Uma história de amor com prazeres dolorosos, sabedorias mutáveis e descobertas eternas
Outono, 1963, pequena vila rural de Campo Dourado
Mais uma tarde comum para a jovem Júlia, a filha do empresário José de Freitas já tinha feito tantas coisas, inclusive estudos na capital
Se a cidadezinha de Campo Dourado é pequena, a vila onde o pai de Júlia herdou suas terras e construiu seu sucesso era ainda menor
Agora, com 19 anos completos ela com certeza estava muito diferente das moças da vila, que ou estavam casadas e até com filhos, ou noivas, ou no mínimo prometidas, ela sabia de tudo a cada fim de estação, quando ia com a família até à cidade natal
Costumava ainda vestir-se somente com vestidos no dia a dia, esses com alças mais finas e comprimento acima do joelho, o que já era muito comentado pelas pessoas locais, onde as mulheres usavam modelos bem mais cobertos mesmo com os avanços na moda nas cidades maiores
Ela ainda estava se segurando, já que na vila ainda não tinha ainda ousado vestir a mini saia ou a calça que já costumava colocar na capital
Nas rodinhas de fofoca também estavam seus pais por serem muito liberais - só não havia desrespeito à família pelas posses
Júlia saiu aos 17 do interior e já tinha uma base diferente das demais. Sua mãe e seu pai mudaram junto dela, estando sempre presentes
Seus pais formam um casal afetuoso, um pouco contrários ao que se via nos pais das amigas de Júlia, cujas características se impunham como “tradicionais”, uma vez que se assemelhavam entre si, segundo chegava à ela, através das mesmas amigas
Homens autoritários, ríspidos e até violentos, mulheres caladas, muitas vezes parecendo decorativas, aceitando e até incentivando seus maridos a terem outras na rua, mesmo que no fundo não fosse essa a vontade real das esposas. Diferente do mundo que Júlia descobriu na capital e em seus estudos.
Mas José e Ana, seus pais, não eram assim. Ele, um homem carinhoso, sempre junto da esposa e também de sua filha única. A mãe com seu próprio trabalho como artista plástica, muitas experiências vividas e uma cabeça muito aberta.
Júlia de fato sempre tivera muitas coisas, em sentido material e mais que suas amigas nesse sentido familiar, ela sempre parecia ter mais motivos para sorrir
Sua aparência também sempre foi destaque - cabelos ruivos que desde a escola, primeiro os meninos lhe davam apelidos e mais tarde, atenção
Uma pele branca, corpo acinturado com volume ideal para provocar essa atenção dos meninos. Algumas sardinhas e olhos verdes que junto de seu sorriso marcante, a traziam esse ar de estar sempre de bem com a vida, decidida, forte e feliz
Já na fase de mocinha, começou a surgir em seu coração um sentimento e em seu corpo um desejo, vindo então uma conversa marcante para ela, onde a mãe lhe contou muitas coisas, não havia estranhamento na comunicação entre elas:
- mãe, eu já sinto esse desejo de estar junto de um homem, como a senhora disse
- minha filha, isso é normal, você sentirá atração por meninos e talvez até meninas
- meninas? A professora Mercedes disse que isso não é normal
- a professora Mercedes, mesmo que seja a mais jovem das professoras está bem para trás, querida, mas calma, tudo tem seu tempo, por isso você vai pra capital, vai conhecer as coisas de outra forma
- entendi, mas mãe, a senhora e papai têm um fogo?
- vejo que seu saber sobre esse tema não é tão pequeno, não é?
- eu leio algumas revistas para jovens e vi algo sobre esse fogo
A mãe riu
- você poderá encontrar esse fogo junto de um homem no futuro, até lá, pode descobrir seu próprio corpo, pode tocar em si mesma
- eu já faço isso, mãe, também falei com Luzia, sobre isso, ela disse que a mãe dela a pegou tocando seu botão outro dia e a colocou de castigo
- botão é? Minha filha, você pode e deve se conhecer, conhecer esse botão, antes de deixar que um homem o conheça… Eu tive um outro homem antes de seu pai, com quem tinha um grande fogo, como você disse, porém, uma vida em casal não se faz só com paixão
- deve ter amor?
- também, querida, amor, companheirismo, amizade, como seu pai e eu
- então a senhora não tem a paixão do antigo namorado com o papai? É mais uma amizade?
- seu pai e eu somos muito ligados, mas não exatamente por essa paixão
- só se sente paixão uma vez? Foi isso que vi na revista
- cada sentimento é diferente e único, pode haver mais de uma paixão, mas nenhuma igual a outra
- e se eu quisesse viver uma paixão cheia de fogo?
- se está perguntando é porque já tem esse desejo, não é querida? Isso é normal e muito bom, desde que escute alguns conselhos meus
Essas conversas importantes sempre estavam na mente de Júlia no decorrer dos anos, quando ela descobria seu corpo, quando desejava algum rapaz ou quando aprendia sobre teorias novas no colégio ou em seus livros
Ao longo dos anos, Júlia deu seu primeiro beijo, um leve encostar de lábios com um menino que ela nem achava tão bonito
Mais tarde, conheceu outro jovem, que colocou a língua em sua boca, a fazendo estranhar muito tal contato
Isso mudou com o terceiro rapaz, onde as línguas se entrelaçavam e pareciam desejar morar no mesmo lugar
Somente Luzia, entre suas amigas também já havia beijado, então elas contavam suas histórias uma à outra quando Júlia vinha à cidade natal
- Luzia, eu quero mais de um homem, sabe? Quando for finalmente fazer sexo com ele! Essas histórias que a gente falava quando criança, quero um homem forte que saiba me conduzir
- Eu já quero me casar com um onde eu possa conduzir, Júlia, eu já não decido nada da minha vida, pelo menos no homem eu quero poder dizer o que será
- será que é por isso que sinto essa vontade? Sempre decido o que fazer, então será que é isso que eu busco? Um homem pra mandar em mim?
- acredito que é exatamente isso!
Aos 18 anos, no último ano de seus estudos na cidade grande, com um rapaz chamado Carlos, da escola vizinha, os beijos avançavam para mãos nos seios que desciam pelo corpo da jovem, que em vez de repelir tal ato, parecia derreter-se
Ela já tinha lido, visto e imaginado sua primeira vez muitas vezes, não queria casar-se logo, como as amigas, mas queria viver logo tal experiência
Carlos era o jovem mais feliz do mundo quando a própria Júlia o convidou a um passeio de carro, foram no carro do rapaz, distanciando-se do movimento da cidade
- você me deseja Carlos?
