Nikke - Ele falou sobre a mulher?
Sabrina - Não, e disse que foi uma paixão boba que nunca deveria ter acontecido.
Pedro - Será que alguém mais sabe sobre isso?
Sabrina - Mamãe sabia…
Pedro e Nikke - O que?!?!?!
Eu e Nikke estávamos admirados com a informação que Sabrina nos deu e Nikke pareceu ficar chateada com a descoberta.
Pedro - Tá vendo como é bom ser pego de surpresa? Agora você sabe o que eu passei.
Nikke - Não era pra ninguém mais saber disso.
Sabrina - Depois que a mamãe ficou doente, as regras mudaram. O relacionamento dos dois ficou mais sincero e eles trataram de se entender e o papai fez várias mudanças para agradá-la.
Nikke - Mesmo com as brincadeiras e provocações, eu percebi que ele estava mais amoroso com ela.
Sabrina - Pedro, você realmente acha que a mamãe não sabia das puladas de cerca dele?
Pedro - Eu acho que ela desconfiava, mas nunca teve certeza.
Sabrina - Nosso pai contou pra mim que teve uma filha com uma amante, porque temia que algum dia isso aparecesse de repente e fizesse um estrago. Ele não queria contar pra mamãe e estava muito envergonhado e por isso contou pra mim, para que eu o ajudasse e contasse a ela.
Pedro - Que safado! E ainda por cima, com medo de encarar as consequências.
Nikke - Está vendo, amor? Ele se faz de durão, de mandão, mas também tem medo.
Pedro - E como ela recebeu a notícia?
Sabrina - Eu nunca vi minha mãe nervosa com alguém. Ela é era um amor de pessoa, mas a decepção foi grande, porque ela se preocupava muito com o futuro, com o nosso futuro, e como as coisas poderiam afetar a família. Ela ficou uma semana sem falar com ele. Era como se o meu pai fosse invisível ou não existisse.
Nikke - Caramba!
Sabrina - Ela ignorou ele. Qualquer coisa que ele perguntasse a ela, ficava sem resposta e quando ele insistia, ela somente saía de perto dele.
Nikke - Nunca poderia imaginar isso!
Pedro - Uma semana foi pouco. Deveria ter sido no mínimo, um mês.
Nikke - Tadinho do seu pai!
Sabrina - Pedro, você ficou sabendo disso, hoje?
Pedro - Sim. Nikke me contou.
Sabrina - Hummmmmm estranho isso…
Nikke - Por quê estranho?
Sabrina - Por quê meu pai contaria isso pra você? Não contar para o Pedro, eu entendo, mas por quê ele contaria a você?
Nikke - Sei lá… Acho que ele deve ter pensado a mesma coisa. Me contou, pra que depois eu o ajudasse a contar pra o Pedro.
Sabrina - Deve ser isso…
Pedro - Vamos comer? Estou morrendo de fome…
Sabrina saiu do meu quarto e eu disse à Nikke que por isso não gosto de segredos e mentiras. Voltamos pra sala, e depois de conversar muito, chorar muito, resolvemos dormir. Nikke preparou o quarto de hóspedes pra Sabrina e Joana foi pro seu quarto. Pedrinho pediu pra Regina dormir com ele, e Nikke não gostou muito da idéia. Pela primeira vez, ela queria que a Regina dormisse no quarto de Joana, mas Sabrina e Joana fizeram muita pressão contra. Eu preferi ficar neutro, porque Nikke não estava gostando nada da idéia. Num certo momento, ela deu idéia da Regina dormir no quarto de hóspedes, junto com Sabrina. Joana e Sabrina riram de uma forma que parecia até aquelas risadas de bruxa. Regina olhou pra mim como se fosse um cachorrinho indefeso pedindo ajuda pelo amor de Deus. Nessa hora, Pedrinho fez um negócio que eu não esperava e me deixou espantado, mas admirado.
Pedrinho - Gente, nós não estamos mais no século passado. Regina e eu iremos dormir juntos, como sempre fizemos. Nós somos responsáveis e nossa vida sexual vai ocorrer dentro ou fora desta casa.
Nikke - Já tivemos problemas com a Joana antes. Não quero mais esse tipo de coisa aqui em casa, principalmente se eu estiver na minha casa.
Pedro - Nossa casa, meu amor…
Nikke - Sim. Nossa casa! Quer saber, podem fazer o que quiser… só espero não virar avó tão cedo…
Regina - Talvez seja melhor eu ir embora.
