Puta que pariu… Que velho escroto… Isso não vai dar certo. Melhor eu pedir outro copo d'água pro Pedrinho…
Regina - Bê, você poderia me trazer um…
Marcelo - Meu filho é tudo pra mim, apesar de termos as nossas divergências…
Pedrinho - A divergência é o senhor comendo a minha mãe ou comendo a minha outra avó?
Agora fudeu!!!!
Pedrinho estava puto com o avô e jogou a merda no ventilador e eu sabia que iria feder. Eu ia pedir pra ele parar com isso, mas o caos já tinha se instalado e agora só me restavam duas opções. Tirar meu pai dali com a Andréia e quem sabe com fazendo isso, meu namorado iria voltar atrás ou então permanecer ali e ver até onde isso iria parar. Escolhi a segunda opção.
Marcelo - SEU PIRRALHO!!! COM QUEM PENSA QUE ESTÁ FALANDO? VOCÊ BATEU A CABEÇA TAMBÉM?
Sabrina - Calma, pai…
Joana - Que porra é essa, Pedrinho?
Marcelo - Ele está se aproveitando que os pais não estão em casa e quer virar o homenzinho da casa… VOCÊ ME RESPEITA, SEU VIRJÃO!!!
Sabrina - Pai, para com isso! Olha os pais da menina estão aqui…
Marcelo - Eles que me perdoem, mas eu não serei desrespeitado por um pirralho que nem tem pêlo na barba direito, e que fica duas horas no banho, só na bronha… TÁ ME OUVINDO, SEU MOLEQUE? VOCÊ QUER ME ENCARAR? Sua avó acabou de morrer, seu pai tá lá que nem um vegetal e você quer descontar a raiva EM MIM? Aaaah…. não fode!!! E o pior é que não fode mesmo…
Pedrinho - Você é um velho safado! Fodeu a minha mãe, fodeu a minha outra avó e fica de olho na minha namorada também. Vai querer foder ela também? Seu filho da puta!
Marcelo - Seu pestinha mentiroso! Eu vou te dar um corretivo na frente de todo mundo aqui…
Pedrinho - Você que é o safado e mentiroso. Tem uma câmera lá no quintal. Eu vi o que você fez com o meu pai. Quer que eu coloque aqui na TV da sala pra todo mundo ver? Fala alguma coisa agora, vovôzinho!
O velho ficou calado, e todos aguardavam o próximo movimento dele. Meu pai e Andréia estavam meio assustados com o que estavam presenciando, mas ficaram esperando pra agir também. Foi aí que começou o filme "O coitado injustiçado" estrelando Vovô Marcelo, com uma atuação digna de Oscar. Ele levou a mão ao peito, e começou a fingir uma dorzinha.
Marcelo - Aaai, Aaaai não estou me sentindo bem. Acho que vou infartar…
Joana - Tá vendo o que você fez?
Armando - Calma, gente! Eu e Andréia vamos examinar o Sr. Marcelo.
Velho burro, se esqueceu que tinha dois médicos aqui…
Andréia - Ele está com um pouco de arritmia.
Armando - Eu vou pegar lá no carro os instrumentos pra medir a pressão dele.
Andréia - Melhor levarmos o senhor para o quarto, pra ficarmos mais à vontade.
Andréia e Sabrina auxiliaram o Sr. Marcelo até o quarto de hóspedes, enquanto meu pai foi até o carro pegar seu material de trabalho.
Joana - Pedrinho, olha a merda que você fez? Tá tudo desmoronando e você ainda quer complicar mais as coisas.
Pedrinho - Jô, eu tenho provas. Nosso avô é um velho safado.
Joana - Só porque ele ficou de olho na sua namoradinha? Olha só os peitões dela? Eu que não sou homem, me dá vontade de pegar…
Regina - Eu, Joana, eu estou aqui tá?
Joana - Foi mal, cunhadinha, mas você é gostosa e é normal os homens olharem. Vê se cresce, Pedrinho!
Pedrinho - Não é só isso. Ele falou pro nosso pai que comeu a mamãe e ainda tem a história com a vovó Claire. Até filha eles tiveram…
Joana - O que?
