Dali em diante, nossas noites de amor foram cada vez mais intensas. Era incrível como a gente se dava bem na cama e fora dela também. Sempre tomávamos muito cuidado, nunca arriscávamos nada fora do quarto; nem um selinho rápido se quer rolava. Tínhamos muito a perder se alguém descobrisse sobre nós duas.
O único lugar fora do quarto em que podíamos nos amar era no nosso lugar secreto no rio. Íamos lá todo final de semana, fazíamos amor dentro d'água e conversávamos bastante, sem nos preocupar que alguém pudesse ouvir. Na verdade, tínhamos mais liberdade lá do que no nosso quarto.
No colégio, estávamos sempre juntas, já que Clara disse que minha mãe pediu para eu ficar de olho nela. Assim, eu não podia sair de perto dela, nem ela sair sem mim. Íamos a algumas festas de aniversário de amigos ou colegas de sala, mas sempre estávamos uma perto da outra. Henrique me olhava com cara de ódio quando me via; eu nem ligava, ele que se dane. Clara era minha e o resto era apenas detalhe.
Em casa, nada mudou. Eu, a cada dia mais envolvida com as coisas da fazenda, e Clara, sempre com um livro na mão. Lá, não ficávamos muito juntas durante o dia, mas à noite, quando íamos para o quarto dormir, nos grudávamos uma na outra.
Não era só sexo. Muitas noites, a gente nem podia transar por estar naqueles dias, mas mesmo assim, ficávamos agarradas na cama. Clara era muito carinhosa, romântica, e me enchia de carinho sempre. Eu, claro, amava o jeito que ela era comigo.
Quando chegaram as férias do meio do ano, aproveitamos muito nosso lugar secreto no rio. Íamos lá pelo menos duas vezes por semana. Como sempre fomos muito grudadas desde pequenas, nunca levantou suspeitas a gente querer fazer as coisas juntas.
Clara não deixava eu penetrá-la, disse que queria guardar sua virgindade para o dia em que tivéssemos nossa casa e queria que fosse algo especial. Eu já não ligava, porque fazia isso sozinha antes e nunca sangrei. Clara dizia que provavelmente meu hímen era complacente. Eu não sabia nem o que era isso, mas Clara me explicou. Ela estudava muito e, além disso, era muito inteligente. Eu aprendia muita coisa com ela, principalmente sobre meu corpo.
As férias se foram, as aulas voltaram e parecia que os dias começaram a passar cada vez mais rápido. Quando a gente está feliz, parece que o tempo voa.
O final do ano se aproximava, junto com os últimos dias de Clara na fazenda. Isso me deixava muito triste, pois ela ia estudar em BH e fazer faculdade de medicina. Eu não queria ficar longe dela, mas como eu ia pedir para ela ficar e desistir do seu sonho?
E não era só eu que estava triste com aquilo; ela também estava, porque eu não quis ir com ela. Nunca gostei de estudar, sempre quis cuidar da fazenda, do gado, ficar no meio dos peões na lida diária. Cidade não era para mim, principalmente morar na capital. Eu não gostava nem de ficar muito tempo na cidade aqui, que era pequena. Nessa época, provavelmente não tinha mais que 20 mil habitantes. Imagina eu viver em BH? Não dava mesmo.
Clara entendia isso. Assim como eu respeitava o sonho dela de virar médica, ela respeitava o meu. Mas isso ia nos separar por no mínimo 6 anos. Seria muito difícil, mas não tínhamos outra saída, já que a faculdade mais próxima não tinha curso de medicina.
Então, combinamos assim: Clara iria e me escreveria no mínimo uma vez por mês. Eu também faria o mesmo. Poderíamos nos falar rapidinho por telefone nos finais de semana. Nas férias, ela viria passar um tempo aqui na fazenda e, no último caso, eu iria ficar com ela lá.
Clara ficaria na casa de uns parentes dela. Eu não os conhecia, mas Clara já tinha ido à casa deles algumas vezes com nossa mãe e dizia que eram boas pessoas.
Clara iria na terceira semana de janeiro, então aproveitamos muito os dois meses de férias. Passamos muito tempo no rio e não nos desgrudamos nem nas festas de fim de ano. Queríamos aproveitar cada segundo daqueles últimos dias juntas.
Nossa última noite chegou. Clara já tinha arrumado suas malas; no outro dia, ela sairia cedo. Eu disse que não iria à rodoviária porque não queria me despedir dela. Seria triste demais; eu não queria passar por isso. Ela concordou, achou melhor assim.