Sabrina - Não, Regina. Fica aqui. O Pedrinho precisa muuuuuito de você…
Nikke foi para o quarto com uma cara de poucos amigos, mas fui atrás dela e consegui amenizar as coisas. Depois que as coisas melhorassem, eu sabia que teria que conversar direito com ela sobre isso, porque a relação dela com o Pedrinho poderia estremecer.
Fomos dormir, e a Regina foi dormir com o Pedrinho. Nikke ainda não estava satisfeita e me pediu para de vez em quando dar uma circulada na casa pra dar uma espiada. Como eu estava sem sono e querendo pensar sobre muitas coisas acabei aceitando a sugestão dela. Fiquei vendo meus emails, dei uma olhada no celular, e haviam muitas mensagens de condolências e pêsames. Li rapidamente algumas, mas não respondi. Fui até a cozinha fazer uma boquinha, mas antes passei pelo quarto da Joana e a escutei chorando baixinho. Me deu vontade de abraçá-la, mas achei melhor dar espaço a ela. Fui até o quarto de hóspedes e ouvi Sabrina conversando com alguém, que pelo visto era o meu pai. Pelo teor da conversa, ele estava bem triste, chorando e minha irmã tentava consolar ele.
Fui na direção para pegar o corredor e ir ao quarto do Pedrinho, mas quando cheguei no corredor ouvi uma voz dentro da minha cabeça.
"Pierre… Pierre, não adianta fugir… Não adianta se disfarçar, porque eu sei quem você é, Pierre… Você é Pierre… Você irá me pagar…"
Eu podia jurar que vi alguém olhando pra mim no final do corredor, na porta do quarto do meu filho, mas era somente uma sombra provavelmente minha. Fui me aproximando do quarto do meu filho, e ouvi eles conversando baixinho. Depois ouvi alguns sons de beijos e mais cochichos. Me pareceu errado ficar aqui na porta e dei as costas para ir embora, quando ouvi a voz de Regina…
Regina - Para, Pedrinho… Assim, não…
Pedrinho - Vamos continuar, Bê… Só mais um pouquinho…
Regina - Não, eu não quero! Por favor, não faz isso…
Pedrinho - Eu te amo, Bê… A gente se ama…
Regina - Ai… Tá me machucando…
Pedrinho - Calma, amor. Já está quase entrando… É que você é muito pequenininha e apertadinha.
Regina - Chega! Vamos parar! Não tá dando certo… Outro dia a gente tenta…
Pedrinho - Já está quase… Eu tô quase…
Regina - Nãããããooooo!!!
Escutei um barulho mais alto, como se estivessem levantando da cama e eu tentei sair dali o mais rápido possível, mas a porta abriu e Regina saiu do quarto, com lágrimas nos olhos.
Regina - Senhor Pedro!!!
Pedro - Oi, Regina… Eu estava sem sono e…
Ela me abraçou e ficou chorando no meu ombro.
Pedro - O que houve?
Regina - Nada, Sr. Pedro.
Pedro - Já te falei que pode me chamar de Pedro. O que meu filho fez dessa vez?
Regina - A gente se desentendeu.
Pedro - Ele te machucou?
Ela ficou muda, e balançou a cabeça negativamente.
Regina - Pedro, posso dormir no seu quarto?
Pedro - Pode, sim! Sem problemas… Eu durmo no sofá da sala.
Regina - Eu gostaria de dormir contigo e com a Nikke.
Pedro - Não sei se é uma boa ideia…
Regina - Eu sinto tanto falta de dormir com meus pais. Quando eu tinha algum problema, eu fazia isso. Dormia no meio deles. Posso só desta vez?
Pedro - Nikke já está dormindo. Acho que ela não vai gostar disso…
Regina - Por favor, Pedro!
Pedro - Vamos, então…
Fomos até o meu quarto, e não pude deixar de reparar que Regina vestia uma camisola rosinha, bem soltinha embaixo e um pouco justo em cima, devido ao tamanho dos seios. Entramos no quarto e ela quis deitar no meio da cama, e quando sentou, pude perceber que pelo balançar dos seios, ela estava sem sutiã. Tentei pensar em outra coisa, mas o estrago já estava feito. Meu pau começou a crescer e eu tratei de deitar logo, ficando de costas pra ela. Ela falou baixinho ao meu ouvido, fazendo com que meu pau ficasse mais duro…
Regina - Obrigado, Pedro. Já me sinto melhor. Será que posso abraçar?
