Stella falou durante uns vinte minutos, mais ou menos. Agradeceu pelo trabalho que estávamos fazendo, disse que a intenção da reunião era apenas para que todos a conhecessem, que não haveria nenhuma mudança no momento, porque as coisas estavam indo muito bem. A única coisa que iria mudar é que agora ela estaria ali para ajudar também. Disse que César seria seu braço direito e seu mentor, que estava ali para poder aprender com ele, que a empresa só conseguiu recuperar o sucesso que teve no passado por causa dele e também pelos esforços de cada um ali na sala. Disse que a porta do escritório dela sempre estaria aberta para atender qualquer funcionário.
O discurso dela foi curto, porém ela passava confiança com sua forma clara de se expressar e segurança na firmeza de sua voz. Quando terminou, acho que só eu não aplaudi. Até Layla bateu palmas durante um tempo, mas parou quando se tocou que eu estava quieta e com cara feia.
Bom, ela saiu, e os dois que chegaram com ela e César a seguiram. César encerrou a reunião e voltamos para a sala. Layla estava com uma carinha meio triste.
Karla— Que carinha é essa?
Layla— A ruiva saiu abraçada com aquele cara.
Karla— Meu Deus, já está apaixonada! Kkkkk
Layla— Não, doida, mas eu achei ela tão linda. Já vi que não tenho chances.
Karla— Talvez sejam amigos.
Layla— Pode ser, mas deixa pra lá. Me fala o que achou do discurso da sua inimiga mortal. Kkkk
Karla— Foi bom, mas sinceramente não quero ficar falando sobre ela. Eu me irrito só de lembrar que ela existe.
Layla— Já entendi, não toco mais no nome dela. Vamos trabalhar que é melhor.
Os dias foram passando e nada de novo aconteceu. Layla não tocava no nome de Stella, minha mãe também não falou mais nada e nem perguntou nada sobre ela. Eu cruzava com ela às vezes no corredor, mas ela simplesmente fingia que eu não existia. Ela nem pro meu lado olhava. Tudo que eu precisava resolver eu resolvia com César, e pelo jeito alguém pediu para ele não tocar no nome dela comigo, porque ele nunca comentou nada sobre ela.
Para mim estava ótimo, mas só a presença dela ali ou as vezes que a via já me irritava. Mesmo assim, as coisas iam muito bem no trabalho. Eu e Layla já tínhamos começado a nos destacar; quase sempre nossos projetos eram os escolhidos pelos clientes da empresa. Eu estava muito feliz e animada com isso.
Eu e Layla continuávamos nos pegando, e isso acabou gerando um problema. Com o passar do tempo, a gente foi meio que ficando mais soltinhas. Tipo, era só bater tesão e a gente se pegava. Já tínhamos transado no carro dela, no estacionamento do prédio, no meu quarto, em banheiro de boate.
Bom, um belo dia Layla saiu para ir ao banheiro, e quando ela saiu eu dei uma viajada na bunda dela. Pensei um pouco e, depois de um tempo, resolvi ir atrás dela. Era complicado resistir à bunda dela. 🤭
Quando entrei no banheiro, ela estava de costas lavando as mãos no lavatório. Eu cheguei por trás e dei um tapa na bunda dela. Ela levou o maior susto, mas quando viu que era eu, deu um sorriso safado. Eu já fui beijando ela e levando para um reservado. Ela disse que era perigoso. Eu disse que era só a gente ser rápidas que não teria problema.
Eu só levantei minha saia até a cintura e movi minha calcinha de lado e pedi para ela me chupar. Ela se abaixou e colocou meu pé em cima do vaso e caiu de boca. Eu coloquei a mão na boca para abafar os gemidos. Layla sabia direitinho como me levar ao orgasmo, sabia como usar sua língua na minha menina, e logo eu estava gozando na boca dela.
Assim que consegui recuperar minhas forças, eu já fui direto beijar ela. Levantei sua saia e coloquei a calcinha de lado, coloquei dois dedos dentro da sua menina e fodi gostoso enquanto beijava sua boca para conter seus gemidos. Ela logo se contorceu toda e gozou nos meus dedos.
Fiquei beijando ela até ela se recuperar. Nos olhamos e rimos da nossa loucura, mas meu sorriso sumiu quando ouvi passos dentro do banheiro. Achei que era alguém entrando e fiz sinal de silêncio para Layla.
