Continuamos nos beijando. Meu corpo queimava de desejo; minhas mãos percorriam suas costas e iam até seu bumbum. Senti sua perna entre as minhas, fazendo pressão na minha menina. Ela parou o beijo e desceu sua boca para meu pescoço, beijando e lambendo.
Eu só gemia baixinho, sentindo aqueles toques. Senti ela se esfregar na minha coxa; mesmo com o lençol e sua calcinha por cima, eu sentia o calor da sua menina. Nossa, eu estava quase explodindo de tesão quando, do nada, ela parou, saiu de cima de mim e falou—
Clara— Meu Deus, eu quase perdi o controle! Precisamos ir devagar, senão a gente faz besteira.
Ceci— Mas eu quero fazer besteira!!!
Clara— Kkkkk, boba! A gente precisa conversar antes, Ceci.
Ceci— Eu não quero conversar.
Clara— Mas precisamos, Ceci. Você sabe pelo menos o que fazer? Já ficou com alguém antes?
Ceci— Não, por quê? Você já?
Clara— Não! Está doida? Eu nunca nem tinha beijado de língua.
Ceci— E o Henrique?
Clara— Foi só um selinho.
Ceci— Sei...
Clara— Eu te juro, foi só um selinho e porque precisei fazer aquilo. Eu não queria, Ceci.
Ceci— Como assim, precisou? Eu não estou te entendendo.
Clara— Por isso eu disse que a gente precisa conversar.
Ela se levantou, foi até a porta e trancou. Voltou e disse que, a partir daquele dia, era para a gente trancar a porta quando fôssemos dormir, que jamais era para esquecermos disso. Eu concordei com ela.
Ela voltou, sentou ao meu lado, puxou o lençol que estava sobre mim e se deitou ao meu lado. Colocou a mão no meu rosto, me deu um beijo e disse que estava muito feliz, que não esperava que o amor que sentia por mim fosse correspondido um dia.
Fiquei muito feliz de ouvir aquilo. Então ela me contou que descobriu que sentia algo diferente por mim há alguns anos, mas nunca teve coragem de me falar nada porque tinha medo que eu brigasse com ela. A noite passada não tinha sido a primeira vez que ela me dava um selinho enquanto eu dormia; ela fazia isso há uns dois anos sempre que tinha chance.
Fiquei de boca aberta com o que ela falou. Eu realmente não fazia ideia de que isso acontecia há tanto tempo. Ela ia me contando e fazendo carinho no meu rosto. Eu podia sentir sua respiração bem pertinho de mim.
Perguntei a ela sobre o Henrique e ela disse que só fez aquilo para as amigas saírem do pé dela, porque as amigas ficavam com meninos e ela nunca ficava com ninguém. Uma das garotas até brincou que ela já estava parecendo uma sapatão, que não gostava de homem.
Foi brincadeira, mas ela preferiu fazer aquilo para a brincadeira não virar uma desconfiança séria. Ela falou que só não esperava que eu visse, e muito menos que tivesse a reação que eu tive.
Ela disse que ficou assustada com minha reação e, quando percebeu que eu não tinha voltado para a sala nem para pegar minhas coisas, ficou muito preocupada. Achou que eu tinha ido para casa, mas quando chegou em casa e viu que eu não estava, achou que eu tinha feito alguma besteira e entrou em desespero.
Eu pedi desculpas de novo. Ela disse que tudo bem e que, no fim, aquilo tudo foi ruim, mas levou a gente a chegar naquele exato momento que estávamos vivendo agora, e que isso é o que importava.
Ceci— E agora, Clara? O que vamos fazer?
Clara— Você me ama de verdade?
Ceci— Claro que amo! Não tenho nenhuma dúvida sobre isso!
Clara— Eu também te amo muito e quero ficar com você, mas vamos ter que ser muito pacientes e tomar muito cuidado.
Ceci— E como vamos fazer isso?
Clara— A gente tem sorte de dormir no mesmo quarto. Podemos namorar aqui, mas lá fora temos que agir sempre como boas irmãs que somos. Ninguém pode desconfiar da gente, Ceci.
Ceci— Vamos namorar, é?
Clara— Você não quer?
Ceci— Claro que quero! É o que mais quero!
Clara— Mas não esquece, Ceci. É só aqui no quarto, sem essa de dar beijos em outro lugar achando que ninguém está vendo, ou de ficar fazendo carinho em público. Não podemos cometer nenhum erro ou tudo estará acabado para a gente. Se minha mãe ao menos desconfiar da gente, ela me manda para um colégio interno e te expulsa de casa.