- se eu desejo? É o que mais quero no mundo!
- é a minha primeira vez e quero que seja aqui, agora, com você!
O rapaz não continha os sorrisos, tirando rapidamente a camisa que vestia
Júlia abriu sua pequena bolsa, tirando um preservativo
- você sabe mesmo o que quer! Não vi nenhuma mulher carregar um desses
Ela usava um vestido rosado, justo ao corpo, que ao ser tirado, fez os olhos do rapaz brilharem ainda mais, a moça usava sutiã e calcinha também rosados com renda
Júlia puxou o rapaz aos seus lábios, deslizando suas mãos pelo peito dele, chegando finalmente a tocar um membro masculino pela primeira vez, vendo que este já estava grande e duro em suas mãos
O rapaz tirou suas roupas de baixo e Júlia agora tocava seu membro sem impedimentos
- faz assim
Carlos conduzia as mãos de Júlia em uma massagem vai e vem, a moça logo aprendeu e incrementou os movimentos à intensidade ideal, fazendo o rapaz respirar ofegante
Ela desabotoou o sutiã e o jovem pulou com a língua ao redor de seus seios, dizendo como era sortudo
- agora deixa eu te ver inteira
Disse o jovem, puxando a calcinha dela e revelando pelinhos ruivos aparados
Quando o rapaz foi tocá-la, Júlia conduziu suas mãos ao já conhecido botão que ela tanto tocava sozinha
Rapidamente o jovem colocou o preservativo e encaixou seu pau à buceta de Júlia
- relaxa, vou devagar
E Júlia sentiu a penetração começando, sua buceta se abrindo, seu corpo contorcendo
O membro inteiro agora dentro dela, deitada no banco traseiro do carro com Carlos sobre ela, agora estocando dentro de seu corpo, com gemidos grossos e movimentos de vai e vem que logo se interromperam
- que tarde incrível
Disse o rapaz, com um sorriso bobo, levantando o corpo, sentando no banco, Júlia fez o mesmo, porém não com o mesmo sorriso satisfeito, apesar de gostar de ter finalmente realizado o desejo do sexo pela primeira vez, não sentiu o fogo que tanto sentia na imaginação sozinha
Também não sentiu tanta dor como uma de suas amigas da capital tinha dito sentir com a primeira penetração, um pouquinho de sangue escorreu de sua buceta e foi isso, ela não quis mais ver o jovem Carlos
Após o término do colégio, Júlia e a família voltaram à vila total de Campo Dourado, a jovem sempre reclamava dessa decisão, desejando voltar à vida alegre da capital, onde sempre estava fazendo pequenas loucuras, especialmente com rapazes de sua idade
Teve outras experiências sexuais com rapazes, nada demais, muito parecidas com a de Carlos, com homens que a perguntavam a todo o tempo o que fazer, se estava gostando… não era o que ela queria
Agora, no outono de 1963, logo após seu aniversário de 19 anos, seus pais a colocaram em uma nova classe de música, teoria da música clássica, mais especificamente. Campo Dourado agora tinha uma mansão das artes, uma inovação que o Sr e Sra Freitas não deixariam de inserir a filha
Júlia gosta muito de música e já tocava piano, não era a mais empolgada a iniciar tais aulas. Esse curso seria um ampliar de seus conhecimentos, segundo seus pais.
Seu pai a deixou na porta da tal mansão das artes
Seus olhos passaram pelas grandes janelas de vidro, pela imensa porta de entrada, pela imponente escada da recepção, até que cruzaram com olhos castanhos que a fitavam com um ar hipnotizado
Um homem lindo, com um ar diferente de todos os que já havia visto
Olhos e cabelos castanhos, um rosto com traços fortes, assim como os braços largos e a altura que ela não deixou de reparar quando o mesmo chegou perto dela
Diferente dos rapazes com quem teve alguma aproximação, ou mesmo dos que tanto desejavam sua companhia, esse homem que chamou sua atenção não pareceu se importar muito com ela
A olhava de longe, mas sequer abriu um sorriso ou olhou de perto pra ela, somente passou depressa
Ela respirou fundo e seguiu contemplando a mansão
O tal homem que despertou atenção de Júlia é Antônio, 29 anos, conhecido, ainda não por Júlia, pela constante estadia boêmia no bar das moças da cidade
Antônio vem de família renomada, estava na mansão das artes acompanhando as mesmas aulas que Júlia começaria, porém, ele já havia cursado anos atrás, estava agora acompanhando sua irmã, Rita, a mando do pai
Rita, na mesma idade de Júlia, já estava pra se casar em breve, um rapaz da capital, que mal conhecia
Júlia passou mesmo a gostar das aulas e fez novas amizades no curso, estando bem próxima de Rita, foi então que descobriu ser essa a irmã do tal rapaz que sempre a parecia esnobar
- Antônio, essa é minha nova amiga, Júlia
- é uma honra, senhorita
Pela primeira vez, Antônio, “esse era então seu nome”, pensou Júlia, olhava em seus olhos de perto, beijando sua mão, dirigindo tais palavras com um sorriso que a fez arrepiar
- a honra é toda minha
Júlia e Rita passaram a se ver fora da mansão das artes, inicialmente para estudar as lições juntas e depois, pela amizade que construíram
Certo dia, na casa de Rita, Júlia esperava a amiga vir com o lanche prometido, sentou-se no banco do grande quintal da família, onde ouvia uma música bonita vinda de longe. Logo deixou de ouvir, acompanhando a amiga no suco com biscoitos
- Júlia, podemos tocar no piano antigo do meu irmão, o som é muito mais bonito, ele o deixou na casa do bosque, está pertinho daqui, vamos?
- seu irmão está na casa?
- deve estar, ele costuma tocar, mas não vai se importar
As duas chegaram à casa e novamente Júlia ouviu a tal canção, adentrando a pequena casinha, ficaram ouvindo Antônio tocar, até que a música acabou e Júlia o questionou:
- que música é essa?
- é a serenata de Schubert, minha favorita
- uma linda canção, parece trazer um certo….