Regina - É verdade. Nós vimos.
Pedrinho - Ele enganou nossa avó Beth e o nosso pai também. Ele é um filho da puta!
Joana - Eu quero ver esse vídeo.
Meu pai voltou com o material e perguntou onde estavam. Eu levei ele até o quarto, enquanto Pedrinho e Joana foram para o escritório. Assim que meu pai entrou no quarto, ele praticamente expulsou a Sabrina, porque queria examinar o Sr. Marcelo melhor. Sabrina me perguntou onde os sobrinhos estavam e eu disse que foram para o escritório.
Eu disse a ela que iria ficar por ali caso, caso meu pai precisasse de alguma coisa, mas na verdade eu queria ficar ali pra ouvir as mentiras que o velho iria falar ao meu pai. Quando Sabrina saiu dali em direção ao escritório, eu peguei um copo na sala e coloquei na parede. Vi isso num filme e fiquei ali tentando escutar algo.
Armando - Sr. Marcelo, eu vou medir a sua pressão…
Andreia - Melhor checar a temperatura também. Quando fui checar a pulsação, achei a temperatura corporal dele um pouco acima do normal.
Armando - Sr. Marcelo, sua pressão está bem acima do ideal. 17 por 11. O Senhor é hipertenso?
Marcelo - Doutor, minha saúde é de ferro. Já passei dos sessenta e ainda sou capaz de fazer muita coisa…
Armando - Atualmente está tomando alguma medicação?
Marcelo - Só suplementos vitamínicos.
Armando - Só isso?
Marcelo - Faço também um tratamento pra não fazer feio na hora H, entende?
Armando - Tratamento hormonal?
Marcelo - Acho que o nome é esse…
Armando - Sr. Marcelo, poderia tirar a roupa pra eu verificar uma coisa?
Marcelo - Com ela aqui?
Andréia - Também sou médica, se esqueceu, Sr. Marcelo?
Armando - Você ainda é residente, futura doutora…
Marcelo - Sem problemas. Não tenho vergonha do meu corpo…
Eu estava ouvindo praticamente tudo, mas também estava de olho caso meu namorado voltasse com o restante da família.
Andreia - CARALHO!!! Benza Deus, senhor Marcelo…
Armando - Andreia, olha o profissionalismo…
Marcelo - Deixa ela, Doutor…
Andréia - Desculpa, amor, mas é que eu não esperava que fosse "bem servido" assim…
Armando - Já que você ficou empolgadinha, segure o pênis dele e puxe a pele pra expor a glande.
Andreia - Sério?
Armando - Sim. Hoje você vai ter uma aula sobre excessos e exageros.
Andréia - O exagero eu entendi, mas o excesso não…
Armando - Mas o senhor Marcelo, entendeu, não é mesmo?
Eu também não estava entendo nada. Só uma coisa que eu acho que entendi. O velho era pirocudo. Isso faz muito sentido.
Armando - O que você acha do pênis, do senhor Marcelo, além de ser bem acima da média? Por favor, nada de quinta série, pois o assunto é sério.
Andréia - Bem, eu diria que pra idade dele e pelo biotipo dele, que era pro pênis dele estar mais flácido, mas está quase ereto. Digo isso pela rigidez que estou sentindo ao segurar.
Armando - Só isso?
Andréia - Acho que a glande está um pouco irritada, pela tonalidade da cor, mas não tenho certeza.
Amando - Está vendo aquela marca ali na lateral da virilha, onde fica o bronzeado da sunga?
Andreia - Sim, estou vendo.
Armando - Sabe o que é isso?
Andréia - Não sei…
Armando - Sr. Marcelo, o senhor vai ter que parar com isso, ou então pode até acabar morrendo.
Andréia - Não estou entendendo nada…
Armando - Andréia, pode largar o pênis do senhor Marcelo. Já tá bom, né?
Andréia - Ficou ereto muito rápido! Sr. Marcelo, o senhor tomou um azulzinho hoje?
Marcelo - Hã?
Armando - Ele tomou sim. Notou que a glande estava um pouco inchada?
Andréia - Eu estava em dúvida, porque existem glandes que parecem cogumelos gigantes.