Pedro - Bem, nao sei… Eu me mexo muito às vezes durante o sono.
Regina - Não, não… Eu estava falando em abraçar a Nikke. Eu gostava de dormir abraçada com a minha mãe. Sinto tanto a falta dela…
Pedro - O máximo que pode acontecer é ela acordar com raiva.
Regina - Hummmmmm, vou abraçar então…
Acabamos dormindo e eu fiquei pensando no sonho que eu tive. Pensando em minha irmã/cunhada, e por último em meu pai e Nikke. Eu vou tentar não brigar com meu pai nesse momento. Sei que minha mãe iria gostar disso, mas se ele ficar de gracinha e me provocar, eu vou espinafrar ele na frente de todos e se ele quiser cair na porrada, vou dar uma surra que vai deixar o coroa no chão.
Finalmente meu pau resolver abaixar e me virei de barriga pra cima. Olhei pro lado e vi que Regina estava abraçando a Nikke. Tudo parecia tranquilo e relaxei. Fiquei olhando pro teto, pensando em um monte de coisas, até que o sono me venceu e acabei dormindo.
Acordei bem cedo, com o cantar dos galos. Me levantei e fui até a janela. Escancarei e senti o cheiro do orvalho invadir as minhas narinas. O dia estava lindo e o sol já se mostrava, saindo por trás da montanha.
Eu estava vivendo muito bem e feliz. Francine estava morando aqui comigo, junto com Charlotte. O velho Antoine aparecia de vez em quando, para me pedir dinheiro. Apesar da diferença de idade muito grande, eu e Charlotte tínhamos um namorico bem jovial e inocente. Eu prometi pra Francine que esperaria o tempo certo, pra poder desposá-la. Ela ainda era muito novinha, mas já estava tudo certo. Francine confiava em mim plenamente e não se importava quando nós ficávamos a sós.
Charlotte era muito esperta, e ela adorava beijar. Dizia que queria logo se casar comigo, pra poder me beijar como vários adultos. Expliquei a ela que não precisávamos esperar o casamento pra beijar, mas devíamos fazer isso em segredo sem que as pessoas soubessem.
Pierre - Somente sua mãe pode saber disso.
Charlotte - E meu avô?
Pierre - Melhor, não. Seu avô pode não gostar. E o beijo é uma demonstração de afeto do casal. Não há necessidade de mostrar isso pra ninguém. Entendeu?
Charlotte - Entendi. Então se nós já podemos nos beijar, eu posso dormir na sua cama. É o que um casal faz, não é?
Pierre - Bem, de certa forma sim, mas é melhor fazermos isso só depois do casamento.
Charlotte - E quando iremos nos casar?
Pierre - Acho melhor esperar mais um ano ou dois…
Charlotte - Tudo isso?
Pierre - Melhor assim, mas aos poucos poderemos fazer outras coisas.
Charlotte - Que coisas?
Pierre - Brincadeiras que namorados fazem…
Charlotte - Hummmm…
Pierre - Por exemplo, fazer cócegas…
Comecei a atacar Charlotte, que fugia de mim pra não deixar que eu fizesse cócegas, mas eu fui mais rápido, e passava a mão por todo o seu corpo, no início sem maldade, e ela morria de rir. Confesso que fui um pouco atrevido e encostei minha mão em seus seios e ela olhou espantada pra mim.
Pierre - Desculpa, foi sem querer…
Charlotte - Você me mata de tanto rir…
Pierre - Vamos sentar ali um pouco?
Charlotte - Pierre, quem é mais bonita? Eu, ou minha mãe?
Pierre - Claro que é você…
Charlotte - Você me acha bonita mesmo?
Pierre - A mais bonita.
Charlotte - Eu sou mais bonita que a Desirée?
Pierre - Onde ouviu esse nome?
Charlotte - Minha mãe disse que você se casou com uma tal de Desirée.
Pierre - Isso já faz tempo.,.
Charlotte - Por quê vocês não estão mais juntos?
Pierre - Um dia eu te conto… Quando você for mais velha, eu te conto.
Charlotte - Sou mais bonita do que ela?
Eram belezas diferentes. Talvez Desirée fosse mais bonita num plano geral, mas Charlotte tinha um rosto mais bonito, mas seu corpo ainda não estava completamente desenvolvido. Para agradar a minha pequena, disse a única coisa que deveria ser dita.
