Acessei o programa e fiquei aguardando os dois terminarem a brincadeira. Não durou mais do que alguns minutos e Pedro apareceu na sala com Lenora. Ele a conduziu até a porta e ainda deram um beijo. Acho que meu filho estava nas nuvens, mas logo voltou à realidade, arrumando a sala e pegando as camisinhas pra se livrar da prova do crime. Eu deitei em minha cama e fingi que estava descansando. Alguns minutos depois, ele bateu na porta do meu quarto e eu falei pra ele entrar.
Pedrinho - Pai, me desculpa, tá?
Pedro - Pelo que, filho?
Pedrinho - É que o Senhor foi lá no quarto falar comigo alguma coisa e me viu transando…
Pedro - Não sei do que você está falando… Estou aqui deitado faz tempo.
Pedrinho - Deve ter sido uma corrente de ar então…
Pedro - Mas, então quer dizer que você e Regina transaram?
Pedrinho - Regina? Não! Ela deve estar chegando a qualquer momento.
Pedro - Mas a Regina já chegou, filho. Eu abri a porta pra ela.
Pedrinho - O que?
Pedro - Foi o que eu disse…Cadê ela?
Pedrinho - Puta que o parou!!!
Meu filho ficou desesperado e pegou o celular pra ligar pra ela. Tentou várias vezes, mas ela não o atendeu. Vi meu filho ficar desesperado e me deu pena dele por estar passando por isso, mas a Charlotte é o meu amor e dessa vez, nós seremos felizes.
Pedrinho saiu do meu quarto e se trancou no dele. Ficou lá durante muito tempo e eu fiquei pensando nos próximos passos. Teria que conquistar Regina e me divorciar de Nikke, mas como? E se eu fizer isso, com certeza ela vai querer me envenenar. Eu queria ligar pra Regina e dar apoio a ela, mas não posso. Tenho que esperar um pouco mais. Ela deve estar sofrendo muito, mas eu ajudarei a minha pequena a superar isso.
Mandei uma mensagem pra Lenora e disse que ela foi perfeita e que eu faria um Pix a ela. Mais tarde fui no quarto do meu filho levar um lanche a ele. A porta estava trancada e quando ele abriu, vi que seus olhos estavam inchados e ele me perguntou o que foi…
Pedro - Quer conversar?
Pedrinho - Eu fiz merda, pai. Regina terminou comigo.
Pedro - Mas por quê, filho? O que aconteceu?
Pedrinho - Até agora não estou entendendo… Eu estava conversando com a Lenora e aí a blusa dela molhou e ela tirou, e ela era muito gostosa… Uma voz ficava repetindo na minha cabeça, você tem a Regina… Não faça isso… mas outra voz repetia… Olha que mulher gostosa… Mais velha do que você e te dando mole… Dá uma rapidinha com ela… Só uma mamada não é traição…
Pedro - Filho, então você transou com a Lenora?
Pedrinho - Transei, pai. E o pior de tudo é que no fundo eu queria, porque tinha medo de não saber fazer as coisas direito com a Regina. Só que eu estou com um remorso agora. Eu sei que foi errado, mas foi mais forte do que eu.
Pedro - Filho, eu nem sei o que te dizer… mas pode contar comigo. Quer que eu tente falar com a Regina?
Pedrinho - Não sei, pai. Ela não me atende e parece que ela me bloqueou no whatsapp.
Pedro - É que nós sempre nos demos bem. Vamos deixar ela absorver um pouco o que aconteceu e amanhã ou depois eu tento conversar com ela.
Pedrinho - Eu conheço a Regina. Depois das coisas que a mãe dela fez com o pai e ver como elei sofreu… Acho quase impossível ela me perdoar… Ela abomina traição!
Pedro - Poxa filho, mas tu também, hein. Vacilou feio! Você sabia que ela viria aqui hoje…
Pedrinho - É que ela disse que viria às três horas, e ela sempre se atrasa um pouco. Achei que daria tempo, mas eu fui ficando cada vez mais envolvido. Eu queria parar tudo, mas aquela mulher era linda e ela fazia cada coisa… Quando eu ia acabar e pedir pra ela ir embora, a safada me disse que iria me dar o cuzinho.
