Esta é a história de dois vizinhos que transformaram a vida um do outro de uma forma totalmente inesperada. O primeiro deles é Douglas, um rapaz loiro e de olhos azuis, com corpo atlético de 1,95m de altura e levemente bronzeado pela prática de esportes ao ar livre sob o sol. Para muitas pessoas, ele era belíssimo e seria o par perfeito, não fosse sua timidez, tão grande quanto ele próprio. É claro que ele já havia beijado algumas meninas, muitas delas vinham até ele para isso sem que ele precisasse tomar qualquer atitude, mas até a altura dos 18 anos que acabara de completar, nunca havia namorado uma menina e, pior, permanecia virgem. O outro é Gabriel, um nerd pálido de olhos e cabelos castanhos e 1,80m de altura, com corpo de aspecto magro, mas sem tonicidade e que disfarçava um discreto sobrepeso. Ao contrário de Douglas, Gabriel não era mais virgem e já havia conhecido muitas garotas ao longo dos seus 29 anos e meio de vida, embora tivesse uma trajetória romântica inconstante, cheia de altos e baixos. Enquanto boa parte de seus amigos começava a casar e ter filhos, Gabriel continuava solteiro e com as mesmas dificuldades de sempre com as mulheres.
Ele se mudara para o condomínio em que Douglas vivera a vida inteira aos 22 anos, logo depois de sua formatura na faculdade de medicina. Fora um aplicado acadêmico, notório pelo bom humor e prodigiosa inteligência, e mostrou-se em pouco tempo um profissional brilhante. Neste primeiro momento, um pouco notou o outro. Douglas não tinha muito mais do que uma década de vida e continuava confinado à sua realidade infantil, enquanto Gabriel era um rapaz no auge de sua juventude e que gozava das benesses de ser um médico endinheirado e precocemente reconhecido. No entanto, logo depois, Gabriel tornou-se amigo dos pais do pequeno Douglas, que passou a percebê-lo e considerar o espirituoso e bem resolvido Dr. Gabriel como um modelo de conduta. Douglas realmente admirava e se espelhava no vizinho, e por algum tempo foi assim. Foram necessários alguns anos, o início da puberdade de Douglas e um encontro inusitado para que tudo começasse a mudar.
Certo dia, Douglas se dirigiu com alguns amigos até o complexo de piscinas do condomínio para nadar durante uma tarde escaldante de verão. Lá, encontrou Dr. Gabriel pensativo à beira d'água, sentado sozinho sobre a borda de uma forma que ele nunca havia visto. Recém saído de um mergulho, ainda estava com o corpo molhado e vestia apenas uma sunga completamente estufada por largas e pesadas nádegas brancas que amparavam uma frágil e delicada cintura. As poderosas e macias coxas leitosas se encontravam derramadas displicentemente sobre a superfície da borda quando ele percebeu a aproximação dos rapazes e decidiu se levantar. Cumprimentou o vizinho e seus amigos com um belo sorriso simpático e se retirou. Douglas não conseguiu tirar os olhos do corpo de Gabriel enquanto ele se afastava e jurou ter percebido um reservado gingado de quadris no caminhado do vizinho. Era uma silhueta realmente incomum para um homem, Douglas não entendia como nunca havia reparado naquilo. Contudo, a bem da verdade, ele não fora o primeiro. Gabriel não fazia ideia, mas essa era uma das razões pelas quais tinha tanta dificuldade em encontrar um amor. Suas namoradas e pretendentes podiam elencar múltiplas qualidades, mas reclamavam de seu corpo estranho e de como isso o tornava pouco atraente sem roupa.
