A NOIVA, AS AMIZADES, E O TROCA-TROCA

Um conto erótico de Candir
Categoria: Grupal
Contém 7351 palavras
Data: 26/09/2023 03:56:07
Última revisão: 19/08/2024 11:51:48

Quando éramos noivos, eu e a Kelly chegamos a curtir algumas brincadeiras – sexuais! – que beliscaram forte o limite do razoável, e isso para um casal que sempre se identificou como monogâmico, vamos assim dizer.

Para todos os efeitos, Eu e a Kelly sempre nos enxergamos dentro de um relacionamento tradicional, com direito à ciumeira de ambos os lados e todas as suas devidas privacidades. No entanto, gostávamos de fazer algumas traquinagens que envolviam exibicionismo e outras pessoas.

As coisas apimentaram bem quando passamos a tirar fotos das nossas metidas e compartilhar em fóruns. Inicialmente postamos em fóruns gringos com um baixíssimo risco de exposição e muito menos envolvimento pessoal com as possíveis parcerias taradas aqui no Brasil.

Mas a graça desse tipo de coisa está justamente em aumentar aos poucos os riscos e seguir se expondo mais e mais. Foi assim que acabamos postando em sites BR e mais adiante, conhecemos um casal de enamorados com quem fizemos amizade, o Cadu e a Lia.

O Cadu e a Lia já eram noivos como eu e a Kelly, tínhamos idades parecidas, gostos similares e nos agradava a ideia de nos exibir sexualmente, mas sem levar as safadezas ao que considerávamos um extremo: fazer o troca-troca ou abrir os relacionamentos para desfrutarmos de outras mulheres e homens.

Não morávamos longe, então em feriados ou finais de semana nos reuníamos e nos “ajudávamos”. Eu tirava fotografias do Cadu enrabando a Lia, ou tirava fotos da Kelly e da Lia abraçadas nuas, e vice-versa, transávamos no mesmo ambiente e até arriscávamos no auge das taradices algumas “prendas” ou apostas.

Recordo que dentre as coisas mais limítrofes que fazíamos, destaco a criação do torneio ou “troca-troca de punhetas”, no qual Kelly e Lia se revezavam a cada 3 ou 5 minutos, ajoelhando entre eu e o Cadu pelados e sentados no sofá, devendo masturbar nossos paus simultaneamente e com toda as forças. Aquela que nos fizesse gozar seria a “vencedora” da rodada, e a perdedora deveria pagar uma homenagem, que consistia em levar um presente para a outra no próximo encontro.

As duas ficavam bem assanhadas e instigadas com a brincadeira, e aquilo só não descambava para uma briga porque e para a nossa sorte, a disputa seguia bem equilibrada. Além do fato de que Kelly e Lia já estavam bem amigas e confidentes aquele ponto. Aliás, já havíamos combinado de sermos padrinhos e madrinhas de casamento uns dos outros, até.

Como nos sentíamos bem diante dos nossos novos e safados amigos, fomos relaxando e curtindo o momento sexy, e talvez só por este motivo, não travamos e caímos fora quando o Cadu e a Lia nos apresentaram “outros” amigos. Mais do que apresentar, passaram a convidá-los sempre.

Denis e Evelyn eram outro casal, um pouco mais novos que nós, mas no geral alinhados com a gente e com nossos gostos, e que por sua vez desfrutavam paralelamente de brincadeiras e pequenas trocas com o Cadu e a Lia há algum tempo. Desde que os conheci fiquei com a impressão de que seriam um tantinho mais ousados, e muito provavelmente agiam dessa forma na companhia dos nossos “padrinhos”.

Além desse terceiro casal, passaram a integrar os nossos feriados e finais de semana, o João e a Giovana. Eu não gostei de cara da presença ou participação desses dois, principalmente do João. Primeiramente porque não consistiam exatamente um casal de namorados firmes ou noivos. Na verdade, nem foram namorados de fato, depois ficou claro que o Cadu e a Lia apenas os apresentou assim para evitar qualquer dissabor comigo ou com a Kelly, que de toda a turma, seríamos os mais arredios ou conservadores – se é possível usar esse termo, né.

João era mais velho que todos nós, mais velho que eu até, e Giovana a mais novinha. Porém, bem experimentada e safadinha, a danada. Os dois faziam o papel – e de fato trepavam muito e sem dó – de casalzinho durante os nossos encontros, que organizávamos no chalé da família do Cadu. Mas fora dali, sequer se viam.

É claro que o sexo e a oportunidade de apreciar um tempo enquanto nudistas e exibicionistas eram os materiais colantes, o imã que unia a nós oito naqueles encontros. Um tirando foto do outro, poder curtir a natureza, trilhas, transar pelo mato sempre podendo contar com a vigilância de outro casal, amigo e alerta, esse combo nos movia deliciosamente. Mas é claro que haviam outros fetiches e taras específicas em jogo, e isso dependia de cada um.

Giovana era entusiasmadamente bissexual, e sem cerimônia abraçava, beijava e se a amiga (ou casal) não manifestasse oposição, a beijava e chupava inteirinha na frente de todos. Giovana chupava uma buceta melhor que qualquer um dos caras, eu incluso.

Lia sempre esboçou vontades e curiosidades nesse sentido, então com o tempo foi se tornando comum avistar ela e a Giovana aos beijos, às dedadas e transando nos banhos. Já Evelyn apesar de não esboçar reprovação, deixava claro que a paixão dela era pau, e só pau, e então sobrava a reação da minha esposa e então noiva, que hesitava.

Kelly, especialmente nos momentos de maior tesão, não se importava em beijar a Lia nos lábios, e era comum que se esfregassem e beijassem os seios uma da outra quando intencionavam instigar a mim e ao Cadu. Eu adorava esses arroubos, para ser sincero. Mas com a chegada da Giovana, a coisa subiu de nível.

Giovana vinha avançando sobre o corpo dela, sem a cerimônia ou contexto com que estávamos acostumados, e eu percebi que se eu não estivesse por perto ou nos intervalos em que ficava ocupado com algum assunto ou conversa, a Giovana ativamente procurava pela Kelly para sarrar.

Certa tarde, voltando de um mergulho com os caras numa cachoeira próxima, cheguei e flagrei a Lia, a Giovana e a minha Kelly aos beijos. Kelly bem ao centro trocando beijos apaixonadamente com a Lia, enquanto Giovana chupava o clitóris da minha noiva enfiando dois dedos na sua buceta cheia de creme, ensopadinha.