Pierre - Você é a mais bonita do mundo.
Charlotte - Obrigada, Pierre!
Ela pulou em cima de mim e fomos para o chão. Ela me deu um beijo na boca com muita paixão e a cada dia ela estava beijando melhor. Sete anos já haviam se passado e daqui alguns meses, Charlotte faria dezesseis. O velho Antoine queria que ela tivesse se casado aos doze, pois estava de olho no dote, mas eu, e principalmente Francine, queria que ela tivesse uma infância que ela não teve.
Charlotte estava deitada sobre mim, e me beijava com muita voracidade. Ela aprendia rápido as coisas naturalmente por instinto e esfregava o seu corpo no meu. Eu tinha que me controlar muito para não deflorar a minha futura esposa antes do casamento.
Francine - Vamos parar com essa pouca vergonha?
Charlotte - Desculpa, mãe! Nós estávamos brincando…
Francine - Pierre, cuidado com essas brincadeiras.
Pierre - Desculpa, Francine…
Me levantei do chão, e eu estava com meu cacete duro e não dava pra esconder…
Francine - Pierre, acho melhor você virar de costas…
Charlotte - Bem que eu estava sentindo alguma coisa me cutucar…
Pierre - Desculpa, Francine… mas é que nós já estamos começando a ficar mais íntimos, entende?
Francine - Você quer antecipar o casamento?
Pierre - Talvez seja melhor.
Francine - Eu queria que você esperasse mais, pro velhote morrer e não precisar pagar o dote dela.
Pierre - Por quê isso?
Francine - Aaaah, esse velho fez tanta gente sofrer, e ainda vai ficar cheio de dinheiro. Isso não é justo!
Pierre - O que você acha, Charlotte?
Charlotte - Por mim, eu casava logo. Quero ter uns cinco filhos.
Francine - Hahahahaha
Pierre - Eu vou fazer uma viagem então pra comprar um vestido bem bonito e alguns presentes, mas não fale nada ao velhote. Deixe que eu me entendo com ele após a viagem.
Finalmente eu seria feliz ao lado de Charlotte, a garota mais incrível e pura que eu já conheci.
Nikke - Pedro, que porra é essa?
Pedro - O que foi? O que houve?
Foi tudo numa fração de segundos, mas assim que eu acordei, Regina também acordou e nós estávamos dormindo de conchinha. Eu estava atrás dela, grudado em seu corpo, sua camisola um pouco levantada, mostrando parte de sua bunda, e minha mão em um de seus seios. Pra piorar a situação, eu estava muito excitado encoxando a garota e meu shorts estava até meio úmido e molhadinho, mostrando que provavelmente eu havia tido uma polução noturna.
Regina também estava assustada e saiu correndo do quarto, deixando uma Nikke furiosa pra discutir comigo.
Nkke - O que você tava pensando? Queria fazer um ménage com a esposa e a futura nora? Você tá louco?
Pedro - Calma, Nikke. Eu tenho uma explicação.
Nikke - E esse negócio duro aí? Tá até meio babado… Você gozou na garota? Você comeu a namorada do seu filho?
Pedro - Nikke, você está falando besteira! Provavelmente eu tive um sonho erótico e isso é tesão matinal, caralho!
Nikke - Você tava engatado nela e com a mão no peito dela… Eu não quero mais saber dessa garota por aqui. Ela é uma biscate igual a mãe.
Pedro - Nikke, ela está passando por problemas. Nosso filho quase estourou o cabaçinho dela ontem! Ele quase comeu a menina à força… Tem noção da gravidade disso?
Nikke - Não acredito que meu filho faria isso. Na certa ela provocou ele o dia inteiro que ficaram sozinhos e aí na hora H, ela fez cu doce, mas aposto que queria e era tudo charminho. Conheço o tipinho dela. Tem o sangue de quenga igual a mãe.
Pedro - Regina estava chorando e bem chateada, Nikke. Ela praticamente implorou pra dormir com a gente porque sentia falta de dormir junto dos pais.
Nikke - Essa menina é uma safada! Igualzinha a mãe. A irmã também é assim. É tudo farinha do mesmo saco! Tomara nosso filho comer ela logo e passar adiante. Já falei isso com ele…
Pedro - Sério isso, Nikke?
