O desejo de uma piranha não mente

Um conto erótico de Dyhana
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 1686 palavras
Data: 22/08/2023 01:07:25
Última revisão: 18/01/2024 00:03:56

Continuando - convido a ler do mais antigo conto da saga até aqui pra contextualizar

Saindo daquela tarde caótica no museu eu precisava pensar, fui pra casa, tomei um banho, roupão de cetim, taça de vinho e cabeça cheia

Deitei no sofá e já ouvi o sinal da mensagem, era Giovanni:

- Não quero te pressionar, mas estou aqui se quiser conversar; meus planos da nossa viagem não mudaram, a passagem ficou pra depois de amanhã, te espero bela rossa

Não sabia o que responder, precisava pensar

Eu sabia decidir minha vida no trabalho, no que gosto e no dia a dia, mas desde que tive um relacionamento onde eu só me deixei conduzir no que me excita, onde eu não precisava pensar ou falar o que queria, agora era isso que eu desejava e sentia falta

Pensei em como o início das coisas com Roberto foram de certa forma imaturos e não sei se poderia ter sido diferente; eu me entendi muito mais naquele período, nesse também, de um outro jeito; foram fases de uma história cheia de detalhes que não tinha morrido, se tivesse eu não me sentiria assim

Até que ponto eu vou me sentir bem se negar meu desejo?

Mais taças de vinho, mais confusão mental, o interfone tocou e o porteiro me disse que um homem queria subir, Roberto o seu nome

Um arrepio

- pode subir

Abri a porta com o coração errando as batidas

- eu vim pra conversar, mas o seu fogo me queima de longe

Pulei no seu peito, envolvendo seu corpo com minhas pernas e meus braços em seu pescoço, ele agarrou minha cintura me beijando, apertando minha bunda

O desejo não mente, quando a gente alimenta na cabeça e ainda rega com um bom vinho, fica praticamente incontrolável

- tenho saudade de te obedecer senhor

- ah é? Então tira esse roupão e ajoelha pra mim

Obedeci, já sentindo a buceta molhada

- que saudade desse corpo lindo, novidade aqui…

Ele disse, passando a mão na minha costela, uma tatuagem pequena que eu fiz com 6 meses em Portugal, uma borboletinha

- gosta de uma marquinha na pele branca né?

Sorri e arrepiei com suas mãos deslizando em mim

- quero a sua de novo senhor

Ele levantou meu queixo, apertando meu rosto; olhou nos meus olhos

- então pede o que você quer piranha

- eu quero apanhar senhor

- quer um tapinha na bunda?

- não senhor, quero mais

Me levantou pelos cabelos, apertou um seio em cada mão, me empurrou na parede, mais beijo, mordendo meu lábio, desceu a mão na minha buceta

- pede o que você tá querendo, o que vai te fazer ficar ainda mais encharcada?

Coloquei as mãos na sua cintura, desci as mãos até o cinto, ele estava de camisa e calça jeans; aproximei os lábios do seu pescoço, lambi até a orelha, falando em seu ouvido:

- quero teu cinto na minha pele senhor

Ele sorriu

- encosta tua cara lá no chão e empina o rabo

A cada cintada na bunda e nas costas eu sentia minha buceta escorrendo, as lágrimas caiam e encontravam o sorriso de quem sentiu tanta falta dessa sensação

- esse teu jeito de apanhar quietinha me deixa louco piranha, olha que delícia essa buceta escorrendo

Ele tirou sua roupa enquanto eu respirava, sentou no sofá

- quero te ver sentando, vem cá

Fui de 4, segurando em suas coxas, aproximando meu rosto do seu pau duro

- nunca esqueci teu cheiro senhor

Uma lambida daquele gosto que minha boca guardava, ele acariciando meus cabelos

Sentei no seu pau que ia entrando fundo na minha buceta, rebolando, gemendo, quicando e olhando seus olhos, a respiração ofegante

Ele segurava minha cintura, sugava meus peitos, lambia meu pescoço

- quero gozar no teu cu piranha

Levantei e ele me levou até à mesa

- coloca as mãos na mesa e não tira até eu mandar, empina a bunda

Seu pau entrando no meu cu, eu gemia mordendo os lábios, empinando mais

Ele mordia meu pescoço e começou a entrar e sair com o pau devagar

- eu sou teu dono piranha

Senti seu pau no fundo, saindo lentamente e enterrando no fundo de novo

- olha como você se derrete pra mim

Saindo devagar, entrando com tudo, eu gemia alto

- gosta de tomar no cu né vadia?