Armando - O senhor Marcelo pelo visto, está tomando sildenafila todos os dias e aquela marca na virilha é um patch de TST.
Andréia - Agora entendi o excesso!
Marcelo - Eu não sou broxa. É que depois que fiz quarenta, meu amigo aí nunca mais teve uma ereção completa igual antes. Comecei a fazer reposição de testosterona com injeções e depois comecei a usar esses adesivos. Ultimamente comecei a tomar Viagra todos os dias.
Andréia - Sr. Marcelo, essa dosagem pode causar priapismo, alteração na pressão, infarto e agressividade.
Armando - Parabéns, residente!!! Nota 10.
Andréia - É melhor o senhor parar com isso.
Armando - O senhor quer foder ou morrer?
Marcalo - Posso escolher foder até morrer?
Os três riram um pouco e logo percebi que havia acabado e decidi sair dali e fui pro escritório.
Sabrina - Eu não tô acreditando nisso. Eu sei o pai que eu tenho. Eu já peguei ele dando em cima de várias amigas minhas e inclusive eu desconfio que possa ter rolado alguma coisa com algumas delas. Nunca tive coragem de perguntar, porque provavelmente não iriam falar a verdade e se falassem a verdade, seria aquela decepção.
Joana - Tia, é aquilo que eu te falei. Meu avô é muito macho alpha. Ele só não fez nada com a gente porque somos família dele, mas se eu fosse o Pedrinho não deixaria ele sozinho com a Regina.
Pedrinho - Porra! O pau quebrando aqui e você não perde uma oportunidade de me zoar… Por quê, Jô?
Joana - Desculpa, é que eu estou nervosa e estou tentando desviar o foco.
Sabrina - Vamos nos controlar, que a gente tem muito o que conversar…
Pedrinho - Não tô acreditando que a minha mãe transou com ele. É muita sacanagem com o meu pai! Eu vou matar esses dois…
Regina - Bê, se acalma…
Pedrinho - Não me acalmo. A gente não pode se acalmar. Olha o que está acontecendo! Eu nunca mais vou olhar nos olhos dela. Eu quero sumir daqui. Quero ir pra bem longe!
Joana - Pedrinho, nossa mãe não tem culpa. Vou confessar um negócio pra vocês. Um dia, o vovô dormiu aqui em casa e eu não sei se vocês sabem, mas ele dorme pelado e quando ele foi ao banheiro de madrugada, eu vi ele pelado e vi o pau dele. É assim desse tamanho! E tava mole ainda… voltei pro meu quarto e não consegui dormir. Fiquei imaginando uns negócios que eu me envergonho só de relembrar…
Pedrinho - Tu é mais maluca que a tia Sabrina! Puta que pariu!!! E eu achava que a minha família era normal…
Joana - Só concluindo, o que eu quis dizer é que se você fosse mulher, iria entender melhir o que acontece, ao ver um homem nu daquele jeito.
Sabrina - Vai me desculpar, Joaninha, mas você está viajando… Já te falei pra parar de fumar, que isso não está te fazendo bem. Eu já vi ele nu várias vezes e inclusive já vi ele transando com a avó de vocês e eu nunca senti nada disso. Você que é safadinha…
Pedrinho sentou numa cadeira e estava com a cabeça baixa, quando vi que ele estava chorando. Sentei em seu colo e comecei a fazer carinho nele, pra ver se ele se acalmava. Escutamos barulho de conversa na sala e voltamos pra lá e a julgar pela cara do Pedrinho, o segundo round iria começar.
Armando - Pedrinho, eu sei que você está nervoso agora, mas é melhor vocês conversarem outro dia. O seu avô não está muito bem, inclusive eu já pedi pra ele fazer uns exames e procurar um médico amigo meu pra se consultar e fazer um acompanhamento. Eu também sugiro que você procure um psicólogo pra poder conversar com alguém e desabafar.
Pedrinho - Ele que faz as merdas e eu que sou o maluco da história? Isso não é justo!
Regina - Você tá querendo dizer que eu sou maluca?
