Todos sorriram, mais o casal evidentemente. A surpresa ficou por conta do Callaghan que se levantou de sua cadeira, circundou a mesa e veio nos abraçar, feliz da vida com a nossa reconciliação, só após foi seguido pela Lilly. Cora e Hana também vieram nos cumprimentar, talvez para não ficarem deslocadas, mas não pareciam tão interessadas na nossa reconciliação. Ao voltar para seu lugar, o Callaghan não perdoou e pediu que o garçom trouxesse o champanhe mais caro e exclusivo que tivessem, pois precisávamos comemorar. Saiu em seguida e logo o maitre trouxe uma garrafa cujo nome não me lembro e após aprovada pelo Callaghan, a abriu com a perícia de um espadachim, literalmente fazendo uso de uma pequena espada:
- Ao casal, que seja eterno. - Disse Callaghan, levantando um brinde.
- Não poderia ter falado melhor, querido. - Concordou a Lilly.
- E que sejam bem vindos a nossa singela casa. - Complementou, piscando um dos olhos para o Mark, sem ser rejeitado.
Brindamos aquele momento: eu e o Mark como o reinício de uma história que prometia ser sem fim; eles sequiosos com o início de uma nova era de seu grupo. As cartas estavam postas e parece que eu jogaria em dupla com o meu marido. Entretanto, as intenções de um bilhete entregue por um garçom para mim poderia pôr tudo a perder…
PARTE 36 - BILHETINHO NA MESA
Surpresa, mesmo que me tivesse sido entregue após nosso brinde e já imaginando de quem poderia ser, descartei o papelzinho em cima da mesa. O Mark olhou o bilhetinho e depois me encarou:
- Eu não fiz nada, mor! Por favor, não... não... não me olha assim. Não de novo!
- Por que o medo de ver o que está escrito, então?
- Só não me interessa. Ter você aqui comigo é tudo o que eu preciso.
- Como quer que eu confie em você!? Depois de tudo e você ainda...
Nem prestei atenção no restante do que ele começou a falar. Ele estava certo! Com o apoio do Mark, com ele ao meu lado, eu enfrentaria o mundo sem medo algum. Peguei aquele bilhetinho e o abri: bingo! Era do Rick:
“Nanda,
Você está linda, deslumbrante, reluzente como a luz do luar.
Não te esqueci e estou à sua espera, aliás, agora mesmo no bar externo.
Rick”
Naturalmente, mostrei para o Mark e ele fez um biquinho inconformado, mas sorriu depois, balançando a cabeça negativamente e ainda brincando:
- Fraquinho na escrita, hein!? Nem luz própria ele disse que você tem.
Olhei curiosa para ele, flexionando meu olho em sinal de não ter entendido:
- Uai, Nanda, quem reluz, reflete a luz; reluzir não é brilhar, é refletir. A lua reflete a luz do Sol, ela não a produz. - Explicou sorrindo e falou: - Quer ver como se faz?
Mark pegou o bilhetinho e sacou uma caneta de seu bolso. Passou a rabiscá-lo, escrever e depois me entregou sua versão:
“Nanda,
Você é linda e deslumbrante, tanto que o próprio Sol, com a desculpa de se pôr, escondeu-se de você por vergonha de não conseguir iluminar tanto quando o brilho dos seus olhos para mim.
Esquecer você? Impossível! Esperar você? Também não o farei e, ao contrário, irei buscá-la imediatamente para mim!
Um beijo de quem, mesmo ferido, talvez ainda um pouco magoado, nunca deixou de te amar.
Mark”
Ao ler aquilo não consegui me conter e uma lágrima brotou, escorrendo pelo meu rosto antes mesmo dos meus olhos marejarem. Olhei para ele que sorria, feliz com o efeito causado. Eu não entendia bem, mas vê-lo escrever aquelas poucas palavras para mim, senti uma sensação de prazer que poucas vezes havia sentido em minha vida e deduzi que ele queria dizer exatamente aquilo: buscar-me para ele novamente!
