Dizem que quando uma pessoa está em coma é capaz de ouvir tudo a sua volta. Comigo aconteceu algo ainda mais surpreendente. Eu conseguia não só ouvir, mas ver tudo à minha volta. Era como se eu tivesse morrido, mas por algum motivo eu sabia que não estava. No início, era um pouco estranho essa sensação, mas depois fui me acostumando.
Eu via os médicos entrarem e saírem do lugar onde eu estava. Eu via outros pacientes e alguns outros espíritos ali presentes acompanhando quem estivesse ali. Eu rapidamente me lembrei do que eu li no livro do Estevão. Espíritos guardiões ou simpáticos, ou como eu aprendi quando era criança, anjo da guarda. Quando eu vi isso, me lembrei rapidamente do meu, mas não consegui localizar. Talvez o espírito guardião que deveria zelar por mim estivesse de férias, não sei…
Foi quando eu vi minha esposa entrar no quarto com um médico. Ela estava muito triste e parecia que tinha chorado bastante.
Médico - Como eu disse antes, por quê você não vai pra casa? Se a situação dele mudar, nós entraremos em contato. Ele está sendo bem cuidado aqui. Pode ficar despreocupada…
Nikke - Eu sei disso, doutor. Só que é o meu marido que está ali. Ele é o homem da minha vida e eu não sairei do lado dele.
Médico - Tudo bem. Nós iremos mantê-lo mais uns dois dias aqui na UTI e se tudo estiver bem, iremos transferir para o quarto. Se a senhora quiser, pode dormir lá no quarto um pouco e a hora que quiser pode vê-lo aqui na UTI. Lá no quarto tem armario, banheiro com chuveiro e um bom sofá. Eu mesmo já dormi nos quartos pra ter um pouco mais de privacidade.
Nikke - Agradeço, doutor, mas ficarei aqui. Só sairei pra comer, tomar banho e ir ao banheiro. Vou ficar conversando com meu marido porque dizem que isso pode ajudar na recuperação.
Eles se despediram e ela sentou numa cadeira ao meu lado e começou a conversar comigo.
Nikke - Pedro, meu amor, volta pra mim! Eu sei que você deve estar muito chateado e magoado. Você estava muito estressado e merecia um descanso, mas não demore a voltar pra mim. Sem você, eu não sei o que fazer. Eu te amo!
Eu queria dizer algo mas não podia. Dizer que eu estava ali, ouvindo tudo, mas será que essas palavras eram verdadeiras? Desirée me enganou várias vezes… me humilhou e me matou. Impossível confiar nela novamente…
Nikke - Eu juro que eu faço qualquer coisa, se você voltar pra mim logo. Volta pra mim, Pedro! Não me deixe aqui sozinha. Deus, por favor, não leve ele embora ainda. Eu tenho tanto pra lhe dizer! Tenho tanto amor no meu peito para lhe dar. Não tire ele de mim… Prefiro que o Senhor me leve no lugar dele. Por favor, meu Deus, por favor…
Eu senti muita tristeza vindo da parte dela. Não sei explicar, mas ela estava falando aquelas coisas e eu podia jurar que via pequenas centelhas de luz saindo da sua boca e também da sua cabeça. Era um fato muito curioso e o que aconteceu logo em seguida foi ainda mais estranho. O quarto onde eu estava ficou mais claro e algumas pétalas de cor lilás caíram sobre o meu corpo e também sobre o corpo dela. Eu tentei segurar uma pétala pra observar melhor o que era aquilo e a pétala começou a brilhar numa espécie de brilho neon bem fraquinho e todas as outras pétalas também faziam isso. Meu corpo começou a brilhar e eu senti um calor gostoso, como se eu estivesse na praia num dia de verão.
Senti uma paz e uma tranquilidade que há muito tempo eu não sentia. Ela ficou lá no quarto o dia inteiro. Ficou conversando comigo, fazendo juras de amor e dizendo que seria a melhor das esposas. Eu fiquei me lembrando das muitas vezes que viajamos juntos, dos nossos primeiros anos de casados. Tudo que ela falava e relembrava, eu conseguia me lembrar com perfeição. Desde a roupa que usamos até as coisas que dissemos nos mínimos detalhes.
Algum tempo depois, não sei precisar quanto tempo, poderia ser uma hora depois ou uma semana depois. Só sei que algumas pessoas foram me visitar. Meus filhos foram lá um de cada vez e estavam muito preocupados. Minha irmã também foi lá e me disse que estava cuidando dos meus filhos e que estava mandando boas energias para o universo e para a grande consciência cósmica para que eu me restabelecesse o mais rápido possivel. Tirou uma pedrinha, que parecia um cristal ou quartzo e colocou na minha testa. Doidinha, essa minha irmã…
Meu pai também foi me visitar e quando passou pela porta, entrou de cabeça baixa e muito emocionado começou a chorar, quando me viu entubado. Ele pedia perdão e disse que várias vezes desejou que eu não tivesse nascido, mas que agora o seu maior desejo era que eu não morresse.
Aquilo mexeu comigo, mas eu não podia esquecer que aquele ali era o Jacques. Tudo o que ele faz, tem segundas intenções. Depois que ele saiu, ninguém mais me visitou. Quanto tempo será que eu ainda permaneceria assim? Não sei o que me deu, mas comecei assim uma angústia, um sofrimento sem tamanho. Algo estava errado. Olhei para o meu corpo e não vi nada de errado, até que eu me lembrei de uma coisa. Nikke não estava no quarto e ela nunca saía de perto de mim por muito tempo.
Eu queria sair do quarto, mas não sabia o que fazer porque a porta estava fechada. Na mesma hora me lembrei do filme Ghost, com o ator Patrick Swayze, e tentei atravessar a porta, mas não consegui. Era muito frustrante e eu pensei, bem que poderia existir algum espírito, sei lá, que ajudasse nesses momentos de desorientação…
Nesse momento, entrou pela janela um ponto luminoso que ficou me circundando, como se fosse um satélite em volta de um planeta. Esse ponto luminoso foi se afastando e tomando forma de um ser humanóide, que eu até foquei melhor a minha visão, porque esse ser na minha frente, era simplesmente o Patrick Swayze. Eu devia estar sonhando acordado, mas ele falou comigo me perguntando se eu precisava de ajuda. Era inacreditável, porque não existia a barreira da língua, e acho até que eu o ouvia direto na minha cabeça, ou na minha mente. Era uma como se fosse uma comunicação telepática.