Ceci— Eu sei, vou tomar cuidado.
Clara— Vou falar para minhas amigas que você contou para minha mãe sobre o beijo no Henrique, e ela ficou muito brava e colocou você para eu vigiar, porque ela não quer saber de mim com namorado enquanto não terminar os estudos.
Ceci— Por mim tudo bem, elas já não gostam de mim e nem eu delas, não faz diferença.
Clara— Elas têm medo de você por causa da cara de braba que você faz quando olha para elas. Kkkkk.
Ficamos conversando por algum tempo, combinando tudo que iríamos fazer, planejando nosso futuro juntas. Eu estava muito feliz.
Logo, estávamos nos beijando de novo, trocando carinho e juras de amor, mas sempre que a coisa ia esquentando, ela parava. Isso me deixava puta de raiva, mas eu tentava entender. Era tudo novo para nós; na verdade, eu nem saberia direito o que fazer, mas queria muito fazer alguma coisa.
Clara— Eu sei que você quer ir além de beijos e eu também quero, mas por favor tenha só um pouquinho de paciência, só até amanhã, tá?
Ceci— Por que até amanhã?
Clara— Porque quero me depilar e preciso terminar de ler um livro que comecei a ler hoje de manhã.
Ceci— Livro? Não entendi.
Clara— Uma de minhas amigas achou um livro no escritório do pai dela. Ele é tipo um manual do sexo; ensina os homens a como dar prazer a uma mulher, mas acho que vai nos ajudar muito, já que somos inexperientes com isso.
Ceci— Ah, eu nem tanto. Eu sei onde tocar para me dar prazer e acho que saberia fazer o mesmo em você.
Clara— Você se masturba, Ceci?
Ceci— Sim, às vezes eu faço isso.
Clara— Eu também, mas não é a mesma coisa.
Ceci— Eu imagino. Tudo bem, vamos esperar.
Clara— Obrigada por me entender.
Ceci— Ainda bem que me masturbei à tarde quando fui tomar banho, senão acho que não ia aguentar. 🤭
Clara— Fez isso hoje?
Ceci— Sim, eu fiquei com muito tesão de ver você toda gostosa com aquela lingerie transparente lá no rio.
Clara— Kkkk, não sabia que você era safada assim, Ceci. Kkkkk.
Ceci— É que você me deixa doida, Clara!!!
Ela sorriu e me deu um tapa de brincadeira, depois me beijou. Ficamos conversando mais um pouco, trocando mais alguns beijos, porém mais calmos e com muito carinho.
Adormecemos agarradinhas como um casal de namoradas. Acho que nunca dormi tão feliz em toda minha vida. Eu estava totalmente apaixonada por Clara e tinha certeza de que ela também estava por mim.
Acordei no outro dia com Clara ali dormindo ao meu lado. O dia já estava clareando e pude ver melhor seu rosto ali pertinho de mim. Como era linda! Até com o cabelo bagunçado e o rosto todo amassado no travesseiro, ela continuava perfeita. Parecia um anjo ali do meu lado.
Dei um beijo suave em seus lábios e ela abriu aqueles olhos azuis lindos e sorriu. Eu dei bom dia e disse que era melhor ela ir para a cama dela, porque logo o movimento da casa iria começar. Mesmo no domingo, minha mãe levantava cedo e provavelmente Ana já estava na cozinha fazendo o café.
Clara concordou, me deu um selinho e foi para sua cama. Eu me levantei e fui ao banheiro fazer minha higiene. Logo voltei e Clara tinha dormido novamente. Troquei de roupa e fui à cozinha, tomei um café quentinho que Ana tinha acabado de fazer e fui para o curral ajudar a tirar o leite.
Sebastião me chamou para ir a uma das outras fazendas ajudar a levar cinco novilhas. Eu, claro, aceitei o convite. Eu adorava fazer isso e gostava muito de sair com Sebastião, porque ele me ensinava muitas coisas sobre como lidar com o gado e também tinha boas histórias para contar.
A gente iria depois do almoço. Quando terminamos de tirar o leite, ajudei a limpar o curral. Fui em casa e falei para minha mãe que iria com Sebastião. Ela, como sempre, pediu para eu tomar cuidado.
Fui até o quarto e Clara estava na cama com um livro na mão, para variar. Imaginei que era o livro que ela disse, aí nem achei tão ruim. Falei para ela que iria na outra fazenda com Sebastião depois do almoço, mas voltaria à tarde, assim não atrapalharia ela a terminar de ler o livro. Ela sorriu e disse que tudo bem.
