Uma sala que mais parece um quarto adaptado, cinco por seis no máximo. As paredes pintadas de azul e rosa. Prateleiras com Bonecas de todos tipos debruçadas sobre vibradores. Cinturas de latex morenas, brancas e negras, esculpidas na forma de bundas, vulvas e pênis.
Ao fundo uma tela comprida onde homens pelados de peitos trabalhados e barrigas enxutas exibem os seus dotes moles, duros, enormes ou curtos. Em orgasmos lentos, longos e brancos.
No centro da sala servindo de mesa uma outra tela de led longa e curva, nela são mulheres vão surgindo: seios, ancas, risos, cílios, beiços, coxas, curvas, grelos, pêlos em efeitos tridimensionais lentos e depravados.
Como microfones articulados dois longos pênis. Sentadas de cada lado da mesa duas mulheres lindas de saias curtas e decotes provocantes que usam fones de ouvido vestidos com orelhas de coelhas.
- Olá! Taradas e safadas! Bem-vindas a mais uma live no seu, no meu, no nosso podcast preferido: PódiSexo sem meias verdades ou culpas. O único que em as convidadas entregam tudo e nós molhamos as calcinhas. Só não tiram a roupa por que a plataforma desmonetiza. Roda a vinheta!
Gemidos, gritos e berros se misturam com imagens agitadas e rápidas, rabiscando belas, feias, gordas, velhas, novas mulheres fogosas, mais que atrevidas. A cena acaba com duas garotas nuas de costas, as mãos dadas admirando um por do Sol numa enseada deserta.
- Mais uma vez sejam todas, todos muito bem-vindas, bem-vindos ao nosso encontro semanal proibido por isso mesmo o mais assistido de toda as mídias. Já disseram que é quase um confessionário, aqui as meninas soltam as frangas e os machos deliram.
- Gostei do meninas.
- Mas você é, todas sempre seram meninas, eternas e safadas. O nosso PódiSexo, não aquele pó que vicia.
- Açúcar?
- Cada um vicia com o que gosta. Mas o nosso pó é o que dá aquele tesãozinho gostoso, que toda garota no fundo adora, e você ainda perde umas calorias. Quer coisa melhor? Sem medo, sem culpa, sem nada. Háhá! Eu sou Veronica Babet. E mais uma vez pra não deixar dúvidas. Não, eu não sou a irmã mais nova do Quibe, muito menos a namorada do Peçanha. É Babet e não Tabet ou Tablet.
- Sério! Pensam que você trabalha no Porta?
- Sei lá se pensam, mas sempre tem uns babacas mandando mensagens no chat. Desde o começo é assim. Pessoal chato pra cacete! Será que não cansa? Tinha que ser homem sem nexo.
- Sempre tem alguns pra encher a paciência da gente.
- Pois é! Bom, mas deixa eu te apresentar. Afinal a maioria só conhece os seus contos, as estórias que você escreve com o seu marido.
- Ex-marido.
- Separou? Não sabia, é por isso que agora só aparece você nos últimos textos.
- Não, não é bem assim. Eu resolvi explorar outros formatos, mais femininos.
- Mais lésbicos eu diria.
- Mais verdadeiros, eu acho. É como eu me sinto agora.
- Igual o nosso podcast. Bom, mas lá estou eu indo pra frente sem te apresentar. Deixa eu falar antes que a gente mude de assunto. Essa, meninas e meninos, é uma das nossas mais talentosas e abusadas autoras de estórias eróticas. Que você encontra nos melhores sites de contos da internet.
- Não sei se eu sou tudo isso. Você é que está dizendo.
- Claro que é, não seja modesta, eu li suas estórias, sem papas na língua, sem vergonhas até a gente cansar de gozar.
- Cansou?
- Meu rubi doeu, culpa sua. Enfim, essa é Sônia Dias, que era casada com o Marcelo.
- Marcelo não, Ancelmo.
- Ah é? Porque que eu fiquei com Marcelo na cabeça? Que doideira. Vai saber? Mas é isso, atendendo a pedidos chegou a vez de um bate papo bacana com a melhor escritora de sacanagem que eu conheço.
- Putaria, você quer dizer.