Patrick - Olá, Pedro! Você pediu por ajuda, e obteve. Acho que alguém gosta muito de ti.
Pedro - Meu Deus, Patrick Swayze!!!
Patrick - Eu sei que o que está querendo fazer, parece difícil, mas não é… Você está pensando como espírito encarnado, e agora você está sem o corpo como se estivesse desencarnado. A única diferença entre nós, é esse fino fio prateado que ainda te liga ao corpo. Se ele se romper, não é possível mais voltar. Enquanto esse fio estiver indo o seu corpo material com o espiritual, você está encarnado, ou vivo.
Pedro - Então eu posso andar por aí, por onde eu quiser?
Patrick - Claro, mas tudo tem limite. Tanto em distância, quanto em certos locais, que não são permitidos.
Pedro - E como eu saio desse quarto?
Patrick - Basta agir como se estivesse morto. É como se não existisse porta. Você viu o filme Matrix? "There is no spoon". Entendeu? "Não existe colher".
Pedro - Eu entendi que era muito simples o conceito, mas tão simples que chegava a ser complicado. Pensar como se estivesse morto, sendo que não estou morto. Enganar a mente séria difícil.
Patrick - Se acalme. Eu diria pra você respirar fundo, mas será que precisamos de ar aqui? Fique tranquilo e somente ande como se fosse uma coisa normal. Não tem porta!
Pedro - Eu fui andando tranquilamente e atravessei a porta de forma até bem simples. Procurei o Patrick e ele já estava lá na frente. Ele disse que atravessou pela parede mesmo.
Patrick - Vou te ensinar mais uma coisa. Aqui, o pensamento é tudo! Então se você quiser localizar uma pessoa, basta pensar muito nela. Com amor ou com raiva, de preferência com amor, lógico, mas é só você pensar que você começa a sentir algo que te puxa pra essa pessoa. É como se fosse um GPS interno, mas muito melhor. Conforme a evolução de cada um ou prática disso, você pode cobrir uma distância muito grande, em alguns segundos.
Pedro - Obrigado, Patrick! Nem sei como te agradecer.
Patrick - Basta estar sempre disposto a ajudar outra pessoa. Fazendo isso, um dia isso retorna pra mim de alguma forma. Adeus, Pedro…
Pedro - Patrick!
Patrick - Não, Pedro! Não vou te ajudar a fazer isso hahahahahaha Até qualquer dia…
Ele foi esvanecendo até virar só uma luz bem fraquinha que foi se distanciando até passar por uma janela e então desapareceu. Poxa, Patrick! Você, bem que poderia me dar uma forcinha…
Me lembrei de Nikke e fiquei pensando muito nela e fui numa direção, como se eu estivesse correndo, mas eu estava flutuando e me movendo como se fosse um super-herói. Comecei a escutar um falatório e logo vi minha esposa e minha família. Eles estavam discutindo e parecia que era grave.
Nikke - Ele está lá por culpa sua! Como você pôde fazer isso com seu próprio filho?
Pedrinho - Mãe, o que ele falou é verdade? Você e ele já transaram?
Nikke - Nunca, meu filho!!! Jamais!!!
Joana - Mas o vovô falou que você estava ajoelhada chupando ele…
Nikke - Está vendo o que você fez? Está satisfeito agora? Essa merda toda é culpa sua! Seu velho desgraçado! Eu suportei durante anos as suas brincadeiras indelicadas. Sempre tentei fazer com que o seu filho tivesse uma reaproximação contigo, mas você não tem limites. Comeu a minha mãe e a engravidou. Você me pediu pra acobertar isso do meu pai e a burra aqui fez. Eu deixei você ver fotos da Valentina, coisa que minha mãe proibiu. Sempre fui gentil contigo e é assim que você retribui? Dizendo essa mentira pro meu marido? Se ele morrer, vai morrer acreditando que sou uma mulher infiel e traidora. Você nunca pensa nas consequências dos seus atos? Tudo o que te importa é o que está no meio das suas pernas? Você é um lixo! Nunca mais bote os pés na minha casa! Eu nunca mais quero te ver!
Em toda a minha vida, eu nunca vi a Nikke esculhambar tanto assim uma pessoa! Eu agora via claramente uns negócios escuros saindo de sua boca. Era como se ela estivesse vomitando um açaí que não lhe caiu bem, e esse açaí ia diretamente no peito do meu pai. Alguns pontos escuros escorriam pela boca da minha esposa, e entranhavam nela de volta.
Meu pai por sua vez, estava de cabeça baixa, quase chorando, e essa coisa meio gosmenta escura estava grudando em sua pele e ficaram lá como se fossem manchas, mas depois foi clareando um pouco, mas mesmo assim dava pra ver essa coloração escura em alguns pontos do seu corpo.
Marcelo - Você também é culpada, Nikke. Você sempre foi muito dada…
Todo mundo ficou de olho arregalado, quando a mão de Nikke foi parar na cara do meu pai. Ela ainda foi rápida pra dar mais um tapa que pegou em sua cabeça de raspão e mais um soco que pegou em seu ombro. Pedrinho segurou a mãe, que parecia um touro bufando, como se fosse um desenho animado. Minha irmã tirou meu pai de lá e Joana ficou no meio parada. Ela estava com as mãos no rosto e não acreditava no que viu. Parece até que ficou em choque, pois só depois de alguns segundos, é que ela foi até a mãe e o Pedrinho.
Marcelo - FALE A VERDADE NIKKE! FALE PELO MENOS UMA VEZ A VERDADE! EU NÃO SOU O ÚNICO CULPADO DISSO TUDO! O SANGUE DELE TAMBÉM ESTÁ NAS SUAS MÃOS.
Nikke - Você é deplorável e patético!
Marcelo - Conte aos seus filhos então o que você fez… Se você realmente é uma mulher honrada e direita, conta agora na minha frente.
Eles estavam no estacionamento do hospital e alguns seguranças começaram a se aproximar, quando viram o tumulto. Eu estava com muita pena de minha família e eu estava lá deitado sem poder fazer nada.
Nikke - Você quer que eu conte tudo? Eu vou contar… Você quer que os seus netos passem por mais esse desgosto? Tudo bem… Eu vou contar, mas não aqui. Vamos todos pra casa, que hoje vocês vão saber de tudo!