Pedrinho - Isso é diferente…
Marcelo - Eu posso explicar…
Pedrinho - NÃO!!! Isso não tem explicação! Você é um velho safado que comeu a mulher do próprio filho! Isso não tem perdão! Você fodeu com a vida de todo mundo! Olha só o que está acontecendo! Olha a merda que você fez! Por isso que a vovó quis ser cremada, porque se ela tivesse sido enterrada, estaria se revirando no túmulo, vendo o canalha que você é…
Marcelo - Você é um pirralho muito atrevido!
Pedrinho - Saia da minha casa agora.
Marcelo - Cala a boca, moleque!
Pedrinho - Vem me fazer calar, então….
Armando - Melhor o senhor ir embora e depois, vocês conversam… Eu levo o senhor até a sua casa…
Marcelo - Obrigado, doutor, mas não há necessidade. Eu devo explicações e se esse moleque abusado calar a boca, eu vou contar o que aconteceu.
Pedrinho - Pode contar o que você quiser, que eu não vou acreditar…
Marcelo - O que eu vou contar pra vocês, vai ser pesado, mas eu não me importo mais. Eu perdi a mulher que eu amei, mas pelo menos no final da vida dela, eu consegui o seu perdão e a gente se acertou.
Pedrinho - Mais mentiras… Se ela soubesse que você tem uma filha bastarda por aí, duvido que desse o seu perdão.
Sabrina - Ela sabia, Pedrinho.
Pedrinho - Como assim?
Sabrina - Seu avô contou a ela, quando souberam da doença. Ele contou a ela e a mim também.
Marcelo - Obrigado, filha, mas deixe eu contar as coisas na ordem devida. Assim todos irão entender o que aconteceu.
Armando - Filha, melhor nós irmos embora. É assunto de família.
Pedrinho - Bê, se você quiser pode ficar…
Marcelo - Eu não me importo! Seria bom o doutor ficar, caso alguém precise de algum socorro.
Andréia - Vamos ficar, amor! Estou curiosa pra saber esse bafafá todo.
Armando - Tudo bem, mas lembre-se que minha filha é de menor ainda.
Joana - Nada vai ter nada que ela já não tenha visto na internet…
Marcelo - Bem, como vocês todos devem saber, Deus me agraciou com uma bela ferramenta entre as minhas pernas.
Sabrina - Pai!!!
Marcelo - É a verdade! A doutora ali pegou e examinou, não é verdade?
Todos olhamos pra Andréia que ficou um pouco constrangida, mas logo rebateu…
Andréia - Eu sou médica e tudo que eu fiz foi âmbito profissional.
Marcelo - Devo lhe pedir desculpas, pois quando você apertou e balançou um pouco, eu quase não aguentei…
Meu pai pigarreou nessa hora.
Marcelo - Quando eu me casei com a avó de vocês, ela era virgem e pura. Não sabia nada de sexo, mas eu já era bem vivido. Na nossa noite de núpcias, tivemos um pequeno problema. O tamanho da chave não era compatível com a fechadura, porque a chave era muito grande e a fechadura muito pequenininha. Eu até forcei um pouco a chave na fechadura, mas não deu certo. Imaginem a minha frustração em esperar um tempão pra fazer amor com quem você ama e não conseguir…
Nessa hora, eu e Pedrinho nos olhamos e meio que nos identificamos um pouco.
Marcelo - Discutimos e então saí do quarto e fui para um bar. Conheci uma mulher lá e levei-a pra um motel. Foi a primeira vez que eu a traí oficialmente.
No dia seguinte eu apareci, conversamos e nos entendemos. Passamos o dia inteiro tentando consumar o casamento, até que conseguimos. Foi muito doloroso para ela, mas fizemos nos dias seguintes da lua de mel, até que nossas férias acabaram. Eu era feliz, mas a minha sorte logo iria mudar, porque sua avó ficou grávida do pai de vocês. Eu não queria um filho naquela hora. Eu queria aproveitar a vida a dois, mas aconteceu e o pior de tudo é que sua avó não quis mais fazer sexo comigo dizendo que eu machucaria o neném durante o sexo.
Andréia - Isso é uma lenda! Sabendo fazer com cuidado, dá pra fazer direitinho.