- conforto
Completou o rapaz, olhando os olhos verdes da moça, que desviava o olhar ao outro lado, parecendo envergonhada
- exato, um conforto que o compositor traz em meio a alguma angústia que parece estar sentindo
- diria exatamente isso… vocês vieram tocar, não é? Vou deixá-las, tenho um compromisso
- sei muito bem seu compromisso, irmão
Disse Rita com um sorriso e um gesto de desaprovação
Antônio retirou-se e Júlia pensou por um momento na tal canção e na conversa, quebrando o silêncio, perguntou à Rita a que compromisso se referia
- ele vai quase todas as noites ao bar das moças, quando morou na capital ele praticamente morava mesmo no bar de lá, sendo agora o daqui também uma quase residência
- e se nós fôssemos até lá?
A amiga riu
- sei que é avançada diante das jovens de Campo Dourado, Júlia, mas irmos até lá seria o fim de nossa reputação e o meu fim com certeza, já que o próprio Antônio me mataria
- então eu vou!
- você é doida mesmo! Por que fazer isso?
- quero ver como são as coisas lá, meus pais sempre me incentivaram a conhecer o mundo, nada mais libertador, não?
- então me conte tudo depois!
Elas riram
Júlia pensou em ir diretamente, mas decidiu trocar suas roupas, escolhendo em casa um vestido de alcinhas, curto e vermelho, não usou sutiã e optou por uma calcinha de renda na mesma cor do vestido, assim como os sapatos de salto. Cabelos soltos com um ondulado natural, ela se sentia pronta
Os pais não estavam, ela saiu e seguiu rumo ao Bar, notando sempre olhares de todos os homens que a viram, assim como comentários das mulheres
Chegando no bar, novamente os homens a olhavam inteira, mas aqui não havia julgamento feminino, apenas olhares curiosos dessa parte
Ela avistou na mesa os mesmos olhos castanhos, que ao reconhecê-la, primeiro pareciam mostrar desejo, seguido de confusão e por fim movimento, já que Antônio veio rapidamente até Júlia
- você aqui?! Não sabia que minha irmã tinha amizade com mulheres dessa vida
Júlia riu e olhou em volta, dizendo:
- “essa vida” me parece muito divertida, é a primeira vez que piso nesse lugar, mas acredito que vou gostar de estar aqui, soube que frequenta muito o ambiente, certo?
- não tenho que dar satisfação pra amiguinha da minha irmã
- tudo bem, não pedi satisfação, só estou curiosa, eu sou curiosa, aliás…
O olhar de Antônio mudou novamente para o desejo, olhando diretamente para a boca de Júlia, correndo para seus seios visivelmente marcados sobre o vestido
- parece que agora você está olhando pra mim
- o que?!
- te vi olhando pra mim de longe no primeiro dia que fui à mansão das artes, mas de lá pra cá foram tão poucos olhares ou palavras suas, só mesmo sobre a música e agora
- é difícil não olhar pra você
Os olhos de Antônio desciam pelo corpo de Júlia, que agora tinha a atenção que queria, aproveitando para demonstrar seu interesse, mexendo no cabelo, expondo mais o pescoço, arqueando seu corpo mais perto ao dele
Ele sentia seu perfume inebriante, olhava para cada detalhe, até que falou:
-gosta de provocar né?
Júlia, novamente com um sorriso, dessa vez malicioso, responde com outra pergunta:
- você acha?
Ele chegou bem perto dela, enrolou alguns de seus cabelos ruivos em sua mão, ela encostou suas coxas nas dele, seus corpos pareciam ter um encaixe perfeito. Respirações próximas, corpos colados, as mãos de Antônio agora apertando Júlia contra seu corpo, deslizando em sua cintura
Ela levantou a cabeça e buscou os olhos de Antônio, que a envolveu em um beijo que a fez viajar pelos longos minutos em que durou, sentindo ambos como se estivessem em um tempo só deles, como se todos os tempos antes tivessem existido para chegar até esse
Os olhares após aquele beijo sabiam o que queriam, precisavam de mais, não foram necessárias palavras
Antônio segurou a mão de Júlia, levando-a para seu carro
- pra onde a gente vai?
- pra minha casa no bosque
Chegando na casa, outro beijo, dessa vez com as mãos dele descendo, apertando sua bunda, ao que ele a perguntou:
- você já fez isso antes?
- sim
A moça então se afastou, olhando os olhos dele, tirando seu vestido, revelando os seios fartos para onde seus olhos correram
Ela virou-se de costas, olhando pra ele atrás, tirando sua calcinha, ainda com os sapatos altos, que tirou em seguida, voltando novamente a virar o corpo para frente
- você é perfeita!
Antônio olhava com desejo incontrolável para cada detalhe do corpo da jovem ruiva, tirando agora seus sapatos, sua camisa, calça, cueca e agarrou Júlia com força, mordendo seus lábios, descendo a mordida ao pescoço, sugando seus seios
Júlia percebeu o volume do pau de Antônio maior do que os que já tinha visto, o que já a excitou ainda mais
Levou a moça até a cama no canto da sala, onde ele dormia muitas noites, onde então continuou descendo a boca pela barriga e finalmente a sua bucetinha rosa, lambendo, chupando e arrancando gemidos que vinham de prazeres que até então Júlia não conhecia
Após deixar a moça molhada, voltou a posicionar o corpo todo sobre ela, imobilizando seus braços na cama, segurando forte, voltando então a sugar seus peitos com seu pau já na entrada da buceta dela, que disse ofegante:
- você tá me segurando forte
- não é isso que você quer?
Ele não diminuiu a força
- é, eu quero sim
- eu sabia, seu corpo todo pede pra ser pego com força
Júlia respirou ainda mais fundo, sentindo-se entregue
Ele olhou fixamente seus olhos:
- vou te dar o que você quer, o que você precisa, confia em mim?
-siim
Ela mal o conhecia, mas desde o primeiro olhar sentiu como se estivesse o reencontrando, tendo mais certeza com essa conexão de agora
- vou dominar você, você só quer isso não é?
Ele mexia o pau na entradinha da buceta dela
- mmm siiim
Não era só excitação, era a sua verdade guardada
Ela fechava os olhos, gemendo, até que ele parou o movimento
- então olha no meu olho e fala “sim senhor”
Olhos nos olhos, silêncio, até a frase sair da boca de Júlia como se fosse o que ela mais desejasse:
- sim senhor
Antônio então enfiou seu pau inteiro de uma vez no fundo da buceta de Júlia, que soltou um gemido intenso
- isso, geme pra mim
Ela gemia com um sorriso bobo, mordendo os lábios, sentindo seu pau indo e vindo, mexendo dentro dela
Antônio tirou o pau de dentro e a levantou pelos braços até seu corpo ajoelhado na cama
- quero tua boca
Ela olhou pro pau dele e novamente pra seu rosto, ele então apertou o rosto dela em sua mão
- é o que pensou mesmo!
