Minhas Duas Metades #25

Um conto erótico de Ju
Categoria: Lésbicas
Contém 2659 palavras
Data: 05/09/2023 16:30:58
Última revisão: 12/12/2024 01:16:45

Eu e Paola ficamos até o início da noite arrumando tudo e lavando as louças. Era para ter demorado mais, mas Paula nos ajudou. Joanna tinha ido descansar porque dirigiu quase 5 horas e estava cansada.

Quando terminamos tudo, fui olhar meu celular e vi uma mensagem do meu tio dizendo que havia conversado com minha mãe e resolvido alguns problemas do passado com ela. Ele disse que ela poderia ficar alguns dias comigo até resolver o problema da casa. Eu apenas respondi que fiquei feliz por eles terem conversado e que, por mim, tudo bem. Ela podia dormir no meu quarto porque eu ia dormir fora. Também pedi para ele avisá-la.

Tinha uma mensagem de Rebeca avisando que passaria o final de semana com o pai, mas que ligaria no dia seguinte.

Eu e Paola decidimos ir para a casa dela. Nem avisamos Paula, porque ela já estava no quarto com Joanna e provavelmente estavam dormindo. Paola mandou uma mensagem avisando e saímos.

Assim que chegamos à casa de Paola, tomamos um banho e caímos na cama. Eu estava cansada, mas muito feliz. Agradeci a Paola pelo almoço e ficamos ali agarradas uma na outra, trocando carinho.

Eu amava a casa de Paola; era pequena, mas muito arrumada. Eu me sentia bem ali, principalmente com ela.

Perguntei a Paola se ela estava com sono, e ela disse que não, mas queria ficar ali comigo, curtindo uma a outra, e perguntou se eu me importava de deixar para transar de manhã.

Ju: kkkkkkkkkk não foi por isso que perguntei, amor! kkkkkk

Paola: Não!?! Que milagre! kkkkkkk Mas por que então?

Ju: Porque eu queria que você me contasse como resolveu fazer a surpresa e como combinou com Rebeca. Se quiser falar agora, tudo bem; se não, pode ser outra hora.

Paola: Entendi, posso falar agora sim, amor.

Ju: Sou toda ouvidos, então.

Paola: Eu resolvi fazer isso porque, há dois meses, comecei a pensar em um presente pra você. Não queria te dar qualquer coisa; queria algo realmente especial.

Pensei em várias coisas, mas nada me parecia especial o suficiente. Então, comecei a pensar em coisas que você gostava. Pelo que eu conheço de você, o que você mais ama são seus amigos, seu tio e sua mãe.

Bom, envolver sua mãe na época me parecia impossível. Seu tio e seus amigos você vê sempre. Aí sobrou Rebeca, sua melhor amiga e provavelmente a única pessoa que você ama como eu, sei que de formas diferentes, mas provavelmente com a mesma intensidade.

Então, resolvi falar com Rebeca sobre o assunto. A gente pensou em fazer uma surpresa no dia do seu aniversário. Ela já sabia que o pai não iria para o Rio, então poderia terminar as provas na quinta e vir na sexta pra gente fazer algo juntas.

No início, pensamos em um jantar ou almoço, ou algo do tipo, mas não tínhamos decidido nada. Aí, em uma dessas conversas, quando estávamos pensando no que fazer e onde fazer, começamos a sugerir lugares. Você conhece bem a Rebeca, né? No final das sugestões, ela brincou comigo sugerindo um motel, e a gente se acabou de rir. Eu ri junto e pronto.

Porém, comecei a pensar no assunto. Nem sei por que, mas comecei, e com certeza você iria amar passar uma noite em um motel comigo e com Rebeca. Eu sabia que Rebeca toparia, mas o problema era eu. Então comecei a imaginar como seria aquilo, e a ideia começou a me parecer muito interessante.

Resolvi falar com Rebeca. Ela se assustou no início e disse que foi só brincadeira. Mas eu disse que queria levar a ideia a sério, mas precisava de um tempo para resolver se realmente queria fazer aquilo. Rebeca disse que, da parte dela, não teria problema algum, porque ela era de boa com isso, mas só faria se eu tivesse certeza absoluta do que estava fazendo, porque jamais faria algo para atrapalhar nosso namoro.

Então, comecei a conversar bastante com Rebeca sobre o assunto. Ela me ajudou muito nessa decisão, me passou muita segurança falando dos sentimentos dela por você e por mim, do respeito e carinho que ela tem por nós duas. Resumindo, ela foi um livro aberto comigo e me deixou muito mais segura.