Denis perguntou pela Evelyn e quebrou o transe das três lambonas. Giovana sorrindo respondeu que a “sem graça” foi cochilar. Kelly cobriu o rosto com as mãos, mas creio que nem era tanto pela vergonha, e mais pelo estupor de prazer. Lia se ergueu e foi beijar o Cadu, o mesmo fez a Giovana rumando na direção do João, mas olhando marotamente na minha direção.

Eu fui até a Kelly e a levantei, abraçando-a. Ela pediu para eu levá-la até o banho e foi se justificando, se proclamando envergonhada a pedir desculpas. Eu estava com muito tesão, até por ouvir os gemidos e palavrões da sessão de sexo que os outros exprimiam na parte externa. Fiz uma média com a minha noiva, disse que tudo bem pois eu intuía que ela tinha esse fetiche ou tesão, mas que na próxima vez me esperasse ou pedisse minha permissão.

Kelly consentiu com a cabeça e perguntou o que eu queria fazer com ela, então. Quis saber quais liberdades a Giovana e a Lia haviam tomado, e Kelly revelou que lhe tinham chupado os seios, ambas ao mesmo tempo.

- E você gostou disso?

- Eu...

- Pode falar.

- Foi o que mais gostei, duas bocas sobre os meus seios, e pelo meu corpo inteiro.

Ela masturbava o meu pau.

- Chuparam sua pepeca?

A Gio, sim...

- Você chupou a delas?

Bem...

- Fala!

- Eu beijei, tentei...não sei se cheguei a fazer direito. Elas começaram a me chupar e me tocar, então.

- Fuderam sua bucetinha com os dedos?

-Aí! Sim!

- E o seu cuzinho?

- Não! Isso não...

- Então eu vou comer!

Caí de boca chupando o rabo dela ali no banheiro e meti no seu rabo sem dó. Kelly estava com muito tesão e já preparada, querendo muito ser fodida, e como resultado aquela foi a melhor foda anal que nós tivemos.

Mas quando saímos do banho ficamos um tanto assustados ou surpreendidos. Espalhados pelo sofá e colchonetes da varanda, toda a trupe, incluindo Evelyn e Denis, trepavam em um grande troca-troca. Na verdade, João e Denis usavam e se revezavam gulosamente pelas três mulheres, enquanto Cadu repousava exausto em um dos colchonetes, no farol baixo.

João metia na Evelyn que se encontrava de quatro no sofá, ao lado da Giovana que olha só, a beijava. Denis fazia um meia-nove no colchonete próximo, com a Lia que revirava os olhos e tinha os cabelos negros grudados do lado esquerdo do rosto com uma grossa placa de porra. Talvez a porra do próprio noivo exaurido.

Giovana foi a primeira a perceber nossa passagem pelo corredor e acenou nos chamando. João sorriu e berrou para eu levar o rabo da Kelly até ele, pois em troca ele me entregaria aquelas “duas putas de quatro” que subjugava.

Percebi Kelly boquiaberta e sem reação, os seus olhos arregalados. Eu até estava impressionado, mas após gozar gostoso no cu da minha mulher e nunca ter desejado de fato entregar seus orifícios para saciar o prazer de outro pênis, fiquei até incomodado e com certa raiva de todos.

Grunhi alguma coisa e rumei para o nosso quarto. Quando o pessoal terminou de gozar o que tinha de gozar, peguei o carro e fui jantar com a minha esposa no centro da cidadezinha mais próxima. O jantar transcorreu bem, mas logo eu e a Kelly passamos a conversar sobre o que vimos.

Tínhamos uma certa regra, que consistia em não avançar para o ponto que eu iria meter em outra mulher, e ela não seria penetrada ou “fodida” por outro homem. Imaginávamos que nossos amigos compartilhavam dessa régua ou limite. Kelly argumentou que no fundo, esperava que o rompimento dos tais limites acontecesse mais cedo ou mais tarde.

- Você diz, vermos o pessoal fazendo trocas?

- É...meio óbvio, né?

- Meio óbvio, por quê? Está óbvio para você? O que você sabe ou falam contigo...e que não me contam?

- Calma, amor! Calma!

- Não...me diga, o que está óbvio?

- Querido, você mesmo reclamou que a vinda deles, da Gio, da Evelyn e dos rapazes, podia mudar o clima que tínhamos com a Lia e o Cadu. O entrosamento.

- E você pensou o mesmo, não?

- É...claro que sim! Aí, amor! Não percebe que eles já fazem trocas entre si?

- Eles já fazem?

Kelly olhou para mim com uma feição esquisita, e então me toquei que provavelmente eu era o retardatário da turma. Ou estava me fazendo de um.

- Amor, vamos ser francos. A gente anda fazendo o quê no meio deles, digo dos nossos amigos? Eles são swingers!

Eu ri do termo, mas era isso mesmo.

- Pare de rir! Eles são, está claro...eles são bem mais abertos do que a gente. Não é só o João que é doido pra me comer e a Lia que é doida pra te dar, mas todos ali...

- Pé-pé-peraí! O João é louco pra te foder? Que porra é essa?

Kelly afundou o rosto no guardanapo de pano, enrubescida.

- Fala baixo! Amor!

- Como eu vou falar baixo? Esse pessoal não me respeita!

- Amor, todo mundo só te respeita! Não vê? Você é o único resistente a deixar outras coisas rolarem, sabe? E mesmo assim ninguém te excluiu!

- Como assim?

- Não vê? Todo mundo estaria curtindo outras coisas e com mais liberdade, mas em respeito a você, se seguram...bom, se seguram na maior parte do tempo, né.

Eu passei o restante do jantar calado. Mantive firme o semblante, mas por dentro me sentindo um bobo. Eu me tinha por fodão, mas aos olhos daquela turma seria o “café com leite”. Pior, a Kelly provavelmente já teria topado e experimentaria outras coisas junto deles, mas ainda assim preferiam me respeitar e ter certa paciência comigo. Ou coisa parecida.

Chegamos no chalé e havia um bilhete, os demais saíram para uma baladinha. Sentei no sofá e a Kelly deitou a cabeça no meu colo. Perguntei:

- A Lia é mesmo doida pra dar pra mim?