A perturbação na mente de Douglas causada pelas curvas de Gabriel foi tamanha que ele dispensou os colegas e retornou para casa não muito depois. Trancado em seu quarto, entregou-se a inenarráveis fantasias envolvendo o vizinho. A timidez de Douglas escondia o apetite sexual voraz e selvagem, típico dos adolescentes, jamais concretizado e apenas restrito à imaginação, mas que surpreenderia qualquer um que o conhecesse. A partir desse momento, Dr. Gabriel seria a mais brilhante estrela da constelação que povoava os sonhos eróticos de Douglas, e com a delicada alcunha de Gabi, sem jamais recuperar o posto de ídolo que detinha antes. Naturalmente, essa revolução perceptiva causou confusão, desconforto e pesar na consciência de Douglas. Ele não queria desejar comer seu bom camarada de anos, ou qualquer outro homem. Para que pudesse deleitar-se novamente sem culpa com a imagem das amplas e férteis ancas do vizinho na cabeça durante suas longas e repetidas sessões onanistas, convenceu-se de que se tratava apenas de uma fase passageira, um desvio comum durante o despertar sexual adolescente que logo se corrigiria por conta, mas isso não aconteceu. Então passou a dizer a si mesmo que o problema estava no corpo de Gabi, não em seu desejo. A pulsão viril e feminizadora que sentia conservava intactas sua masculinidade e heterossexualidade, ao menos em sua cabeça, e dessa forma as coisas prosseguiram por mais alguns anos tranquilamente. Com o tempo, cada elemento da imagem que Gabriel conservava como homem na cabeça de Douglas foi sendo erodido, descortinando o que o jovem vizinho acreditava ser a natureza feminina e delicada subjacente de Gabi. Douglas passou a perceber não só os mamilos rosados e lábios vermelhos e carnudos do vizinho médico, mas como ele era gentil, doce e plácido, o carinho e zelo que ela devotava aos animais e à caridade e como vivia tentando elevar o seu moral com palavras amáveis. Gabi não era um homem afeminado, era uma princesa aprisionada em uma torre de falsa masculinidade que precisava ser salva.
A chegada do estirão fez Douglas crescer muito e rapidamente, e conferiu-lhe uma fisionomia máscula. De repente, o alto vizinho e objeto constante de suas fantasias, já não parecia tão grande como antes. O número de vezes em que ele encontrou Gabi apenas de sunga passou a ser incontável ao longo dos anos, e não foram poucas as vezes em que Douglas fantasiou agarra-lo à força. Gabi com certeza não seria capaz de resistir, era mais fraco do que Douglas, que parecia estar cada dia mais definido e musculoso naturalmente. Mas nada nunca aconteceu, para a sorte de todos.
Seus destinos foram selados apenas recentemente, em mais um encontro no complexo de piscinas. Logo que os dois se viram, Douglas percebeu que Gabi estava diferente. O jovem rapaz havia decorado as formas de sua obsessão adolescente ao longo dos anos e não foi preciso mais do que alguns segundos para perceber o que havia mudado. A pele de alabastro molhada do vizinho reluzia mais que o habitual, pois a fina cobertura de pelos escuros que ela sempre tivera em algumas poucas partes do corpo havia desaparecido. Aquilo deixou nosso jovem herói desconcertado. Por que Gabi insistia em negar o destino que a natureza reservara para ela? Ela ali, daquele jeito, completamente depilada, estava mais fêmea do que nunca, indiscutivelmente mulher, ao menos se vista de costas. Foi então que ele pensou. E se ela não estiver negando o chamado da natureza? E se ela estivesse consciente do corpo que possuía? Será possível que ele gostasse da ideia de que fizessem com ele exatamente o que Douglas há anos ansiava em fazer? Qual outra razão haveria para que o vizinho tivesse se depilado? Talvez ela estivesse tentando melhorar sua hidrodinâmica, Gabi estava sempre nas piscinas, parecia gostar de nadar, embora fosse tão desajeitada nessa prática esportiva quanto em qualquer outra. Estaria ela tentando seduzir alguém ou comunicar uma mensagem a algum possível interessado mais ousado? Estaria ela tentando seduzir Douglas? Ele frequentemente surgia com uma nova namorada, mas não poderia ser essa apenas uma fachada? Gabi não poderia ser bi?