Ele envolveu então os cabelos de Júlia entre seus dedos, puxando primeiro pra sua boca, um beijo rápido, até que a levantou junto dele, que agora estava em pé ao lado da cama
- ajoelha
Ela obedecia aquele homem como nunca obedeceu ninguém na vida, ajoelhou rapidamente, vendo agora seu pau bem diante de seus olhos
Sentiu então um tapa leve no rosto, não chegou a doer, mas era o primeiro que já havia levado, o que fez sentir-se muito excitada, acabando com as dúvidas do que fazer naquela hora
Ela beijou e foi abocanhando o pau de Antônio, lambendo a cabecinha, fazendo movimentos sugando essa parte ao mesmo tempo que massageava todo o membro
Olhou pra ele e começou a enfiar por inteiro em sua boca, engasgando e saindo com o reflexo
Ele então agarrou seus cabelos, e forçou seu rosto contra seu pau, esfregando até as bolas
Ela colocou as mãos pra frente
- abaixa essas mãos, coloca pra trás, é só tua boca, abre!
Ela abriu, olhando pra ele, que enfiou o pau até sua garganta, como fazia em sua buceta momentos atrás
Ela estava gemendo e se sentindo completamente dele
Quando ele parou de enfiar ela voltou a chupá-lo, sugando agora com força, com as mãos para trás, usando só a boca pra ir e vir, lamber, chupar e sentir o gosto dele, que agora gemia e fazia uma cara de prazer que a fez caprichar ainda mais na intensidade
Ela estava sentindo todo o corpo, sua buceta piscando, apertando e soltando no mesmo movimento da boca, até que ela mesma gemeu, sugando aquele pau na boca, sentindo o corpo tremer, a mesma sensação de quando se tocava sozinha, o tão esperado orgasmo que não tinha sentido junto de outra pessoa até ali
ele puxou seus cabelos, tirando sua boca pra trás
- aprende rápido né?
- o que eu gosto sim
- Tá até gozando, que coisa linda!
Inclinou o corpo e tocou a buceta quente dela, escorrendo, sensível em seus dedos
Deu um beijo em sua boca e disse:
- agora você engole!
Enfiou o pau novamente em sua boca com força, até gozar lá dentro, ela sentiu o gosto dele, engoliu olhando seus olhos e sorrindo em seguida
Ele a levantou e veio então num beijo longo
- merece mesmo que eu te chame de senhor, me fez sentir sua
- sinto mesmo que você é minha, minha mulher do cabelo de fogo
Novos beijos deitados juntos na cama
- você parece gostar mesmo de ser dominada e pelo que vi, parece gostar de dor
- isso é ruim senhor ?
- só se eu não gostasse de machucar
Disse ele, puxando seus cabelos pra trás, fazendo-a soltar um breve gemido
Ele a beijou e mordeu seu lábio com força
- eu sou tua senhor, é como se sempre tivesse sido
Ambos sentiam esse pertencimento, desejo incontrolável e que sabia naturalmente o que deveria acontecer
Eles dormiram juntos naquela noite, acordando com batidas à porta:
- abre aqui Antônio, quero tocar!
Era Rita, com voz já impaciente
Júlia se vestiu rapidamente, Antônio colocou a calça e abriu a porta
- mas o que é isso?
Dizia Rita, com um misto de incredulidade e alegria, Júlia respondeu:
- Rita, eu não…
Antônio a cortou:
- ei, quietinha, Rita sabe que eu tenho a minha vida e não tenho que explicar nada
Se fosse outra pessoa lhe cortando, Júlia contestaria, mas ela sentia que o tal desejo de um homem pra dominá-la como ela queria estava se realizando, ela não sentia vontade de controlá-lo nem fazer nada contrário ao que ele fazia ou dizia
- só me fala, vocês estão juntos então?
- é Rita, você vai ver sua amiga comigo mais vezes
Rita sorria sem parar, correndo abraçar Júlia e dizendo-a que deveria contar como tudo aconteceu
Antônio então só olhou pra elas, vestiu sua camisa e foi saindo da casa
- volta mais tarde tá, te espero aqui
Júlia sorriu, contando em seguida à Rita o que tinha acontecido, dizendo sentir como se fosse um encontro de almas já conhecidas
Rita ficou muito empolgada, as duas jovens foram felizes à casa de Júlia para um banho e uma troca de roupas e depois à aula na mansão das artes
Júlia sentia seu corpo implorando o tempo todo por Antônio novamente, mal tocou no jantar que os pais prepararam
- Julinha, onde esteve ontem à noite?
- ah eu… Eu dormi na Rita
Os pais não eram rígidos, só preocupados, acreditando na moça, que chegara com a amiga cedinho em casa, então, não pressionavam;
Mais tarde, quando Júlia voltou à casa do bosque, Antônio a recebeu à porta com um beijo
- saudade senhor!