- Uhum...

- Por quê?

Kelly riu:

- Quantas vezes ela te viu me comendo gostoso, amor? Hã? Várias!

- Ué, e...

- E o quê, meu bem? Você mete muito mais forte que o Cadu...

- Quem, mas quem disse isso?

A esse ponto, minha noiva já tinha botado meu pau para fora da calça e o chupava mansamente.

- Eu. Eu e a Lia, nos observando. Caramba amor, o Cadu é um corno, né?

- Corno?...

- Você não é um corno, você é um homem tarado! O João, também é...o Denis...agora o Cadu é um corninho!

- Puta que pariu, que boca gostosa!

- A Lia é louca pra te dar faz tempo, e o Cadu quer tanto ou mais do que ela que isso aconteça!

- Filha da Puta! Eles comentaram isso com você!

- Aham...

Kelly engoliu fundo o meu pau, eu o sentia pulsar nas bochechas dela.

- Por mim, tudo bem, amor! Pode comer ela...

- Você está louca, deve estar!

- Estou tarada e cheia de tesão, isso sim...

Kelly sugou deliciosamente a cabeça do meu pau, e deixou sua baba quente escorrer da glande até a base, para então abocanhar novamente toda a minha carne e sua saliva em uma tacada só.

- Você quer dar para os outros? Você já teria dado, é?

- Aham...uhum...

- Vagabunda.

Minha noiva sorriu e concentrou as linguadas no frênulo da glande.

- Desde quando você quer dar para os outros?

- Hmm, desde que você me meteu nessa...nesse jogo...desde que me fez bater uma punheta até o Cadu gozar.

- Porra!

- Porra vai sair logo, logo do seu pau amor!

- Pra quem você quer dar...quer dar para o João, é?

- Hmm, ele quer me comer, muito!

- Como sabe, como ele te disse?

- Ele e a Gio vivem me propondo...os dois querem me devorar inteirinha.

- E você, quer?

- Hmm...

- Fala, caralho!

- Depende, eu sou sua, amor. Agora se você me liberar, eu dou sim...

- Você dá ou você quer dar, puta?

- Eu quero dar...quer muito dar para o João.

- Por quê?

- Hmm...

Ela passou a beijar e sugar minhas bolas.

- Hein?

- Ele tem um baita cacetão, maior que o seu...e transa bem. As outras já experimentaram e aprovaram.

- Porra...puta!!

- Ah, e ele parece um cafajeste de novela! Peito meio peludo, corrente de ouro. Putão.

Não aguentei e gozei, gozei de tremer, gemer e esporrar por toda a mão dela, besuntando de porra. Kelly sorria contente, satisfeita, e marota como se alcançasse uma peripécia particular.

Eu beijei a Kelly e atribuí a intensa gozada ao seu talento de incentivadora, cumprimentando a sua boca suja e tarada. Ela acenou com um “Sei, sei”, e se fez de tonta – mais uma vez, pelo visto. Fizemos um chá e fomos deitar, os demais regressaram de madrugada.

Acordamos cedo e fizemos um café para nós e para todos os demais. Os ânimos estavam ok e ninguém de ressaca, tampouco enfezados ou cutucando esse ou aquele por motivos quaisquer. Na verdade, se alguém fosse receber cutucadas e indiretas, esse alguém seria eu.

Kelly foi ajudar a Lia e a Giovana a arrumar a área externa, e pela demora incomum eu compreendi que só poderiam estar conversando sobre o dia de ontem. Improvável que estivessem se chupando e lambendo tão cedo. Quando voltaram, estavam sorrindo e as três foram até mim com um convite, me convocando para irmos até a cachoeira.

Inicialmente pensei que todos iríamos, mas assim que tomei o rumo de mãos dadas com a Kelly, notei que apenas a Lia e a Giovana nos seguiram. Chegamos no local e o dia estava bonito e ensolarado, mas o sol não se fazia tão forte, o que me fez estranhar a insistência da minha noiva e da Gio sugerindo que alguém deveria retornar e buscar o protetor solar.

Quando eu me prontifiquei fui interrompido pelas duas, que tomaram a frente e decidiram ir até lá pegar o bendito protetor.

Eu me virei e olhei para a Lia, uma moça extrovertida mas sem exageros. Ela sorria meio envergonhadamente e me dei conta que não estávamos ali por acaso.

- Eu não estou tão preocupada com protetor solar hoje, Bruno...

- É...o sol nem está tão forte, hoje tem pinta de que irá esfriar à noite.

Lia riu mais, estávamos há alguns metros de distância com as pernas na água.

- Eu também não sou tão branquinha quanto a Kelly ou a Gio...sou meio amarela, tingida, sei lá (risos).

- Cor de doce-de-leite, eu diria...

- Aí, obrigada por me chamar de docinho! Hahaha.

Ambos rimos, e eu me sentia bem, apesar de um tanto sem jeito. Nós dois fazíamos movimentos com os pés e as mãos na água, encabulados.

- E...e Bruno...mas você gosta de doce-de-leite?

Lia fez a pergunta enquanto desfazia o laço do biquíni, revelando os seios. Ela tem os seios pouco menores que os da Kelly, mas sempre admirei o quão durinhos e inchadinhos são os seus mamilos. A sua pele tem um tom claro de doce-de-leite, enquanto os mamilos se mostram mais escurinhos e açucarados, cor de bala cremosa, cor de dadinho.

- Eu gosto, Lia. Gosto muito.

- Ah, que bom (risos).

Ela mergulhou o corpo na água, deixando apenas parte do tronco, ombros e cabeça para fora, e foi se achegando até mim.

- Sabe...eu gosto muito da cor roxa, e de outros tons arroxeados.

- Sério? Bom...é uma cor bonita. Dizem que púrpura e tons de roxo eram as cores da nobreza antiga.

- Isso, púrpura...

- Mas eu vejo você usando muito amarelo, laranja, rosa. Gosta mesmo de púrpura.

- Adoro...

Ela se posicionou diante de mim, repousou os braços sobre as minhas coxas.

- Adoro a cor da cabeça do seu pau, Bruno. O seu pau fica bem roxo, cheio de cor e nervos, todo lustroso, quando eu faço ele gozar na minha mão.