Douglas estava certo, ao menos em parte. O que Gabriel, ou melhor, Gabi escondia de absolutamente todos é que ele fantasiava desde a pré-adolescência em ser possuído por um homem e frequentava ambientes virtuais em que podia dar vazão a essa faceta de sua personalidade. Ele ainda enxergava a si mesmo como homem na maior parte do tempo e sentia atração por meninas, mas o desejo de se sentir mulher crescia cada vez mais dentro de si. Gabi era mesmo bi. Depois de um término traumático, em que sua namorada havia sido flagrada com outro, ele decidira que havia chegado a hora transcender a fantasia e deitar-se com um homem de verdade. Consciente das suas formas relativamente afeminadas que por anos comprometeram sua autoestima, depilou-se e encomendou pela internet peças de roupa feminina e até uma peruca. O que Gabriel não esperava era despertar a atenção de alguém tão próximo dele. Não considerava seu corpo particularmente bonito e por isso mantinha a guarda baixa dentro do condomínio, sem imaginar que alguém poderia notar sua depilação ou toda a abundante beleza que uma sunga era incapaz de esconder. Nunca havia lhe passado pela cabeça que o pequeno Douglas, que ele havia visto crescer, pudesse desejar fazê-lo mulher há tanto tempo.
Douglas decidiu que precisava tomar alguma atitude pela primeira vez na vida. Ele não sabia ao certo o que fazer, mas já era um homem feito e seu corpo gritava para que se tornasse um com Gabi. Claro que ele se sentia ridículo. Gabriel era um homem, um profissional sério 11 anos mais velho que poderia ou não ser gay, e que provavelmente não era. Mas então ele lembrava da depilação e, outra vez, sentia-se confiante. Douglas, apesar de muito inseguro, estava ciente de que chamava a atenção por seu porte físico. Nos momentos de excitação, alimentava pensamentos narcisistas de que, se Gabi desejasse um homem, seria alguém como ele. Deliciava-se costumeiramente com a fantasia em que Gabi se demorava deleitada e estarrecida com seu pênis quente e ereto na boca.
Paralelo a isso, Gabriel empilhava frustrações com os anúncios que publicava e em suas conversas em salas de bate-papo. Ele fez muitos amigos e um sucesso surpreendente, algo que nunca havia feito como homem. Pela primeira vez sentia-se linda e desejada de verdade. Porém, os pretendentes eram uma frustração. Inicialmente, ele achou que não se importasse com aparência, mas percebeu que conseguia se imaginar na cama apenas com aqueles homens de corpo estereotipadamente másculo. Os poucos que se encaixavam nesse quesito estavam longe, alimentavam fantasias de submissão ou, ao contrário, eram drogados e violentos. A maioria era composta por homens gordos e peludos de meia-idade ou meninos punheteiros de pau pequeno. Apesar disso, ele não desistiu e continuou sua busca.
Certa feita, Douglas, que havia aguçado o desejo por crossdressers e transexuais graças a Gabi, embora se queixasse que a maior parte delas carecesse da feminilidade e beleza necessárias para excitá-lo de verdade, encontrou um anúncio enquanto navegava pela internet de uma belíssima crossdresser de 29 anos vestindo um provocante maiô. Ela se chamava Bianca e conseguia ser ainda mais feminina que Gabi, o que o fez pensar que se tivesse uma chance com ela, com certeza seria capaz de tirar a vizinha de sua cabeça para sempre. Ele então decide contatá-la mesmo sabendo que não se encaixava na faixa etária indicava pelo anúncio de 30 a 35 anos. Mentindo ser mais velho, logo ele entra em contato com ela. Embora Douglas não fosse nenhum gênio, era maduro o suficiente para conseguir enganar que tinha 30 anos. Já Bianca não era exatamente exigente com atributos intelectuais e psicológicos, embora buscasse um ativo convicto, dominante, estável e que proporcionasse a segurança e o sigilo necessários para consumar uma relação. Por isso ambos se deram muito bem e já estavam conversando animadamente por horas, trocando inclusive algumas fotos comportadas de Bianca usando biquínis diversos e do dorso musculoso sem camisa de Douglas, que foi muito elogiado por Bianca pela boa forma física. Tudo ia bem até Douglas contar exatamente em que parte da cidade vivia, sendo bloqueado por Bianca logo em seguida.
