Eles me olharam surpresos, mas melhor foi ver a cara que o Mark fez para mim, inclusive fazendo um biquinho bobo que eu conhecia bem e que só fazia quando realmente algo o surpreendia. Melhor ainda foi ele ter sorrido na sequência e ter levado nossas mãos, as mesmas cujos dedos estavam entrelaçados há tempos, até sua boca, beijando a minha, num sinal de carinho que ainda tinha por mim. Meus olhos marejaram, mas de uma alegria imensa, e também beijei a dele. Quando olhei para minha frente, eles nos olhavam surpresos, mas com sorrisos no rosto, sendo que o da Lilly brilhava de tão contente que estava, tanto que propôs:
- Ah, gente, fiquem aqui, jantem conosco. Adoro esse clima de romance e… - Sorriu maliciosamente: - Fernanda, depois desse olhar dele para você, acho que a sua primeira questão está respondida.
- Também acho que poderiam ficar. Posso pedir para reservarem uma suíte para vocês. - Callaghan insistiu.
- Se eu ficar, o senhor dormirá sozinho, porque serei obrigado a fazer uma conferência com as três rainhas presentes. - Mark brincou.
- Ora… E por que não? Foram três reis para a rainha Fernanda, é justo que sejam três rainhas para o rei Mark. - Lilly concordou.
- Lilly!? - Callaghan resmungou.
- Se ele nos quiser, nós três seremos dele nesta noite! Lembre-se, querido: olho por olho, dente por dente. Estou fazendo isso para espiar a sua culpa, mas acho que será com extremo prazer que o farei.
PARTE 30 - UMA TRANSA E NADA MAIS!?
Minha impressão não estava errada: a dona Lilly estava literalmente se jogando para cima do meu marido e isso sem que eu o tivesse reconquistado ainda. Não consigo esconder quando estou desconfortável e isso ficou gritante no meu rosto, porque comecei a encará-la com uma imensa vontade de esganá-la. Mark notou e, sádico, safado, decidiu dar pano pra manga:
- Mas como faríamos isso, dona Lilly? No meu quarto ou no seu?
- Querido, transo com você até na escada de incêndio…
- Lilly!? Mas que falta de vergonha é essa? - Callaghan a interrompeu.
Ela, naturalmente, brincava e caiu numa gostosa risada, sendo acompanhada pelo Mark. Acredito que tanto eu como o Callaghan sentimos que naquela brincadeira havia um belo fundo de verdade e só rimos bem depois, mas mais para acompanhá-lo do que por termos achado graça. Quando enfim terminaram de rir, Mark os avisou que precisávamos ir e me olhou pedindo que eu confirmasse, o que fiz com a maior boa vontade, afinal, ele estava me inserindo de novo em suas decisões, por menor que fosse a demonstração, eu já estava novamente em sua vida. Ainda conversamos com eles um bom tempo e quando nos demos conta, já passava das vinte e uma horas.
Despedimo-nos deles, mas não antes sem combinarmos um jantar no final de semana, na sexta-feira, pernoitando para o sábado. Eu já entendi a intenção dela, mas preferi não contestar nada, mesmo porque se o Mark desejasse assim, eu já havia decidido engolir o meu orgulho e permitir que aproveitasse a oportunidade. Antes de sair, quis esclarecer uma questão:
- Mas e a Cora? Ela poderá voltar para os Estados Unidos para ver a apresentação do filho?
- Certamente, Fernanda, já concordei com isso. Amanhã, ela pegará o primeiro voo.
- Mas não há necessidade, senhor Callaghan, eu fico. - Cora quis protestar, mas como ele insistiu, acabou se resignando e aceitando.
Saímos do restaurante, pegando o elevador até o saguão de entrada, onde, na portaria, em minutos, nosso carro já estava disponível. Em alguns minutos, já estávamos cruzando as avenidas paulistanas:
- Sabe que cheguei a pensar que você aceitaria a proposta da dona Lilly? - Falei.
- A proposta era totalmente descabida, Nanda. Você foi abusada naquele dia, se alguém tivesse quer ser beneficiada seria você, não eu.
- Mas, no ponto de vista dela, você, como meu marido, é que foi o prejudicado e, afinal, ele não me obrigou a nada. Talvez tenha forçado um pouco, mas não a ponto de ter me violentado, entende?