Fiquei olhando feito boba para ele por alguns segundos, até que a Lilly pegou meu bilhetinho, mas, americana, naturalmente não entendeu nada. Traduzi para ela o que o Mark havia escrito, mas ela ficou curiosa mesmo com o que ele havia rabiscado. Depois que expliquei, ela resmungou:
- E o que você fará, Fernanda?
- Nada! Vou ignorá-lo. Agora que estou me acertando com o Mark, não quero correr nenhum risco de magoá-lo novamente.
- Muito bem… Entretanto, isso não resolve o seu problema, resolve? Você só o está jogando para debaixo do tapete, mas uma hora terá que remover o tapete para limpá-lo e o que fará então?
Eu entendi a mensagem, mas realmente eu não estava disposta em ir. Pior é que enquanto conversávamos, Mark estava atento e olhando para mim. Fiquei perdida, temerosa, mas ela sabia bem o que falar:
- Você é uma adulta, minha querida. Alguns problemas temos que resolver por nossa própria conta, sem depender de um marido ou sem mesmo preocupá-lo. É o que eu acho. - Ela disse e tomou um belo gole de seu vinho em seguida, voltando a me encarar e depois ao Mark.
Virei-me para o meu marido, tremendo de medo de cometer alguma burrada, mas no fundo ela estava certa e eu precisava resolver aquilo de uma vez por todas. Respirei fundo, olhando para o Mark e falei:
- Você vai brigar comigo, né?
- Ara! Por que? Tenho algum motivo?
- Nóóó, já te dei vários, mas você sempre soube ser maior… - Suspirei novamente: - Mas eu preciso resolver isso com o Rick, mor, senão a gente nunca terá paz.
- Ara, sô! Mas você já não dispensou aquele “bagaça”?
- Sim e parece que não adiantou nada. “Nossinhora!”, ó só o destino querendo fuder com a gente novamente…
- O destino não fez nada. Eu considero só uma coincidência, chata, mas uma coincidência…
- Era, até ele me mandar esse bilhetinho, querendo que eu fosse lá conversar com ele, né? Já virou um “bololô” do nada esse “trem”...
- Essa “bobiça” de bilhetinho mexeu tanto assim com você, Nanda? - Perguntou com uma expressão meio que sofrida.
- Eu só quero ter paz, mor. Por isso, quero ir lá e falar novamente para que ele entenda de uma vez por todas que estou voltando para o meu marido de quem eu nunca deveria ter me afastado.
Ele me olhava e balançou seguidamente sua cabeça de forma negativa, falando ao final:
- Então, tá, então, né! Vamos lá…
- Não! - O interrompi, causando surpresa pelo meu tom e segurei em sua mão: - Deixa eu resolver isso, por favor? Prometo que volto “rapidin-pidin”, mas não quero te constranger ainda mais.
- Só quero te apoiar, Nanda…
- Eu sei! - O interrompi novamente: - Me apoia daqui! Só de saber que você vai esperar eu voltar, já me dará a força de que preciso para resolver isso. Eu te prometo que volto “rapidin mes”. Só confia em mim. Num carece docê encasquetá e ficá com “gastura” por causa daquele “bocoió”.
Ele ficou me olhando chateado, inconformado e certamente em dúvida se deveria me dar esse voto de confiança. Quem era eu para julgá-lo depois de tudo o que havia falado e feito a respeito do Rick? Se ele aceitasse, ótimo, eu iria e resolveria com o Rick; se não aceitasse, ótimo também, eu respeitaria sua vontade, afinal, ele sempre quis o melhor para mim. Lilly nos olhava e naturalmente nada entendia pois não falávamos apenas no português, haja vista que nossa língua mãe era o mineirês e seus sotaques, “erres” e “jeitismos” ajudam a tornar tudo muito mais nosso. Mesmo assim ela se arriscou em seu inglês:
- Mark não quer, não é? - Perguntou-me e confirmei com a cabeça, fazendo com que se voltasse para ele: - Querido, é tão difícil confiar na sua esposa assim?
