Mark entrou pouco depois e pegou suas roupas para tomar banho. Depois que terminou, desejou boa noite para nós que já estávamos aninhadas com cada uma delas aos meus lados e saiu em direção à sala. Apesar de toda a tensão, apreensão, enfim, de tudo o que havia acontecido, elas dormiram rápido. Quando me certifiquei disso, levantei-me e fui até a sala, pois eu queria conversar um pouco mais com o Mark e agradecê-lo por aquele maravilhoso e inesperado presente que havia me dado. Infelizmente, ele também já havia apagado. Ajoelhei-me à sua frente e fiquei admirando aquele homem que nunca mediu esforços para me fazer feliz. Depois de um tempo, dei-lhe um selinho, desejei boa noite e voltei para a suíte. Dormi pouco depois.
Na manhã seguinte, logo cedinho, o Mark já estava de pé e nos colocava a todas de pé também, afinal, a vida tinha que seguir e a rotina impunha que elas se aprontassem para a escola. Descemos para um gostoso café da manhã e eu as ajudei a se arrumarem, também me arrumando. Depois, fui junto com eles levá-las, porque não queriam me deixar. Despedi-me delas e notei, pela primeira vez, os olhares de reprovação de muitas das mães ali presentes. Retornei com ele para nossa casa e tive uma imensa vontade de me jogar aos pés dele para implorar uma nova chance, mas, não sei, algo me convenceu que eu talvez não fosse a melhor mulher para ficar ao seu lado. Ele me ajudou a colocar minhas coisas em meu carro, enquanto eu externava minhas preocupações com a Mary:
- Fica tranquila. Já estou em contato com uma psicóloga que irá atende-la. Se houver necessidade de uma terapia, ela fará.
- Obrigada. - Falei: - Depois eu te mando as malas.
- Pode usá-las, você vai precisar delas para a viagem.
Voltei a abraçá-lo e o agradeci por tudo com um beijo honesto em seu rosto. Ele sorriu para mim, parecendo satisfeito comigo. Entrei em meu carro e dei a partida, olhando uma última vez para a minha casa. Para ele não seria a última, porque eu voltaria a vê-lo muito em breve, prometi para mim mesma.
PARTE 18 - NOVOS ARES
Apesar de estar afastada de minhas obrigações na empresa, os dias passaram rápido. Dois dias depois, Denise me ligou informando que o processo já havia sido protocolado e estava recebendo uma análise prévia do juiz, devendo ter uma decisão em breve quanto à liminar da guarda provisória em favor do Mark. Perguntou-me também sobre minha situação na cidade e eu lhe expliquei tudo. Por fim, ela me desejou boa viagem e avisou que na próxima semana viria fazer uma visita ao Mark. Senti um arrepio de raiva por saber que ela já pretendia dar em cima do meu homem, mas era o melhor, ele precisava de alguém e ela era a primeira na minha lista.
Estranhamente, o Rick sumiu e, sinceramente, me senti muito melhor com sua ausência. Eu conseguia respirar e pensar melhor sem a pressão que ele exercia sobre mim. Minhas sessões com o doutor Galeano seguiam a todo o vapor e eu o atualizava de tudo sobre o meu dia a dia. Ele se mostra satisfeito com minhas últimas decisões e mais ainda com a forma como o Mark vinha me tratando, e principalmente como vinha conduzindo as meninas:
- Ele está fazendo tratamento com o senhor?
- Terapia, né, Fernanda, não tratamento. Não gosto muito desse último termo…
- Tá, tá… Desculpa! Mas ele está?
- Não, Fernanda. Eu até conversei com ele algumas vezes, dei alguns conselhos e ele me falou como pretendia conduzir a situação. Como sua visão era bastante equilibrada, concordei e me coloquei à disposição para auxiliá-lo, mas ele não me ligou até hoje.