O rapaz ficou desapontado, estava realmente gostando dela, mas pelo menos ainda tinha suas fotos maravilhosas. Foi só aí que ele percebeu a pinta na perna direita de Bianca com o tamanho de uma pequena ervilha, que destoava da alvura do resto da sua roliça coxa de moça. Gabi também tinha uma pinta no mesmo lugar, mas não era só isso. Na verdade, em cada parte descoberta aparente nas fotos, os sinais batiam com as numerosas pintas e sardas no corpo de Gabi. Para completar, ambas contavam com a mesma idade. Douglas não podia acreditar, Gabi e Bianca só podiam ser a mesma pessoa. Era impressionante, montada Gabi era praticamente uma mulher. Inconformado e cheio de coragem, ele vai até o apartamento de Gabi confrontá-la. Ele bate a porta de madrugada, e com atraso ela atende impaciente o menino usando apenas um roupão:
- Douglas? Mas que horas são essas? Você precisa de alguma coisa?
- Gabi, sou eu.
Ele nunca havia chamado Gabriel de Gabi em sua frente. Ele aproveita e mostra o tanquinho. Gabi demora a ligar os pontos, mas quando o faz, o seu estômago se embrulha.
- Não precisa ter vergonha. Me deixa entrar.
- Quê? Do que cê tá falando? É melhor não, Douglas, tá tarde.
- Nós estávamos conversando até agora, não acho que você vá dormir tão cedo.
- Do que cê tá falando? Eu estava dormindo até agora, você me acordou!
- Não, não está. Você nem está de pijamas
- É assim que me visto à noite.
- Você está de biquíni por baixo.
Ao falar isso, ele puxa parte do roupão e evidencia uma alça da peça. Gabriel se irrita e diz que falará com os pais de Douglas - mesmo sabendo que não faria isso de qualquer forma, afinal, seria impossível de contar a história sem que ficasse insuportavelmente constrangedor. Rendida, ela aceita que ele entre para que não façam barulho na madrugada.
Ambos conversam e Douglas admite sua atração de longa data por Gabi. Conta que ele já desconfiava e que pensava em formas de abordá-la. Gabi questiona que o homem na conversa era muito mais velho, mas logo percebe que o menino havia simplesmente mentido a idade. Ela diz que isso era errado, que os dois se conhecem há anos e que não seria correto da parte dela. Cansado de tanta resistência, Douglas abre o zíper da calça, sacando para fora seu mastro. O longo corpo peniano pálido, retilíneo, grosso e imponente como uma enguia era coroado com uma glande rosa poderosa que chocou Gabi até o âmago de sua alma. Ela súbita e espontaneamente se torna lânguida e faz uma doce vocalização de espanto e admiração. Carente e tocada pela declaração do vizinho, ela já não precisava de mais nada. Ela pede um minuto para se arrumar, levanta-se e dirige-se para o seu quarto. No meio do caminho, deixa o roupão cair e mostra o biquíni delicioso que usava. Meio minuto depois ela volta, de peruca e com o mesmo biquíni de antes. Mantém a cabeça baixa, não olha para Douglas e não fala nada. Ajoelha-se diante das pernas abertas do jovem vizinho e dá uma última encarada no pênis do vizinho. Como tudo isso permaneceu escondido tanto tempo bem abaixo do seu nariz? Só então ela abocanha o membro a sua frente de forma bastante desengonçada. Pelo menos o sabor do pênis não lhe incomodava, diferentemente da almiscarada e adstringente vagina.