Bom, eu não vou negar que acho Rebeca linda e que transar com ela não seria um problema, mas faltava saber um pouco de você sobre o assunto. Por isso, comecei a te perguntar sobre isso de novo. Você deixou claro que, por você, aconteceria se eu não fosse insegura com isso.

Aí comecei a imaginar como seria nós três na cama, tipo ver Rebeca te beijando, te chupando, e ver você fazer o mesmo com ela. Aquilo me deixou com tesão e não com ciúmes. Na verdade, eu tinha me excitado quando você me falou de você, Rebeca e Clara, só que naquela época me deu muito ciúmes também.

Mas dessa vez foi só tesão. Eu juro que fiquei toda molhada deitada nessa cama, imaginando nós três juntas. Bom, a partir daí, me senti pronta para te dar isso de presente de aniversário. Seria algo que eu e você nunca esqueceríamos, e provavelmente nem Rebeca. Seria muito especial e com certeza muito gostoso.

Falei com Rebeca e começamos a combinar tudo. Achamos melhor ser no apartamento do que em um motel; seria tudo mais prático.

Mas quase que deu errado quando você começou a desconfiar que eu estava escondendo algo. No dia em que você me pegou naquela ligação, eu estava falando com Rebeca. Eu já sabia que você estava meio desconfiada por causa do celular. Rebeca tinha me falado, mas disse que tinha te acalmado. Mas naquele dia, percebi que você não acreditou nas minhas desculpas. Vi que você estava diferente comigo. Eu quase te contei tudo no carro quando fui te levar em casa, mas, graças a Deus, não contei.

Liguei para Rebeca desesperada depois que te deixei, mas ela me acalmou. Falou que provavelmente você ligaria para contar e que ela daria um jeito de acalmar você. Pediu para eu não ficar ligando quando você estivesse por perto, pediu para eu apagar nossa conversa no meu celular, tirar a senha e voltar a agir normal, e principalmente ser mais carinhosa com você.

Bom, assim eu fiz. Na sexta, ela chegou, e preparamos tudo. O resto você já sabe.

Ju: Depois que passamos a noite juntas, eu já imaginava que era Rebeca na ligação daquele dia, que colocou senha e parou de deixar seu celular perto de mim com medo de eu descobrir algo.

Paola: Desculpe por ter mentido para você, amor, mas eu precisei mesmo. Foi por uma boa causa.

Ju: Amor, não se preocupe com isso. Eu fiquei muito triste por achar que você estava me escondendo algo. Não vou mentir que pensei besteira; tenho trauma com isso pelo que já me aconteceu. Mas, de verdade, eu não estou nem um pouco chateada com você, tá?

Paola: Que bom, amor.

Ju: Rebeca disse quanto tempo vai ficar aqui?

Paola: Sim, 20 dias, e ela quer que a gente vá com ela pro Rio, se a gente puder.

Ju: Você quer ir?

Paola: Eu queria, amor. Eu amei tudo lá, mas só iremos se você quiser.

Ju: Se meu tio me liberar, a gente vai sim, amor.

Paola: Bom, então vamos passar um mês perto da Rebeca, né?

Ju: Pergunta logo o que você quer, amor! kkkkk

Paola: Como você sabe que quero perguntar algo?

Ju: Você mordeu os lábios! kkkkk

Paola: kkkkkk tá bom, você me pegou. Vamos ficar as três de novo?

Ju: Amor, Rebeca disse que ficaria se a gente quisesse, desde que seja com as duas. É óbvio que eu também só aceito assim, então só depende de você. Eu topo, mas se quiser parar por aqui, tudo bem. Pra mim é tranquilo, e com certeza pra Rebeca também.

Paola: Amor, da minha parte vai acontecer de novo, sim. Eu gostei bastante, não senti ciúmes nem me senti insegura em momento algum. Então, se rolar de novo, eu tô dentro! kkkk

Ju: kkkkkk gostou, né? kkkk Tá bom, amor, deixa ver o que rola.

Paola: Sim, gostei. Rebeca é uma delícia, amor. Estou falando porque sei que você também acha! kkkk

Ju: É verdade, eu acho sim! kkkkk

Ficamos ali provocando uma a outra e, no fim, Paola voltou atrás no que tinha dito e fizemos amor gostoso antes de dormir.