Não era justo deixá-lo como o elo fraco de nossa relação e eu mesma respondi:
- Ele tem seus motivos, Lilly. Eu errei! Num momento em que ele apenas queria me proteger e a nossa família, eu errei, desautorizando-o. Ele tem todo o direito de desconfiar de mim. Eu plantei espinhos e tenho que colher dor agora.
Ela se surpreendeu e ainda insistiu em fazer um pequeno discurso sobre as dificuldades de um casamento e da necessidade de confiarmos nas decisões de nossos parceiros. Certa e estranhamente, aquelas palavras atingiam mais a mim do que a ele, afinal, eu não confiei em seu julgamento quando precisava e agora estávamos ali, tentando consertar algo que um dia imaginei irreparável. Eu já havia me desistido de ir ao encontro do Rick, quando ele próprio falou:
- Quinze minutos, Nanda. Se em quinze minutos, você não voltar, eu vou lá, mas, sinceramente, eu espero não ter que ir. Sinceramente, eu não sei o que faria se…
- Não vai ter “se”! Juro! - O interrompi e agradeci, abraçando-o apertado.
Quando afrouxei o abraço, encarei seus olhos e confidenciei:
- Eu vou voltar. Vou voltar a ser a mulher que nunca deveria ter deixado de ser. Você ainda terá muito orgulho de mim.
Levantei-me e minhas pernas fraquejaram. Uma sensação de estar fazendo errado novamente, me fez desabar novamente em minha cadeira. Foi a vez dele falar:
- Quer que eu vá com você? Eu vou e fico quietinho. Se quiser, nem entro no bar, fico só de longe.
Suspirei fundo e me xinguei em silêncio, enquanto o encarava. Depois decidi assumir minha responsabilidade:
- Não, mor, eu vou! Deixa que eu vou resolver.
Levantei-me novamente e peguei minha bolsa. Eu estava decidida, mas ainda com as pernas fraquejando, então tinha dois problemas: primeiro, andar de salto alto com a perna tremendo, num vestido longo e o mais importante, resolver tudo com o Rick e voltar em menos de quinze minutos, pois eu sabia que o Mark iria mesmo ao nosso encontro e eu não podia vacilar.
Pedi licença e me retirei da mesa, saindo ligeira em direção a porta que imaginei dar acesso ao bar externo. Mesmo tentando ser chique, acabei tropeçando duas vezes no início da minha caminhada. Após me recompor, segui decidida. Próxima à porta, perguntei a um garçom sobre o tal bar e ele me mostrou uma porta que dava acesso a um saguão onde eu teria que subir uma escada até o bar:
- Senhora, é um bar mais… é… mais masculino, se é que me entende?
- Não, não entendo.
- Normalmente, alguns “gentlemen” vão até lá para discutirem políticas, negócios, tudo regado a whisky e fumígenos diversos.
- Ah… Um Clube do Bolinha. Agradeço a informação, mas não tô nem aí. - Falei e segui na direção indicada, justamente do lado inverso ao que eu tinha ido.
Voltei caminhando toda a extensão e ao passar próxima à mesa sob um olhar curioso do Mark, expliquei:
- Errei a porta. É pra lá que eu deveria ter ido. - Disse e apontei a direção certa.
Naturalmente, ele balançou negativamente sua cabeça e zerou o cronômetro de seu relógio. “‘Fidaputa!’, ele estava mesmo me controlando.”, pensei e sorri ao vê-lo fazer aquilo, aliás, simular, porque na verdade ele só colocou a mão sobre e depois a tirou, olhando para mim, sorrindo. Seu sorriso me deu mais pique ainda para ir e voltar logo. Cheguei até a porta, vigiada por outro garçom que tentou me dar o mesmo aviso do primeiro e quase o mandei “catar coquinho”. Resignado, ele abriu a porta para mim e acessei o tal saguão, indo até uma escada ricamente enfeitada e a subi, chegando até um outro ambiente onde realmente só haviam homens.
Prostrei-me à entrada e fiquei procurando o Rick, o que não durou muito, pois ele logo se levantou, colocando-se à minha espera. Ele bebia junto do seu pai e assim que me aproximei, ele se mostrou surpreso, mas nada falou, a não ser uma desculpa qualquer e pedir licença para nos deixar a sós:
- Eu sabia que você viria, Nandinha. Meu coração não se engana. Nós fomos feitos um para o outro. Vem comigo, vou cuidar de você.