Mas o barulho foi ficando mais distante. Seja lá quem fosse, não estava entrando, mas sim saindo do banheiro. A pessoa estava ali dentro enquanto eu e Layla estávamos transando no reservado.
Naquele momento bateu o desespero. Provavelmente, a pessoa ouviu a gente. Mesmo que a gente tenha feito o mínimo de barulho possível, ali dentro dava para ouvir. Layla tentou manter a calma, como sempre, e disse que ela iria sair e olhar para ver se via quem era e a gente daria um jeito.
Ela saiu e eu fiquei no reservado esperando. Logo ela voltou e disse que no corredor já não tinha ninguém. A gente se limpou, lavou as mãos e Layla falou que iria primeiro e que eu deveria dar um tempo e depois sair. Eu concordei, mas fiquei ali muito preocupada. Se isso se espalhasse na empresa, poderia trazer problemas. Fora que ninguém sabia de mim e Layla; preferimos não falar para ninguém, até porque para muitos isso seria muito difícil de assimilar.
Depois de uns 5 minutos, eu saí. Quando entrei na sala, Layla não estava com a cara muito boa.
Karla— O que houve? Descobriu quem era no banheiro?
Layla— Acho que sei quem era, a presidente.
Karla— Como assim?
Layla— Quando virei aqui no corredor da sala, ela estava parada logo no final do corredor. Quando me viu, deu um leve sorriso e saiu em direção à sala dela.
Karla— Pqp, tinha que ser justo ela!?!
Layla— Calma, provavelmente não vai acontecer nada.
Karla— Você que acha. Agora ela tem um jeito de me ferrar. Não acredito que isso está acontecendo.
Layla— Ei, fica calma, por favor. Vamos pensar direito e nervosa assim você só vai piorar a situação.
Eu ia responder, mas alguém bateu na porta da sala. Layla pediu para eu me acalmar que ia ver quem era. Quando ela abriu a porta, vi que era Liandra, a ruiva que estava sempre grudada em Stella. Provavelmente, era sua assistente pessoal. Eu não ouvi o que Liandra falou, mas logo Layla veio e disse que Stella tinha chamado ela para ir à sua sala.
Karla— Ela vai te despedir para me atingir. Eu juro que eu acabo com ela se isso acontecer.
Layla— Pelo amor de Deus, se acalme. Nem sabemos se era realmente ela, e se for mesmo ela, não sabemos se ela sabe que era você lá comigo e, mesmo se souber, deixa eu primeiro saber o que ela quer.
Karla— Você é muito idiota mesmo! Ela sempre fez de tudo para me prejudicar e vai fazer de novo, e eu que dei o motivo dessa vez.
Eu disse aquilo quase gritando. Stella me tirava do meu normal, eu estava com muita raiva.
Layla— Vou tentar dizer isso da maneira mais educada que eu consigo. Se você levantar a voz para mim de novo, não precisa de ninguém me despedir. Eu mesma faço questão de não trabalhar com você nunca mais. E se você me chamar de idiota de novo, a coisa não vai prestar. Você me entendeu?
Eu nunca tinha visto Layla daquele jeito. Ela realmente estava falando sério e eu me toquei na merda que tinha feito.
Karla— Desculpe, isso é tudo culpa dela.
Layla— Não é culpa dela. Ela não fez nada até agora. Você que está totalmente descontrolada. Por favor, se acalme e me espera aqui. Vou até a sala dela. Vê se não faz nenhuma besteira até eu voltar.
Karla— Você tem razão, me desculpe.
Layla saiu e eu fiquei ali esperando. Respirei fundo, contei até cem, fiz de tudo para me acalmar. Eu tinha perdido o controle e acabei magoando minha melhor amiga. Espero que ela me desculpe.
Mas eu juro que se Stella demitir ela, eu vou quebrar a cara dela de novo. Eu que arrastei Layla para dentro daquele reservado. Não seria justo ela pagar por um erro meu.
O tempo demorou a passar, mas Layla voltou. Estava com uma cara boa. Eu já fui direto perguntar o que tinha acontecido.
Layla— Era ela mesmo no banheiro e ela sabe que era nós duas dentro do reservado.
Karla— Meu Deus, que merda!!!
Layla— Calma, está tudo bem.
Karla— Como assim está tudo bem?