- Que seja. Feitas as apresentações e antes de começar o nosso papo gostoso, tesudo e safado vamos aos patrocinadores. Quem lucra com a nossa tarada da vez. Teodora, fala aí!
Em off uma voz suave meio rouca anuncia quem paga as contas do programa.
- Então Babi, dessa vez quem segura as pontas é a Cereja Molhada, artigos de luxo, discretos, e muito excitantes.
- Nem me fale menina, ontem foi uma loucura. Tomei uma surra com um chicote de crina de cavalo que a Cereja mandou, foi surpreendente.
Sonia faz cara de surpresa, mostra um sorriso de curiosa.
- E quem te deu uma surra com um chicote assim?
- Minha namorada. Beijo amor, tá nos assistindo lá em casa. Fernanda, a Fefê.
- Não imaginava que você gostasse de meninas.
- Tô me acostumando, um período de aclimatação digamos assim. Não é o seu caso.
- Não, não o meu é veio mais tarde, mas já faz um tempo, me descobri bi com quase quarenta.
- Peraí que você já conta. Deixa só a Teosinha falar da oferta de hoje. Manda aí garota, qual é o produto da Cereja Molhada que vem com o desconto do nosso programa.
- Ta aí na sua frente Babi, essa caixinha azulada.
- Já tô até vendo o que é. Pelo tamanho. Abre você Sônia.
Os dedos de unhas prateadas desfazem o nó que prende a tampa. Plockt! De dentro sai um plug dourado.
- Meu Deus! Olha só e vem com um rabinho de oncinha. Eu nunca tive um assim.
- Nem eu, mas esse é o presente das convidadas. É seu, a Cereja sempre faz essa graça quando nos patrocina.
- Ai, brigada! Amei, só não dá pra colocar agora. Que pena.
- Até por que a internet caia se você fizesse isso no ar. E a gente ia para nos trending topics do Twitter.
- Mas mataram o passarinho Babi, acabou.
- Pois é, olha só que loucura! Tirou a graça da coisa. Como é que chama aquilo lá? Alguém já conseguiu descobrir, X de que?
- Nem eles sabem.
- Mas voltando ao que interessa, então amiga tarada que fica escutando a gente com o fone de ouvido pra não dar bandeira. Não se esqueça, até o final nossa live quem entrar no site da Cereja Molhada e usar a hastag #PódicomSoninha ganha quinze por cento de desconto na compra desse incrível, anatômico e pra de excitante plug dourado. Mostra aí Soninha.
- Ainda tem o rabinho de oncinha. Adorei esse rabinho.
- Bonitinho, né? Deve ficar um tesãozinho, ainda mais em você.
- Quem dera, vocês é que são jovens. Essas bundinhas novas, durinhas é que deixa os homens babando.
- Ah, mais pelo que sei de você. Pelo que me contaram, você fez muito boy fritar o cérebro. Quantos anos você? Tem problema falar a idade?
- Quarenta e oito.
- Tá vendo, nem parece. Não é Teodora? Imagina se eu vou chegar aos quarenta e oito com um corpo assim. Nem a Téo, não é garota?
- Com essas coxas, esse rosto. Acho que não.
- Brigada meninas.
- Mas conta lá, como tudo começou? Você me disse que se casou muito cedo, engravidou?
- Não, mas aconteceu, foi casar e logo a Juliana nasceu. Eu tinha dezenove e o Ancelmo vinte. Os dois na faculdade e não deu pra segurar. Casamos e nasceu a Ju.
- Mas vocês já transavam antes ou não, como é que foi?
- Claro que a gente transava. Naquela época a repressão já não era tanta. Só que os hormônios estavam a flor da pele, e aí a gente decidiu morar junto. Mais pra agradar as famílias a gente casou, só que eu já não era virgem.
- E foi com ele que você perdeu a virgindade?
- Foi com outro, meu primeiro namorado. Dezesseis anos, encostada numa parede.
- De pé! Nada romântico.
- Dolorido.
- Imagino. Colega?
- Amigo, da rua onde eu morava.
- E Ancelmo?
- Ancelmo veio um tempo depois, depois do primeiro orgasmo. Nos conhecemos eu cursando letras e ele economia. Nada muito fora do normal, casamos e como qualquer casal, depois de um tempo o que menos se faz num casamento é sexo.