Gabriela tentava se soltar, mas cada novo instante era seguido de uma nova resistência que a impedia de aproveitar aquele momento tão esperado. De repente, sem maiores explicações e com um pênis na boca, a ficha caiu na cabeça de Gabriela. Ela nunca havia notado o seu jovem vizinho, mas ele havia crescido e se tornado um homem que era tudo que ela poderia desejar em um macho, embora de uma forma que ela não imaginava, e que a deseja ardentemente ainda por cima. Como uma represa que acaba de romper, seu desejo tomou conta de sua mente em uma avalanche e ela se entregou a uma mamada épica. Podia até ser a sua primeira, mas sua natureza nunca havia sido tão clara, e ela soube dar um show. Olhava no fundo daqueles olhos cor de gelo , lambia com fervor o tanquinho delicioso de Douglas e sentia-se eufórica com a delícia daquele momento. Ela sempre quis um moreno ou negro, ligeiramente mais velho, mas ali ela percebeu que queria mesmo um loirinho mais jovem e dominante como ele se mostrava. Ele goza, ela se toca e goza também, e então vem o remorso. O que ele estava fazendo? Era homem, bem mais velho, gostava de mulheres e ele havia acabado de realizar sexo oral no menino que ele havia visto crescer enquanto usava biquíni e peruca. Ele estava arruinado. Pensava ele que Douglas jamais o veria com o respeito que ele achava que o jovem nutria, desconhecendo a extensão a verdadeira depravação dos desejos de Douglas por longos anos. Ele chora com o rosto ainda sujo de porra, a garganta com o forte gosto de sêmen. Gabriel se sente profundamente envergonhado, enquanto Douglas está triunfante. A velha timidez havia indo embora, a partir daí, o rapaz seria expansivo, dominante e até um pouco arrogante e provocador. Logo ele volta a ter uma nova ereção e os atos libidinosos tomam vez novamente, com direito a pegar Gabi no colo, que deu uma gargalhada feminina de puro deleite de ser erguida tão fácil por figura tão viril. Outro vez ele gozou, e uma terceira ereção aconteceu que foi tratada pela boca sedenta de Gabi.
Antes de uma quarta vez, Gabi tratou de mandar Douglas embora. Ela estava mesmo devastada, pensa bobagens, mas não pode evitar de se masturbar inúmeras vezes pensando no que havia acontecido. Isso não era para ter acontecido, não com um loiro, não com um cara sem pelos, não com um bombadinho alto e, acima de tudo, não com um conhecido e ainda onze anos mais jovem! Ela sentia-se humilhada, humilhada em ser dominada por alguém tão mais jovem. Humilhada em ceder para o tipo de cara que costumava traçar suas ex-namoradas. Ele havia prometido que, como mulher, recompensaria homens como ele, mais cheinhos e menos destacados. Essa humilhação, entretanto, estranhamente alimentava seu tesão.
Douglas, por outro lado, estava realizado. Estava por cima, havia recebido um boquete da mulher que ele sempre amou e sentia-se o macho do pedaço. Os dias passaram e Gabi mantinha-se aterrorizada com a possibilidade de que Douglas contasse o ocorrido para alguém. É a vez dela procura-lo. Embora Gabi tentasse impor-se como homem em posição até de ascendência sobre Douglas, a dinâmica entre os dois estava consolidada. Ela era a moça preocupada com a possível mácula em sua honra, decorrente de se entregar inadvertidamente a um sedutor. Ele, o viril e ativo, mantinha-se tranquilo. Apesar do seu jeito brincalhão, que incomodava e humilhava Gabriel, ele mostrou a maturidade pela qual era conhecido e garantiu que tudo permaneceria em sigilo para sempre. Repetindo a dose ou não. No entanto, manifestou que não achava certo que eles interrompessem a relação agora, tendo em vista que os dois tinham tanta química, e garantiu que não desistiria dela tão fácil. Excitada e lisonjeada, ela agradece a discrição do amante, mas dissuade o rapaz de qualquer esperança. Dezoito longos dias se passam, torturantes para Gabi, mas muito bons para Douglas. Com a confiança adquirida, ele vai a quatro festas onde descola novos boquetes de meninas universitárias. Nada como a sua morena Gabriela, a conquistada, mas ainda incrível. Para Gabriela, perdurava uma amarga humilhação, havia sido vencida, mas a acalmava o fato de que seu segredo estava seguro, embora fosse acometida por arroubos de ansiedade ao pensar que o adolescente, pelos vícios da imaturidade, poderia trair-lhe a confiança. Soma-se a isso a vontade que crescia como uma bola de neve de ter um novo encontro com aquele menino que ela passou a odiar por tê-la arruinado. Casualmente, eles se encontram na piscina, como sempre fizeram. Ela consegue manter a civilidade, a conversa é amena e agradável, como se nada nunca tivesse acontecido. Mesmo odiando-o, era impossível não admirá-lo, ele realmente era um homem e agora ela finalmente havia percebido. Dava também para notar o volume na sunga do safado que crescia enquanto a conversa se desenrolava. No fim, ele convida-a galantemente para assistir um filme, mas ela declina.