Não, Nikke. Não sei se consigo ir até em casa. Resolvam isso aqui! Droga! Patrick!!! Patrick!!! Olhei em volta, mas nem sinal dele. O que eu faço agora? Eu preciso ouvir essa conversa…
Eles entraram nos carros, e eu aproveitei e entrei junto. Por sorte, eram dois carros. Em pouco tempo, chegamos em casa e os ânimos de todos não estavam nada bem. Eles ficaram na sala, e meu filho tomou a palavra.
Pedrinho - Mãe, não me importa o que você fez, mas eu quero saber a verdade, mesmo que seja algo muito ruim. Se você contar algo hoje e outro dia lá na frente eu descobrir que você mentiu, eu juro que nunca mais olho na sua cara.
Nikke - Eu vou contar tudo, meu filho. Eu juro que vou.
Marcelo - Você conta, ou eu conto?
Nikke - EU CONTO! Filhos, certa vez, eu estava com seu avô e eu estava nua coberta apenas com um lençol. Vocês sabem que eu não tenho vergonha do meu corpo e quando aconteceu isso, seu avô já tinha me visto nua na praia e eu também já tinha visto ele nu.
Joana - E o que vocês fizeram?
Nikke - Seu avô simplesmente tirou o pênis dele pra fora e ficou se masturbando pra mim e ainda teve o descaramento de me pedir pra baixar o lençol, pra ele ver melhor o meu corpo e depois pediu pra eu chupá-lo.
Sabrina - Pai! Você tem que se internar… Fazer um tratamento… Que coisa horrível!
Pedrinho - Por quê ele ainda está aqui? Eu vou por ele pra fora…
Marcelo - Mas você baixou o lençol, não baixou Nikke?
Nikke - Baixei, sim. Eu não deveria ter feito isso, mas na época eu pensava não haver problemas, já que ele já tinha visto.
Joana - Isso é coisa de piranha!
Nikke - Minha filha, olha como você fala comigo!
Joana - Você ficou de putaria aqui em casa. Ficou escondendo do papai essas servegonhices…
Minha filha estava sendo muito dura com a mãe. Acho até que ela merecia ouvir umas verdades, mas algo estava estranho. Eu estava observando atentamente o que ela falava e vi que minha filha estava envolta numa névoa meio acinzentada escuta, que se concentrava muito em volta da cabeça e principalmente no pescoço. Vi que tinha um pequeno rastro que dava num canto da parede onde ficava o meu bar. Ali eu vi uma figura grotesca se deleitando com o que estava acontecendo na minha família.
Eu tentei dissipar a estranha névoa, mas não consegui. A figura grotesca, estava rindo, mas não sei se já tinha me visto. Era um ser estranho, mas que me lembrava alguém… Um de seus braços, estava em carne viva, aparecendo até os ossos, o rosto estava meio avermelhado e manchado como se estivesse queimando em brasas e ele estava parcialmente nu e um cheiro pútrido que eu sentia cada vez mais presente na medida que eu me aproximava dele.
Antoine - Ora, ora, se não é o Pierre… Pensa que me engana? Sei muito bem que é você!
Pedro - Antoine, seu velho asqueroso! O que está fazendo aqui?
Antoine - Destruindo você e a sua família…
Pedro - Seu maldito!
Antoine - Você que é o maldito! Olhe como estou por sua causa e daquela garota. Me bateram, me mutilaram, me esfolaram e por fim me queimaram, mas agora eu terei a minha vingança. Olhe pra sua filha! Ela é a mais fácil de ser manipulável. Basta ficar repetindo em sua mente coisas horríveis e impróprias. Sabe quantas vezes por dia ela pensa em sexo? Hahahahaha o dia inteiro. Um dia eu fiquei falando tanto com ela, que ela deveria ir num puteiro dar pra vários homens. Fiquei falando que seria gostoso e que seria uma experiência única. Ela quase foi. Se não fosse a tia dela, que chamou-a pra morar com ela, eu iria conseguir.
Pedro - Seu monstro!
Antoine - Eu só sugiro as coisas. Eles fazem o resto. Meu filho Jacques ali, ele quase conseguiu foder a sua esposa de novo. Foi por pouco, mas ainda tenho esperança dele desgraçar ela e você.
Pedro - Eu não permitirei!
Antoine - Você não pode fazer nada, hahahahahaha Por quê você não senta e curte o show?
Eu nada podia fazer, a não ser continuar escutando a minha família…
Sabrina - Se eu entendi, não aconteceu mais nada além disso.
Nikke - Aconteceu sim… Seu pai ficou me cercando a todo momento querendo me comer… mas eu não dei trela. Me mantive fiel!
Marcelo - Só porque não fez comigo, não quer dizer que não tenha feito por aí, não é?
Nikke - Sr. Marcelo, por favor… Não faça isso ou eu não respondo por mim…
Marcelo - Eu quero falar contigo a sós no seu quarto.
Nikke - De jeito nenhum!
Pedrinho - Você enlouqueceu?
Marcelo - Eu só quero falar com a sua mãe a sós… Não irei fazer nada de tão grave. Então, Nikke… Quer que eu continue a falar aqui ou no seu quarto?
Nikke se levantou e foi para o quarto e meu pai foi atrás em seguida.
Antoine - Vamos até lá assistir de camarote?
Fui atrás de Nikke e fiquei apreensivo. Será que esses dois seriam capazes de fazer isso com o restante da família na sala?
Nikke - Por favor, não faça isso. Eu lhe imploro. Talvez tenha sido a minha única falha como esposa. Não conte isso.
Marcelo - Anda logo, Nikke! Você sabe o que eu quero.
Nikke - Não vou fazer isso!
Marcelo - Infelizmente eu terei que contar o que aconteceu…
Nikke - Eu não irei aceitar esse tipo de chantagem. Por favor, desista disso!
Marcelo - Eu quero Nikke! Eu preciso!
Nikke - Não aguento mais as suas chatagens. Eu vou falar com meus filhos, mas você nunca vai saber onde ela está.
Marcelo - Por favor, Nikke. Eu não fui um bom pai. Essa é a chance que eu tenho pra ser um bom pai. Me dê essa chance, por favor! Eu agora estou sozinho. Ela é a minha última oportunidade de tentar ser um bom pai.
Nikke - Não! Você vai acabar querendo comer ela também. Eu te conheço… Vamos voltar pra sala! Eu irei contar tudo.