- Ou seja, você fez porque quis, é isso?
- É, eu… eu acho que fiquei curiosa e acabei deixando rolar.
- E gostou?
- Mark, se eu participo é para aproveitar, né!? E eram três ali para mim, então…
- Bem, então talvez eu deva mesmo ser recompensado. Acho que vou voltar.
- E você vai querer ficar comigo, mesmo depois de tudo o que eu aprontei? Afinal, para você ter três rainhas ali, eu teria que participar também.
Ele se calou e fez um bico, como se estivesse considerando meu ponto de vista. Fez então um retorno, mas ao invés de retornar para o hotel onde os Callaghan estavam hospedados, pegou outra avenida. Nesse trajeto, fez uma chamada para seu pai, perguntando se as meninas poderiam pernoitar em sua casa e se ele poderia levá-las à escola, no que foi atendido. Eu já sabia o que ele havia decidido e acabei aceitando que eu seria apenas mais uma carta na mão dele naquela noite.
Ele seguiu por algumas avenidas de São Paulo, parecendo saber bem para onde ia. Estranhei porque ele parecia se afastar cada vez mais do hotel em que os Callaghan estavam hospedados. Logo, ele embicou o carro na entrada de um estabelecimento que reconheci de cara como um motel. Pediu uma suíte sem olhar para mim. Só quando estávamos estacionando é que ele falou:
- Primeiro, preciso fazer um amistoso com a minha rainha. Depois, talvez, eu parta para o jogo principal.
- Safado!... - Brinquei, sorri e comecei a chorar, tudo junto, imensamente feliz por saber que ele me considerava acima de todas as outras.
Assim que ele desligou o motor do carro, pulei em seu colo e passei a beijá-lo com toda a paixão que havia dentro do meu coração. Ele não pareceu se surpreender e me retribuiu. Ali mesmo eu já comecei a me despir, mas o aperto do nosso carro, não ajudava. Acabei só me atrapalhando e me desarrumando toda. Saímos de dentro do carro e antes que ele abrisse a porta do quarto, eu já estava nua; nua e tentando desesperadamente despi-lo também:
- Calma, Nanda! Vamos entrar primeiro, mulher.
- Calma o cacete! Me dá esse pau gostoso. Agora! Me dá!!
Acreditem ou não, ele teve que me afastar no tapa e foram uns bons tapas, na bunda e até no minha cara. Eu estava ensandecida e nada me pararia naquele momento, nem mesmo seus tapas, tanto que eu não parei e ele entrou na suíte praticamente me arrastando a tiracolo.
Quando consegui tirar sua calça, ele saiu correndo em direção à cama e só aí vi que havíamos invertido as posições de caça e caçador do início de nosso relacionamento. Agora, era ele a presa e eu tinha pressa em abatê-lo. A suíte era imensa e bem no centro havia uma cama redonda com um espelho no teto, sobre ela. Começamos a correr em volta da cama como duas crianças:
- Cacete, Mark, para!
Ele não parou... Aquele filho da puta não parou! Subi na cama e fui me aproximando dele. No primeiro momento de distração, pulei em cima e ele me pegou em seu colo, daí não teve mais jeito e ele se jogou comigo sobre a cama:
- Tem hidro e piscina também, Nanda. Não quer aproveitar um pouco.
- À merda com isso tudo… EU QUERO VOCÊ! - Gritei.
Nossos beijos ficaram mais intensos e eu já sentia seu pau duro por dentro de sua cueca, esfregando-se em meu clítoris. Aquilo foi me deixando mais e mais excitada, louca mesmo. Puxei sua camisa e joguei na puta que pariu. Sua cueca, não sei se fui eu que tirei ou ele, mas quando vi, seu pênis já tocava a parte externa da minha buceta, pele com pele, desejo com desejo, fogo com fogo. Ainda assim ele queria me torturar e não me penetrava, eu já estava chorando tamanho era o meu tesão e a saudade acumulados do meu marido:
- Calma! Para que a pressa?
- ME FODE, PELO AMOR DE DEUS. SÓ ME FODE FORTE, MARK! - Gritei novamente.