- Já me disseram.
- Pois é, foi assim até a Ju resolver estudar em Portugal. As coisas estavam difíceis por aqui e a menina resolveu ir pra do país. A gente tinha tudo pra se separar, mas foi aí que as coisas começaram a acontecer.
- Juliana tinha quantos anos nessa época, uns vinte?
- Por aí, sem ninguém em casa pra empatar a foda, a coisa começou a pegar fogo. Primeiro só entre a gente, eu tinha uns grilos na época, umas vergonhas bobas. Mas como era com o meu marido e ele querendo experimentar. Eu me senti segura e ai... já viu né.
- Emputeceu.
- Definitivamente. Háhá! Meu primeiro anal foi depois de quarenta e me enlouqueceu. Viciei.
- Só depois dos quarenta é que ele te comeu a bunda!?
- Quem disse que foi ele?
- Não! Quem foi então? E ele sabe?
- Ele viu! Foi o Oscar, marido da Solange. Um dos primeiros casais que eu e o Ancelmo começamos a nos relacionar. Ele se interessou por mim, pela minha bunda.
- Que bunda, por sinal. Não sei como é o Ancelmo nunca tenha implorado.
- Claro que ele queria, eu é que me fazia de difícil, também tinha a questão da dor. Aquilo me grilava, mas depois foi de boa. Nem toda menina se acostuma, mas com foi legal.
- E aí resolveu fazer isso com o marido da outra. E na frente dele! Só falta dizer que o tal Oscar era pauzudo.
- Nem tanto, ainda mais na primeira vez. O tamanho perfeito, ainda tem essa o Ancelmo era avantajado e eu tinha medo de me machucar. Solange é que não gostou muito, de vez em quando rola um certo ciúme nessas horas, acontece, o que eu podia fazer?
- E seu marido? Não reclamou?
- Sabe que não, Ancelmo sempre gostou de saber que outros homens se interessavam por mim, ainda mais quando a gente resolveu que ter uma nova vida na cama. Eu sempre adorei ser admirada, quando veio esse momento eu desbundei.
- Quem diria. Será que a Téo vai chegar um dia a ser assim, ou vai mesmo entrar para um convento Teosinha?
- Ainda estou em dúvida.
- Sei, dúvida. Cínica!
- Gente que cena é essa? Essa menina tá se tocando, parece até que a gente vai entrar nela!
Sônia com cara de intrigada admirando o efeito tridimensional da imagem que se passa na tela de led que serve de mesa, vendo um dedo com uma unha comprida e roxa brincar um clitóris vermelho e brilhante no meio dos lábios de uma vagina, úmida.
- Gostou! Parece real não é?
- Nossa, que absurdo! Dá pra ver o melzinho no dedo, que isso! Dá uma vontade de lamber, fico imaginando o cheiro, aquele aroma de buceta no cio.
- Tá vendo Teosinha, te falei que a turma ia se encantar com a tela que eu comprei na Shopee. Gostou mesmo Sônia, aprovado?
- Eu só queria ser apresentada a dona desse corpo maravilhoso. A vagina é assim, imagina o resto?
- Quem você acha que é?
Veronica com o sorriso de quem sabe um segredo, a entrevistada com cara de curiosa?
- Não me diz é a Teodora!
- Que isso eu não! Muito pior.
- Pior é safada, por que?
- Tá olhando para você agora Sônia.
- É você, Veronica! Jura? Nossa! Ai que vergonha!
Sônia espantada, batendo a ponta da unha do indicador na tela de cristal onde a cena acontece. Os olhos arregalados e a mão tampando a boca.
- Vergonha por quê? Eu que fiz isso não tô, não tem porque você estar. Até porque as modelos cobraram muito caro pra uma filmagem assim, não é qualquer uma que aceita e a PódiSexo não tem tanta grana assim.
- Ficou perfeito. Parece que a gente está vendo a cena real, olhando diretamente pra sua... vagina, muito linda. Vai gozar?
- Claro que eu gozei, vai acontecer, aquela piscadinha no final.
- Escorrendo?