Eles voltaram pra sala, e Nikke começou a falar.
Nikke - Eu traí o pai de vocês…
Pedrinho - Mas, mãe…
Joana - Eu sabia… Você e meu avô não valem nada! Meu pai em coma e vocês lá no quarto fazendo sei lá o que…
Nikke - Filha, eu não fiz nada com seu avô. Nada! Infelizmente, eu traí o seu pai. Antes de eu conhecer o pai de vocês, eu namorava um cara que era muito ciumento e não aceitou bem o término. Eu era novinha, e ele mais velho. Eu nasci no Brasil, mas fui pra França com dois aninhos. Com catorze, conheci o Allain que tinha quase quarenta anos. Ele era muito rico e também era naturista. Eu fiquei fascinada por ele, porque estava sempre me dando presentes, na maioria das vezes, eram presentes caros e isso me deixou deslumbrada. Meus pais nem ligaram, pois conheciam o Allain e disseram que era um bom homem, mas como disse era muito exigente e ciumento. Ele tentou transar comigo aos quinze, mas eu não quis e ele começou a ficar mais exigente ainda e violento.
Sabrina - Que homem escroto!
Nikke - Tive que pedir aos meus pais que voltassem pro Brasil, mas eles não puderam. Tive que vir sozinha e fiquei morando com parentes dela no Espírito Santo, numa cidade chamada Marataízes. Só assim pra escapar de Allain. Quando fiquei mais velha, voltei pra França e aí conheci o pai de vocês. Foi amor à primeira vista, mas logo a seguir, Allain me encontrou e tentou de todas as formas me reconquistar.
Pedrinho - E meu pai conhece ele?
Nikke - Eu nunca contei ao seu pai. Allain era muito rico e poderoso. Alguns até diziam que era meio mafioso. Se ele quisesse, poderia matar o pai de vocês, mas ele era muito católico e não gostava de matar ninguém literalmente, mas conseguia matar de outras formas.
Sabrina - Como assim?
Nikke - Depois que o Pedro terminou a La Corden Bleu, ele trabalhou com alguns Chefs franceses que têm a pior reputação, no quesito perfeição, e humilhação. Ele sofria muito. O pai de vocês voltava do emprego destruído, tanto fisicamente, quanto emocionalmente. Os Chefs lá pegam pesado, por um mínimo erro que seja. Ele ralou tanto para ser um bom Chef e o sonho dele era morar na França e ter um bom restaurante lá, mas Allain disse que se eu não largasse o Pedro, pra viver com ele, que o Pedro nunca arrumaria um emprego em restaurante por toda a França, nem como ajudante de limpeza.
Marcelo - Eu não sabia disso, Nikke. Sua mãe não me contou isso.
Nikke - Eu tive que fazer um acordo com ele e acabei indo pra cama com o Allain, mas só isso não foi suficiente. Ele queria que eu me casasse com o Pedro, e que fosse amante dele. Houveram mais chantagens, e no fim eu decidi que o melhor seria ir embora da França. Convenci o pai de vocês, a voltar para o Brasil e isso pra mim foi pior que a traição do meu corpo, pois acabei com o sonho do pai de vocês de ter um restaurante na França.
Nikke começou a chorar e meu filho abraçou a mãe com muito carinho. Joana também estava mais receptiva e se compadeceu com a história que a mãe contou. Depois disso, meu pai ficou sem graça e pediu pra morar com Sabrina durante um tempo, e que não iria mais perturbar ninguém da família.
Eu fiquei muito bravo com tudo isso, e velho Antoine ficava rindo de mim, me chamando de cornudo. Eu tentei ir pra cima dele, mas o velho disse que nada iria adiantar pois ele já estava morto e que isso era só o começo do meu sofrimento.
Minha vista ficou meio turva e quando percebi, estava de volta ao hospital. Eu estava triste com minha esposa, mas muito preocupado com as ameaças de Antoine. O que eu poderia fazer?
Muito tempo se passou e Nikke continuava suas visitas diárias, mas o tempo foi passando e a permanência dela lá foi diminuído. As muitas horas que ela ficava lá, foram ficando menores, até que um dia ela não foi me visitar. Eu fiquei muito triste e sozinho, mas foi aí que a porta se abriu e eu a vi.
Ela estava mais linda do que nunca e algo mudou em mim. A minha felicidade era tanta que eu senti uma energia muito grande me enchendo e transbordando. Regina se aproximou do meu corpo e me deu um beijo na bochecha.
Regina - Sr. Pedro, volte logo! Chega de dormir! Você faz muita falta para todos e faz falta para mim também. Eu tenho sonhado muito contigo e seus olhos azuis. Sonhos estranhos que eu nem deveria ter. Eu vou te visitar todos os dias, a partir de hoje.
Ela então pegou a minha mão, e eu senti algo muito quente em mim nessa região e tive vontade de fazer algo. Imediatamente meu corpo reagiu e minha mão apertou a dela. Ela deu um grito assustada e ficou chamando a enfermeira que apareceu lá e ficou verificando minha pressão, pulsação e outras coisas.
Enfermeira - Acho que foi só um movimento involuntário, mas pode ser que ele esteja saindo do coma. Vou avisar o Doutor Germano e ele vai saber analisar melhor essas informações.
Regina - Tomara que ele esteja voltando. Mal posso esperar pra dizer ao Pedrinho…
Enfermeira - Melhor esperar o médico. Dar falsas esperanças não é bom.
Regina - Entendi, mas eu sei que ele está voltando. Eu posso sentir isso!
No dia seguinte, a movimentação foi um pouco diferente. Minha esposa reapareceu, meus filhos também e até o meu pai, que agora estava com o visual um pouco diferente. Uma barba bem grande e bem grisalha com muitos brancos. Seu cabelo também estava um pouco mais grisalho do que já era e ele estava bem mais magro. Isso acabou me comovendo, principalmente quando ele chegou perto de mim e disse pra eu não desistir ainda e que eu tinha muita coisa ainda pra fazer e pra curtir.
Acho que pela primeira vez em muito tempo, eu senti uma fagulha de amor ali naquelas palavras. Nikke se aproximou e o enxotou dali de tal forma, que ele ficou meio sem jeito. Ela se aproximou e me deu um beijo na bochecha. Mais alguns dias passaram e eu acordei.