Pedro - Caramba!!!
Pedrinho - Eu sei que errei e eu daria tudo pra voltar atrás…
Ele veio pra perto de mim e me abraçou e chorou no meu ombro. Eu comecei a sentir um remorso muito grande e a sentir uma dor de cabeça lancinante. Eu coloquei a mão na cabeça e meu filho percebeu que havia algo errado.
Pedrinho - Pai, tudo bem contigo?
Pedro - É só uma dorzinha de cabeça chata que apareceu.
Pedrinho - Desculpa, pai! Não se preocupe com os meus problemas. Vai descansar um pouco, que eu vou deitar também e tentar dormir.
Pedro - Filho, com o tempo você vai esquecer a Regina, ou então se acertarem. Dê tempo ao tempo.
Pedrinho - Acho que você tá certo…
Ele saiu do meu quarto e eu tive que fechar a porta pra poder chorar sem que ele visse.
Por que raios eu fiz isso? É tudo uma loucura! Sem contar que mesmo separando eles dois, dificilmente ela vai querer alguma coisa comigo. Além da diferença de idade, eu sou pai do ex namorado e ainda casado. Que merda que eu fiz?
Mas uma voz na minha cabeça me dizia que tudo daria certo no fim e que eu tinha que ser feliz dessa vez. A minha vontade era de ligar agora mesmo pra Regina, mas eu tinha que me controlar e esperar.
………
………
………
Eu ia fazer um escândalo, mas fiquei com medo de prejudicar a saúde do pai dele. Simplesmente bati a porta com força e saí dali.
Pedrinho - Pai! Foi mal, pai… Eu já falo contigo…
A voz dele foi sumindo enquanto eu ia na direção da porta. Saí dali o mais rápido possível e fui embora. Por que, Pedrinho? Por quê você fez isso comigo?
Você dizia que me amava e que queria se casar comigo e ter filhos. Por quê, Pedrinho? Por quê? Eu estava pronta pra te fazer feliz hoje, mas eu já devia saber que homem é tudo igual. É foda!!! Fiquei meses dando apoio a ele, tentando aliviar a barra, enxuguei as lágrimas dele e ele me trai assim dessa forma…
Sentei num banco e fiquei chorando. Algumas pessoas passavam por mim e perguntavam se estava tudo bem. Eu nada respondia. Queria ir embora, mas não sabia pra onde. Eu queria a minha mãe…
Decidi ligar pra ela, mesmo sabendo que não iria me atender, mas acho que Deus teve pena de mim, porque o celular dela não caiu na caixa de mensagem.
Grazi - Alô! Filha! Tudo bem contigo?
Regina - Mãããeee! Mãe, estou com saudades! Quando é que você volta?
Grazi - Não sei filha!
Regina - Que barulho é esse? Onde você está?
Grazi - Não posso te contar filha! É Top Secret!
Regina - Achei que você estivesse na clínica de reabilitação… O que você está aprontando?
Grazi - Nada, filha! Eu estou com a Kelly na Europa.
Regina - Europa? Fazendo o que?
Grazi - Já disse que é Top Secret… Vou ficar ainda um tempo afastada. Estou naquele trem-bala indo de Amsterdã pra Paris, e depois vou pra Nice. É o que eu sei por enquanto. Depois devo ficar em Paris um pouco.
Regina - Mãe, preciso tanto de você e do seu abraço.
Grazi - Ah, filha…Sinto muito não estar por perto…
Regina - Tanta coisa aconteceu… mas como você está?
Grazi - Estou bem melhor, filha. Graças a Kelly e ao seu pai também, porque ele tem me ajudado financeiramente. Já me consultei com alguns médicos nos EUA e aqui na Europa, mas parece que eu terei enxaquecas até o fim da minha vida.
