(Cris): Por favor não me deixa!
As mãos estavam em cada lado do rosto de Anny, os olhares se encontraram segundos depois das bocas desgrudarem, o beijo que era ardente, após a frase dita trouxe um olhar de dúvidas, com isso fez Anny afastar-se e encarar Cris .
-Não entendi!
- Anny, passei anos longe fugindo de você e do que sentia, tinha desejos que me corpo queimava, e nada era o suficiente, era você, precisava de você!
- Mas você foi embora mão eu!
- Eu não queria sentir nada daquilo... disso que estou sentindo, podia ter ficado lá, eu meu filho, e minha vida simples. Mas não! Você aparece nos meus sonhos, nas minhas lembranças e meu corpo só grita por você!
- Eu sempre sonhei com você, minha infância toda seus olhos estavam lá, você estava lá! E então vivemos nossa história e você, temos como viver tudo de novo, vem com essa de não te abandonar? Você é, e sempre será minha alma gêmea, juntas ou separadas.
- Melhor cada uma ficar na sua!
- Ta terminando comigo de novo?
- Você tem certeza que gosta de mim?
- Eu nunca deixei de amar você!
Cris levantou respirou fundo e andou alguns passos para longe de Anny.
- Sabe Anny, eu nunca vou saber na verdade se éramos sempre para estarmos juntas, meus sentimentos não mudaram muito pelo contrário, mas estou confusa, não em relação ao sentimento mas a você, não sei se ainda amo aquela Anny ou a de hoje!
- Sou a mesma pessoa! Só amadureci!
- Preciso da uma volta!
- A essa hora?
Cris simplesmente arrumou-se e saiu, a pé mesmo, sem nada somente a roupa do corpo. O que vinha em sua mente eram as lembranças de Anny saindo do seu casamento, das veses que ficou sozinha mesmo rodeada de gente. Cintia era uma ótima companhia mas o vazio tomou conta dela, não se sabe a razão, estava de novo com a pessoa que ama e mesmo assim algo não estava certo. Sentou numa praça na tão longe e começou a chorar, o peito doía. Como na vez que estava em seu apartamento em São Francisco sozinha e sentia que não precisava existir. Passou em um bar comprou um litro de cachaça e saiu bebendo, ao chegar em casa totalmente bebada pois não era de beber. Chegou, subiu, jogou-se no sofá e dormiu.