Nos primeiros dias, recebi muitas visitas. Familiares e amigos… e foi aí que ela apareceu. Ela então chegou mais perto e me abraçou. Imediatamente fui às lágrimas. Era tanta emoção, que tive até taquicardia. Dois médicos chegaram e expulsaram todos do quarto, dizendo que era melhor todos irem e que eu ainda precisava de cuidados. Me deram uns medicamentos e eu fiquei mais calmo. Minha esposa retornou mais tarde e me fez companhia. Eu não queria dormir, pois ela estava sozinha ali comigo e eu estava totalmente indefeso, mas o sono me venceu e eu acabei dormindo…
Depois disso passei mais uns dias no hospital e a vida foi retornando ao seu curso. Eu estava muito enfraquecido. Os músculos sem força e precisei fazer fisioterapia e musculação. Era o que eu mais detestava fazer.
Em compensação, pude voltar a comer o que eu quisesse, com moderação, e então sentir novamente os sabores que eu tanto gosto, mas o que eu tinha medo era quando eu ficava a sós com Nikke. A todo momento eu achava que ela iria fazer algo contra mim. Eu demorava a dormir, achando que ela poderia me fazer algo ruim. Era angustiante. Isso estava me fazendo mal e ela percebeu. Eu não podia contar o real motivo, mas ela entendeu que era questão de readaptação.
Os dias ficavam melhores quando Regina aparecia por lá. Ela e o meu filho ficavam conversando comigo e me atualizando das coisas. Nikke estava administrando o restaurante e agora era um lugar muito frequentado e as reservas tinham que ser feitas com três meses de antecedência, graças aos Chefs que foram lá ajudar para que eu não perdesse o restaurante.
Joana estava mais amigável e vivia me pedindo conselhos. Ela voltou pra faculdade e agora queria ser médica. Sabrina e meu pai estavam hospedados lá em casa, e nossa relação estava aparentemente um pouco melhor. Todos os dias ele ia falar comigo, me pedia perdão e chorava. Eu queria acreditar nele, mas algo ainda era meio estranho.
Nikke me enchia de carinhos e beijos. Eu não queria, mas não podia dizer isso. Teve uma vez que eu quase virei a cara, mas acabei cedendo. Ela realmente estava sendo uma esposa exemplar e eu deveria ficar feliz com isso, mas algo estava errado.
Comecei a ter sonhos esquisitos. Sonhos macabros e ameaçadores. Eu sonhava com uma pessoa que não era eu, mas que sempre morria de um jeito violento. Eu não sabia quem era, mas no fundo eu pensava que era eu. Isso sem contar a sensação de estar sempre sendo vigiado por alguém. Eu até sentia arrepios por causa disso de vez em quando.
O tempo passava e eu a cada dia que passava ficava com mais medo de Desirée e Jacques. Algo me dizia para não confiar neles e ao mesmo tempo, meu amor por Charlotte crescia na mesma proporção. Já estava ficando difícil não demonstrar isso e eu tinha que fazer alguma coisa.
Deus estava me dando uma segunda chance de reviver o meu amor por ela e eu não podia deixar passar isso. Era o destino. Sei que isso seria uma bomba na minha família, mas ela estava ali na minha frente. Minha pequena Charlotte, agora Regina, estava ali e me olhava da mesma forma como me olhava antes. Eu sei disso. Eu sei que lá no fundo ela me quer da mesma forma que eu a quero.
Só tenho que pensar numa forma de minimizar os estragos. Não quero magoar ninguém, mas eu preciso reviver aquele amor novamente que foi me tirado injustamente. Tenho certeza que um dia todos me entenderão e irão me perdoar pelo que eu vou fazer. É mais forte do que eu… Tenho vontade de beijar Regina na boca quando eu a vejo sem se importar com quem está vendo. Uma voz na minha cabeça fica me dizendo pra agarrá-la e beijá-la e eu tenho que me controlar muito pra não fazer isso.
Mais dias passaram e a situação estava ficando insustentável. Cheguei ao ponto de ficar encarando a pequena e não tirava os olhos de seus seios. Acho até que ela percebeu, pois ficou meio corada. Eu cheguei a ficar de pau duro, e tive que disfarçar muito para não dar bandeira. Eu não sabia o que fazer, somente que tinha que fazer algo e foi numa conversa com o meu filho, que eu tive uma idéia que iria mudar os rumos da minha família para sempre. Estávamos conversando sobre o futuro, até que eu perguntei a ele sobre a Regina.
Pedro - Meu filho, como anda seu namoro com a Regina?
Pedrinho - Nós estamos bem, pai. Parece que a gente se acertou pra valer. A cada dia que passa, nós temos uma maior relação de cumplicidade, respeito, carinho e amor.
Pedro - (Droga!!!) Que bom ouvir isso…
Pedrinho - Só tem um problema.
Pedro - Qual, filho?
Pedrinho - Sexo…
Pedro - Vocês já fizeram?
Pedrinho - Esse é o problema. Ainda não fizemos, mas acho que estamos próximos de fazer. Eu estava muito afoito e quase pisei na bola.
Pedro - Filho, cuidado com isso…
Pedrinho - Eu agora estou um pouco mais controlado, mas vai ser a primeira vez dela e minha também e eu estou preocupado com uma coisa.
Pedro - O que filho?
Pedrinho - Eu sou inexperiente. Quero que a primeira vez dela seja inesquecível! Eu tenho medo de não aguentar muito tempo, entendeu?
Pedro - Quer dizer, gozar muito rápido e deixar ela na mão?
Pedrinho - Isso.
Pedro - (Agora é o momento de plantar a semente…) Bem, filho, o conselho que eu posso te dar é que você faça antes com outra mulher…
Pedrinho - O que? Você está dizendo pra eu trair a Regina?
Pedro - Vocês ainda estão só namorando. Não é nada sério ainda…
Pedrinho - Pra mim é muito sério.
Pedro - Filho, se você não contar e fazer escondido, ela nunca vai saber.
Pedrinho - Não, pai. Isso é errado!
Pedro - Errado é ficar sem a mulher que ama. Bota na sua cabeça o seguinte. Se você não for bem na primeira transa, vai deixar uma impressão ruim e pode até causar trauma nela. Aí ela vai querer experimentar outro, que se for melhor do que você, adeus Regina…
Pedrinho - Mas a gente se ama…
Pedro - Filho, amor de pica, quando bate fica, entendeu? Se ela transar contigo e não for bom pra ela, vai ser complicado pra você. Por isso você deveria treinar primeiro com outra. Pode até ser garota de programa mesmo, pra não haver sentimento nenhum.