Nos deitamos e logo começamos a nos beijar. Não demorou muito e já estávamos nuas. Eu já tinha feito Clara gozar na minha boca duas vezes. Ela tinha muita facilidade em gozar duas vezes em sequência e sempre gostava mais do segundo orgasmo. Dava para sentir que era mais intenso pelo jeito que seu corpo reagia e pelos gemidos mais altos. Muitas vezes, eu tinha que tampar sua boca ou ela mesma fazia isso para não gritar de prazer.
Clara já estava no meio das minhas pernas, me chupando bem gostoso. Eu olhava sua boca ali, devorando minha menina. Eu gemia baixinho, estava muito gostoso, mas meus olhos passaram pelo rumo da porta e tive a impressão de ver uma sombra na fresta de luz que vinha do corredor. Eu gelei na hora e já impedi Clara de continuar o que estava fazendo.
Clara— O que houve? Te machuquei?
Ceci— Não, fica quietinha. Tive a impressão de ver uma sombra na fresta embaixo da porta.
Clara— Jura? Ai, meu Deus, será que é a mãe?
Ceci— Juro, mas não tenho certeza. Foi muito rápido. Só vamos ficar quietas, tá?
Clara— Tá bem.
Ficamos abraçadas, sem fazer barulho algum. Não ouvimos nada além do canto de alguns grilos lá fora e de um latido de cachorro bem longe.
Clara— Talvez tenha sido algum dos gatos ou foi só impressão sua.
Ceci— Provavelmente. Se fosse a mãe, a gente teria ouvido passos ou o barulho da porta do quarto dela.
Clara— E também está escuro aqui, não teria como ela ver algo, mesmo se tivesse buraco na porta.
Ceci— Mas, provavelmente, se ela estivesse na porta, daria para ouvir meus gemidos e os meus pedidos para você me chupar mais forte.
Clara— Será?
Ceci— Acho que sim. Mas se ela tivesse ouvido isso, provavelmente teria derrubado a porta. Kkkk.
Clara— Não brinca com isso, Ceci!!!
Ceci— Desculpe, só quis quebrar um pouco esse clima tenso.
Clara— Tudo bem, mas não foi nada. Agora acho melhor eu voltar a fazer o que estava fazendo. 🤭
Ceci— Gostei disso, delícia.
Clara voltou a me chupar. Eu não conseguia relaxar direito porque ficava olhando a fresta embaixo da porta, mas ela colocou três dedos dentro da minha menina e me fez gozar tão gostoso que a porta podia até abrir que eu não iria pedir para ela parar. Tive um orgasmo incrível; ela me limpou com a língua e veio me beijar.
Ceci— Promete que vai me escrever e ligar?
Clara— Claro que prometo! Eu vou escrever, nem que seja uma vez por mês. Não vou te mandar uma carta por semana para não dar na cara! E vou ligar todo final de semana, tá?
Ceci— Está bem. Assim que você escrever, eu vou ter o endereço e te respondo.
Clara— Está bem. E quando eu ligar, peço à mãe para te chamar para eu poder falar com você.
Ceci— Vou sentir tanto sua falta, meu amor.
Clara— Eu também vou sentir a sua, mas logo vou vir passar as férias aqui e matamos a saudade.
Ceci— Eu te amo muito.
Clara— Eu também te amo, meu amor!
A gente ficou ali abraçadas, trocando carinho e juras de amor. Prometemos uma à outra que não iríamos deixar nada nem ninguém atrapalhar nosso amor, que sempre seríamos uma da outra e nunca ficaríamos com mais ninguém.
Acordei no outro dia cedo. O sol não tinha saído ainda. Me levantei, vesti minha roupa e fui para minha cama. Ouvi o barulho do despertador tocar ao lado da cama de Clara. Ela se levantou e o desligou, logo pegou sua roupa e se vestiu. Olhou para minha cama por um tempo e depois saiu do quarto, provavelmente foi até o banheiro.
Antes de ela entrar de volta, ouvi ela e a mãe conversarem no corredor, mas não entendi o que falavam. Ela voltou, pegou sua bolsa, veio até mim, passou a mão no meu rosto, me deu um beijo na face e disse um "eu te amo" bem no meu ouvido. Eu não me mexi; não queria me despedir, ia doer demais em ambas. Ela se levantou, pegou duas malas e saiu pela porta. Nessa hora, senti algumas lágrimas correrem pelo meu rosto. Quando a porta se fechou, eu desabei no choro. Ia ser muito difícil passar 4 meses sem ter meu amor nos meus braços.
Bom, eu pensei que seriam 4 meses, mas o destino já tinha outros planos para a gente e eu mal podia imaginar o que estava por vir.
Continua…