- também, fiquei pensando em várias coisas pra gente, aliás, fica de joelhos, hoje você fica só de joelhos ou no máximo de quatro
- sim senhor
Ela disse, sorrindo, sentindo como se obedecê-lo era sempre o correto
Ele a mandou chupá-lo, atividade na qual ela já se descobriu uma grande apreciadora desde a noite anterior, adorava o gosto dele
Com seu pau na boca, dava seu melhor para agradá-lo, num momento onde afastou o rosto pra respirar, sentiu um tapa muito mais forte que o da noite anterior, que a fez virar o rosto
- te permiti se afastar? Volta e enfia meu pau na garganta
Ela sentia sua buceta escorrendo com o rosto quente com a marca dos dedos e essa ordem do homem que a dominava, finalmente encontrando o prazer que procurava
Depois de uma nova amostra de seu gozo na boca e do próprio gozo dela pela buceta, tremendo em seu corpo só de tê-lo chupado, ambos entenderam que tinham algo especial
Ele também havia buscado uma mulher que parecesse indomável, que fosse independente na vida, mas que a ele se entregasse submissa, estando disposta a tudo, o que Júlia mostrava ser
Antônio e Júlia passaram a se ver todas as noites, ela dizia aos pais que ia estudar e passava o tempo todo com Antônio, entregando-se completamente à vida sexual submissa que buscava
Ela ouviu falar e ele conseguiu comprar a tal pílula anticoncepcional, recém chegada na capital, que ela então passou a tomar
- rebola essa buceta quente no meu pau vadia, vou te lotar com minha porra
Ele adorava a sensação de ver sua porra dentro da buceta dela. Ela sentia- se preenchida com aquele jato quente
Até que ele anunciou que queria comê-la por trás
- achei que o senhor demorou pedir, tô louca pra te dar por trás
Júlia sentia um prazer muito grande na dor do pau dele invadindo seu cuzinho, na primeira, ele lubrificou, na segunda ela não quis lubrificante, foi um cuspe, já na terceira:
- faz direto senhor
Antônio até ficava surpreso, Júlia se contorcia de dor, gemendo mais alto, sem nenhum escândalo como ele já viu uma antiga garota com quem saiu fazer mesmo lotada de lubrificante
Viu como ela gostava de um tapa, como seu corpo ficava lindo quando marcado por ele, passando então a bater em sua bunda e nas costas ao comer seu cu ou sua buceta, primeiro só com a mão, passando para seu cinto
Foram noites muito intensas, os pais de Júlia já haviam percebido que ela tinha um novo namorado
- conta pra gente quem é, princesa, vamos marcar um jantar
- não é o momento, papai, estamos… estamos nos conhecendo
A mãe falou então:
- não queremos que namorem na sala, linda, apoiamos que tenham sua intimidade, só queremos saber quem é
Já com Antônio, os pais queriam casá-lo, principalmente para livrar as dívidas da família com os Campos, importantes empresários fornecedores de seu pai, Lourenço, que disse ao jovem:
- sua irmã já está noiva e tem 10 anos a menos, você deve se casar o mais rápido possível, meu filho… a jovem Beatriz, filha do meu amigo Rubem Campos, é sua amiga desde criança e sabemos que gosta de ti, vocês tiveram aquele caso que quase destruiu a amizade das famílias
- eu não quero casar com ela, meu pai
- um homem pode e deve ter sua diversão, mas você teve justo com a filha do meu amigo, já tem todas as moças daquele bar, teve que expor uma moça de família, case-se com ela! É uma jovem bonita, de bom berço e você já se atraiu por ela
- mas casamento não… eu…
- meu filho, você tem saído com alguém, não é?
Perguntou sua mãe, Francisca
- é
- eu vi uma moça de cabelos ruivos saindo da casa no bosque
O pai cortou a mãe:
- saindo da casa?! É outra do bar Antônio?!
- não, ela é de boa família
- só de moral duvidosa, não é? Quem é ela?
- não é o momento, eu….
O pai então falou em tom autoritário:
- sua futura esposa será Beatriz, eu já decidi!
Antônio foi ao bar, buscar um drink e alívio mental
- quem é vivo sempre aparece, bem vindo meu lindo!
Disse Rosa, uma das mais cobiçadas morenas do bar, com quem Antônio já havia passado muitas noites, interrompida por Lisa, outra morena, também moça da vida, essa, apaixonada por Antônio
- saia, Rosa, hoje é meu!
Antônio não apreciava tanto o corpo de Lisa, achava-a muito magrinha, mas Lisa, antes de Júlia aparecer, era a única que tinha se interessado de verdade nos gostos por provocar dor que o rapaz sentia
Lisa gostava de ser submissa, mas não era como Júlia, agora que a conhecia, Lisa perdeu completamente o pingo de interesse dedicado de Antônio
- não quero nada, Lisa, só a bebida de sempre
- e se essa bebida vier depois de umas palmadas e um gostinho da minha boca, hein?!
A moça roçava seu corpo no dele, que se afastava, até que saiu bruscamente, tirando-a de perto
Sentou numa mesa no canto, bebendo seu drink, até que chegou Rosa novamente
Lisa era sempre amarga, falando de brigas e de como resolveria as coisas com suas “rivais”. Já Rosa tinha um ar doce e alegre, uma boa companhia, eles riam juntos quando Antônio viu que Júlia chegara
Júlia havia procurado seu senhor na casa do bosque, deduzindo que estaria ali, foi ao seu encontro
Ele a recebeu com um beijo, apresentou-a à Rosa, que tocou seus cabelos
- uma ruiva de verdade, que perfeição!
As duas sorriam, bebiam e conversavam, Antônio também bebeu mais alguns drinks e Rosa sugeriu que vivessem algo juntos
Júlia lembrou-se imediatamente de quando conversou com a mãe, ainda mocinha, sobre atração por mulheres
Ela apreciava a beleza feminina, mas sentiu desejo real por Rosa, uma morena linda, peitos e bunda grandes, mais baixa que Júlia, uma boca vermelhinha, sorriso largo, olhos puxadinhos
Logo as duas estavam se beijando em meio a drinks e mãos deslizantes pelo corpo
Antônio puxou Júlia pelos cabelos após alguns minutos de beijo, o que fez a ruiva arrepiar, ele mordeu o pescoço dela, fazendo-a dar um gemido
Rosa perguntou:
- então você também curte esse lado dominador do Antônio?
Júlia fez uma cara surpresa:
- também?
- Lisa adora os tapas dele, as algemas, o chicote… Eu fico mais nos tapas mesmo
Júlia não chegou a sentir exatamente ciúmes, ela imaginou que Antônio teria muito mais vivências que ela, especialmente nesse sentido
O fato de saber que ele já tinha ou ainda estava com outras mulheres a excitou, como se ele tivesse ainda mais poder, ela nem sabia quem era essa Lisa…
- vamos pro seu quarto, Rosa?
Disse Antônio, envolvendo as duas, uma em cada braço seu
- por mim, vamos!
Júlia estava muito excitada com tudo aquilo
Após novos beijos entre as duas, Antônio afastou Júlia e agarrou Rosa, um beijo ardente, virou seu corpo, apertando contra o dele estando ela de costas, sentindo o volume do seu pau já roçando sua bunda
Júlia olhava com desejo
- vem cá, vadia, já chupou uma mulher antes?
- não senhor
- então é agora!