Lentamente saiu de vez, puxou meus cabelos me encostando no seu corpo

Continuou atrás de mim, corpos grudados; Envolveu uma mão no meu pescoço e batia no meu rosto com a outra, três tapas do lado esquerdo

- você é minha

Virou meu rosto e vieram mais três tapas desse lado, desceu a mão, massageando meu clitóris

- teu corpo sabe que é meu

Enfiou o dedo melado da buceta na minha boca

Um tapa forte na bunda e o pau entrando de novo

- rebola que quero te encher de porra

Rebolando, sentindo suas mãos apertando meus seios, adoro gozar assim

Senti sua porra esquentando meu rabo, puxando minha cintura, o pau enterrado na minha bunda

Respirações ofegantes

Tirou seu pau ainda escorrendo, pegou meus braços e me virou pra ele, outro beijo longo

Ficamos abraçados por um tempo

Ele acariciou meu rosto e olhou nos meus olhos:

- eu falhei em ser teu homem no dia a dia, querendo que fosse sempre minha mulher; eu sei que além do erro que nos separou, eu fiz e falei um monte de coisa que não é o que sinto agora. E se você decidir voltar comigo, eu sei que será pelo desejo, como foi da primeira vez, mas quero que saiba que eu também te quero além desse desejo e quero ser pra você também além dele

Passado o fogo todo, a confusão voltou à cabeça

Ele disse que me deixaria pensar, dormi depois de outro banho e muitos pensamentos

Acordei excitada, pensando agora em tudo o que aconteceu, como só Roberto encontrou esse lado em mim, outros caras me traziam prazer, mas esse prazer com ele era em outro nível

Giovanni por exemplo me chupa como ninguém, gostei de como ele tomou a iniciativa da nossa última vez, mas ainda faltava algo

Tirei a manhã pra tomar um café sem fazer nada, como não acontecia há tempos, almocei, tentei ler e assistir alguma coisa, mas nada funcionava, ou eu acabava quase chorando com a confusão, ou com a mão que ia pro meio das pernas

Já estava no fim da tarde, tomei um banho e botei uma camisola de seda

A campainha tocando

- a ansiedade foi mais forte, precisava te ver

Giovanni, o porteiro já liberava sua entrada

- entra, a gente precisa mesmo conversar

- seu ex parece decidido a ficar contigo e deu pra sentir que seu envolvimento é forte, a química que eu vi ontem me fez pensar que não tenho chance, mas eu precisava tirar a dúvida

- é, tem muita história envolvida

- o que é isso?

Tocou numa marca da noite anterior

- eu estive com Roberto ontem, não tenho porque mentir pra você

- a gente nunca definiu nada sério, você não me deve explicação, mas isso tá roxo, pelo jeito o seu gosto pela dor é além do que eu pensava

- pois é

- é isso que você quer mesmo?

- é sim, eu guardei a fantasia por toda a vida até ele e depois dele

- e se eu tentar?

- eu só não quero ter que controlar esse momento sabe? Já controlo tudo no dia a dia, só quero ser controlada

- apesar de não ter feito nada assim, eu já desejei fazer e acho bem excitante, ainda mais com você

Acariciou meu rosto

- você é perfeita

Tocando minha boca, deslizou no rosto e agarrou meus cabelos

- tira a camisola

Sua fala foi firme, senti um arrepio com seu olhar, tirei a camisola olhando pra ele

- é, essas marcas são do cinto dele né? Já que gosta disso, vou te deixar a minha marca

Foi tirando o cinto

- coloca as mãos na parede

Obedeci, minha buceta já começou a molhar e esperar o que viria

Começou a bater na bunda e nas costas, eu me retorcendo e gemendo baixinho, só gemia mais alto quando a cintada ia bem em cima das marcas do dia anterior

- você dá o cu e apanha só gemendo, gosta mesmo né?

- siiim

Eu disse, ofegante

Pegou meus braços e segurou com uma mão atrás das minhas costas, me empurrando pro sofá

Enrolou a camisola e improvisou um jeito de amarrar minhas mãos atrás das costas

Me virou e apertou minha cara no assento do sofá, a bunda empinada

Enfiou o pau na minha buceta, me comendo com mais força, continuou com o cinto nas minhas costas e na bunda

Senti sua porra entrando

Ele soltou minhas mãos, levantei e olhei pra ele, me beijou e ficou me olhando em seus braços e disse:

- gostei disso

- foi bom

- falta alguma coisa pra você né?

- você é demais, eu gosto de você e…

- e eu não sou ele

Não disse nada

- eu entendo, se eu fosse ele seria o homem mais feliz do mundo e também faria tudo pra te ter de volta, também acho que daqui pra frente vou te querer em toda mulher que eu ficar

- me desculpe por não ser o que você merecia

- não fala assim, já disse, você é perfeita, espero que ele te deixe completamente realizada, se não deixar, você sabe onde estou

Nos vestimos e eu disse que o acompanharia até à rua

- foi muito bom te conhecer Giovanni

- la migliore estate della mia vita, bella rossa, não vou esquecer

- também não vou esquecer

Um abraço apertado e um beijo com gosto de despedida

- você já fez sua escolha então?