- Ah…
A semana voou e logo chegava o sábado. Aproveitei para fazer uma pequena peregrinação entre familiares para me despedir. Minha mãe se desmontou em lágrimas, mas entendeu ser o melhor. Meu pai não entendia o porquê de eu trabalhar, porque, para ele, era obrigação do homem prover a casa. Machista, ele era a representação da expressão “esquentar-esfriar-servir”, ou seja, que mulher deveria esquentar a barriga no fogão, esfriar no tanque e servir o homem. Não dei bola e segui. Fui até meus sogros que me receberam surpresos, obviamente, mas me desejaram boa viagem e êxito, tudo numa frieza de cortar o coração, mas justificada em virtude de tudo o que eu havia aprontado.
O Mark eu deixei para o final, pois queria me despedir dele na minha antiga casa, aliás, dele e das meninas. Quando cheguei, por volta das dezoito horas, ele me atendeu com um avental e me convidou a entrar, porque estava na cozinha, preparando uma lasanha com as meninas. Assim que cheguei na cozinha foi uma festa, surpreendentemente, de ambas as minhas filhas. Eu não queria me demorar, bem… Na verdade, eu não queria mais sair dali, mas eu sabia que não seria possível:
- Por que você não fica e janta com a gente, mãe? - Perguntou a Mary, vestida num avental, enquanto preparava uma lasanha à parisiense.
- ÉÉÉÉÉ! - Concordou a Mi, que parecia ter saído de um filme de terror, pois seu avental estava vermelho por estar “preparando” uma lasanha à bolonhesa, mesmo que sob a supervisão do Mark.
- Gente, não quero atrapalhar…
- Relaxa, Fernanda, tem bastante para todo mundo. - Mark concordou: - Ah, e não se esqueça que você ainda está em Minas, negar comer na casa de um amigo, é uma baita desfeita!
- Verdade! - Concordou Miryan, perguntando em seguida: - O que é “desfafeita”?
O Mark riu, corrigindo-a e explicou rapidamente o significado da palavra. Ela o ouvia com atenção e concordou:
- Isso! Vai ser uma disfafi… desfifa… desse negócio aí!
- Des… fei… ta! - Falou o Mark e insistiu que ela repetisse até conseguir.
- Des… fei… ta! Desfeita. - Ela repetiu: - Vai ser isso, mãe!
- Então tá, gente, eu fico.
- Você podia dormir aqui também… - Falou Miryan, encarando-a com um olhar provocante.
- Não posso, Mi. Amanhã vou sair bem cedinho para pegar meu voo em São Paulo. Infelizmente não vai dar.
- O pai leva, uai! - Insistiu.
- Já contratei um taxista, miudinha. Não quero dar trabalho para o seu pai.
- Então… - Começou a ponderar Mary sem nos olhar nos olhos: - Mas ele poderia te levar no aeroporto e depois nos levar ao shopping. Faz tempo que não como um combinado japonês…
- Não! Vamos comer no McDonald’s. - Miryan a interrompeu.
Para variar, uma nova discussão se iniciou. Mark olhava para as duas e para mim, inconformado com aquilo novamente. Eu comecei a rir e elas pararam para me encarar:
- O que foi? - Perguntou a Mi, curiosa.
- Nada não, amor. Só vou sentir uma falta tremenda de tudo isso, inclusive das brigas de vocês duas.
Elas continuaram seus afazeres enquanto eu fiquei sentada à mesa, admirando seus trabalhos e olhando disfarçadamente para o Mark, louca de vontade de abraçá-lo, beijá-lo, deitá-lo numa cama e fazer um gostoso BBC nele. Ele estava concentrado orientando a Mi e vigiando o trabalho da Mary. Quando terminaram, ele colocou ambas as lasanhas no forno, mandando as meninas para o banho. Pegou, então uma garrafa de vinho tinto, abrindo-a e me servindo uma taça. Levantei a minha e fiz um brinde:
- Aos recomeços.
Ele fez uma expressão de dúvida, afinal, aquela palavra poderia significar tanta, mas tanta coisa, em tantas diferentes vertentes que caberia a cada um interpretar como quisesse. Eu sabia como queria o meu e faria de tudo para alcançá-lo. Coube a ele jogar um balde de água fria sobre mim:
- O juiz já despachou nosso processo, deferindo a liminar de guarda das meninas a meu favor. Parece também que não haverá audiência, porque ele intimou o promotor de justiça para se manifestar e, se ele estiver de acordo, acredito que já vá para a sentença homologatória.