Rosa tirou o vestidinho preto que usava, Júlia aproveitou para também tirar o seu, assim como Antônio fez com suas roupas
Uma bucetinha linda, lábios escuros, depilada, já molhadinha
Rosa deitou-se na cama, Júlia se posicionou com a cara no meio das pernas abertas dela, sentiu seu cheiro, lambeu suas coxas e começou a beijar a buceta da morena como se fosse sua boca
Antônio olhava para as duas sentado na poltrona ao lado da cama se masturbando
Júlia lambia, sugava e enfiava a língua, Rosa gemia e acariciava os cabelos dela
- agora senta lá e olha, sem se tocar
Disse Antônio apontando para a poltrona e mandando Júlia para lá
Júlia ficou olhando Antônio comer a buceta de Rosa, a garota gemia muito, rebolando em seu pau, ele a colocou de costas, ela massageava seu clítoris enquanto ele metia com força
A buceta de Júlia pingava, ela se retorcia querendo se tocar, pensando em como lhe deixava louca ver o homem por quem se apaixonou comendo assim outra mulher na cara dela, como ele a controlava
Após ver que a morena gozou, Antônio também gozou em cima da buceta dela, deixando a porra escorrendo na pele
- vem vadia, limpa!
Júlia correu lamber cada gota da porra dele no corpo dela
- tô muito excitada senhor, o senhor vai me deixar assim?
- é, hoje sim, hoje você não vai se tocar e nem ser tocada, se segura, vamos ver a sua resistência
Ele deu um sorriso e um tapinha em seu rosto
Rosa deu um beijo em Júlia, dizendo:
- aaah, você me deixou muito feliz hoje ruivinha, espero te ver de novo!
E realmente elas repetiram momentos assim, Antônio conduzindo tudo
Ele também estava explorando cada vez mais os desejos e dores de Júlia, sentindo-se cada vez mais satisfeito em dominá-la e ouvir seus gemidos agradecendo por isso
Júlia cada vez mais entregue, lágrimas nos olhos misturavam-se à intensos orgasmos em meio à chicotadas e porra na cara
Mais de um ano se passou
Até que uma noite, chegando na casa do bosque, ela só vestidinho sem nenhuma roupa íntima, como ele havia mandado, ela abriu a porta
- então é mesmo Júlia de Freitas!
- o… olá Senhora Francisca, eu…
- quieta mocinha, eu vejo você saindo daqui todas as noites ou até manhãs, se seus pais não se importam com a moral e bons costumes, eu sim, meu filho pode se dar ao luxo de sair com garotas do bar, mas uma jovem como você que tem tudo, jogando fora desse jeito, é triste
- dona Francisca, seu filho e eu temos algo especial
- deve ser, já que ele não te despachou no primeiro dia, mas eu não a quero mais aqui, que meu marido nem saiba! Ele tem negócios com a família de Beatriz Campos, com quem meu Antônio vai se casar
- casar?!
Antônio nunca falou sobre nada disso com Júlia, porém, nesse meio tempo, os pais dele aumentaram a pressão e negociavam com os pais de Beatriz, que era favorável, o casamento deles
Rita havia contado sobre o caso de Antônio e Beatriz, mas Júlia acreditou estar no passado;
Beatriz foi flagrada por vizinhos, nua no carro de Antônio, os dois fizeram sexo somente uma vez, após anos de amizade e um namoro forçado pelas famílias
Os pais exigiam casamento, Beatriz queria, Antônio iria ceder à pressão, quando a jovem sentiu-se fraca e descobriu uma grave anemia que a tirou de Campo Dourado, fazendo tratamento em uma clínica distante, onde esteve até a o início da semana em que Júlia cruzou com Francisca
Isso adiou o compromisso, dando a Antônio a chance de “morar” no bar das moças, como dizia Rita
O rapaz só dizia estar tudo bem, a única coisa que Júlia notou foi um estresse maior em Antônio, de certa forma até mais força nas cintadas que ela gostava, o que deixou mais feliz; agora a trouxe uma preocupação
- Antônio vai hoje mesmo à casa dela marcar a data, saia agora mesmo daqui e não volte!
Júlia ficou abalada, mas sabia que precisava falar com ele, não iria acabar assim
Lourenço, pai de Antônio, estava mesmo com tudo programado para a noite, por isso o rapaz não estava no bosque esperando Júlia
- vista logo seu terno e gravata, temos 20 minutos!
- pai eu não quero fazer isso, tenho outros planos
- seus planos são seguir o legado de seu avô e seu pai, gerenciando nossos negócios, fazendo os sacrifícios que forem necessários, além disso, Beatriz é uma jovem bonita, pode ter filhos herdeiros logo, é louca por você e você pode ter seus casos escondidos por aí, só precisa cumprir seu dever!
- isso não é o que quero pra mim, eu…
- cale a boca, moleque! Eu…
Lourenço levantou a mão para bater no filho, que o impediu, segurando forte seu braço
- eu não sou mais criança! Eu decido o que quero fazer!
- está me desafiando, Antônio?!
O pai de Antônio era um homem mais velho, seu coração fraco já bambeava em momentos de ira
- eu sei o que é melhor pra mim!
- seu moleque, seu…
Lourenço respirava com dificuldade, sentando-se e afrouxando a camisa, tentava recuperar o ar
- querido!
Francisca entrou desesperada, vendo que o marido estava mal
- o que houve filho?
- ele não aceita ouvir não, só precisa respirar!
- seu pai é cardíaco, vamos ao hospital agora!
Antônio levou o pai à Santa Casa, mas não ficou lá, ficou perambulando de carro pelas ruas, pensando… quando decidiu voltar, após cerca de 2 horas ver como as coisas estavam, a mãe dele estava aos prantos, Lourenço acabara de falecer
Júlia esteve ao lado de Antônio naquele fim de noite, apenas para apoiá-lo, ele não quis falar, ela só o respeitou
Ela achou melhor não estar no funeral, como ele também pediu, para evitar problemas
Rita não sentiu falta do pai, que nunca lhe dera afeto
Já Francisca, só aumentou sua raiva pela jovem ruiva que segundo ela, enfeitiçou seu filho
Antônio dizia em casa que se casaria com Júlia, meses se passaram e Júlia também decidiu contar aos pais, que se preocuparam apenas por saber da rigidez da família do tal namorado
Antônio estava mais ocupado, tentando entender como gerenciar os negócios, até que sua mãe lhe trouxe uma caixa, com todas as dívidas da família, junto de um aviso de recolhimento dos bens até o próximo mês, caso não fosse realizado o pagamento
O rapaz não era irresponsável, ele sabia que somente a família de Beatriz resolveria aquele problema, não havia dinheiro que pagasse a dívida de estar mal entre a a famosa família Campos, que praticamente mandava, entre outras coisas da política e dinheiro da cidade
Sentindo o peso de ter de cuidar da família, Antônio chamou Júlia à casa do bosque
- meu senhor, estou morrendo de vontade de…
Disse ela, sorrindo, atirando-se aos pés dele, com o rosto perto de seu pau, que sentiu uma tristeza terrível, mas criou coragem:
- levanta, hoje precisamos conversar
- o que houve?