Fiquei sem palavras, mas sentindo o sangue fluir pelo corpo. O meu pau acusou o elogio e começou a vascularizar-se inteiro. Os tais nervos que e a Lia mencionou com a voz mansa, batiam continência mais uma vez. Ela falava mansamente, mas preenchia meus ouvidos.

- Caralho, Lia...

- Você já sonhou que estávamos juntos, Bruno? Alguma vez?

- Bem...

- Pode falar, me confessa vai. Eu não quero roubar o lugar da Kelly.

- Não quer? Certeza?

Ela riu e fez cara de dengosa.

- Ah, quer saber, até que eu queria. Queria não, eu quero! Eu prefiro você ao Cadu.

- Me disseram que ele é um corno...sei lá.

Lia fez cara de surpresa pelo jeito que falei.

- Me desculpa, olha a bobagem que estou falando né.

- Não, não...tudo bem. Ele é. (risos). O Cadu é meu amorzinho e nos entendemos bem, mas eu preferia você. Tenho inveja da Kelly!

- Que isso, vocês são amigas...

- Somos, e daí? Amizades nem sempre duram para a eternidade, agora amores, casamentos sim. Bem, ao menos deveriam.

O semblante dela se fechou por um instante, e Lia saiu da água. Sentou ao meu lado e pediu colo, enroscando os braços ao redor do meu pescoço.

- Você está bem, Lia?

- Ah, sinceramente...não.

- Me diga...somos amigos, não somos? Me diga o que está pegando.

- Me beija, Bruno. Me beija com amor, por favor.

O jeito que ela me pediu soou tão terno e carregado de sentimentos, que eu a atendi experimentando os seus lábios quentes, e o seu hálito levemente adocicado. Os olhos dela cerraram e quando abriram miraram os meus com carinho. Eu já havia experimentado os seus selinhos e abraços, mas não um beijo de...casal.

- Não vamos transar agora, né? Por favor, não me peça isso logo agora, Bruno.

- Lia, querida...eu não estou te pedindo nada. Eu não pensei em nada, só acompanhei vocês até aqui, até a cachoeira.

- Você quer dizer que só me acompanhou até aqui?

- Sim.

- Pode se abrir, Bruno. A sua noiva e a Gio não estão aqui.

Eu cocei a cabeça.

- Vocês tramaram alguma coisa, foi isso, Lia?

- Tramamos, nósQue cinco?

- Nós...eu e você, a Kelly a Gio, e o João...

- Eu tramei porra nenhuma, Lia!

Os olhos dela se arregalaram, mas Lia permaneceu abraçada e com o rosto amparado em meu ombro, como se não quisesse desperdiçar o que havia de bom naquele momento.

- Bruno, as duas me procuraram falando do seu desejo...do seu desejo de me possuir, finalmente.

Eu fui obrigado a desfazer o nosso abraço. Eu me levantei, retirei os pés da água. Nervoso.

- Peraí...que desejo, que porra?

- Você não me quer?

- Não, não é isso, querida. Quero e adoraria fazer...

- Fazer o quê, Bruno?

- Fazer amor com você! É, fazer amor, porra! Os seus olhos são lindos, você merece e precisa de amor!

Lia abriu um sorriso de marejar os olhos. Espetacular.

- Mas não manifestei desejo nenhum! Não dei procuração para nenhuma das duas marcar um encontro para nós, caralho!

Lia se ergueu e parecia aflita.

- Deixa pra lá, Bruno. Eu estou muito feliz após esse tempo todo, finalmente conseguimos ter a nossa primeira conversa verdadeira, o nosso primeiro olho-no-olho a sós! Vem cá, fica comigo...vamos entrar na água!

- Não, não. Desculpa meu bem! Você vai me explicar o que combinaram contigo. Eu preciso saber o que combinaram em meu nome!

Lia balançou a cabeça, mas voltou a me abraçar.

- Por favor, só me prometa que não irá fazer escândalo!

- Diga, Lia. Desembucha!

- Olha...o combinado era curtirmos nós dois na cachoeira, enquanto...

- O que, enquanto o quê?

- A Gio, a Kelly e o João iriam até a grutinha.

A “grutinha” se referia ao apelido que demos a um desvio não tão profundo ou distante da trilha entre o chalé e a área das cachoeiras. Todo casal dava uma passadinha por lá viagem sim e viagem não, claro, para transar in natura.

Eu fiquei puto, dei uma bica num pedaço de moita desprendida, e depois ri muito para o espanto da Lia. Eu estava puto nem tanto com o fato da minha noiva ter procurado desesperadamente o pau de outro homem, por quem nutria fantasias. Oras, havíamos saído na chuva e andávamos nus e tarados em companhia de outros casais atraentes, então, esse é o tipo de risco e coisa que poderia acontecer mais cedo ou mais tarde.

Eu estava decepcionado e com raiva por terem colocado palavras na minha boca. Por terem tramado comigo, e por me fazerem sentir uma criança manipulável. Minha noiva tramou como se eu fosse um bocó! Que merda!

Saí dali rumo até a grutinha, com a Lia se apressando para me acompanhar, mas sequer andamos uns 300 metros e demos de cara com a Kelly e a Gio vindo até nós, com o tal protetor solar. Era nítida a surpresa em seus semblantes, pois de certo esperavam flagrar eu e a Lia transando na cachoeira.

- Tá tudo bem, amor? Ué, não curtiu a companhia da Lia?

Giovana tinha um olhar de serpente.

- Vai dizer que não são compatíveis? Até pelos signos vocês se dariam bem!

Respondi que tivemos uma conversa bem alto-astral, mas resolvemos caminhar de volta porque o sol estava de fato nos incomodando. Obviamente, uma ironia.

Minha noiva parecia muito curiosa em respeito ao que fizemos na sua ausência e mais ainda, com relação ao que eu andava matutando. Após o almoço, chamei a Lia de lado pelo celular e perguntei se ela sabia de algo novo.

- Você me disse que a Kelly e a Giovana iriam ficar com o João!

- E iriam, mas mudaram de ideia, quando voltaram para pegar o protetor solar o encontraram cochilando.

- Ah, que belo comedor hein!

- Bruno, você promete que não vai fazer cena?

- A essa altura, prometo sim.

- Elas não desistiram. A Kelly quer experimentar ele ainda hoje...

Aquele termo “experimentar” me encheu de indignação.