- Vai vendo que no final você descobre.
- Hummm! E sua namorada, não falou nada?
Sônia pisca o olho enquanto pergunta. Veronica, morde o beiço num sorriso de quem se sabe cutucada.
- A Fernanda! Bota a Fefê no telão aqui de cima, Teosinha. Deixa a Sonia conhecer minha gata, minha atual esposa.
A imagem de uma garota de costas vestida num casaco de pele, caminhando estilosa sobre um fundo laranja, os cabelos dourados sobre os ombros.
- Nossa! É uma modelo?
- Sim, elegante não?
- O casaco é de verdade?
- Claro que não, vê se eu tenho grana pra tanto.
O casaco escorrega até o chão, a figura continua a caminhar, as costas nuas, uma calcinha vermelha, um fio dental, e os saltos doze a marcar o caminhar de uma gata. Não demorou muito até a calcinha caiu, sem ela parar de andar.
- Humm! Você tem bom gosto Veronica. Ela tem um corpo legal. E essa bundinha, que inveja. Ai!
- Você não viu nada, deixa ela virar. Vira Fernanda!
Como se fosse possível no mesmo momento, a modelo ficou de perfil. Os olhos marcados, as bochechas maquiadas, os lábios pintados num batom carmim.
- Aaaiihh! Que susto! Kákáká! Por essa eu não esperava, meu Deus!
- Gostou dos seios?
- Lindas as tetas, dá pra você mamar bastante nelas. Mas o detalhe é que...
- Olha que porte, que olhar de atrevida. Minha gata é sensacional. Mas você ia falando?
- Não, é esse detalhe ali, que ela está segurando com a mão agora. Muito comprido para um clitóris, não acha?
- Háháhá! Boa! Cê acha? Eu acho perfeito, une os dois lados, ainda mais pra alguém como eu que está começando a experimentar uma fruta nova.
- Com certeza. Olha que atrevida se masturbando pra nós três? Você não fica com ciúmes não?
- Eu não, adoro ver Fernanda se exibindo. Olha só o que vai acontecer agora. Presta atenção.
Fernanda fica de frente, no rosto um sorriso de fêmea, os seios bicudos subindo e descendo e na cintura um cacete de um palmo de comprimento sendo agitado da forma mais indecente, depravada.
Os movimentos vão ficando frenéticos, Fernanda dobra as pernas nos joelhos, as coxas firmes ficam retesas. O cacete da menina empina, a cena em câmera lenta. As pernas tremem, Fernanda grita, um jato longo, lento vem de encontro a tela de led.
- Oxê! Que menina atrevida! Adoro ver um homem quando goza assim, ainda mais pra mim. Mas a Fernanda não é bem um homem e você não é uma lésbica.
- Não, com certeza não. É o que eu te falei estou numa fase de transição.
- De adaptação, talvez seja a melhor palavra.
- É, isso. Unindo o que tem de melhor dos dois mundos.
- Ah, mas uma bucetinha tem o seu lugar.
- Ah é! Você trocou mesmo a rola por uma vagina?
- Não! Os dois me agradam bastante, é que com uma mulher o prazer dura mais tempo. Os homens tem uma aflição por gozar rápido. Não dá tempo pra gente aproveitar.
- Pois é, é isso que me incomoda, eles são meio egoístas.
- Muito infantis, por isso hoje eu prefiro homens mais velhos, mas nada se compara com trepar com uma mulher. Nossa!
- Jura! Tão bom assim?
- Você pode manter o clima por mais tempo, tudo fica mais gostoso, sensual. Você não sabe o que está perdendo Veronica.
As duas trocam olhares, os sorrisos se abrem, um certo clima vai surgindo.
- Você tá me cantando Sônia? Olha que a Fefê fica brava comigo?
- Não foi você que falou que está se abrindo para novas descobertas, quem sabe um dia você experimenta.
- Mas você nunca pegou uma garota como a Fernanda? Nunca aconteceu?
- Ah, é claro que aconteceu. Experimentei de tudo, sem grilo, mas eu nunca namorei com delas, como você.
- Eu e a Fefê, foi por acaso, as duas desiludidas depois de um pé na bunda dos respectivos namorados acabamos uma noite juntas. A coisa começou a rolar, foi uma noitaça, daquelas de você nunca mais esquecer.