Armando - Em situações normais, sim… mas no caso dele, talvez tenha que redobrar o cuidado
Andréia - Pra tudo tem um jeitinho…
Marcelo - Continuando, eu fiquei com muita raiva e a única saída que encontrei foi ter casos por aí. No início, fui a puteiros mesmo, mas logo vi que isso seria perigoso porque poderia pegar doenças, encontrar alguém que me conhecesse, e o gasto enorme de dinheiro, que agora eu não podia, porque tinha comprado uma casa, me casado e a esposa grávida. Comecei a flertar com todo tipo de mulher que me agradasse e logo aprendi que as casadas eram as melhores. Faziam de tudo, não exigiam saídas românticas antes de irem para o abate, e eu nem precisava gastar dinheiro com presentinhos.
Sabrina - Que horror, pai!
Marcelo - Mas é assim que acontece, filha. Depois que o pai de vocês nasceu e o período de resguardo passou, eu estava louco para transar com minha esposa novamente, mas acho que ela descobriu minha pulada de cerca e dava milhares de desculpas para não transar comigo. Foi então que aconteceu um dos momentos mais angustiantes da minha vida. A avó de vocês precisou visitar os pais, mas era uma viagem cansativa para o interior e eu falei a ela pra ir sozinha, que eu cuidaria do Pedro. Ela ficou feliz e disse que só ficaria fora uns três dias e me agradeceu muito. Disse que se fosse muito trabalho, pra eu chamar a vizinha que era uma de suas amigas. O que ela não sabia, é que eu já estava traçando a vizinha e durante a viagem dela, quando eu dava banho no pai de vocês, eu deixei ele sozinho na banheira, pra dar uma rapidinha com a vizinha. Essa rapidinha acabou demorando um pouquinho e o pai de vocês se afogou na banheira. Quase morreu e é por isso que ele tem medo de piscina ou mar.
Pedrinho - Caramba! Agora faz todo sentido!
Marcelo - Quando a avó de vocês voltou de viagem, o Pedro estava diferente. Ele era um bebê feliz e alegre, mas agora estava mais tímido e introspectivo. Falava pouco e chegamos até a pensar que era autismo, mas no fundo eu sabia que era o afogamento na banheira, a causa do problema.
Joana - Agora entendi porque meu pai às vezes age de certa forma. Coitado dele…
Marcelo - Tive que contar à avó de vocês o ocorrido e nós quase nos separamos. Eu pedi perdão, disse que nunca mais iria traí-la e voltamos aos eixos. Foi aí que minha esposa ficou grávida da Sabrina, e eu nesse período tentei me manter fiel, mas acabei tendo alguns encontros com a minha secretária. Depois que Sabrina nasceu, eu me apeguei muito a ela, porque Pedro era muito arredio comigo. Tentei de várias formas ensiná-lo a nadar para acabar com o trauma, mas não consegui. Ele agora era um garoto meio recluso, meio medroso e eu fiz de tudo pra deixar ele mais valente, mas acho que isso foi causando uma tensão entre a gente. Qualquer coisa era motivo da gente brigar, e ele corria pra buscar a defesa da mãe e isso acabou nos distanciando.
Joana - Porra, vô! Que ciúme besta!
Marcelo - Eu sou assim, querida! O que é meu, é meu. Eu tenho dificuldade em dividir as coisas. Depois de um tempo, não sei se era muita culpa que eu carregava comigo ou estresse do trabalho, mas comecei a ter problemas lá embaixo. Fiquei arrasado, por quê de que adianta ter um taco de beisebol no meio das pernas que não fica duro? Eu tinha um pouco mais de trinta anos e comecei a fazer tratamento hormonal com testosterona pra não ficar broxa. Comecei a fazer musculação, usei um monte de coisas, até que cheguei na testosterona injetável e hoje em dia uso um adesivo ou gel.
Armando - Mas e aquele outro negócio?
Marcelo - Quando o Viagra surgiu, também comecei a tomar pra turbinar o efeito e aí minhas performances viraram dignas de filme pornô.
Pedrinho - E a minha mãe? O que você fez com a minha mãe?