Regina - Sinto muito, mãe…
Grazi - Eu que sinto… Tudo isso é culpa minha… mas a Luara me paga…
Regina - Você está atrás da Luara?
Grazi - Filha, depois a gente se fala… Kelly está te mandando beijos. Prometo que eu vou ligar pra você mais vezes.
Regina - Eu peguei o Pedrinho me traindo…
Grazi - Sinto muito, filha… mas vocês são novos… e você me disse uma vez que não amava o garoto. Isso mudou?
Regina - Um pouco. Eu passei a gostar mais dele sim. Ficamos muito próximos nesses últimos meses…
Grazi - Pera aí, Kelly!!! Minha filha está com problemas…
Regina - Tudo bem aí, mãe? O que houve?
Grazi - É que não posso ficar muito tempo numa chamada… mas faz o seguinte. Baixa o app viber e a gente se fala por lá.
Regina - Nunca ouvi falar… Mãe, cuidado!!!
Grazi - Assim que eu resolver isso, eu volto pra ficar ao seu lado, da Sara e do seu pai.
Regina - Eu preciso muito falar contigo. Preciso desabafar!!! Porra!!! Você só pensa em você…
Grazi - Desculpa, filha… mas é que no momento eu estou muito magoada e com muita raiva. Não posso ser a mãe que você merece no momento.
Regina - Não é questão de merecer. Eu quero você!!!
Grazi - Procure a Nina… Ela vai te ajudar.
Regina - Às vezes, acho que nasci na família errada. A Nina é que deveria ser a minha mãe… Tchau, Grazi!!!
Encerrei a ligação e comecei a chorar novamente. Eu não devia ter falado isso. Liguei novamente pra minha mãe, pra tentar me desculpar, mas novamente só dava caixa de mensagem.
Pedi um Uber, e fui pra casa da Nina. No momento eu precisava de um colo de mãe e ela era o mais próximo de mãe que eu iria ter. Me sinto tão confortável com ela, que se eu acreditasse em outras vidas, ela provavelmente teria sido minha mãe ou irmã…
O Uber ainda demorou uns bons dez minutos, e a todo momento eu me lembrava do Pedrinho encaixado naquela mulher de quatro em cima da cama que eu dormi várias vezes. Comecei a chorar novamente e o motorista do Uber até tentou ser simpático… simpático demais até. Me perguntou se eu queria parar pra tomar um sorvete ou um refrigerante e conversar um pouco.
Tratei de dizer não e fechei a cara. Peguei o celular e fingi que estava falando com alguém dizendo que já estava a caminho, quase chegando. Depois disso, ele parou de gracinhas e não nos falamos mais. Quando a corrida encerrou, ele ainda me deu o cartão com o número dele, caso eu precisasse de um motorista ou algo mais. Muito escroto, esse cara… mas peguei o cartão e o coloquei na minha bolsa.
Nina agora não morava mais no nosso condomínio. Tio Erick não iria suportar as más línguas dos fofoqueiros chamando ele de corno manso ou coisa pior. O filho não era dele, mas ele o amava como se fosse. Érico era um bebê muito fofo e eu adorava cuidar dele.
Nina - Regina, seu rosto está todo borrado! O que aquele garoto fez dessa vez?
Regina - Ele me traiu, Dinda… Me traiu…
Nina - Como assim?
Regina - Eu finalmente decidi perder a virgindade com ele, mas quando cheguei na casa dele…(snif)... Ele tava… tava… comendo uma outra garota lá…
Nina - Sinto muito, filha…
Regina - Eu detesto traição… Nunca mais quero vê-lo…
Nina - Olha, eu não sou a melhor pessoa pra lhe dar conselhos sobre isso. Você sabe que eu pisei na bola com o Erick e não foi só uma vez.
Regina - Mas você me disse que tinha sido só uma vez!