Mais 32 dias se passam. Neles, Douglas perde a virgindade com outra menina depois de uma festa. Os tempos de timidez acabaram. Eles se encontram outras cinco vezes, todas seguidas de um convite aparentemente despretensioso de Douglas, cheio de segundas intenções com Gabi, que se tornara o apelido de Gabriel sem protesto, mas que é sempre rejeitado, cada vez de forma mais passiva.
Gabriel pensa em parar de se depilar, mas ela sabe que precisa achar de uma vez um macho para apagar-lhe o fogo, só isso poderia impedir que ela cedesse a Douglas. Acreditava ela que a atração que passara a sentir pelo vizinho decorria apenas da carência e da recente experiência que tivera com ele. Era amor de pica, no entanto, o que Gabi escondia dela mesma é que ela continuava a depilação para continuar linda para o seu loirão. No fundo, ela adorava ser galanteada pelo pivete como um mulherzinha. Se fosse apenas alívio sexual, ela continuaria se masturbando como havia feito pela última década sem grandes complicações.
Mais um encontro entre os dois aconteceu na sauna seca do condomínio. Gabi estava convencida de que o menino a seguia, parte disso a irritava, mas a excitava ao mesmo tempo. Uma mulher nunca parecia ter gostado tanto dele assim. Mais uma vez, o matuto menino, agora cheio de malícia, a convida para um filminho em sua casa, num fim de semana em que seus pais estariam num congresso. Gabi, já exausta e agora surfando a onda do tesão enquanto o menino a comia com os seus olhos cor de gelo, finalmente aceita. Os dois se despedem com um beijo na bochecha, perigosamente próximo do pescoço de Gabi, que expõe a região com submissão enquanto toca delicadamente o braço definido do seu galanteador. O beijo a deixa acesa. Volta para casa e masturba-se repetidas vezes compulsivamente, sempre seguido de um arrependimento seguido de um novo momento de tesão. Cancela o consultório e decide que deve se preparar. Repete a depilação, faz chuca, escolhe, a peruca, lingerie e roupa. Chega na sexta de noite até a porta do apartamento, à paisana, mas usando o seu traje de moça por baixo da roupa de sapo. Douglas a recebe com um pegajoso abraço, seguido de um beijo agora no pescoço perfumado de Gabi, que fica ouriçada. Aquele menino era forte mesmo, como podia sendo tão jovem? Ela pede para usar o banheiro e lá se transforma. Volta para ele, que a elogia e vem para cima. Mas, apesar do tesão, ela ainda se sentia embaraçada e repele a investida, dizendo que veio apenas para ver o filme e que Douglas seria o amigo que conviveria com seu lado mulher e nada mais. Talvez até virassem confidentes. Mulheres possuem amigos homens, não?
Douglas, malandro só como acabara de se tornar, oferece-lhe bebida, ela aceita. Bebe uma, duas, três, cinco doses de vodka. Foi o que bastou.