- Ah..olha só! Maravilha!

- Ela ficou decepcionada comigo, porque a intenção era flagrar nós dois transando e com isso, quebrar geral qualquer resistência ou limite, sabe...

- Sei sim. Eu ficaria na parede e cederia a possibilidade dela de dar pra todo mundo, também.

- É, querido. É isso.

Fiquei em silêncio.

- Bruno, se você ainda quer casar com a Kelly e viver numa boa, por favor, bota o pé na estrada agora. Mete o pé!

- Mas olha o jeito que ela está! Toda tarada no pauzão do cara!

- Eu sei...eu sei, e não é de hoje. Mas a brincadeira é essa, né. Você que não é muito afeito ao jogo, querido.

- Vou pensar no que disse, Lia. Obrigado...

- Não precisa me agradecer, querido. Eu gosto muito de você!

- Lia...mais uma pergunta...

- Diga.

- O que vai acontecer se eu ficar?

- Irão organizar uma brincadeira, já combinaram na real.

- Mas não combinaram comigo...

- Pois é, querido. É porque a brincadeira é você! A comédia está em você.

O meu coração quase escapou do peito, uma sensação ruim. Sentimento ruim.

- O que vai acontecer, Lia?

- Vão propor uma brincadeira parecida com o torneio da punheta, porém mais ousada, com vendas, os homens algemados em teoria.

- Teoria?

- Sim, só você na prática. E vão te dopar, a Giovana tem uns tarja-preta que ela toma direto, pois bem, vão fazer você beber para tombar no sono. Cuidado meu bem...

- Lia...

- Diga, querido.

- Preciso da sua ajuda. Não deixem fazer isso comigo.

- Bruno...vá embora! É melhor! Leve a Kelly e nunca mais voltem!

- Não, não posso, coração.

- Por que não?

- Porque não sei se posso mais confiar nela.

Lia fez uma pausa, mas respondeu relutantemente.

- Tudo bem, eu vou te ajudar como posso. Mas não me critique depois, nem direcione a sua raiva para mim.

- Apenas fique do meu lado, e me ajude como puder.

- O que você quer com isso, Bruno.

- Encontrar algum tipo de resposta, ou verdade.

- Ok, lindo.

As horas se seguiram e eu estava sim muito tenso. Tomei dois banhos, fazia de tudo para evitar transparecer minha preocupação e desgosto em especial com a Kelly, minha noiva, que volta e meia me procurava sorridente, pedindo abraços, e me atiçando com base no que tínhamos conversado na noite anterior, me inquirindo querendo saber o que eu tinha feito “de bom” com a Lia.

Não me recordo exatamente o que lhe disse, mas procurava fingir e não transparecer o descontentamento. Quando anoiteceu o pessoal improvisou uma festinha mais focada no espaço interno. O Cadu e o Denis puxaram a mobília para o canto e a Evelyn sacou um pisca-pisca natalino para decorar a sala. Música eletrônica, narguilé e as primeiras brincadeiras foram surgindo.

Nitidamente, todos pareciam especialmente criativos e espirituosos naquela noite. Algumas ideias certamente não foram espontâneas, dando a entender que foram forjadas e desejadas, e já vinham sendo planejadas.

A cada 3 músicas as mulheres precisavam “trocar a peça”, ou seja, quem estava só de top e sem tanguinha, botava a tanga e tirava o top. Também brincávamos de “passa ou amassa” que consistia em sortear um de nós homens para ficar vendado enquanto as mulheres se esfregavam seminuas sobre nossas mãos, coxas e rosto, depois era perguntado ao homem se ele era capaz de acertar exatamente a sequência de fêmeas com quem se esfregou.

A coisa foi avançando, e avançamos para fazer a “cegueira temporária”. Os homens sorteavam um colega para ficar vendado, algemado e com os ouvidos tapados por um fone antirruído durante 20 minutos no quarto, enquanto o restante da turma fazia o que bem entendia e pudesse. Eu não fui o primeiro “sorteado” no jogo e durante a primeira rodada, é verdade que não testemunhei nada que eu não tivesse visto antes, ou seja, vi sim a Giovana perdendo a linha e ficando nua, sanduichando “a força” a Evelyn com a ajuda do Denis. Todo mundo encheu ela de tapas, inclusive eu.

O primeiro castigado havia sido justamente o João, que foi resgatado após o bip do cronômetro do Cadu. Saindo de lá, viu a Giovana nua e correu para cima dela, a jogando sobre os ombros desferindo tapas no seu bumbum, aproveitando para baforar uma essência de melancia. Eu e os outros então escolhemos números de um dado e o próximo sorteado para o castigo foi exatamente quem? Eu.

A turma urrou, e a mim aquilo pareceu um tanto comemorado por demais. Evelyn e Denis prosseguiram então me puxando até o quarto e lá ajeitaram as vendas, algemas e o fone, com a minha esposa que naquele momento já devia estar há mais de meia-hora exibindo topless, me mandando vários beijinhos da porta do quarto, e falando pausadamente – para que eu pudesse ler os seus lábios – “te amo, mon amour”. Finalmente Denis cerrou as vendas, mas logo tomei um susto quando sem demora, talvez dois minutos depois, a Evelyn retirou os fones e grudou no meu ouvido para dizer:

- Brunôô...Bruninho! Está ouvindo, né? Mas está ouvindo mesmo?

- Sim, agora.

Disse meio perturbado, assustado sem dúvida.

- Está ouvindo esse gemidão, está? Claro que sim! Sabe de quem é? É da vagabunda da sua noiva sentindo o pau do Denis!

- O quê?

- Eles estão bem ali do lado de fora. A puta mal aguardou eu te ajeitar que se deixou ser espremida na parede para finalmente sentir o pau dele...rasgando...escuta só, escuta que gemido gostoso!

O pior é que eu pude sim ouvir gemidos, apesar do ouvido esquerdo permanecer tapado por um fone e da música que ecoava pela casa. Pareciam sim gemidos vindos da Kelly.

- Sabe por que eu estou te contando isso em primeira mão, sabe?

- Vá a merda!

- Porque eu não gosto de você! É! E eu não gosto quando tenho de deixar você me apalpar, como fez agora pouco. Você é chato...e eu não gosto de homens chatos!

- Foda-se você! Sua merdinha!