Marcelo - Bem, o ingrato do seu pai não quis assumir meus negócios e foi virar cozinheiro na Europa.
Joana - Isso já estamos cansados de ouvir. Lá ele conheceu a mamãe, foi amor à primeira vista e hoje estamos aqui.
Marcelo - Mas o que vocês não sabem, é que a mãe de vocês era filha de um casal naturista e que além disso eram liberais.
Pedrinho - Liberais?
Sabrina - Pai, isso você não me contou.
Marcelo - Mas agora eu vou contar tudo. Já que vocês querem me crucificar, não vou assumir essa bronca sozinho.
Pedrinho - O que é um casal liberal?
Andréia - São casais que fazem troca de casais no sexo, ou simplesmente tem permissão do cônjuge pra transar com quem quiser.
Pedrinho - Meus avós fazem isso?
Marcelo - Ôôôôôô, e como fazem!!!
Joana - Caralho, que loucura!
Marcelo - Seus avós, Claire e Olivier, têm a mania de conhecer as pessoas numa praia de nudismo. Eles acham que assim conhecem a pessoa como ela realmente é, através dos movimentos corporais. Então quando eu os conheci, imagina a situação… Eu peladão com uma tromba de elefante apontando pro céu, devido ao tratamento hormonal. Era a primeira vez que eu via a mãe de vocês nua e a avó de vocês também.
Pedrinho - Isso é um pesadelo! Só pode ser…
Regina - Mas e a vó Beth? Ela não ficou constrangida com isso?
Marcelo - Ela tinha medo de viajar de avião naquela época e eu fui sozinho. Eu juro que tentei evitar as coisas que acabaram acontecendo, mas a avó de vocês é maluca. Seu avô não gostou nada de mim, porque sabia que ela nunca tinha experimentado um homem dotado que nem eu. E sabe aquela expressão amor de pica, quando bate, fica. Foi o que aconteceu com ela.
Joana - A vovó Claire é tão calminha…
Marcelo - Vocês não conhecem aquela danada… Quando você nasceu, Joana, sua avó Claire, veio ao Brasil com o pretexto de ajudar sua mãe nos primeiros meses, mas o verdadeiro motivo, era pra ficar comigo. Era sexo todos os dias e a sua mãe Nikke nos acobertava. Pra mim, estava ótimo, mas pra Claire, não. Ela se apaixonou por mim e quis me dar o golpe da barriga. Ela engravidou de propósito, e queria que eu me separasse da avó de vocês e fosse morar com ela. Eu disse que era impossível e ela ficou maluca, pois já tinha contado ao marido que tinha se apaixonado por um brasileiro e que não iria voltar mais pra França.
Pedrinho - Mas onde está a criança.
Marcelo - Eu não sei. Somente ela e sua mãe sabem. Eu queria ajudar a criar a criança de alguma forma, mas como punição, ela escondeu-a de mim. Tentei procurar o paradeiro, mas nunca encontrei.
Sabrina - Pai, e a história com a Nikke? Eu vi o vídeo e nós vimos o que você disse ao Pedro. É verdade aquilo?
Ele ficou em silêncio um tempo, respirou fundo e continuou a falar…
Marcelo - A minha relação com meu filho é muito explosiva e eu confesso que já tentei alguma coisa com a Nikke só pra machucar ele, mas seria só flertes e insinuações… Eu amava a Vó Beth, e se eu fizesse alguma coisa com a Nikke, prejudicando o seu pai, ela nunca me perdoaria e eu já estava com minha situação ruim por causa da Claire e da criança. Ela disse que a criança não tem culpa pela irresponsabilidade dos adultos e tinha pena dela crescer sem conhecer os pais.
Pedrinho - Eu não acredito no senhor!
Marcelo - Estou sendo sincero, Pedrinho. Por mais que a sua mãe seja linda e gostosa, se eu fizesse aquilo que eu falei, sua avó morreria de desgosto e eu carregaria essa culpa pra sempre. Brincar com sua mãe do jeito que eu fazia, era muito mais interessante, porque eu deixava seu pai sempre na dúvida e na incerteza e isso desestabilizava ele. Era só isso que eu queria. Se ele tivesse alguma certeza, acabaria a minha vantagem.