Ele gentilmente me ofereceu uma cadeira e eu me sentei:
- Bebe alguma coisa?
- Não!
- Estou tão feliz por você estar aqui que…
- Quem é aquele senhor? - Perguntei, interrompendo-o.
- Ele!? Ah, ele é o meu pai, oras.
- E no que mais você andou mentindo para mim, hein!? - Perguntei, olhando-o diretamente nos olhos.
- O que é isso, Nanda!? Nunca menti para você.
- Mentiu sim! Você me disse que era órfão e que o seu dinheiro vinha da herança deixada pelos seus pais. Posso ser um monte de coisas, mas se tem algo que não sou é esquecida.
- Não, Nanda! Imagina se eu falaria isso para você!? Meu pai é vivo, você o conheceu.
- Sim, e você não respondeu o que eu te perguntei quando cheguei aqui. Vou repetir: no que mais você andou mentindo para mim?
- Nanda, é só um equívoco, eu… - Disse e se calou ao ver que eu o encarava com sangue nos olhos: - Talvez eu tenha me expressado mal. Acontece que eu vivi uma situação muito estranha com meus pais e acabamos nos afastando. Só não quis contar e te envolver naquilo. Daí porque eu tenha falado de uma forma que você imaginou ter sido por morte, mas não foi. Juro que não tive qualquer intenção de te enganar.
Eu o encarava irada, porque, sei lá, acho que eu o considerava culpado por toda a desgraça que eu havia enfrentado, só não sabendo se fora intencionalmente ou por pura coincidência do destino. Ele continuou:
- Mas fiquei muito feliz em te rever novamente. Você está linda, corada, feliz e isso me enche de felicidade. Acho que até seu marido está mais compassivo com uma possível amizade entre a gente.
- Que história é essa de passivo!?
- Compassivo, Nanda, não passivo. Vi pelo semblante dele que parece estar muito mais calmo. Daí pensei que estivesse de acordo em que a gente possa…
- Ó, Rick! - O interrompi, com a mão levantada: - Por favor, pode parar! Eu já disse para você que a gente não ia dar certo. Inclusive, pedi para você me esquecer. Nada mudou. Só vim aqui porque você me mandou aquele… aquele… aquele trenzinho, muito mal escrito, por sinal. Eu estou me acertando mesmo com o Mark e voltando para a minha família. Se você realmente um dia gostou de mim, me esquece.
Sua surpresa ficou estampada em seu rosto. Não sei se eu falava muito alto, mas notei que vários daqueles senhores nos encaravam surpresos e curiosos. Respirei fundo, controlei um pouco melhor minha ansiedade e conclui:
- Por favor, me deixa voltar para o meu marido. Não me atrapalha agora. Se um dia, bem lá no futuro a gente puder ser amigos, nós seremos, mas hoje, eu não quero, aliás, eu não posso colocar a paz e a felicidade da minha família em risco por ninguém, nem mesmo por você.
Seu semblante denunciou o golpe e foi profundo, muiiiiito profundo, tanto que seus olhos se encheram de lágrimas, mas eu não deixaria as dele me abater, porque eu ainda tinha as minhas, as das minhas filhas e as do próprio Mark para secar. Despedi-me dele de uma forma educada, mas seca, sequer o tocando, beijando, nem nada, apenas um simples “tchau!”. Ele sequer me respondeu e foi melhor assim, pois já me virei e da forma decidida que eu cheguei, voltei feliz da vida comigo mesma para o meu marido.
Desci a escada flutuando, nem sei direito como desci, mas quando dei por mim já estava lá embaixo. Abri a porta e dou de cara com quem? Mark que já vinha entrando pelo saguãozinho:
- Ahhhhh! - Dei um típico gritinho de surpresa e comecei a rir, gargalhar: - Mor! Você me mata de susto assim, caramba!