Acordamos no outro dia cedo e seguimos para o apartamento para tomar café com Joanna e Paula. Conversamos bastante; elas eram muito gente boa, me tratavam como alguém da família, e eu amei.

Fiquei ali com elas até as 10 horas. Pedi a Paola para me levar em casa porque ainda tinha que conversar com minha mãe. Ela perguntou que horas a gente se veria de novo, e eu disse que provavelmente à noite, porque eu queria falar com minha mãe e depois tinha que trabalhar até as 21 horas, mais ou menos.

Aí ela disse para eu ir no carro, porque ela ia aproveitar para passar um tempo com a irmã. À noite, eu podia vir, e a gente ia pra casa dela dormir lá, já que minha mãe provavelmente iria ficar no meu quarto de novo. No início, não queria aceitar ir no carro dela, mas ela acabou me convencendo que seria o mais prático, e eu concordei.

Quando cheguei em casa, a lanchonete estava aberta e minha mãe estava lá conversando com meu tio. Fui lá falar com eles, e minha mãe perguntou de quem era o carrão que eu estava. Aí expliquei para ela.

Chamei-a para irmos ao quarto e avisei meu tio que, depois do almoço, eu estaria ali para trabalhar. Fui com minha mãe e a gente se sentou na cama. Quando eu sentei ao lado dela, ela me puxou para eu deitar no seu colo. A gente fazia muito isso quando eu era pequena.

Amei ela ter feito isso. Senti muita falta da minha mãe durante esse tempo. Sentia falta da mãe carinhosa que ela era, principalmente antes de se casar de novo, quando era só nós duas.

Ju: Mãe, o que você vai fazer da vida? Já resolveu?

Mãe: Eu, sinceramente, não sabia direito, mas o Paulo conversou comigo ontem. Na verdade, ele foi muito gente boa comigo. Ele me ofereceu um emprego aqui e disse que posso ficar com você até eu ter um lugar para morar.

Ju: Nossa, que bom, mãe! E você vai aceitar o emprego?

Mãe: Vou sim, filha. Preciso trabalhar e vou poder ficar mais tempo com você.

Ju: Quer ficar mais tempo comigo, mãe?

Mãe: Quero muito, filha. Se você me desculpar pela péssima mãe que fui com você ultimamente, eu queria muito ter minha filha de volta. Você me perdoa? Por favor.

Senti algumas lágrimas caírem sobre meu rosto. Ela levou a mão ao meu rosto e limpou seus olhos. Nossa, aquilo cortou meu coração.

Ju: Mãe, eu já te perdoei há um tempo. Acho que a mágoa que eu tinha eu coloquei pra fora naquela vez que você veio aqui perguntar do Gabriel. Mas você sabe que eu não vou mudar, né? Eu sou lésbica e vou ser para sempre.

Mãe: Eu sei, filha, e demorei a entender que você é assim e é feliz.

Ju: Eu sou, mãe, muito feliz. Acho que só faltava ter você por perto para minha vida ser perfeita.

Mãe: Vou estar do seu lado sempre daqui pra frente, eu te prometo, filha.

Ju: Mãe, o que fez você mudar de ideia? Posso saber?

Mãe: Eu fiquei com aquilo que você me falou na cabeça. Aí comecei a ver que você tinha razão na maioria das coisas.

Eu tentei falar com o Geraldo sobre o Gabriel, mas ele não me escutou. Infelizmente, tudo que você disse aconteceu; ele virou um viciado. Você sabe o que vem acontecendo lá em casa. Eu fiz o que pude, mas não aguentei mais e resolvi sair de lá.

Vendo o Gabriel fazendo aquelas coisas ruins, até roubar de mim ele roubou, ameaçou me bater para eu dar dinheiro a ele. Aí lembrei do quanto você era uma boa filha e que eu tinha te abandonado por causa dos meus preconceitos e porque eu fazia o que o Geraldo queria para ser uma boa esposa.

Ju: Tudo bem, mãe, acho que já entendi. Vamos esquecer isso.

Mãe: Só mais uma coisa: ontem, no almoço, eu conversei muito com sua cunhada e a esposa dela, com seu tio e Marcos. São pessoas incríveis. Conversei um pouco com suas amigas também. Sabe, eu nunca tinha falado com pessoas gays antes; eu só via de longe, com os olhos cheios de preconceito. Eu vi ontem que você é cercada de pessoas boas, assim como você. Então notei que eu preciso mudar. Talvez eu demore um pouco, mas quero muito fazer isso e me tornar uma pessoa melhor.