Era Roberto, olhando pra gente

- fez

Giovanni segurou e beijou minhas mãos, virando pra Roberto:

- faça Dyhana feliz como eu queria fazer, ela tem pra onde vir se não fizer isso

Roberto só ouviu e ficou olhando Giovanni sair, chegando mais perto de mim, agora ele segurava minhas mãos:

- eu sou sua

Acariciou meus cabelos

- eu vou fazer com que você sinta cada vez mais prazer em ser minha

Me beijou falou no meu ouvido:

- a piranha da minha vida

Sorri e olhei em seus olhos

- te amo senhor

- te amo vadia

Continua

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Comentários

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Nossa que lindo! Faltou pouco chorar. Uma bela história de amor. Descobri nessa leitura que sempre procurei essa piranha para minha vida. E acho que encontrei em Bianca

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Foto de perfil de Veronica keylane

Uaaaau eu ameeeeei!!! E aí? Vai acabar por aí?

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Obrigada ♥️ pensei em um epílogo, um recorte das coisas num passar do tempo, parei a história porque acho que já tá tão grande, mas nada impede futuros momentos ♥️

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Foto de perfil de Veronica keylane

Por nada ♥️ aaaaa sim eu super entendo o seu pensamento mas sim gosto da ideia de um epílogo fiquei pensando sera se finalmente vão casar? Ela vai ser mãe? Mas gostei que nada impede de futuros momentos ♥️

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Sim, muitas possibilidades ainda né? ♥️ agradeço mesmo o retorno e fico feliz em saber que gostou da história

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Simmmm bastante possibilidades ♥️ simmmm gostei sim!!!

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Sem demérito aos outros, a melhor história que eu já li aqui. Parabéns, Dyhana!

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Que ótimo saber que considerou assim, agradeço demais ♥️

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O que dizer sobre isso? Essa história traz à tona questões que ultrapassam os limites da ficção.

Eu estava me perguntando se o fim seria brusco (Roberto entra faz a dominação acontecer e leva uma Dyhana rendida e apaixonda consigo) ou se seria mais detalhado (com reflexões, debates e conflitos). Apostei mais na primeira opção, mas acabou ocorrendo uma versão sucinta da segunda.

Como literatura, trata-se de um romance com sexo hardcore. Trechos como "amor de pele e alma", "o desejo não mente", "não precisava pensar ou falar o que queria", "até que ponto vou me sentir bem se negar meu desejo" são as marcas básicas de um romance clássio. Nunca sai de moda e sempre será o favorito de todos. Nesse sentido, eu até acho que se Roberto apenas aparece e Dyhana o segue... esse seria um final ainda mais romântico.

(E é na diferença metafísica entre o feminismo e o romantismo que reside meu comentário anterior sobre existir uma contradição lógica em Dyhana: o romantismo não é nem um pouco feminista - na verdade, o romantismo é a base de todo totalitarismo).

Como testemunho... Sempre fico preocupado que as leitoras mais jovens e ingênuas acreditem que esse tipo de relacionamento é possível, pois isso as lançaria diretamente em situações de alto risco de sofrimento e de vida. Em uma história, quem escreve controla as características dos personagens e o cara pode escorregar, machucar e se arrepender... na realidade, não é assim que acontece.

Eu não posso dizer que uma comunidade BDSM seria o lugar certo para Dyhana, pois o que ela busca é, acima da erotização da dor, o romance (e minha experiência com comunidades BDSM foi sempre muito negativa). Mais gente envolvida pode significar tanto mais segurança quanto mais ameaças - é imprevisível, como tudo no mundo.

No mais, me parece que a intenção dessa saga foi, desde o início, mostrar os conflitos e complexidades de um romance (desafios externos com Samuel, Sabrina e Vanessa, e desafios internos com as inseguranças e vaidades do Roberto) e isso foi feito com excelente equilíbrio entre a ação e o argumento. Até penso que é possível pensar em um prólogo mostrando como a relação deles está alguns meses ou anos depois (com Dyhana refletindo se fez a escolha certa).

Resumindo: na vida real, eu sou contra essa coisa de seguir o desejo cegamente, mas na ficção... esse é um método insuperável. Repito: 50 tons devia ter sido escrito assim.

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Não poderia haver uma análise melhor, agradeço muito por seu comentário nesse e nos demais momentos da história; pensei sim em algo mostrando um tempo à frente depois dessa escolha ♥️

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Ainda teremos notícias de Vanessa? (Escrevi "prólogo", mas o correto é "epílogo").

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Pois é, a mistura do amor romântico ( ele conhecia meus desejos sem que nada fosse dito), bem convencional, com uma relação sadomasoquista pode funcionar, mas sou cético. Na maioria das vezes não tem vida longa. Limites não ficam claros, erros são cometidos e não provocam reflexão. No conto Roberto admite que errou, sabe que Dyhana vai voltar "pelo desejo", promete mudar, mas não conversam sobre isso, tudo fica no simples tesão. Dyhana nunca conheceu outros casais s/m, nunca experimentou outro dominador, acha que Roberto é único, que sem ele será frustrada... Ela não percebe que o mundo s/m é muito maior, sem participar de uma comunidade, é uma prisioneira de sua ignorância e, na minha leitura, entrou em uma enorme roubada.

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Agradeço seu comentário e as observações 👏🏻

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