Os dois começam a assistir a película. Embora cheia de vontade, Gabi rejeita Douglas. Ela acha que se conseguir resistir a ele essa noite, poderá resistir sempre. No entanto, se aninha em seu ombro poderoso. Sem desistir, ele leva sua pequena mão comparada a dele, macia como a de uma mocinha, sobre o enorme volume incansável sob a calça, ela inicia uma delicada massagem. Sem dúvida pela bebida, mas também porque se sentia segura de que Douglas protegeria sua vulnerabilidade, o que a deixava com ainda mais tesão. O clima está irresistível e eles se beijão. Por mais desinibida que possamos imaginar que ela estivesse no primeiro encontro íntimo com Douglas, nada se compara ao que aconteceu a partir daí. Logo, além do áudio do filme, ecoaria pelo luxuoso apartamento dos pais de Douglas o som de engasgo de Gabi engolindo o pau do vizinho. Porém, isso não foi tudo. O principal ainda não havia sido feito e Douglas não perderia a oportunidade. Gabi não resiste, seminua vira as costas para Douglas e empina o bumbum:
- Tá bom, garoto, só vai com calma que é a minha primeira vez - diz sorrindo enquanto afasta suas nádegas perfeitas para oferecer o seu precioso e imaculado orifício cor de rosa a Douglas
Aquele foi um fim de semana intenso. Depois dele, tudo ficara para trás e a autoestima de Gabi foi até as alturas. Uma ponta de humilhação nunca iria embora, mas ela aprendeu a aceitar esse sentimento, que apimentava a relação. Ela nunca havia amado tanto o próprio corpo e se deleitado com o corpo de outro alguém. Sentia-se vingada, mas também vencida pelo bullying que sofrera na adolescência por causa de seu corpo. No fim das contas, seus colegas malvados tinham razão, e que bom que eles tinham razão! Tudo fica mais fácil quando se aceita as coisas como elas são, como simples fatos e não com juízos de valor. Ela percebe que o único obstáculo para a plena consumação da sua relação com Douglas eram suas numerosas camadas de preconceitos de que sempre imaginou ser livre, e não uma rejeição ao tipo físico ou status do rapaz. Na verdade, sem eles, ela realmente preferia Douglas a qualquer outro, pois ele era um autêntico jovem alfa, que ela ansiava que a engravidasse. Tornaram-se amantes sigilosamente. E Gabriel virava Gabriela sempre que se encontrava entre quatro paredes com seu jovem garanhão. O aniversário de 30 anos de Gabriela foi o melhor de sua vida até então. Como ela poderia imaginar de verdade que o orgulhoso Gabriel um dia acharia que o melhor presente que ela poderia ganhar seria ser amarrada como uma porca sobre uma bandeja e fodida a noite inteira? A vida tem dessas coisas.
Permaneceram juntos por anos, até que ele teve de se mudar, já formado. Ele, até para não deixar dúvidas, nunca deixou de sair com meninas, enquanto Gabi era a feliz e fiel mulherzinha de seu macho sabidamente polígamo. Os pais de Douglas aprovavam a relação entre o seu filho e o rapaz mais velho que, na inocente cabeça deles, era um conselheiro mais maduro e amigo antigo da família. Mal sabiam que agora os dois não se encontravam na piscina do prédio, mas na hidromassagem de Gabriela. Muito menos imaginavam as estripulias que os dois faziam nas várias vezes que foram à praia sozinhos. Douglas adorava sua namorada bronzeadinha e com marquinhas, e, com dificuldade, a pálida Gabriela se tornava a moreníssima deusa de pele dourada de seu loiro macho alfa.
O tempo passaria e eles perderiam o contato. Ambos casaram-se com mulheres e, durante um encontro inesperado certa vez, ambos pararam para conversar. Embora enganasse bem e já não conservasse o corpo de outrora, alguém com o olhar treinado de Douglas conseguia ver que o bundão de Gabi ainda perdurava no corpo do agora velho e um tanto simplório Dr. Gabriel. Conversaram sobre tudo e só brevemente sobre seu antigo caso, quase como se tivesse acontecido em outra vida. Ambos nunca mais haviam repetido as coisas que fizeram um com o outro. Ambos mostram fotos dos filhos e esposas. Douglas percebe que a mulher na foto de Gabriel era uma bela coroa casada com que ele havia tido um tórrido romance um ano antes, mas que figurava na fotografia como uma plácida e inocente esposa feliz e angelical com seus três belos filhos e esposo feliz. Preferiu não contar da infidelidade da esposa do velho amigo. Despediram-se para que nunca mais vissem um ao outro mais uma vez.