- Tá…
- O que foi? Vai desistir agora?
- Não, não vou. - Falei, chateada com a situação e expliquei: - Eu queria tanto ter te feito feliz…
Ele virou sua taça, enchendo-a novamente e desviou o assunto. Acho que ele próprio não tinha certeza do que queria, mas seu ego de macho do interior rejeitado e chifrado em público impunha aquela situação. Logo as meninas voltaram e ele me pediu para cuidar das lasanhas, enquanto ele próprio ia se banhar. Ficamos eu e as meninas à mesa. Eu olhava para o forno, mas acho que olhei tempo demais para o corredor, até que a Maryeva falou:
- Pode ir, mãe, eu olho as lasanhas. Já sou bem grandinha, né!? Sei desligar o forno!
- Ir pra onde? - Perguntou Miryan, no auge de sua inocência.
Eu não sabia se a Mary tinha noção do que falava, mas quando ela explicou para a irmã que eu precisava ter uma conversa urgente entre “papai e mamãe” com o Mark, piscando para mim em seguida, entendi que a inocência da minha filha já não era a mesma há um bom tempo. Sorri, me levantei e fui para a suíte, encontrando a porta encostada, mas a do banheiro aberta. Suspirei fundo e entrei, sentando-me no vaso sanitário, enquanto olhava meu marido nu que, careca, ensaboava a barba, naturalmente. Quando enxaguou o rosto e me notou, quase grudou na parede do banheiro tamanho fora seu susto:
- Porra, Fernanda! Praga dos infernos! Quer me matar do coração!?
Sorri inconformada com aquele corpo gostoso à minha frente e disse:
- Ó só… - Suspirei fundo: - Matar não, mas eu gostaria de esfolar você um pouquinho sim.
- Nem vem! Pode parar, isso não vai rolar.
- É… Eu sei, mor… Mark, Mark, é Mark! Caramba, eu não vou aprender nunca! - Corrigi-me, dando pancadinhas de leve na cabeça: - Mas sonhar não custa nada, né!?
Ele continuou me encarando de uma forma estranha, parecendo constrangido, aliás, isso era óbvio, porque ele escondia o pau sob suas mãos. Entretanto, eu sendo eu, me adiantei:
- Não tem nada aí que eu não tenha visto, Mark. Deixa de ser bobo e termina seu banho.
- É melhor você sair.
- Só quero conversar um pouco.
Ele me olhou por alguns segundos e então tirou suas mãos. Entendi na hora o motivo de seu constrangimento, afinal, seu pau estava meia bomba e senti bem lá no fundo que eu era a causa daquela repentina excitação. Brinquei, lógico:
- Uia! Isso é por minha causa?
Ele me ignorou e continuou se enxaguando. Quando terminou pegou sua toalha e se enxugou dentro do box, amarrando-a na cintura no final. Saiu então e foi para o quarto, onde se vestiu comigo encarando-o, encostada no batente da porta da banheiro:
- Conversar sobre o quê?
- É… Hein!? Sabe que eu esqueci! Deve ser bobagem.
- Aham! Sei…
E ele sabia mesmo porque não consegui me segurar mais e fui para cima dele, louca para dar umazinha bem rapidinha. Ele cortou o meu barato:
- Não! Pode parar.
- A Mary está olhando a Mi…
- Nem vem! As meninas estão aí.
Gostei de ouvir aquilo e o encarei, curiosa, perguntando em seguida:
- Então, se elas não estivessem…
- Pense o que quiser, mas com elas aqui, não tem jogo!
- Ara!
Sinceramente, não fiquei chateada em ser rejeitada. Ao contrário, fiquei extremamente feliz por saber que ele ainda se excitava comigo e considerou a possibilidade de ficarmos juntos caso as meninas não estivessem em casa. Devo ter feito uma cara de boba, porque me perdi em pensamentos muito pecaminosos e ele me perguntou, curioso:
- Que cara é essa?
- Hein!? Ah não, nada não. Só estava pensando nem umas coisas que tenho que providenciar para a viagem.