Ele não me penetrava, mas não parava de me acariciar, com mãos, boca e pênis. Todo aquele contato me deixa mais transtornada a cada segundo que passava. Eu já não sabia mais o que fazer até que ele me penetrou num único golpe, inteiro, gostoso, profundamente. Gozei! Gozei aos berros, abraçada a ele com braços e pernas, e passei a chorar desesperadamente. Ele se assustou, é claro, quem não se assustaria:
- Nanda?
- Não, não, não sai. Desculpa! Fica aqui comigo.
- Tá tudo bem?
- Tá ótimo, claro! É a melhor noite da minha vida.
Ele deve ter entendido que eu estava com peso na consciência e passou a me penetrar deliciosamente, do jeito que eu me lembrava e nenhum outro havia conseguido atingir. Realmente, a gente não trepava, não fazíamos sexo apenas; entre a gente era amor na sua melhor e mais sublime forma, e ele sabia como tirar o melhor de mim sempre:
- Deixa eu te cavalgar?
Ele não respondeu, apenas nos virando na cama, sem sequer sair de dentro de mim. Nos encaramos sem medo ou mágoa e vê-lo ali comigo novamente, fez um calor subir por dentro de mim com uma rapidez que eu nunca havia experimentado antes. Resultado: a bicicleta barra circular aqui, depois de duas ou três pedaladas, soltou a corrente novamente. Gozei outra vez! Mas dessa vez não chorei, só berrei para que o mundo ouvisse que o meu marido estava comigo novamente:
- AI, MARK… AI, AI, AI! CARALHO QUE GOSTOSUUUUUIIIII… AHHHHHHHHH! ME MATA, SEU GOSTOSO! AHHHHHHH…
Desmontei sobre ele, curtindo aquele orgasmo e sentindo a minha buceta pulsando com o seu pau lá dentro, bem lá dentro, lá no fundinho mesmo. Comecei a ouvir uma risada e quando o olhei, seu sorriso não o deixaria mentir: ele também estava curtindo bastante:
- O que foi?
- Nada, uai! Eu só queria saber se eu vou poder curtir um pouquinho também, afinal, é só você que está gozando.
- Desculpa! Mas é que eu estava com tanta saudade de você que… - Suspirei fundo, tentando me recompor minimamente: - Que não sei o que está acontecendo.
- Delícia! Acho que vou aproveitar e fuder o seu cu também.
- Eu sou toda sua! Pode fazer o que quiser comigo, eu deixo, eu quero! - Falei e lhe dei um delicioso beijo: - Mas só daqui a pouco.
Desengatei-me dele e fui me esgueirando por todo o seu corpo, beijando, lambendo, acariciando até chegar em seu pau. Sem qualquer receio comecei a cheirar aquele membro molhado, encharcado pelo nosso desejo e passei a esfregá-lo todo no meu rosto, cabelo, aproveitando para lambê-lo também. Eu queria aquele cheiro em mim, aliás, para mim aquilo era um perfume que me ascendia às mais elevadas alturas. Eu o abocanhei e soube imediatamente que estava no caminho certo:
- Porra, Nanda! Devagar…
Olhei para ele, procurando seus olhos, mas ele havia fechado os seus, curtindo minha boca em seu pau. A cada chupada mais forte, ele suspirava e eu me segurava para não sorrir e atrapalhar aquele momento. Passei a punhetá-lo com mãos e boca, chupando-o com a máxima força e vontade, colhendo seguidos gemidos, cada vez mais altos. Quando ele começou a se esfregar nos lençóis, notei que ele estava próximo de gozar e eu iria me esbaldar naquele leite, faria questão de matar a minha sede com a sua seiva.
Sob um último olhar atônito dele, acelerei ainda mais meus movimentos, fazendo-o, em poucos minutos, urrar em minha mão, gozando horrores, dentro da minha boca e no meu rosto, porque não consegui abocanhar tudo de uma vez. Quando seus espasmos pararam, ele me olhou, toda lambuzada e ainda com boa parte de sua porra na minha boca. Olhei para ele da maneira mais maliciosa, eu diria perniciosa possível, e abri minha boca, mostrando seu leite dentro dela e fiz algo que nunca havia feito antes: engoli tudo, “tudin mes”! Não satisfeita, passei a lamber sua púbis, seu pau, tudo, colhendo o que havia caído, deixando tudo limpinho para continuarmos novamente, assim que ele quisesse:
- Caramba, Nanda…
- Delícia! Eu estava com muita sede, sabia?