- Eu posso até me ver obrigada a chupar esse pau aí, mas dentro de mim você não entra, não. Agora o Denis, ah o Denis...tá devorando a sua putinha (risos).

Aquilo me irritou e eu fiz força me erguendo apesar das algemas, da posição e das vendas. Dei uma bica no escuro que pelo gritinho pegou de raspão na perna dela. Aí todo mundo apareceu – após alguns instantes.

Kelly, Denis, Cadu e a Lia chegaram para me acalmar. Evelyn ria, mas me pedia desculpas. Me pediu tantas desculpas que até sentou no meu colo e beijou minha boca.

- Eu só queria te instigar, mexer com sua mente, Bruno! Eu gosto muito de você, só queria que você se soltasse...porra, homem!

Lia sugeriu encerrar a brincadeira inteira, mas todos olharam feio em sua direção, reprovando-a.

- Amor, você está bem? Se você quiser eu passo o restante do tempo pagando essa prenda com você, ao seu lado. Eu não sairei daqui!

Kelly estava com a calcinha justinha, um tanto grudada no corpo, mas todos estavam suados e molhados de uma maneira ou outra. Não que aquilo significasse muita coisa, o Denis poderia estar metendo nela com a calcinha posta de lado, ou então ela a vestiu antes de vir até mim.

Eu já tinha dado corda demais para retroceder, então só pedi que todos saíssem e contassem corretamente o tempo.

Passei os próximos minutos no escuro e silêncio maiores ainda. Devem ter apagado a luz e fechado bem a porta, pois pude notar uma diferença. E não respeitaram o tempo, senti que se demoraram ainda mais até me liberarem.

Cadu e a Evelyn me resgataram, e o próximo seria o próprio Cadu. Saí dali e fui direto para a sala encontrando a minha esposa jogada no sofá. Nua, completamente nua e com o corpo brilhando de suor. Seria apenas suor?

O seu rosto parecia vidrado de prazer ou pós-prazer. E ajoelhada em meio as suas coxas estava a Giovana, sugando, sorvendo e chupando cada pedacinho da sua vulva. Olhei para os lados e Denis repousava no outro sofá, estirado, mas de cuecas e aparentemente tranquilo alisando o pau enquanto admirava a Gio lambendo minha noiva.

João estava conversando, voz alta e com o narguilé na mão, seguindo ou cercando a Lia que mexia em algo na cozinha.

Eu não tinha ideia sobre o que aconteceu durante o intervalo ou o que ainda acontecia, e uma das regras tácitas consistia em não fazer perguntas diretas a respeito do que rolou na ausência de cada um.

- Vem meu amor! Vem Bruno...

Eu me aproximei das duas e minha noiva fez sinal para que eu me despisse da cueca. Como fiquei sem ação, Gio pulou tirando ela de mim e caindo de boca no meu pau. Realmente era uma putinha esfomeada e pirada. Gio ficou mastigando a minha piroca enquanto dedava a Kelly sem parar, a fazendo gemer alto – aquele mesmo gemidão que ouvi no quarto.

João gritou da cozinha, dizendo que a brincadeira estava pegando fogo. Com isso, tirou a Lia do que fosse que preparava lá na bancada e começou a chupar-lhe os seios. Aquilo me enervou, me deixou com raiva. A cena daquele homenzão praticamente engolindo os peitos da mulher que se mostrou tão terna para mim horas antes simplesmente me irritava.

Gio percebeu o ciúme pelo meu olhar e parou de me chupar, riu, ria bastante de mim. Aproveitou a deixa para me provocar:

- Por que você não se junta a mim e chupa a buceta daquela que em breve será a sua esposa, hein?

Eu olhei feio para ela, que manteve o olhar sem vergonha e faceiro. Evelyn regressou do quarto e já estava ao lado do namorado Denis, trocando beijos e carícias, mas olhando em nossa direção.

- Amor...chupa minha bucetinha, também, vai...

- Vem, Bruno! Vem degustar comigo como a sua noiva está salgadinha (risos).

Eu me ajoelhei e levei a boca até seus lábios vaginais, porém o meu nariz alcançou primeiro aquele porto e me fez frear. Eu conhecia aquele cheiro, ou pior, a natureza daquele odor que lembra uma mistura de peixe com detergente. Era porra, muita porra o que havia preenchido e ainda em larga quantidade repousava dentro da minha noiva.

Giovana gargalhava diabolicamente. Evelyn, também, que aproveitou para tirar o pau do namorado para fora a exibi-lo ainda brilhoso, molhado, grande e mole sob o clássico aspecto de um membro masculino que acabava de trabalhar, gozando fartamente em meio a uma buceta ensopada.

Kelly, levou os dedos até a entrada da pepeca repuxando os próprios lábios, exibindo ela própria os vestígios do crime:

- Olha amor, não deu pra segurar não...eu estava planejando isso só para mais tarde, mas tava muito delicioso quando me pegaram! Eles gozaram bem lá no fundo, olha...

Giovana me abraçou e ria, frenética:

- Eu taquei fundo a minha língua nessa buceta e nem assim consegui limpar! Porra! Eles queriam muito gozar na sua noivinha, Bruno! Fizeram caprichado! (risos).

- Quem foi?

Evelyn respondeu:

- Eu não menti quando narrei esse pau aqui, do Denis, furando a sua putinha. O Cadu foi em seguida!

- É, Bruno...ela deu para os dois, assim em sequência! Não está orgulhoso? Hahaha.

Giovana complementou e parecia diabólica, ou uma doente mental o que de fato era. Pois eu não demonstrava prazer naquele instante. Kelly foi escorregando do sofá e se uniu a mim no abraço. Eu me sentia era cercado por ambas as mulheres, mulheres repteis.

- Bruno, amor...você ficou com a Lia mais cedo, não tem nada do que se envergonhar!

- Quê? Eu já disse que não...

- Corta essa! Reflita, eu te expliquei ontem que está tudo bem desde que a gente curta juntos...

- Você não está entendendo bem, Kelly. Você é quem andou botando palavras na minha boca!

- Amor! Amor! Qual o problema de eu curtir, também?

- Eu não comi a Lia, porra!