Nina - Maneira de dizer… mas eu quase deixei o Erick pra viver com outro homem. A sorte é que o nosso amor foi mais forte e ele me perdoou e ainda aceitou a criar um filho que não é dele…
Regina - Mas você não teve culpa disso…
Nina - Tive sim, Regina! Eu tive! Mas vamos mudar de assunto pra não mexer com coisa ruim…
Regina - Vamos falar então do idiota do meu ex…
Nina - Você acha que ele já estava te traindo?
Regina - Não sei… Ele estava meio estranho de uns tempos pra cá… Estava jogando muito no computador, alguns jogos até com dinheiro de verdade. Jogos de apostas e de poker on-line. Não queria saber mais de estudar e ele adorava estudar. Era um dos nerds da turma.
Nina - Acho que o que aconteceu com o pai dele foi muito traumatizante. Ele já foi no psicólogo?
Regina - Ele diz que não precisa.
Nina - Coitado do menino…
Regina - Dinda!!! Coitada de mim que fico toda hora na minha mente relembrando ele atrás daquela mulher que tava de quatro em cima da cama dele.
Nina - Você conhece a garota?
Regina - Nunca vi! Ela parecia ser mais velha e tinha uns peitos gigantes e uma bunda gigante também.
Nina - Eles estavam sozinhos em casa? Como você entrou?
Regina - O pai dele abriu a porta pra mim.
Nina - Ué… mas então o pai dele estava acobertando ele.
Regina - Meu Deus!!! Eu sou muito burra… mas ele não me impediu de ir lá no quarto e além disso, o pai dele está em recuperação ainda. Ele às vezes troca o nome das pessoas. Ele agora me chama de pequena, de mon petit. Ele fica muito de repouso e provavelmente nem deve ter visto essa garota entrar.
Nina - Se afaste dessa família! Eles são muito confusos e enrolados.
Regina - Pedrinho já me ligou várias vezes e mandou mensagens também, mãe eu bloqueei. Acho que você está certa!
Nina - E no colégio? Como vai ser?
Regina - Não adianta fugir. Acho que vou lá amanhã fazer uma surpresa pra ele.
Nina - Falando em surpresas, daqui a pouco alguém vai fazer dezoito…
Regina - Ainda falta bastante, Dinda! E agora eu nem estou no clima. Eu queria mesmo era ver a minha mãe. Estou preocupada com ela.
Nina - A gente vai na clínica visitá-la… Também estou com saudades…
Regina - Minha mãe tá na Europa e desconfio que ela esteja atrás da Luara.
Nina - Sua mãe não tem juízo…
Regina - Eu também sempre quis conhecer alguns países como Inglaterra, Grécia e agora quero muito conhecer a França.
Nina - Por quê não pede isso de aniversário pro seu pai? Eu e o Erick também podemos ajudar. Você faz um mochilão e sai pra fazer uma aventura. Sempre tive vontade de fazer isso e se não fosse o Érico, eu até iria contigo. Adoraria conhecer a França, Paris, Torre Eiffel… dizem que é uma cidade apaixonante…
Regina - A Senhora me deu uma ótima idéia. Eu posso fazer um intercâmbio e conhecer tudo lá… Não vou precisar ver o idiota do Pedrinho, e ainda quem sabe, acho a minha mãe lá. Perfeito!!!
Nina - Armando vai me matar!!! Eu e minha boca grande…
Regina - Me ajuda a pesquisar essas coisas de intercâmbio e passagens. Quero ver se consigo fazer isso o mais rápido possível.
Nina - Claro, minha filhinha do coração!
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Já era quase umas cinco horas quando Nikke chegou e logo em seguida, Joana também. Elas repararam que o quarto do Pedrinho estava trancado e com música alta.
Nikke - Amor, o Pedrinho está bem? Bati no quarto dele e ele nem me respondeu…
Pedro - Acho que ele e Regina terminaram…
Nikke - Não acredito! Deus ouviu as minhas preces!!!
Pedro - Nikke, pega leve… O garoto tá mal. Fez uma cagada daquelas.
Nikke - O que ele fez?