- Então tá… Olha, se você quiser que eu te leve, eu levo. Aliás, se você quiser dormir aqui com as meninas novamente, não há problema algum. Daí amanhã nós te levamos e aproveito para passear com elas.
- Sério mesmo!?
- Claro. Se você quiser, é claro.
- Claro que eu quero, mor. - Ele balançou a cabeça negativamente pela forma como o chamei, mas nem liguei e o abracei: - Obrigada.
Saí em seguida e contei a novidade para as meninas que vibraram, naturalmente. Liguei para o motorista e o descontratei, mas lhe enviei uma gorjeta pela disponibilidade. Após jantarmos e assistirmos um filme na televisão, regado a muito refrigerante e pipoca, fui colocá-las para dormir na cama de casal da suíte. Pouco depois, deitei-me e dormimos. Acordei de madrugada e decidi dar uma olhada no Mark que dormia pesado no sofá da sala. Não resisti e fui acariciar seu rosto, acordando-o. Mesmo com a escuridão daquele ambiente, acolhido apenas pela luz do luar que insistia em entrar pelas janelas, pude ver que me olhava, curioso. Não resisti e o beijei, sendo correspondida:
- Fernanda, é melhor não…
- Por favor! - Pedi e voltei a beijá-lo.
Não adiantava negar o óbvio: nós nos queríamos demais e acabou acontecendo. Ele se levantou e fechou a porta da parte reservada da casa que a separa da social e voltou para onde eu estava. A camiseta simples que ele me emprestara não resistiu a um simples puxão, deixando-me apenas com uma simples calcinha que ele também tirou rapidamente. Fiz o mesmo, tirando sua bermuda e cuecas em um único movimento. Ele estava duro, duraço e abocanhei aquele delicioso pedaço de carne como se minha vida dependesse disso. Fiz com que gemesse alto, talvez não mais porque nossas filhas estavam na casa, mas gemeu.
Levantei-me para receber outro beijo que veio quente, cheio de tesão e vontade da parte dele. Depois, gentilmente, ele me deitou no sofá e passou a descer pelo meu corpo, beijando-o, lambendo-o, dando atenção especial aos meus seios, cujos bicos pareciam duas chupetas, ávidas por uma boca sedenta. Seguiu descendo até a altura de minha púbis, lambendo-a toda, causando-me uma série de arrepios gostosos. Então alcançou o meu “sininho” que, na primeira badalada dada por sua língua, fez com que eu me encolhesse toda, arrepiadíssima. Seguiu me lambendo, chupando, beijando, brincando e não aguentei muito tempo, gozando deliciosamente em sua boca.
Enquanto eu arfava, ele diminuiu, mas não parou o contato, passando, pouco depois, a penetrar minha vagina com seus dedos e voltando a me chupar. Fiz o mesmo que havia feito com o Rick: peguei sua cabeça e esfreguei na minha buceta, mas, diferente dele, as sensações que o Mark me despertavam, conseguiam me deixar fora de controle. Gozei novamente e não sei como até hoje:
- Por favor, você vai me matar…
- Quer que eu pare?
- NÃO! - Falei alto e me corrigi: - Não, mas não precisa judiar de mim desse jeito.
Ele sorriu e decidiu fazer o caminho inverso, subindo pelo meu corpo, mas sempre beijando, chupando, lambendo e a cada contato de seus lábios em mim, eu tinha pequenos arrepios, pareciam choques mesmo, deixando-me transtornada. Quando seu rosto chegou na altura do meu, senti seu pau me penetrando deliciosamente até o fundo. Respirei fundo quando ele tocou o colo do meu útero, afinal, meu homem era meu novamente. Passou a bombar gostoso, roçando sempre em meu clítoris e, se continuasse mais um pouco, eu gozaria fácil, mas ele se sentou no sofá e eu sabia bem o que deveria fazer. Levantei-me e fui para cima dele, mas surpreendendo-o, sentei de costas, porque sei que ele adora ver minha bunda subindo e descendo. Surrei seu pau sem dó nem piedade. Sentei, rebolei, bati, quiquei, fiz e desfiz, sempre me alisando enquanto isso porque eu também queria gozar junto dele.