Ambos sentaram na cama
- não podemos nos ver, pelo menos não até eu resolver algumas coisas…
- o que?
- vou me casar com Beatriz
Mesmo que Júlia entendesse a explicação e soubesse que realmente era a decisão a tomar, caso ele quisesse cuidar da família, as lágrimas não paravam de cair, dessa vez só com medo de ser uma separação definitiva
- casamento muda as coisas
- eu sei, mas é só de fachada
Ela gostava do jogo de humilhação e dominação de vê-lo com outra, mas casamento, por mais liberal que fosse, ver o casamento feliz de seus pais a fez respeitar essa instituição
Eles se beijaram, ficaram um tempo abraçados e por fim, ela o obedeceu de novo, deixando-o resolver essa questão
Rita acompanhava a história e não gostava nada desse rumo, mas nada poderia fazer
Júlia não suportava ouvir falar de Antônio, a saudade e o desejo a emouqueciam; pediu aos pais para passarem juntos um tempo fora, decidiram ir ao Rio de Janeiro, onde tinham uma casa e negócios
Antônio evitava até mesmo as conversas da irmã sobre Júlia, focando no casamento, Beatriz estava feliz como nunca, mesmo franzina, parecia forte, seus cabelos loiros voltaram a brilhar como o enorme sorriso
As fofocas corriam e Beatriz soube de rumores sobre Antônio e Júlia, quando a ruiva se preparava comprando algumas roupas para a viagem, sentiu uma mão puxando seu braço
-ei, preciso falar com você!
Uma voz fina e com ar severo, ela se virou e viu Beatriz
- estudou na capital, sempre teve tudo, sempre se achou melhor, eu não suportava você, mas agora saiba que sou realmente sua inimiga!
- me solta! Que é isso?!
- deixa o meu Antônio em paz!
- não tenho mais nada com ele, se você soube de algo nosso, sabe também que acabou
- acho bom!
- eu não acho, mas o deixei pra você e você sabe que ele quis isso por interesse, não é?!
- os fins justificam os meios, ele quer meu dinheiro, eu quero ele, você some!
- eu só não te dou o que merece por que acabou de se recuperar, passe bem, também não espero te ver tão cedo!
- ah vai vai…
Ela continuou falando sozinha quando Júlia saiu depressa
O Rio estava lindo, mesmo com tantas questões políticas, econômicas e sociais do auge de 1965
Júlia, agora com 21 anos, completava também dois meses na cidade maravilhosa, onde se dizia feliz, mas era mais uma euforia vinda do álcool e das noites com garotas e garotos
Seu corpo sempre pedindo Antônio, todas as vezes que tentava se tocar sozinha, a imaginação o levava até ele
Nenhum buscou o outro nesse tempo
Antônio vivia estressado no trabalho e entediado em casa, a vida sexual com Beatriz era até ativa, já que a moça o desejava
Ele nunca mentiu para ela, sempre deixou claro o motivo do casamento ser financeiro, ela insistiu que assim fosse
Ele a comia pensando em Júlia, ou em Rosa, até de Laís ele lembrou, era mecânico e sempre gozava fora, sabendo que ela fingia tomar a pílula
Ele não queria um filho, seus problemas com o pai ainda o atormentavam
- me trata igual as garotas da rua, igual aquela vadia do cabelo enferrujado
O melhor que ela tinha dele era a raiva por estar nessa situação, então, ele a comia com força, trazendo algum alívio à sua alma carente
Rita se casou e apesar de mal conhecer seu então marido, Pedro Garbadio, ambos estavam muito felizes, descobrindo juntos os prazeres da vida a dois com romantismo e um pouco do tempero que Rita conheceu com as histórias de Júlia
O Sr e Sra Freitas insistiam que Júlia não bebesse tanto, tremendo que ela se afundasse em outras drogas
Ela só sossegou um pouco conhecendo Mário, um jovem de 26 anos, estando ela então com quase 22
Ele era alto, moreno, sorriso e olhos castanhos lindos
O papo dele era inteligente e maduro, o beijo gostoso e o sexo intenso
- eu estou me apaixonando por você, bela ruiva de Campo Dourado!
Ela o tinha em um lugar especial, não como seu Antônio, mas com certeza poderia ser seu futuro
Ninguém a dominava como Antônio, mas Mário sabia conduzir os desejos dela de modo a que não sentisse tanta saudade
Começaram um namoro firme, seus pais se conheceram, viraram amigos e a vida estava leve e alegre
Até que os pais de Júlia tiveram de voltar à Campo Dourado, para onde ela teve de ir junto, pois agora também atuava na empresa da família
Mário decidiu acompanhar a namorada
Ela sentiu uma nostalgia que não a fez querer seguir à vila, o levou então à cachoeira que brincava quando criança, onde eles mergulharam juntos
- eu nunca transei na cachoeira
Disse Júlia, mordendo os lábios
- eu também, acho que precisamos inaugurar esse lugar!
Mário a agarrou, beijando sua boca, seu pescoço, tirando seu sutiã e calcinha de cor preta, ela tinha voltado a usar, tentando esquecer mais esse detalhe
O pau de Mário, grande e grosso, foi roçando sua bucetinha, ela encaixou as pernas sobre ele e sentava gostoso, gemendo e olhando seus olhos
O jeito livre dela com ele era o que o enlouquecia
- essa tua carinha de safada é uma delícia!
Eles gozaram ali na água, depois outra vez sobre a pedra na sombra e ainda mais uma ao anoitecer dentro do carro
Voltar à vila agora era inevitável, ela viu as mesmas árvores na praça, as mesmas janelas gigantes da mansão das artes e viu até Rita, tomando um sorvete com Pedro
- meu Deus que alegria!