Pedro - Sabe a garota que eu ia fazer a entrevista hoje?
Nikke - O que tem ela?
Pedro - Nosso filho transou com ela e parece que a Regina pegou ele no flagra.
Nikke - Caralho!!! É meu filho, mas isso é sacanagem…
Pedro - Também acho. Ela não merecia isso, coitadinha…
Nikke - Você está bem? Olha, eu queria conversar um negócio contigo, mas não sei se ainda é o momento.
Pedro - Eu estou quase bom… Daqui a pouco o Edu vai chegar e você vai ver como eu estou…
Nikke - O Edu não é médico. Ele é seu personal trainee.
Pedro - Mas ele tem várias especializações e foi indicado pelo Armando pra recuperação das minhas funções motoras, que aliás estão muito boas.
Nikke - Falando nisso, quando eu acordei hoje de manhã, eu vi que você estava com o pau bem duro… Por quê a gente não faz um teste pra ver como está a sua performance?
Pedro - Sei lá… Já faz um tempo…
Nikke - Sim, eu sei e eu estou morrendo de saudade de você, meu amor… Eu vou te comer inteirinho…
Pedro - Nikke, sua safada!
Nikke - Eu vou te amarrar e vou te estuprar kkkkkkk
Pedro - Não! Nada de amarrar! Vamos mudar de assunto…
Nikke - Eu quero te chupar meu amor… Estou precisando de muito leitinho… Meu fornecedor parou de fazer entrega.
Pedro - Nikke, o Edu vai chegar daqui a pouco. Para com isso!
Nikke - Hummmmmm, já estou vendo que você está ficando animadinho… Dessa noite você não me escapa…
Pedro - Sabe quem me ligou hoje? O Estevão! Ele disse que gostaria de me visitar amanhã e que está muito preocupado comigo.
Nikke - Tudo bem… Não gosto muito daqueles dois, mas acho que talvez você esteja precisando continuar a terapia. Você sabe que eu tenho medo desse negócio de espírito… mas acho que não tem problema.
Pedro - Eu também tinha medo, mas não tem nada demais…
Fomos interrompidos, porque Joana bateu na porta pra avisar que o Eduardo havia chegado. Fui até lá falar com ele e o cara já chegou com uma bolsa e alguns equipamentos.
Eduardo - E aí, Pedrão? Tudo certo?
Pedro - Tudo bem na medida do possível…
Eduardo - Vamos então começar vendo seu peso, sua pressão, e aqui tenho um adipômetro pra gente checar sua gordura corporal. Trouxe também uns elásticos e uns pesos. Beleza?
Pedro - Sem problema…
Começamos o check-up e Eduardo foi só elogios. Dizendo que eu estava 3kg mais magro e meu percentual de gordura também havia diminuído um pouco. Pressão excelente e que agora só faltava uns músculos. Começamos a fazer um aquecimento e alongamento, mas notei ele um pouco apreensivo e de vez em quando olhava no celular
Pedro - Algum problema, Edu?
Eduardo - Cara, nem te conto… Um amigão meu faleceu e tá um rolo danado. Toda hora alguém me manda uma mensagem, mas eu vou botar no silencioso agora e vamos pegar mais pesado.
Pedro - Não acha melhor acabarmos por aqui, já que eu estou bem…
Eduardo - Você não quer ficar em forma? Ficar com uma aparência mais jovial? Tem que ralar, meu amigo… Tem que ralar…
Fiquei fazendo os exercícios e ele me pôs pra suar. Eu estava me sentindo muito bem. Estava mais magro e alguns músculos que eu não tinha estavam aparecendo. Tenho certeza que se eu ficar em forma, irei ter mais uma qualidade pra conquistar a Regina.
Terminei os exercícios e o Eduardo foi embora. Ele me incentivava muito e eu gostava das dicas que ele me dava. Fui tomar banho e Joana disse que iria fazer o jantar. Fiquei surpreso com isso, mas logo entendi que o jantar dela foi uma lasanha semi-pronta com uma saladinha que estava até bem temperada.