Layla— Vamos sentar e você se acalma, e eu te conto o que aconteceu, ok?
Karla— Está bem.
Sentamos, Layla pegou um copo de água para mim. Eu bebi e até me acalmei porque Layla estava com uma cara boa. Provavelmente, estava mesmo tudo bem. Layla se sentou e começou a falar.
Layla— Ela me chamou para pedir para nós duas não fazermos aquilo aqui de novo, porque se alguém ficar sabendo disso, pode sair comentando e isso pode prejudicar a gente aqui dentro. Porque só por sermos mulheres, alguns já olham torto para a gente. Mesmo nos dias de hoje, ainda tem muito machismo dentro da maioria das empresas. Se um boato desse se espalhar, com certeza algum idiota pode usar isso para tentar prejudicar a gente. Ela disse que não se mete na vida pessoal de nenhum funcionário, mas que aqui dentro da empresa, ela não quer esse tipo de coisa. Que da porta para fora, ela não tem nada a ver com nossa vida e só estava pedindo isso pro nosso bem.
Karla— Sério que ela só falou isso?
Layla— Não. Ela contou como sabia que éramos nós duas, porque esperou no corredor para saber com quem você estava e elogiou nosso trabalho.
Karla— Me conte tudo, por favor.
Layla— Ela disse que foi ao banheiro dos funcionários porque o da sala dela deu um problema no encanamento. Ela disse que viu você entrar no banheiro e pensou em voltar para trás, mas estava muito apertada. Aí, esperou um pouco e, quando imaginou que você estava dentro do reservado, ela entrou em silêncio e foi lá pro último. Ela disse que não ouviu você sair, aí foi sair rápido, mas ouviu os gemidos quando passou perto da porta do reservado que a gente estava. Imaginou o que estava acontecendo, saiu e ficou no corredor para ver quem estava com você, já que com você ela não poderia falar.
Aí, quando me viu, foi para sua sala e pediu para Liandra me chamar. Disse que ela mesma quis falar comigo porque achou melhor não contar para meu pai. Disse que nós duas somos as melhores aqui, que admira muito nosso trabalho e não queria que a gente se prejudicasse por causa disso. Por isso, pediu para a gente não repetir aquilo aqui dentro da empresa.
Karla— Só isso?
Layla— Só isso. Ela disse que só falou comigo e com Liandra sobre o assunto e não vai comentar mais com ninguém.
Karla— Muito estranho!
Layla— Por que estranho?
Karla— Ela tinha a faca e o queijo na mão para me prejudicar e ela não o fez. Bem pelo contrário, ela tentou me ajudar.
Layla— As pessoas mudam, Karla. Provavelmente, ela mudou.
Karla— Pode ser.
Layla— É, espero que você também mude, porque você me magoou hoje. Não pense que esqueci o que você fez, não, porque não esqueci. Te desculpei, mas não esqueci, ok?
Karla— Sinto muito mesmo, Layla. Prometo que nunca mais vou agir daquele jeito com você. Foi mal mesmo.
Layla— Tudo bem. Só não esqueço que você prometeu.
Karla— Não vou esquecer.
Será que Layla tinha razão? Stella realmente mudou e me deixou viver minha vida em paz?
Provavelmente sim. Acho que ela fez tudo que fez por causa do Gustavo. Ela provavelmente amava muito ele para ter me traído como traiu. Talvez esse tempo fez esse sentimento acabar e hoje ela voltou a ser a garota legal que era. Bom, isso só o tempo vai dizer, mas não vou abaixar minha guarda.
Quando o expediente chegou ao fim, eu fui para casa, meio triste por ter magoado Layla. Eu agi muito errado com ela, deixei a raiva me cegar. Pensei também em Stella; será que ela realmente mudou?
Cheguei em casa e tomei um banho. Falei com Lúcia um pouco antes dela ir e fui brincar com Sophia, mas não durou muito porque ela estava dormindo cedo ultimamente.
Achei estranho que minha mãe ainda não tinha chegado. Aí, quando fui mandar mensagem, ela chegou, veio até mim, me deu um abraço e me levou até o sofá. Sentamos e ela disse:
Mãe— Preciso conversar com você sobre um assunto muito delicado e íntimo, filha.
Não acredito! A Stella com certeza tinha me entregado para minha mãe!! FDP!!!
Continua…
Criação: Forrest_gump
Revisão: Whisper