Pedrinho - Não, pai! Isso é errado! Muito errado!
Pedro - Tá bom, mas depois não diga que eu não avisei… Eu adoro a Regina! Amo de verdade! (Você nem imagina como!!!). Você acha que eu daria uma idéia dessa, se fosse prejudicar a garota? Eu quero que você cuide bem dela e a faça feliz.
Pedrinho - Pai, eu quero te perguntar uma coisa, mas estou meio sem jeito.
Pedro - O que você quer saber, filho?
Pedrinho - Eu queria saber qual é o gosto de uma buceta. É que eu nunca chupei a Regina, acho que talvez por nojo… Não sei porque, mas fico com a impressão que ela pode a qualquer momento mijar em mim…
Pedro - (Hahaha) Filho, chupar uma buceta é uma das coisas principais a fazer no sexo. Saber chupar então, pode ser decisivo! Acho que você vai passar vergonha. Melhor você fazer um treino antes. Ninguém vai saber, vai ser um segredo só nosso.
Pedrinho - Eu vou pensar… Eu realmente não quero decepcionar a Regina, mas não quero traí-la…
Pedro - Tudo bem, filho! Se precisar conversar comigo, ou se quiser fazer o treino, só falar…
Ele foi pro quarto dele e eu comecei a botar o meu plano em curso. Me desculpa filho, mas você é novo e com certeza vai achar mais pra frente outra namorada. Charlotte é minha! Ela é o meu amor e eu farei de tudo pra tê-la novamente.
Entrei em contato com um site de scortgirls e fiquei escolhendo algumas possíveis candidatas. Escolhi duas garotas, uma era bem novinha com dezenove anos e a outra com vinte e cinco. Entrei em contato com ambas e conversei um pouco com elas pra saber melhor qual escolher.
Mais tarde, Pedrinho veio me dizer que iria assistir alguns vídeos na internet e que não precisaria de treino antes. Eu já imaginava que a resposta seria essa, mas eu tinha outra coisa em mente. Ninguém vai ficar entre eu Charlotte, quer dizer, Regina.
Pedrinho - Pai, amanhã a Regina vem aqui. Algum problema?
Pedro - Sua mãe não devei estar aqui, mas por mim não tem problema.
Pedrinho - Eu sei que ela não deve estar. É que assim eu fico mais tranquilo pra poder namorar com ela.
Pedro - Poxa, filho, agora que eu me lembrei… Eu tenho um compromisso amanhã, mas posso fazer aqui em casa. É uma entrevista de emprego.
Pedrinho - Eu vou ficar com a Regina lá no quarto. Nem iremos te incomodar. A gente só vai namorar, nada demais não…
Pedro - Sei… kkkkkkkk Ela vem que horas?
Pedrinho - Por volta das três da tarde.
Pedro - OK
Esperei ele ir pro quarto e fui consultar as garotas de programa, pra ver qua delasl teria disponibilidade pra amanhã. A vencedora foi a Lenora, vinte e cinco anos, nível universitária, fluente em três idiomas e fazia de tudo. Morena, com a pele bem branquinha, magra e com seios siliconados. Bundinha redondinha e empinada.
Expliquei à Lenora que ela viria aqui em casa pra fazer uma entrevista de recepcionista para o meu restaurante e que ela deveria seduzir o meu filho e transar com ele. Não falei nada sobre namorada, mas eu combinei um pagamento bem acima do que ela pediu e disse que poderia ficar até a noite, caso fosse necessário.
Eu sei que o que eu estou fazendo é horrível, mas eu amo a Charlotte e não posso deixar ninguém atrapalhar o meu caminho dessa vez, inclusive o meu próprio filho. Um dia ele vai me entender. Se tudo der certo, eu me separo da minha esposa e me caso com Charlotte, quer dizer Regina. É Regina, Pedro! Regina.
Quando Nikke chegou mais tarde, me deu um beijo carinhoso e disse que me amava. Disse também que estava louca para podermos transar novamente, mas eu disse que ainda era melhor não. Falei que me sentia um pouco fraco, mas aos poucos eu estava ganhando forças.
Nikke - Amor, ontem eu recebi o fornecedor de vinhos e espumantes lá no restaurante e ele ficou sabendo sobre o seu caso e trouxe um presente pra você.
Pedro - Um presente? O que?
Nikke - Isso aqui…
Quando ela tirou da sacola, aquela garrafa de Château Lafite, meus olhos brilharam. Fiquei muito empolgado porque era um dos vinhos que eu mais gosto, feito com uvas draconianas.
Pedro - Esse vinho custa mais de 15 mil reais, Nikke. Meu Deus!!!
Nikke - Não se anima muito, porque o presente não foi a garrafa em si. Ele apenas deu um bom desconto e eu comprei. Nosso restaurante está indo muito bem e já estamos com as reservas lotadas pra daqui dois meses. Achei que você iria gostar da surpresa.
Pedro - Adorei.
Nikke - Me dê aqui a garrafa então que eu vou levar pra cozinha e abrir.
Pedro - Mas, por quê? Pegue duas taças e vamos abrir aqui e beber agora.
Nikke - Pedro, é um Lafite, se esqueceu? Tem que decantar por pelo menos duas horas…
Você se acha muito esperta Nikke, mas não vou cair mais nas suas armadilhas. Se acha que vai me envenenar novamente, está enganada…
Pedro - Eu irei contigo até a cozinha decantar o Lafite.
Nikke - Não, amor. Fique descansando mais um pouco. Eu faço isso.
Pedro - Faço questão de ir. É um Lafite e seria um crime você fazer errado.
Nikke - Kkkkkk Se esqueceu quem te ensinou a decantar um vinho corretamente?
Pedro - Tecnicamente foi seu pai…
Nikke - Nada disso! Fui eu quem te ensinei, mas não tenho culpa se você não fez direito na primeira vez…
Pedro - Vamos lá, que eu faço questão de abrir esse vinho e decantá-lo.
Nunca mais aceito nada dessa mulher, sem ter visto antes o preparo. Fomos até a cozinha e ficamos conversando, enquanto o vinho era decantado.