Gritei, alto o suficiente para quebrar o clima de todos ali na sala. Na sala, apenas e somente na sala. Pois contrastando com o silêncio e o susto que o meu basta representou para mim, para a Kelly, Giovana, Denis, e até mesmo para a Evelyn que pulou arrepiada e pausou a música, os sons inconfundíveis de carnes duras, retesadas se chocando uma na outra, misturado ao delicioso gemido delicado de fêmea, vinham da cozinha.

Todos finalmente miramos para lá, e vimos João aplicando uma senhora metida de cafajeste na Lia. Finalmente entendi o que Kelly quis dizer por “Putão”.

- Me fode! Me fode seu monstro!!

Não sei onde estava com a cabeça, pois confesso que naquele dia cheguei a pensar ou refletir na possibilidade de largar a Kelly e ficar com a Lia. Caralho! Se ela própria tinha me aconselhado a sumir dali...

Eu saí dali e fui caminhar pela área externa, e curiosamente Giovana veio até mim.

- Bru...Bruno! Você não está bem, né?

- Não, Giovana.

- Olha, me desculpe qualquer coisa, tá...a gente só queria que você finalmente relaxasse.

- Tá, tá bom. Mas pelo visto eu não sei relaxar. Isso não é para mim!

- É. Parece que não é mesmo. Desculpa qualquer coisa, Bruno. Desculpa!

Giovana me abraçou com os olhos tristes, me fitando triste, lamentando ou empatizando com o meu tormento.

- Eu devia ter me mandado daqui, Gio.

- Mas aí a Kelly te seguiria e, bom...ela está gostando, conhecendo sensações novas.

- Porra, se está...

- Bruno! Permite que eu tente te ajudar?

Apenas consenti com um sinal. Estava me sentindo cansado, envergonhado, queria mais era sumir.

Giovana me tomou pela mão e então guiou-me para o quarto mais afastado:

- Toma, manda pra dentro essa pílula...é uma medicação, costuma me ajudar bastante nessas horas.

Devia ser o tal sossega leão que a Lia havia me alertado. Que se dane, pensei! Pois lá estava ela também derretendo na rola do Putão! Não perguntei qual era o tal remédio, mas mandei ver sim.

Giovana ficou ali fazendo uma massagem nas minhas pernas, e aos poucos a sensação de vergonha foi cedendo, e eu fui relaxando. Quando percebeu que eu finalmente cedi e encostei todo meu corpo no colchão, Giovana por iniciativa própria voltou a mamar o meu pau, pedindo que eu ficasse em silêncio:

- Shhiuu...deixa comigo! Deixa tudinho comigo.

Ela me pôs duro e montou em mim, passando a cavalgar com esmero, apertando o meu cacete junto as paredes da sua bucetinha até me fazer gozar lá dentro. Eu relaxei, lembro muito bem da sensação de amansamento causada tanto pela medicação, como pela boa gozada.

Com um beijo no rosto ela me deixou ali, um tanto maternal – e eu um tanto infantil – e voltou para a festinha.

O problema é que a dosagem da Gio condizia com a prescrição para uma mulher de 1,55 e 45 quilos, enquanto eu sou um homem de 1,80 e 90 quilos. Fui acordando pela madrugada, aturdido e zonzo, é verdade, mas fui acordando.

E pude entender que a tal festinha seguiu bem mais quente e caprichada livre da minha presença. Notei que chegaram mais 3 convidados – dois caras e outra mulher – e não se fizeram de rogados, caíram de paus, bocas e rabos na ciranda.

O Putão e o Denis devem ter virado uma caixa de azulzinhos, pois meteram em todas elas mais de uma vez. Cheguei a ver minha noiva, Kelly, com o pau de um dos visitantes na boca, enquanto João, o Putão, metia no seu cu. E do seu lado, Lia era duplamente penetrada pelo Denis e o convidado restante. Lembro-me de sentir um odor orgástico misturando narguilé, porra e buceta.

Não sei se vi ao certo ou minha mente confundiu alguma coisa, mas já de manhãzinha quando acordei após ter “apagado” por uma segunda vez, avistei o Cadu no sofá mamando a rola do mesmo convidado que comeu a Lia na madrugada.

Procurei a Kelly e fui encontrá-la em outro quarto, descansando abraçada com o João. Parecia que transaram “algumas vezes”. Os seus corpos largados de tão exaustos e satisfeitos.

Eu tomei um banho e fiz café enquanto todos dormiam, quer dizer, a mulher que veio com os outros rapazes me fez companhia, sorrindo, feliz, supondo que eu tinha aproveitado o mesmo tanto que os casais, ou que a Kelly.

Pulei no carro e me mandei dali, sem avisar sequer a minha noiva. Ligações furiosas e chorosas me perseguiram durante o rumo de casa e os dias seguintes, mas eu nem as atendi. Estava decidido a romper com a Kelly e todo o pessoal.

Pois é, estava "tão decidido" que a resolução durou uns 10 dias, e não segurei a bronca. Voltei a procurar minha noiva, que então exigente só aceitou conversar comigo se eu lhe pedisse desculpas.

Achei aquilo um ultraje, mas, cedi. Sim, me humilhei e pedi desculpas pensando no amor, no histórico de carinho, na companhia, e contemplando a possibilidade de eu ter sido o maior culpado por tudo aquilo, já que foi minha a ideia de criar os perfis e compartilhar as nossas primeiras fotos pela rede.

Voltamos, mas eu não podia imaginar o verdadeiro peso daquelas consequências. Kelly topou reatar mas em uma espécie de “fase de testes”. Ela não abriria mão de continuar amiga dos outros casais e não deixaria de se reunir com eles, e para piorar, a turma não aceitaria mais a minha presença.

Me sentindo um perfeito corno e pateta, um idiota de merda, ainda assim aceitei pois me vi desmoronando e sem alternativas, vestindo em mim a carapuça de culpado. Tinha fé que o pedido dela seria apenas um “teste formal” para me assustar ou coisa do tipo, mas passou muito longe disso, pois Kelly realmente continuou vivenciando aquelas aventuras e aquele meio.

Devo ter convivido com isso durante mais 2 ou 3 meses, até que ela me chamou para uma conversa e rompeu o noivado. O motivo? Ela estava apaixonada por outro. O outro? O “Putão” João.

João não era um partido qualquer, devo admitir isso pensando friamente. Um cara fortão, grande, pintudo, que já nasceu com certo berço feito e ainda tinha participações em agências de automóveis. Lucratividade! Kelly desfez o noivado comigo e estartou um novo quase que imediatamente com ele.