Joana - Você é cruel! Eu não esperava isso do senhor…
Pedrinho - Por quê sacanear ele assim? O que você ganha com isso?
Marcelo - Eu não sei! A gente começou essa disputa de poder lá atrás, sei lá porque, e agora não existe mais motivo, mais nada. Se transformou em hábito e na oportunidade de vê-lo por baixo e eu por cima.
Sabrina - Pai, isso tudo está muito errado. Olha o que aconteceu! Seu filho está em coma por causa de um capricho seu…
Marcelo - Foi um acidente, filha e se ele por acaso nunca mais acordar, eu nunca me perdoarei. Eu juro aqui na frente de todos vocês, que se ele acordar, eu nunca mais implicarei com ele. Juro pela alma da sua avó que morreu! Eu juro!
Ele começou a chorar ajoelhado ali e Sabrina logo foi consolá-lo. Levantou o velho asqueroso e o levou para o quarto. Ficamos ali comentando as coisas que ele disse e decidiram esperar o pai deles melhorar pra contar a ele. Dona Nikke também estava muito abalada, e muito séria exigido dela. Cuidar do marido, da família e dos negócios. Fiquei preocupada com Pedrinho no meio desse turbilhão.
Eu fui embora com meu pai e Andreia, mas antes de irmos, meu pai falou com ele, que se ele precisasse de qualquer coisa ou se o avô tivesse algum problema, que o procurasse. Ofereceu até que ele passasse alguns dias lá em casa, mas Pedrinho não quis. Ele disse que o pai e a mãe precisariam dele. Fiquei toda orgulhosa com essa atitude dele. Dei um beijão nele, antes de ir embora, até que o meu pai pigarreou e eu me despedi dele.
Os dias foram passando, semanas, meses. Meu relacionamento com Pedrinho era o melhor possível. A cada dia, nossa intimidade só aumentava. Três meses depois e Dona Nikke morava mais no hospital do que em casa. Ela era como um cão que não larga o osso, e se dedicava duzentos por cento ao Senhor Pedro. Um dia fui no hospital visitá-lo e ouvi dizer que o dia foi movimentado, porque ele recebeu várias visitas importantes.
Alguns Chefs, dentre eles Alex Atala, Henrique Fogaça, Felipe Bronze, Claude Troisgros, Olivier Anquier, Eric Jacquin, Paola Carosella e Giuseppe Gerundino se revezaram no comando do restaurante do Senhor Pedro durante esses três meses. A história ganhou grandes proporções e o Crep Suzete se tornou um dos restaurantes mais badalados do Rio de Janeiro.
O tempo foi passando e o avô do Pedrinho foi passar uma temporada na casa da Sabrina e Joana também foi. Pedrinho ficou sozinho em casa e eu ia pra lá de vez em quando e as coisas começaram a evoluir muito rápido.
Mais dois meses se passaram, e finalmente o Senhor Pedro acordou. As notícias eram boas, porque aparentemente estava sem sequelas, só uma problemas de memória em relação a alguns fatos, nomes ou lugares que de vez em quando ele errava ou se confundia, mas logo a seguir consertava.
Ele ficou no hospital durante mais um mês fazendo muitos exames pra poder realmente descartar qualquer possibilidade de sequela. Foram meses difíceis para todos nós, mas principalmente para Pedrinho e Donna Nikke.
Estava tudo indo bem e até Dona Nikke parecia um pouco mais simpática comigo, porque vou que eu estava cuidando muito bem do filho dela.
Até que chegou um dia que seria talvez um dos dias mais felizes da minha vida. Era o dia que eu iria perder a minha virgindade.
O dia amanheceu lindo e eu estava me sentindo nas nuvens. Tive um sonho tão gostoso com o Pedrinho… Acordei molhada e cheia de tesão. Acho que o momento chegou. Acho que agora estou pronta e tudo parece fazer sentido. Dizem que a primeira vez nunca é legal, porque tem a dor, vai sair sangue, vai ser rápido, provavelmente, mas o Pedrinho tem sido um amor nesses últimos meses e ele será o meu primeiro. Vou tomar um banho, me raspar todinha, fazer a unha e vou na casa dele.