- Eu nunca cheguei a tanto. Transei com umas duas na época do desbunde com o Ancelmo, a gente fez de tudo naquela época. Foi legal, divertido, elas são lindas, poucas mulheres sem produzem assim. Não é à toa que muitos caras se confundem quando ficam de porre.
- Mas conta, nós já estamos desgalhando pra outro assunto. O foco aqui é você. Conta pro pessoal como você começou a escrever?
- Foi Ancelmo que descobriu uns sites de leitura de contos eróticos. Eu nem sonhava que essa coisa existisse. Ele me mostrou, a gente começou a ler juntos, até pra aumentar o tesão na cama, e aí uma dia nós resolvemos tentar. Quer saber vamos contar os nossos casos e foi assim que começou.
- E o seu primeiro caso foi com a sua vizinha?
- Sim, Gislaine mudou-se para o edifício onde morávamos pouco tempo depois que as coisas lá em casa começaram a esquentar. E foi com ela que tive o meu primeiro caso extraconjugal.
- E o seu marido aceitou, assim, de boa?
- Quando ele desconfiou é lógico que ele ficou com pé atrás. Mas até que não foi tanto quanto eu imaginava.
- E aí, depois foram aparecendo os outros casos? Ou vocês inventaram muita coisa na hora de escrever?
- Aconteceu tudo, foi a verdade. Homens, mulheres, casais, tudo foi vindo e a gente experimentando. Como a gente já lia os contos, veio a ideia, ah quer saber? A gente também pode contar os casos. E foi o que a gente fez.
- Foi difícil no começo escrever?
- Sabe que não. A gente simplesmente resolveu contar como aconteceu. Sem enrolação, sem ficar inventando fatos. O que a gente queria era contar os casos. Eu costumo ser muito direta nas minhas estórias. Dou o nome que as coisas tem. Pau, buceta, cu, comigo não tem essa de ficar inventando nomes para o que todo mundo sabe o que é.
- Achei que era o Ancelmo que escrevia daquele jeito. Geralmente os homens são mais desbocados.
- A gente escrevia juntos, no começo eu dava as ideias e ele colocava no computador. Ancelmo não gostava muito desse meu jeito sem papas nas língua, mas ele viu que era o que os leitores mais curtiam.
- Verdade, é o que o povo gosta, né? A putaria, às claras.
- Os homens, garotos principalmente, aquilo crescendo e viu também que era jeito que era o que nos excitava. Eu gosto de um palavrão na hora certa, um tapa, ou de um carinho quando eu fico apaixonada por uma garota.
- Ah é? Com as mulheres, mais que os homens?
- Com os dois, só que com homens eu gosto de uma pegada mais bruta, com mulheres uma coisa mais delicada, mas com algumas eu curto até uns de tapas na cara. Fora da cama eu sou a controladora, mas deitada e com quem fico apaixonada, o meu prazer vem de me sentir submissa. Me deixa com o maior tesão.
- Que coisa louca! É muito contraditório. Mas conta aí, como é que foi o seu caso, com a tal vizinha. Conta pro pessoal já que muita gente não leu os seus contos.
- Bom, como eu falei com a Gis eu tive o meu primeiro relacionamento com outra mulher. Quer dizer eu trepei com ela, nós trepamos.
- E você gostou logo do início?
- Ah! Uma mistura de sentimentos, curiosidade, tesão, misturado com culpa. Poxa, eu estou traindo meu marido. Meu casamento vai acabar? Grilos.
- Então conta pro pessoal como foi que tudo aconteceu?
- Posso falar tudo, até os detalhes? Não vai dar problema com a Plataforma?
- Oh, se pode! Conta tudo, que todo mundo quer saber. Falado assim é melhor do que ler.
- Só não é melhor do que fazer.
- Quem te perguntou alguma coisa Teodora? Que garota atrevida! Já tá assanhada,não é?
- Mas não sou eu, são as mensagens que vem chegando no chat. É o que elas estão falando!
- Sei, te conheço garota. Então vai Sônia, posso te chamar de Soninha?
- Claro que pode!
- Conta tudo.