Ju: Mãe, a senhora já mudou e muito. Estou muito feliz com isso. Vamos deixar o passado para trás. Eu amo a senhora e vou te ajudar no que for possível, tá bom?

Mãe: Obrigada, minha filha. Também amo muito você.

Ju: Mãe, e o que vai resolver sobre a casa? Afinal, ela é da senhora.

Mãe: Eu ainda não sei, mas para lá eu não volto. Se Geraldo quiser ficar lá, eu vendo para ele. Quero começar do zero e perdi o gosto de morar ali.

Ju: Está bem, mãe. A senhora que sabe. Mas, enquanto isso, pode ficar aqui comigo. É pequeno, mas dá para a gente dormir na mesma cama, e tem o banheiro aí fora, e comemos com meu tio.

Saí daquele quarto com o coração quentinho. Ouvir tudo aquilo da minha mãe me deixou imensamente feliz.

Almocei e trabalhei o resto do dia. Minha mãe queria mostrar serviço e foi para a cozinha da lanchonete aprender tudo que precisava com meu tio. Eu não jantei, só comi um lanche e meu tio resolveu fechar antes das 21 horas.

Tomei um banho, falei para minha mãe ficar à vontade no quarto e avisei que só voltaria no outro dia.

Fui para o apartamento e Paola falou que estava me esperando do lado de fora. Ela disse que se eu subisse, a gente não ia sair de lá tão cedo, porque a irmã ia pegar a gente de papo. kkkk

Peguei Paola e a gente foi para sua casa. Ela tomou um banho e eu preparei umas pipocas para a gente e levei para a sala junto com dois copos de refrigerante. A gente foi assistir a um filme. Escolhemos A Criada, mas não conseguimos ver tudo porque era tarde e o filme é grande. Aí resolvemos nos deitar.

Contei para Paola sobre minha mãe e disse que estava muito feliz, apesar de que nós duas não poderíamos dormir mais lá e que ia ser até meio apertado para mim e minha mãe.

Paola: Por que não fica comigo durante o tempo que sua mãe for ficar lá?

Ju: Não, a gente se vira. Esse é seu canto, pode esquecer.

Paola: Amor, você já falou que adora essa casa. Para nós duas, é perfeita. Não estou pedindo para você morar comigo, é só até sua mãe arrumar um lugar para ela.

Ju: Eu não sei, amor. É que você já me ajuda tanto, parece que estou me tornando um peso na sua vida.

Paola: Juro por Deus que se você falar isso de novo, vou ficar muito chateada com você!!!

Ju: Desculpe, amor, falei sem pensar.

Paola: Tudo bem, eu te desculpo. Aceita ficar comigo por uns dias?

Ju: Tá bom, amor, mas só por uns dias, tá bom?

Paola: Estou tão feliz, amor! Vou amar ter você aqui do meu lado todas as noites.

Quando ouvi aquilo, tive a ligeira impressão de que tinha caído em uma armadilha e não sairia dali mais.

Continua…

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Comentários

Foto de perfil de JESSICA ALVES

O fato da mãe vê com outros olhos mostra o verdadeiro sentimento entre esse elo que elas sempre tiveram, o ódio e a interpretação de muitos acaba levando outros a preferir o ódio. A mãe da Ju ainda vai escorregar muito, mas só de abrir um espaço para o amor já foi um grande passo.

Só tive tempo de comentar e ler agora,viu senhor Paulo kkkk tá muito rapidinho viu!

Forrest meu bem vc é incrível , esse final tá escrito que Ju se lascou sem escolha hahahaha sapatao começa assim quando vê tá cheia de planta e gato. Kkkkkk

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Foto de perfil de Paulo Taxista MG

Que ótimo a mãe da Ju mudou a forma como pensa as coisas, agora elas vão poder retornar o carinho que uma tinha pela outra, KKK morri de rir desse final ela caiu sim numa armadilha a Paola não vai deixar ela ir embora mais KKK.

PS chequei primeiro que vc Jéssica pra comentar hahaha. Mais quero ver vc comentando algo interessante. Bjs

Forrest não demora postar mais capítulos.

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Foto de perfil de Forrest_gump

Estou indo até rápido kkkkk

Com certeza foi uma armadilha kkkkkkk

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Foto de perfil de Paulo Taxista MG

Tem que ser rápido mesmo pra postar haha se não eu e a Jéssica vamos ficar no pé enchendo o saco hahahaha.

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