Pedro - Nikke, amanhã preciso que você organize a filha de pagamentos do restaurante. Eu estou querendo fazer aquela viagem, e quero levar talvez um dos funcionários comigo. Como você disse que estamos lotados, acho que seria bom contratar pelo menos mais uma recepcionista e talvez mais um ou dois ajudantes na cozinha.
Nikke - Acho que faz sentido. Seria bom a gente contratar logo pra dar o treinamento antes de você viajar.
Pedro - Eu sei disso, e amanhã eu vou entrevistar uma candidata. Ela é filha de um antigo amigo meu, e achei melhor entrevistá-la aqui em casa. Assim eu evito o desgaste de ir ao restaurante.
Nikke - Tudo bem! O Pedrinho vai ficar em casa?
Pedro - Lógico. Inclusive eu acho que vou fazer com que ele participe da entrevista. Seria bom que ele despertasse o interesse nos negócios.
Nikke - Olha lá, Pedro… Foi a mesma coisa que o seu pai fez contigo.
Pedro - É bem diferente… Ele me obrigou a ir trabalhar lá. Não vou fazer isso com ele.
Nikke - O que iremos comer hoje? Eu poderia fazer uma lasanha ou um pappardelle. O que acha?
Pedro - Você deve estar cansada. Melhor pedirmos a comida.
Nikke - Estou cansada mesmo. Vou tomar um banho e já volto…
Aproveitei que Nikke foi tomar banho e liguei pra Lenora. Combinei com ela de passar aqui meio dia e almoçar conosco e e ela teria até às 15h pra seduzir o meu filho.
O restante do dia transcorreu sem maiores problemas e fomos dormir. Amanhã seria o grande dia e ao mesmo tempo que eu estava ansioso por isso, eu também estava me sentindo meio culpado por fazer isso com meu filho.
Custei a dormir e fiquei me revirando na cama. Minha consciência não me deixava dormir, até que o cansaço me venceu e eu dormi. Quando acordei já eram quase 10h. Nikke já tinha saído e deixou um bilhete que dizia "Te amo, dorminhoco".
Fui tomar o café da manhã e fui preparar o almoço. Meu filho me ajudou e ficou me perguntando várias dicas. Acho que foi a primeira vez que ele preparou algo comigo na cozinha. E o danado até levava um pouco de jeito. Ele é muito organizado e detalhista. Isso é fundamental na cozinha. Droga!!! O que eu vou fazer não é justo com ele. Acho que eu vou desistir…
Fui pegar o celular pra desmarcar, mas o interfone tocou e Pedrinho foi abrir. Aproveitei e falei com ele para abrir a porta. Agora já era…
Pedro - Pedrinho, depois vem aqui na cozinha…
Pedrinho - O que foi, pai?
Pedro - O que achou dela?
Pedrinho - Ela é gata.
Pedro - Eu estou terminando o almoço. Chama ela aqui pra ficar com a gente.
Pedrinho - OK
Quando ela entrou na cozinha, veio me cumprimentar e falou no meu ouvido que meu filho era uma gracinha e que iria adorar tirar o cabaço dele.
Pedro - Lenora, nossa entrevista vai ser um pouco diferente. A gente vai almoçar e aí vamos nos conhecendo.
Lenora - Que diferente! Gostei!
Pedrinho - Lenora, qual a sua idade?
Lenora - Vinte e cinco. Por quê? Pareço mais velha?
Pedrinho - De forma alguma. Parece ser bem mais nova. Uns dezenove ou vinte.
Lenora - Obrigada! Ganhei o dia…
Nós almoçamos e conversamos de forma bem descontraída e eu fui fazendo as perguntas, simulando uma entrevista. Ela era muito boa e sutilmente flertava com meu filho. Eu fui lavar a louça, mas ela se ofereceu pra lavar e eu fingi que iria fazer uma ligação e fui para o escritório assistir de camarote o que iria acontecer. Ela lavando a louça e conversando com meu filho que ajudava ela de vez em quando.
Parecia que o plano não iria dar certo, mas Lenora fez um movimento esquisito na pia e acabou molhando a sua blusa que era branca, que ficou rapidamente transparente. Quando meu filho percebeu, olhou descaradamente e Lenora fingiu que nada acontecia. Depois disso ela derrubou um garfo no chão e se abaixou pra pegar sem dobrar os joelhos. Meu filho estava resistindo como podia, mas eu via as caras que ele fazia e eu vi que era questão de tempo. Só não sei se seria suficiente.
Eles foram pra sala e se sentaram no sofá. Ficaram conversando mais um pouco e eu fui até à sala para me despedir dela. Disse que iria tomar banho e depois me deitar um pouco, e que mais tarde entraria em contato. Fui para o quarto e abri o notebook pra acompanhar pela câmera.
Lenora - Pedrinho, posso ficar mais um pouco aqui. É que a blusa ficou meio transparente e se eu sair assim na rua, vão querer me agarrar kkkkkk
Pedrinho - Sem problema! Pode ficar à vontade.
Lenora - Bem, posso tirar a minha blusa então? Acho que vai secar mais rápido.
Pedrinho - Acho que não tem problema.
Lenora - Obrigada!
Pedrinho - Você quer uma blusa emprestada?
Lenora - Não precisa… É como se eu estivesse usando um biquíni, né? A não ser que você esteja desconfortável…
Pedrinho - Por mim tudo bem…
Lenora - O que acha deles?
Pedrinho - Parecem bonitos.
Lenora - Custou doze mil reais…
Pedrinho - Nem parece que são de silicone…
Lenora - Lógico que dá pra perceber…
Pedrinho - Os da minha namorada são bem firmes e são praticamente do mesmo tamanho do seu.
Lenora - Hummmmmm entendi… Aposto que os meus são mais firmes do que os dela. Quer comparar?
Pedrinho - Se meu pai chegar de repente, vou tomar esporro.
Lenora - É rapidinho. Vem cá…
Ela puxou o sutiã pra cima e seus seios ficaram expostos. Pedrinho pegou neles de forma bem tímida, como se estivesse analisando mesmo.
Lenora - O que achou, Pedrinho?
Pedrinho - São bem firmes! São lindos!
Lenora - Aaaah, Pedrinho! Não faz assim… É o meu ponto fraco
Pedrinho - Desculpa…
Lenora - Ainda bem que eu não molhei a minha saia…
Pedrinho - Por quê?
Lenora - É que raramente eu uso calcinha… Se eu tivesse que tirar, eu ficaria muito exposta.
Pedrinho - Duvido que você esteja sem calcinha!
