinar-me mais 7 meses de servidão, ó filha de Lilith!”

Arquei naquele sofá, diante daqueles móveis rústicos. José Augusto me cuspiu no buraco de trás e socou a vara, que entrava macia, dada a minha euforia naquela tarde de domingo. Para me acalmar, ele colocou a mão direita na minha boca, depois de dar um tapinha de leve na minha cara. E eu fui aguentando na porção final do intestino, aquela enrabada pós-nupcial, sabendo que aquele cujo nome não se deve pronunciar fez o meu cu para aguentar isso, aguentar a do José Augusto, que é meu verdadeiro amor.

Pior que aconteceu tudo isso, mas eu estava disposta a ir lá, desfazer o nosso caso, e ficar “certinha” com meu marido, já que com ele, também me simpatizo, e consigo transar legal, que o diga a noite anterior. Acontece porém, que do José Augusto, não consigo me desvencilhar, e obedeço ao seu comando. Se eu obedeci também, ao capeta que me acompanha, foi uma humilde coincidência.

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