Quando senti que ele estava chegando ao limite, desengatei-me dele, deixando-o atônito, mas, antes que dissesse alguma coisa, direcionei seu pau para o meu cuzinho. Gostaria tanto que vocês pudessem ver a cara de surpresa, tesão e desespero que ele fez, mais ainda quando comecei a penetrá-lo em mim, coisa raríssima de eu fazer. Acho que o nosso tesão era tanto que após eu dar algumas poucas quicadas, comecei a sentir arrepios seguidos, dando conta de quem não aguentaria ali seria eu, mas ele também começou a gemer e me segurou pela cintura, passando a me forçar para cima e para baixo. Pouco depois, acabamos gozando, praticamente ao mesmo tempo, comigo chegando um pouco na frente.
Recostei-me em seu corpo, enquanto nossas respirações voltavam ao normal e, apesar de não conseguir vê-lo, sabia que ele estava chateado por ter deixado aquilo acontecer. Batata! Quando saí dele e o encarei, seu semblante era de pura chateação:
- Desculpa, Mark, eu sei que você não queria.
- Talvez eu quisesse, mas não é certo. A gente acabou, Fernanda.
- Eu sei. Desculpa. - Falei, tentando consolá-lo: - Pense que foi uma recaída com a ex. Não dizem que isso é normal? Então, aconteceu com a gente também.
Apesar de eu ter adorado e gozado várias vezes, vi ali que havia uma mágoa tão grande nele, que nem mesmo nosso tesão, nossa química seriam suficientes para superá-la. Beijei carinhosamente seu rosto e me levantei, indo para o banheiro, tomar uma ducha. Depois me deitei, mas custei a dormir. Quando consegui, praticamente fui acordada para preparar-nos para a viagem. As meninas ser arrumaram como deu e depois tomaram um café da manhã protocolar. Deixei as chaves do meu para que ele o guardasse para mim e fomos no dele, maior e mais espaçoso. Passamos em minha quitinete e peguei as minhas malas que já estavam prontas de véspera. Saímos então rumo a São Paulo.
A viagem foi normal, tranquila e, tirando o fato de que estava mais calado que o costume, foi bastante prazerosa. Chegamos ao aeroporto com boa antecedência e fiz meu “check in”, despachando minhas malas. Ficamos no espaço reservado para os passageiros e logo o Paulo surgiu, surpreendendo-se por nos ver todos juntos. Cumprimentou ao Mark e vice versa, e ficaram conversando assuntos aleatórios. Maryeva fechou a cara e parecia pronta para brigar. Precisei explicar:
- Ele não é o Rick. Esse é o Paulo, meu patrão, que também vai viajar para os Estados Unidos.
- Ah…
- Acha que se fosse o Rick, teu pai estaria conversando assim tão animadamente?
- É.
Algum tempo depois, o nosso voo foi anunciado e tivemos que nos despedir. Fiz de tudo para não chorar, ficando apenas com os olhos marejados, mas o que me surpreendeu foi a força das minhas filhas que, dessa vez, se seguraram firmes e decididas. Fiquei pensando se isso já não era resultado do rompimento que eu havia causado entre a gente. Depois de muito abraçá-las e beijá-las, foi a vez do Mark, que não me recusou o abraço, nem o beijo no rosto:
- Você pode não acreditar, mas eu te amo demais e acho que nunca vou encontrar outro que ocupe o seu lugar. - Cochichei em seu ouvido.
- Boa viagem, Fernanda. Espero que seja muito feliz no seu trabalho e na sua nova vida. - Falou, formalmente.
Novamente nosso voo foi anunciado e tive que me separar de vez deles, entrando na área de embarque. Enquanto pude vê-los, me esforcei. Quando não mais pude, Paulo me surpreendeu:
- Você é jovem, Fernanda, tem toda uma vida pela frente. Não será a última vez que se encontrarão. Tudo dará certo.
- Acabei com o meu casamento, Paulo. Perdi o homem da minha vida.
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO, EM PARTE, FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL NÃO É MERA COINCIDÊNCIA, PELO MENOS PARA NÓS.
FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DA AUTORA, SOB AS PENAS DA LEI.