Ele começou a rir também e acabei me amparando em seu pescoço enquanto ainda dávamos nossas últimas risadas. Depois eu o encarei e ele a mim, e acho que ele gostou muito do que viu, porque me deu um lindo sorriso que correspondi. Meio naquele ambiente requintado, chique, fresco, nos demos direito a um selinho:
- Poxa, selinho!? - Resmunguei.
- Pois é, né!? Olha o lugar.
Olhei por sobre os ombros dele e concordei, discordando:
- Fodam-se!
Puxei meu marido para o saguãozinho e caprichei num beijaço. Eu estava radiante comigo mesma e ele sentiu isso em mim. Não me recusou, não recuou e se entregou, colhendo-me da melhor forma possível. O garçom, encabuladíssimo, fechou a porta, deixando-nos a sós. Minha respiração começou a ficar descompassada, dando mostras da minha excitação e o meu marido, ao invés de se afastar de mim, prensou-me numa parede, aumentando ainda mais sua pressão sobre mim. Quando nossos lábios se desgrudaram e os seus alcançaram meu pescoço, não resisti mais:
- Me fode, pelo amor de Deus! Bem gostoso.
- Mas onde? - Ele perguntou, olhando aflito por tudo até encontrar uma porta com a indicação da escada de incêndio: - Ah, não tem tu, vai tu mesmo!
Puxou-me para lá e entramos, descemos um nível e ele levantou meu vestido, só para descobrir que eu estava naturalmente sem calcinha. Ele se ajoelhou, enfiou a boca na minha boca de baixo e que beijo me deu. Em minutos, eu estava mordendo meu pulso num orgasmo que me fez tremer toda. Ele se levantou e voltou a me beijar, tentando me penetrar em pé, mas nossa roupa não ajudava. Fui para as escadas, levantando ao máximo meu vestido e o encarei:
- Vem me fode gostoso!
Ele veio todo serelepe e enfiou na minha buceta, bombando feito um louco:
- No cu, mor, no cu!
- Hein!? Mas que porra…
- O cu eu consigo contrair e segurar para chegar no banheiro. Na buceta, vai escorrer e fazer uma meleca.
- Safada, filha de uma puta! - Disse e me deu um sonoro tapa na bunda que ecoou bonito pelas escadas, fazendo-o rir: - Opa! Foi mal.
E da forma mais ogra, rude e improvável para aquele ambiente, deu uma cuspida na própria mão e lambuzou o meu anel, introduzindo um, depois dois dedos. Não vou mentir dizendo que estava uma delícia, não estava, mas depois que ele me penetrou de verdade e me acostumei, tudo aliado ainda ao risco de sermos pegos, num ambiente exclusivíssimo como aquele, fez minha excitação atingir níveis nunca antes alcançados. Judiou do meu cu e eu adorei; bateu na minha bunda, ecoando e eu não me incomodei. Novamente em minutos de uma saraivada de vara sem descanso, gozei e foi um gozo tão forte, tão intenso, que tive a sensação que iria desmaiar, porque eu sentia como se após um gozo, outro começasse e assim por diante. Só me controlei após ele próprio gozar, quase desfalecendo sobre mim.
Após conseguirmos nos controlar, corpo, alma, mente, coração e respiração, ajeitamo-nos da melhor forma possível e voltamos para o restaurante, de mãos dados e sorrisos largos:
- Não vai querer saber o que conversei com o Rick?
- Se você me der outra vez o cu como fez agora, deixo você conversar novamente com ele! - Falou e riu quando já chegávamos na mesa: - Estou brincando. Quando você quiser me contar, você conta. Se bem que eu acho que já sei o que aconteceu.
Errado ele não estava. Realmente ele sabia por me conhecer de anos. Aquela minha felicidade era autêntica e vinha justamente do orgulho que eu sabia que iria lhe dar, mas saber que ele soube de mim antes mesmo que eu contasse, mostrou que talvez eu conseguisse reconquistar sua confiança. O tempo diria.
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO, EM PARTE, FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL NÃO É MERA COINCIDÊNCIA, PELO MENOS PARA NÓS.
FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DA AUTORA, SOB AS PENAS DA LEI.