Casaram-se em menos de um ano, e pelas fotos toda aquele turma atendeu a grande festa de casamento. Todos menos eu, óbvio. Kelly passou a fazer academia e bombar a figura, depois botou silicone e os seios que já eram de bom tamanho, se tornaram grandes peitaças. Ela que abominava tatuagens fez uma, duas, quatro ou talvez mais, todas devidamente documentadas no Instagram. Kelly engravidou e teve uma menina com o João.

Teve a menina, e então se divorciou. João encontrou outra esposa – a sua quarta – e ainda mais jovem do que a Kelly, ela que enfim se transformou em uma mulher de 30 e poucos anos.

Sim, Kelly me procurou depois. Adicionou-me numa rede social que nem acesso mais, depois “trombou” com minha Mãe numa feira que sempre frequentávamos quando namorados. Mandou lembranças. Mandou uma cesta de café no dia do meu último aniversário, e foi aí que nós precisamos agir.

Nós quem? Eu e minha companheira, a minha esposa na verdade. É que não fizemos alarde ou festa de casamento e já há algum tempo não publicamos mais fotos de nossas vidas, muito menos a dos gêmeos que nasceram recentemente. Gabriel e Giuliano.

Ambos têm os nomes com a mesma letra inicial da Mãe: Giovana.

Sim, Giovana foi a única que me procurou após eu levar um senhor pé-na-bunda. Giovana veio até mim quando eu tentei me suicidar, e me apresentou aos seus colegas psicólogos e psiquiatras. Giovana e eu choramos juntos diversas e diversas vezes, compartilhando nossos traumas e vícios. Nós dois reconhecemos um vício por pornografia, e nós dois resolvemos nos distanciar para não influenciar negativamente um ao outro.

Tempos depois, meses, anos, soube que ela iria apresentar sua tese de doutorado na universidade, e muito contente pela minha cara amiga resolvi ir até lá assistir e apreciar. Lembro até hoje do seu sorriso quando me avistou entrando naquela sala, e do seu perfume então bem mais discreto e suave do que outrora, quando fui lhe abraçar. Comemoramos!

Conversamos, então nos reunimos, e sentimos um amor – e tesão – imenso e renovado. Legítimo. Hoje, somos marido e mulher, pai e mãe, e não queremos o mal de ninguém: respondemos a cesta da Kelly, enviando-lhe outra cesta e direcionamos o seu contato para nossos amigos médicos.

PS: De tempos em tempos viajamos para outro estado, e lá encontramos uma “amiga” para que a Gio mate a sua sede de beijar uma bucetinha bem melada. Com moderação.

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Comentários

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Bruno Côrno pirou, salvo pela Giovana que é a forte da relação.

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Absurdamente bom e bem escrito o seu conto! Parabéns!

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Candir, termina a saga do Alexandre no clube dos cornos. Está inacabada. Estamos ansiosos pelo fechamento da saga.

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bom dia, Candir. Um excelente conto, como todos. na historia, a kelly quando reatou com o Bruno, foi so para fazer o cara de corno, pois nas suas aventuras ja estava ficando com o Joao. Ai ela fez o namorado de bobo e dispensou logo depois. Mas a vida da voltas e o bruno se refez, e quem foi trocado depois foi a propria Kelli, ou seja, o feitiço se virou contra o feiticeiro. Grande conto e um excelente final. Gostaria de ouvir a versao da Kelli.

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Olá, Candir, está de parabens! Adoro histórias de noivos. Venha ler os meus. Bjus.

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Um de seus melhores textos. E não é facil escolher.

Parabens !

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Olá Candir, cara que história fantástica, boa demais, nos prende do indico ao fim e o fim fica com gostinho de quero mais, que trama bem construída, o erotismo e os dramas nos deixam vidrados nas linha, parece que estava ali dentro assistindo a tudo de camarote, o final dele junto com o Giovana foi de certa forma surpreendente, mas na verdade na suruba ela foi a única mesmo a se preocupar com ele, não escondeu que iria dar um sossega leão, fez no intuito de não deixa-lo sofrer.

Parabéns

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Candir, que prazer reencontrá-lo aqui na casa. Com contos como este, primorosos, detalhados e excitantes. O ponto alto é a trama psicológica dos personagens que envolve quem lê. Fazendo nos sentir no lugar de uma e outra. Neste, desenvolvendo a trama até levar a troca da Kelly pela Giovana, num encontro de dois com restrições aventuras de liberação. Para mim, você e o Yuzo são os dois melhores autores masculinos do site. Eu também, depois de muito tempo, publiquei recente. Bjs, Val.

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Candir, fazia tempo que você não publicava. Neste conto você deu o serviço completo do cardápio de erotismo no mundo liberal e Cuckold. A receita veio perfeita. - O começo do aprendizado com o casal de amigos. - aos poucos foram acrescentando, mais casais, e as brincadeiras se incrementando. O pacto do casal de não haver troca, vai sendo colocado à prova. - O traço meio conservador e também devasso do Bruno, relutando internamente entre liberar a noiva e manter o casal sem trocas, - a Kelly desenvolvendo as fantasias e desejos, e forçando a barra para que o noivo libere de vez. O preconceito enrustido contra o Cuckold, mostrando o jeito pejorativo de chamar o Cadu de corno, revelando essa postura, as mulheres mais safadas, os homens sem perdoar ninguém, loucos para comer a mulher do Bruno, e o Bruno cheio das suas restrições, mas aos poucos preparando o terreno para ser tornar o corno. Mesmo que induzido, ele aceitou, e depois se arrepende. A bissexual assumida, adorando provocar a noiva para fazer a Kelly ter vontade de dar para o João. A Bia insatisfeita com o Cadu, mas ligada a ele. Ou seja, um coquetel completo de reações, de dramas internos de moral e de consciência, o personagem que sofre mas ao mesmo tempo deixa rolar, no fim, perdoa a noiva e acaba sendo trocado. O casamento com a outra, e a reviravolta total na história. A vergonha e dificuldade do Bruno em admitir que aceitou ser corno, pois ainda tem preconceito com isso. É um conto repleto de detalhes e situações que permitem muitas leituras e abordagens. E escrito num texto fácil e fluente. Maravilha. Faz faz falta contos desse naipe.

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