Nikke - Vou tomar banho pra esfregar a cabeça e você trate de se afastar dessa quentinha, ou a gente vai brigar feio…
Depois desse episódio, a vida seguiu naturalmente e o clima em casa era o pior possível. Pedrinho, Regina e Nikke travavam uma guerra, que Sabrina e Joana, por incrível que pareça, estava tentando a acabar.
Dois dias se passaram, e no terceiro dia, meu pai chegou trazendo uma urna dourada, com as cinzas da minha mãe. Ele estava muito calado e estava muito abatido. Era a primeira vez que eu via meu pai assim. Chamei ele pra conversar no quintal e tomar uma cerveja comigo.
Pedro - Pai, Eu queria que você soubesse que apesar de nossos problemas, mamãe iria querer que a gente se respeitasse pelo menos. Sei que pode ser um pouco difícil, mas nós devemos tentar. Concorda?
Marcelo - Eu concordo. Parece que você finalmente virou homem.
Pedro - Vou tomar isso como um elogio, pra gente não começar com o pé esquerdo.
Marcelo - Tanto faz…
Pedro - Podíamos ir amanhã pra Araruama jogar as cinzas dela na lagoa. O que acha? Só nós dois… Viagem de pai e filho…
Marcelo - Não preciso que fiquei com pena de mim. A gente vai lá, resolve isso e depois a gente vê…
Pedro - Estou tentando pai…
Marcelo - Você acha que a gente consegue?
Pedro - Só depende da gente…
Marcelo - Sua mãe comprou um negócio pra você, mas esqueci de trazer. Ficou lá na Grécia.
Pedro - Você fez de propósito, né?
Marcelo - Eu tinha um monte de coisas pra resolver, moleque…
Pedro - Não me chama de moleque…
Marcelo - Eu quero tomar banho e jantar. Da pra você fazer alguma gororroba decente, em vez daquela frufruzada do seu restaurante?
Pedro - Então, vai ser assim? Vai continuar a me provocar?
Marcelo - Você tem noção das coisas que falou pra mim no telefone? Ela tinha acabado de morrer.
Pedro - Eu exagerei, mas vocês agiram nas minhas costas.
Marcelo - Foi a vontade dela. Tudo o que ela me pediu, eu fiz! Tudo! Não tentei nem convencê-la de desistir…
Pedro - Claro, né? Tava com culpa no cartório… Pensa que eu não descobri a sua filha perdida?
Marcelo - Então, já está sabendo?
Pedro - Pai, como você teve coragem? E com a mãe da Nikke!!!
Marcelo - Vai me dizer que você nunca deu uma mijada fora do pinico…
Pedro - Nunca, pai! Eu sou fiel à minha esposa.
Marcelo - Mas será que ela é fiel a você?
Pedro - O que você quer dizer com isso? Fala logo, antes que eu lhe dê uma surra.
Marcelo - Nikke é uma mulher fantástica! Não sou homem de fazer fofocas… mas acho que seria bom você prestar mais atenção nela…
Peguei meu pai pelo colarinho, e ele nem se abalou.
Pedro - Fala logo, que você comeu ela, seu filho da puta!
Marcelo - Não tenho nada pra falar.
Pedro - Confessa logo!!!
Marcelo - Uma mulher gostosa daquela, casada com um bananão… Você realmente acha que não tem chifre na sua cabeça?
Pedro - Ela me jurou!
Marcelo - Ela jurou ajoelhada? Me lembro dela ajoelhada com um terço na mão e dois terços na boca?
Dei um soco na sua cara e ele cambaleou pra trás, mas o coroa era bom de briga e veio pra cima de mim como se fosse um touro brabo. Tentei agarrá-lo e levar pro chão tentando uma manobra a la jiu-jitsu, mas não consegui e me desequilibrei. Escorreguei e bati com a cabeça no chão. Fiquei meio grogue e ele veio no meu ouvido e disse pra eu ficar tranquilo que não aconteceu nada entre ele e Nikke, porque se tivesse acontecido, eu teria percebido na hora que eu enfiasse o pau nela.
Marcelo - Alguém me ajuda! O Pedro caiu aqui no chão…
Nikke - Pedro! O que houve?
Em seguida todos me cercaram, e eu vi muita gente desesperada.
Nikke - Ele tá sangrando na cabeça. Temos que levá-lo ao médico.
Sabrina - Pai, o que aconteceu? Seu rosto está meio inchado…
Joana - Vocês brigaram?
Nikke - Se ele morrer, eu te mato. Vou fazer da tua vida um inferno…
Foi a última coisa que eu ouvi…