Disse a amiga, com umas imensa barriga de grávida
Pedro levou Mário até a casa dos Freitas
Elas ficaram horas conversando, a filha que Rita esperava já tinha nome: Mariana; falaram da vida no Rio, das fofocas da cidade, de tudo, menos de Antônio
- o meu irmão está tão diferente, muito mais fechado e…
- desculpa, Rita, não quero ouvir, estou bem agora, te contei do Mário
- tudo bem, eu entendo, é que você foi, na verdade é, o único amor dele, e acho que ele o seu, pelos seus olhos… aquela conexão de vocês é só de vocês
- aquela conexão só ficou na memória
Júlia foi embora porque ele a pediu um tempo, um tempo que ele não fez questão de voltar
Quando Júlia seguiu da sorveteria para casa, passando pela rua, viu Antônio, vindo pelo outro lado
Seus olhares carregavam o peso de um silêncio cheio de coisas a dizer
Ambos se atraíram como no primeiro beijo, corpos entrelaçados no meio da rua, que nesse momento estava deserta
Respirações coladas
Ele pegou sua mão, ela o acompanhou
A casa do bosque estava exatamente igual, assim como aquele beijo único, quente, que fazia as mãos deslizarem, as roupas caírem e principalmente: fazia nada mais importar
Ele comeu sua buceta de pé, colocando-a na parede e enfiando seu pau com força, olhando em seus olhos verdes, que se reviravam, gemendo intensamente, como só acontecia entre os dois
Tirou seu pau antes de gozarem, a virou então de costas
- fica com as mãos na parede
Ele tocava seu corpo, apertando seus seios, mordendo sua orelha, batendo forte em sua bunda
- você é minha!
- sempre fui sua senhor
Abriu suas pernas e seu pau entrou de uma vez no cu de Júlia, um gemido alto que ele abafou sorrindo com a mão sobre a boca dela, como ela tanto gostava
Estocava forte, puxando seu cabelo, dando tapas na cara dela que já estava toda vermelha, batendo em sua bunda
Até que gozaram juntos, ele agarrando seus peitos, com o pau atolado dentro do seu cu
Tomarem banho juntos e deitaram naquela cama, a casa estava sempre limpa pelos funcionários, então estava perfeita para a noite que passaram juntos, esquecendo do mundo
Ela o acordou chupando seu pau, ele sentiu muita falta daquela boca que o fazia delirar
Depois de novos orgasmos e muitos beijos, eles conversaram sobre tudo, decidindo voltar a viver sua história, enfrentando o que viesse
- é como eu disse pra Rita, nosso caminho juntos não é só dessa vida e não vai ficar só nela, mesmo que a gente volte diferente, a gente vai se encontrar outra vez
- numa próxima eu com certeza vou te procurar, mas tenho certeza que você estará igualzinha, eu também, pra você saber que sou eu
Eles riram e tomaram café juntos, planejando o que fariam, desde resolver as questões difíceis até quantos gatos e cachorros queriam ter
- mas e um filho?
Disse ele, tocando a barriga dela, que sorriu
- gosto da ideia, menino ou menina?
- os dois e outros mais, já podemos pensar em nomes!
- gosto de Roberto, é como meu bisavô se chamava, minha mãe conta histórias lindas dele!
- eu gosto de Dyhana, como a deusa da caça
Mais café, mais planos, mais beijos
Eles realmente contaram tudo a todos, os pais de Júlia disseram já saber que isso poderia acontecer e aconselharam que Júlia pensasse com calma
Francisca dizia estar fraca demais pra discutir, desde que as dívidas foram pagas, ela se entregou, passou a ficar sozinha, como se sua missão na tivesse sido cumprida e ela esperasse seu fim
Mário mostrou a maturidade que encantou Júlia, desejando o melhor e dizendo entender
Rita pulou de alegria
Rosa, que agora havia se casado com um rapaz italiano, morava perto da antiga casa de Júlia, ficou muito feliz em rever a amiga e a deu um beijo na boca sabendo da notícia, o marido estrangeiro era muito simpático e aberto, só sabia rir e comemorar com eles
Já Beatriz, segurava o ódio, quando Antônio apareceu com Júlia, contando tudo, dizendo que nunca mentiu para ela e que agora decidiu viver como sempre quis
- tudo bem, o que eu vou fazer né?! Sejam felizes, vocês se merecem!
Júlia estranhou essa reação, mas estava feliz demais nos dias que se seguiram para pensar em Beatriz
Para a ruiva, foram dias alegres e noites intensas, sorrisos abertos e pele marcada pelas surras que a faziam derreter
Para Antônio, foi a satisfação completa de não ter que explicar mais nada pra ninguém, poder estar onde queria e com quem desejava, finalmente satisfazendo seus desejos
Após 3 meses, Ana, mãe de Júlia, passou em sua casa, presenteando a filha com um colar com um pingente de borboleta cravejado com turmalina negra
- pra te proteger sempre, minha filha
- estou radiante, mamãe
- eu sei, mas sinto que deve estar sempre protegida!
Júlia passou a usar o colar naquele dia
No fim de semana, na casa do bosque, Antônio tocava a mesma música importante, “serenata” de Schubert
Júlia tomava um chá sentada na cama com seu roupão de seda e o colar, olhando encantada e apreciando aquela música linda
- te amo!
- também te amo, ruivinha!
Ela deixou o chá morno na prateleira sobre a cama e foi até ele, sentando em seu colo, beijando, ele tocando seu corpo, levou-a novamente à cama, ela deitou enquanto ele tirava as roupas
- tem alguém ali, aaai
Ela viu de relance uma sombra na janela, bateu a cabeça derramando o chá sobre seu corpo
- ei, cuidado, tá quente isso? Alguém onde?
- tá só morno, vou lavar, olha lá, vi uma sombra ali
Antônio não viu nada ali perto
Júlia tirou o colar e o roupão, lavou rapidamente o corpo e vestiu um vestido
- vamos pra casa da cidade? Não quero ficar aqui
Eles entraram no carro, avistando ao longe Beatriz e Lisa
- o que é isso?!!
Disse Antônio, confuso
- vamos embora!
Antônio girou a chave
Beatriz acenou com um tchauzinho, logo antes de Lisa puxá-la pelo braço, correndo da explosão
As duas sumiram de Campo Dourado
Até hoje se comenta dos amantes que viveram seus desejos e foram embora antes de viver seu amor
Como diz o livro de Mariana Garbadio:
-Quando uma vida não é suficiente para cumprir o caminho, as almas moldam o tempo, moldam o mundo se preciso, mas sempre encontram uma nova chegada para acertar o rumo.