Voltei para o curral e encontrei Jorge e Patrícia de papo na porteira de entrada. Eles ultimamente vivem de papo. Imaginei que estava rolando uma paquera entre os dois. Fui até eles e conversamos um pouco. Depois fui pegar a égua branca e já deixei arriada no curral. Fui em casa almoçar e logo depois saí com Sebastião.
Deu tudo certo e era umas 17 horas quando chegamos de volta na fazenda. Soltei os animais e Sebastião foi falar com minha mãe. Eu entrei e fui direto para o quarto. Clara já estava com outro livro nas mãos; ela parecia uma traça de livros.
Ceci— Já está lendo outro?
Clara— Sim, esse é de medicina. Estava estudando um pouco antes de você chegar.
Ceci— Não sei como você consegue ler tanto.
Clara— Eu gosto de ler, Ceci, como você gosta de montar e lidar com o gado.
Ceci— Já percebi. Kkkk. Terminou de ler o outro?
Clara— Sim, e quero te pedir uma coisa.
Ceci— Claro, o que é?
Clara— Quero que você se depile hoje, na hora que for tomar banho. Quero você sem nenhum pelinho lá embaixo, tá?
Ceci— Está bem, eu faço isso toda semana. Vou fazer hoje.
Clara— Mal posso esperar para a gente se deitar hoje! Quero muito você todinha pra mim!
Ceci— Eu também te quero muito!
Saí dali com minha menina molhada só de ouvir aquilo. Eu a desejava muito e essa noite a gente ia ter nossa primeira vez. Eu estava eufórica com aquilo.
Quando saí do quarto, dei de cara com minha mãe no corredor, com a cara um pouco preocupada. Ela veio em minha direção e disse que iria sair, que iria para a cidade porque o cunhado dela, irmão do seu falecido marido, estava no hospital e parecia não estar muito bem. Provavelmente iria demorar e talvez nem voltasse para casa. Pediu para eu avisar Clara e saiu.
Clara não se dava bem com seu tio porque ele não gostava de mim; brigou com minha mãe por ter me adotado, e claro que Clara pegou raiva dele por isso.
Fui avisar Clara. Ela disse que não gostava do tio, mas que não desejava mal a ele e torcia para ele ficar bem. Mas estava torcendo para a mãe demorar bastante, se possível ficar lá na cidade, e assim a gente teria a casa só para nós.
Fui tomar meu banho e deixei minha menina bem lisinha. Voltei para o quarto e Clara me deu um sorriso bem safado. Pegou suas coisas e foi tomar banho. Eu vesti uma roupa e desci para a cozinha. Ajudei Patrícia e Dona Ana a terminar a janta. Logo Clara apareceu, a gente jantou e foi para a sala ver TV. Patrícia ficou conversando com a gente um bom tempo e eu rezando para ela ir embora logo.
Quando terminou a novela das 7, ela se foi. Fui à cozinha e Ana já não estava lá. Eu e Clara fechamos a casa. A gente não falava nada uma com a outra, só trocávamos olhares e sorrisos.
Seguimos para o quarto, entramos e trancamos a porta. Ela já me pegou pela cintura e me puxou para ela, foi me beijando e me empurrando para a cama. Eu sentei e vi ela soltar seu vestido; ela só usava uma calcinha preta por baixo. Pela primeira vez, vi aqueles seios lindos na minha frente. Fui tocá-los e ela não deixou, saiu e foi apagar a luz. Aí protestei.
Ceci— Não apaga, por favor!
Clara— Mas Ceci...
Ceci— Por favor, eu quero te ver o tempo todo. Quero guardar para sempre esse momento na minha mente, cada detalhe.
Ela deu um sorriso lindo e voltou sem apagar a luz. Ajoelhou na minha frente, tirou minhas sandálias, levou as mãos até minha cintura, abriu minha calça jeans e puxou. Eu levantei o quadril para facilitar. Minha calça foi tirada, me deixando só de calcinha. Ela levantou e puxou minha camiseta; eu só levantei os braços, meus seios ficaram livres.
Clara me olhava e mordia os lábios como se quisesse me devorar. Eu estendi minha mão e ela veio até mim. Nós deitamos, nossos corpos se encaixaram, nossas bocas também. As mãos percorriam os corpos. O primeiro gemido foi ouvido. O desejo tomava conta do ambiente.
Continua…