- É!? Nem notei…
- Segundo “round”?
- Já!? Dá um tempinho pra mim, mulher. Que tal uma hidro, sei lá, um vinho, uma água, leite não vou propor senão vou me fuder outra vez…
- Ah é!? - O interrompi, sorrindo feliz da vida, enquanto subia para ficar em seus braços, olho no olho novamente: - Não gostou então?
- Nu! Problema é eu me acostumar…
- Uai, problema por que?
Ele se calou, mas eu entendi nas entrelinhas. Aquela noite não era a nossa reconciliação. Apenas estávamos descarregando as tensões numa transa eventual, ocasional. Isso me doeu lá no fundo, mas decidi ignorar e dar o meu melhor para que ele entendesse que aquela transa não era somente uma transa. Para mim não era. Para mim, era amor na sua forma mais intensa o que eu estava lhe dando. Torcia para ele entendesse e também me desse o seu:
- Ara, se formos tomar vinho, vamos ter que pernoitar…
- Então, a gente pernoita. - Falou e se levantou, indo a um barzinho de canto.
Voltou pouco depois com um cardápio e ficou analisando. Depois se levantou novamente e foi até um telefone sobre o barzinho e ligou na recepção, avisando que pernoitaríamos e fazendo um pedido que não consegui entendê-lo todo, parecendo ter pedido um vinho tinto suave, além de uma porção que não entendi. Ficamos namorando na cama e seu pau começou a endurecer novamente. Uma campainha tocou, avisando que nosso pedido estava pronto e eu o olhei que não saiu do lugar:
- O que você está esperando? - Perguntei.
- O serviço vem através daquela porta lateral. - Indicou-me a direção: - Vai lá receber para a gente.
- Tá. Cadê o roupão?
- Para quê?
- Cê quer que eu vá pelada!?
- E qual o problema?
“Safado! Meu Mark dos bons e safados tempos está mesmo voltando para mim.”, pensei, enquanto o olhava maliciosamente. Desci da cama e procurei meu sapato de salto alto, calçando-o para ficar um pouco mais imponente. Fui até aquela porta e a abri. Um moreno alto e forte, com uns dois metros de altura por um de largura pediu licença, mas não antes de me dar uma bela olhada e entrou empurrando um carrinho. Fiquei boquiaberta olhando para o moreno e o Mark notou. Sorri para ele, fazendo um movimento com o ombro como se dissesse “o que é isso?” e ele sorriu. O rapaz foi até uma mesa lateral e a arrumou de uma forma chique para nos servirmos. Depois de pronta, virou-se para mim:
- Mais alguma coisa, senhora?
- Hã!? Eu… é… bem, eu acho que não. Quer mais alguma coisa, mor?
- No momento não, Nanda. - Falou e riu, levantando-se da cama e indo em direção à mesa: - A não ser que você queira convidar o rapaz aí para comer também.
- Comer… Ah… É, né. - Respondi, olhando o moreno de cima a baixo, enquanto ele também me encarava sem desviar o olhar: - Hã… Não, é… Obrigada, querido, se precisarmos de alguma coisa, nós pediremos.
- Pois não, senhora. Estarei a sua disposição.
- Aposto que sim.
Ele veio com o carrinho em direção à porta e eu não consegui me segurar, dando uma sutil alisada em seu braço:
- Nossa que forte, hein? Musculoso…
Ele se achou no direito e me puxou para si, dando-me um beijo intenso e enfiando a língua quase em minha garganta. Quando me soltou, olhou em meus olhos e falou:
- Já com gostinho de porra na boca, hein? Safadinha você…
- Cê nem imagina, querido.
- Eu não gosto de imaginar. Eu queria participar.
- Quem sabe mais tarde, ou em outro dia, sei lá… Agora preciso comer, um pouco. Depois a gente vê o que faz.
- Vou esperar ansioso.
- Senta lá para não cansar, tá?
Ele me deu uma última apertada forte na bunda e outro beijo, mas agora mais superficial, como se estivesse se despedindo e voltou a empurrar seu carrinho. Fechei a porta e fui até a mesa onde o Mark estava:
- O que!?
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO, EM PARTE, FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL NÃO É MERA COINCIDÊNCIA, PELO MENOS PARA NÓS.
FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DA AUTORA, SOB AS PENAS DA LEI.