Lenora - Quer apostar? Se você perder, quero uma prenda kkkkkkk
Pedrinho - E se eu ganhar?
Lenora - Você não vai ganhar kkkkkk
Ela se levantou e tirou a saia e ela realmente estava sem calcinha. Disse que ganhou e que a prenda que ela queria, era que ele ficasse pelado igual a ela. Ele com muita vergonha, acabou tirando. Ele estava excitado e de pau duro.
Lenora - Hummmm seu pau é bonitinho.
Pedrinho - Melhor a gente se vestir. Minha namorada vem aqui hoje. Se ela ver isso, vai te matar e me matar em seguida.
Lenora - Já tem alguns meses que eu não faço nada além de me tocar. Acho que por isso que estou assim desse jeito. Só estudar e trabalhar não dá…
Pedrinho - Eu também estou na seca. É muito ruim, né?
Lenora - A gente podia se ajudar. Sua namorada nunca vai saber…
Pedrinho - Mas ela vai chegar daqui a pouco…
Lenora - Só uma rapidinha… Estou cheia de tesão e assim que eu te vi me deu uma vontade de te agarrar…
Pedrinho - Sério? Eu também te achei muito gata…
Lenora se aproximou de Pedrinho e segurou em seu pau que já estava muito duro e começou a chupar com rapidez, fazendo logo uma garganta profunda. Coitado do meu filho, ele não teve nem chance. Em menos de um minuto ele gozou em sua boca e ela engoliu tudo. Ele ficou admirado e ela se levantou e o beijou de língua. Acho que ele estava assustado porque foi tão rápido, que ele nem teve tempo de raciocinar direito.
Ela empurrou ele pro sofá e sentou em cima dele de frente pra ele, continuando a beijá-lo na boca e rebolando em seu colo. Em seguida, ela segurou sua cabeça e guiou para os seus grandes seios com mamilos amarronzados e meu filho se pôs a chupá-los.
Lenora - Isso, garoto! Chupa meu peitos assim, que eu vou te dar tudo que você sempre quis.
Pedrinho - Eu quero comer você todinha.
Lenora - Hummmmmm, vamos ver se o nosso amigo já está pronto…
Ela segurou o pau do meu filho e começou a chupar novamente. Pelo menos escolhi uma mulher boa pra ele que vai dar a ele uma ótima primeira vez. Ela parou de chupar e ficou de quatro no sofá, empinando a sua bunda. Caramba! E que bunda! Ele foi se posicionar atrás dela, mas Lenora o lembrou do preservativo. Ele deu uma chorada e disse que seria a primeira vez dele e se ele poderia enfiar um pouco sem o preservativo pra sentir de verdade como é. Ela riu, mas aceitou. Disse que iria fazer sem, mas só um pouco.
Ele enfiou nela, e Lenora olhou pra trás e disse pra ele segurar em sua cintura com as duas mãos. Meu filho começou a bombar nela com disposição e estava muito feliz, dizendo que ela era quente e que a buceta dela estava pegando fogo. Meu filho estava se fartando naquela transa, quando ela disse pra ele parar e botar a camisinha. Ele parou meio contrariado, e tratou de pegar uma camisinha rapidamente. Ela se ajoelhou, abriu a camisinha, colocou na cabeça do seu pau e encapou meu filho com a boca, chupando-o novamente durante um minuto ou dois. Ficou novamente de quatro e meu filho enfiou nela novamente e dessa vez já foi segurando-a pelos quadris.
Pedrinho estava fascinado pela bunda da Lenora e ela pediu pra ele dar uns tapas em sua bunda, mas ele bateu bem fraco e ela rindo disse que poderia bater mais forte. Ele foi batendo e ela gemendo. Lenora realmente era muito safada e agora ela pediu pra ele puxar o cabelo dela. Essa garota estava dando um intensivão de sexo ao meu filho.
Ele começou a gemer e provavelmente gozou mais uma vez. Eles cataram as roupas e foram para o quarto dele. Acabou a minha sessão pornô particular e agora era aguardar a chegada de minha pequena Charlotte.
Mais de meia hora se passou e eu já estava ficando agoniado, quando escutei o interfone tocar. Era Regina, ou melhor, minha pequena Charlotte. Eu estava tão aflito que tudo isso acabasse logo que eu abri o portão sem mesmo confirmar se era a Regina. Esperei ela chegar até a porta, mas ela foi entrando meio que no automático, procurando pelo Pedrinho. Uau! Ela estava linda e maravilhosa. Cheirosa e vestida de uma forma muito sensual. Na certa, hoje meu filho iria se dar bem com ela, se ele soubesse dar os passos certos. Agora pouco importa, porque ele já está se dando bem kkkkkkk
Regina - Senhor Pedro, como está hoje?
Pedro - Estou bem, mon petit. A cada dia melhor. E você?
Regina - Estou muito bem também.
Pedro - Posso ganhar um abraço?
Regina - Claro, senhor Pedro!
Pedro - Me chame só de Pedro. Afinal, não sou tão velho assim.
Regina - Ok, Pedro.
Que abraço gostoso, pequena! Apertei-a bastante e seu doce perfume de morangos silvestres preencheu meus sentidos. A minha vontade era de beijá-la e tirar nossas roupas ali mesmo, mas eu tinha que me controlar. Minhas mãos acabaram descendo um pouco pelas suas costas em direção dos quadros, mas tive um lampejo de razão e parei na hora, antes que minhas mãos apertassem aquela bundinha linda.
Ela se afastou um pouco e não pude contar a emoção e meus olhos transbordavam felicidade através de lágrimas que eu não conseguia conter.
Regina - Pedro, o que houve? Por quê está chorando?
Pedro - Estou feliz, porque você está aqui, minha pequena.
Regina - O Pedrinho está no quarto?
Pedro - Deve estar. Eu acabei de sair do banho. Vai lá! Fique à vontade!
Ela foi em direção ao quarto e eu fiquei escondido, esperando a bomba explodir. Alguns segundos que pareciam horas se arrastaram, até que eu ouvi o barulho bem alto de porta batendo e escutei meu filho me pedindo desculpas e que já falaria comigo.
Regina passou correndo pela sala chorando e foi embora. Parece que deu tudo certo. Agora eu precisava minimizar os danos pra que meu filho não tivesse problemas comigo no futuro. Voltei pro meu quarto e fiquei esperando o tempo passar.