Eu já tinha combinado ontem com ele que iria pra lá hoje, mas disse que iria lá só pra gente ver um filme e namorar um pouquinho. Nada demais… mas eu não podia deixar esse dia passar. Era uma oportunidade perfeita. Dona Nikke estava cuidando dos negócios no restaurante e o senhor Pedro estava em casa se recuperando. Ele fica mais no quarto, sentado ou deitado meio que enclausurado. Às vezes vai na cozinha ou fica na sala, quando têm muita gente em casa, porque ele gosta de casa cheia. Sabrina, Joana e o Sr. Marcelo estavam no interior, onde Sabrina mora.
As horas foram passando, e eu fazendo tudo pra eu tornar esse momento impecável. Eu estava com tanto tesão, que eu não resisti e acabei me tocando um pouquinho. Sei que não devia, mas eu estava com muita vontade.
Eu não sabia se o Pedrinho tinha camisinha, mas por sorte, eu sei que meu pai tem, mas sabe como é… Pedir ao pai camisinha? Sei que ele não ficaria bravo, mas é meio vergonhoso. Falei com a Andréia e ela pegou três pacotes, cada um com três. Achei um exagero, mas ela disse que na afobação, a gente poderia rasgar na hora de colocar, que na nossa idade os homens se recuperam mais rapidamente. Ela é muito engraçada e foi falando várias coisas, várias recomendações. Eu já sabia colocar camisinha, porque minha mãe ensinou a Sara e a mim também, mas sozinha eu nunca fiz, e na época que eu fiz com elas, eu não tinha as unhas que tenho hoje.
Peguei o Uber e fui até a casa dele. Eu estava tão ansiosa que eu roçava uma perna na outra só pela sensação de sentir minhas coxas lisinhas.
Eu faria uma surpresa que ele nunca esperaria. Minha irmã tinha comprado pra mim uma lingerie bem sexy e bem pequena. Eu estava doida pra ver a cara dele, quando me visse só de lingerie. Desci do uber e toquei a campainha. Quem me atendeu foi o senhor Pedro e eu fui entrando.
Regina - Senhor Pedro, como está hoje?
Pedro - Estou bem, mon petit. A cada dia melhor. E você?
Regina - Estou muito bem também.
Pedro - Posso ganhar um abraço?
Regina - Claro, senhor Pedro!
Pedro - Me chame só de Pedro. Afinal, não sou tão velho assim.
Regina - Ok, Pedro.
Dei um abraço nele e foi um abraço bem forte. Seu perfume suave despertou meus sentidos, mas devia ser porque eu estava com tesão desde cedo. O abraço estava tão bom, mas uma coisa estranha aconteceu, porque senti suas mãos descendo um pouco pelas minhas costas e fiquei com um pouco de receio por isso. Me afastei um pouco e quando olhei pra ele, vi aqueles olhos azuis cheios d'água, mas ele parecia estar feliz em vez de triste.
Regina - Pedro, o que houve? Por quê está chorando?
Pedro - Estou feliz, porque você está aqui, minha pequena.
Regina - O Pedrinho está no quarto?
Pedro - Deve estar. Eu acabei de sair do banho. Vai lá! Fique a vontade!
Fui até o quarto dele e quando me aproximei, escutei uns barulhos estranhos. Sons de gemidos… Esse safadinho já estava no clima e deve estar assistindo um filme pornô. Fui devagarzinho pra abrir a porta e dar um susto nele, mas a vida pode nos pregar peças e quem tomou o susto foi eu.
Meu namorado estava deitado na cama dele e uma loira peituda de silicone bem mais velha, estava por cima dele quicando com muita força. Até ontem ele dizia que me amava… Como ele pôde fazer isso comigo?
Eu ia fazer um escândalo, mas fiquei com medo de prejudicar a saúde do pai dele. Simplesmente bati a porta com força e saí dali.
Pedrinho - Pai! Foi mal, pai… Eu já falo contigo…
A voz dele foi sumindo enquanto eu ia na direção da porta. Saí dali o mais rápido possível e fui embora. Por que, Pedrinho? Por quê você fez isso comigo?