Pedrinho apareceu na cozinha, pegou duas embalagens de biscoito de chocolate no armário e uma garrafa d'água, voltando pro quarto em seguida. Nikke ainda tentou falar com ele, mas o garoto fez ouvido de mercador e foi embora. Nikke olhou pra mim, como se dizendo pra eu falar com ele, mas eu já tinha falado e sei que ele queria ficar sozinho.
Fui para o quarto e Nikke foi atrás de mim, dizendo que a louça era da Joana. Ela me abraçou e partiu pra cima de mim querendo tirar minhas roupas, mas eu não queria transar com ela ainda. Não sei dizer o que estava acontecendo comigo, mas não me sentia confortável em fazer isso com ela. Eu juro que tentava me interessar por ela, mas a imagem dela me traindo com meu pai me causava nojo. Eu só me ausentei por três semanas e aquela safada da Desirée ficou virando os olhos toda satisfeita com meu pai. Como posso confiar neles dois novamente?
Uma coisa é certa. Eu preciso sair desse relacionamento perigoso e afastar minha esposa de Charlotte. Não posso deixar isso acontecer novamente. Preciso reconquistar Charlotte e viver com ela bem longe daqui. Preciso terminar esse casamento, mas de que forma? Preciso dar um jeito nisso.
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Eu estava arrumando o armário, separando algumas coisas, quando o meu pai chegou e entrou no meu quarto.
Armando - Filha, se protege que hoje vai chover! Você, arrumando o armário!
Regina - Pai, não estou pra brincadeiras. Meu dia foi péssimo!
Armando - O que houve, filha?
Regina - Todos os homens não prestam! Só isso que eu tenho a dizer.
Armando - Ah, filha… Nem o pai presta?
Regina - Você não conta! Pai, eu e o Pedrinho terminamos.
Armando - Sério? Mas o que aconteceu? Vocês brigaram?
Regina - Nem tivemos a chance disso. Eu peguei aquele filho da puta com outra mulher transando na cama dele.
Armando - Não acredito, filha! Aquele garoto te ama…
Regina - Eu vi com meus próprios olhos, pai! Eu vi e ouvi… O Pedrinho não me ama porra nenhuma. Ele só queria me comer, isso sim.
Armando - Sinto muito, filha…
Regina - Pai, eu quero entrar na faca, como o senhor diz… Eu acho que quero diminuir o tamanho dos meus peitos. O que você acha?
Armando - Filha, acho que agora não é o momento pra isso…
Regina - Mas olha o tamanho disso! São muito grandes e eu acho que acabo chamando a atenção dos garotos só por causa disso. Todos se aproximam de mim com segundas intenções.
Armando - Filha, você tem seios lindos e tem um tamanho perfeito. Você sabe quantas mulheres vão no meu consultório querendo ter o seu tamanho? Se algum dia, o tamanho dos seus seios estiver te causando dor na coluna ou se você achar que estão um pouco caídos, porque a gravidade é cruel pras mulheres, aí a gente conversa, mas no momento não se preocupe com isso. Aliás, falando em seios, seria bom se você e a Sara fizessem uma mamografia. Sua mãe levava vocês pra fazer, mas ela não está mais aqui. Posso levar, mas acho que vocês duas sozinhas dão conta.
Regina - Falando em mamãe, eu falei com ela hoje.
Armando - E como ela está?
Regina - Está muito bem. Você sabia que ela está na Europa?
Armando - Europa?
Regina - Pai, eu queria lhe pedir um negócio.
Armando - O que, filha?
Regina - No meu aniversário de 18 anos, eu não quero festa, mas eu queria fazer um intercâmbio.
Armando - Uau!!! Sério?
Regina - Sério, pai! E gostaria de fazer pra Londres, porque de repente eu consigo ir ver a mamãe. Estou com saudade dela.
Armando - Mas aí você vai ficar uns 6 meses fora. Você nunca ficou tanto tempo assim sem a supervisão de um adulto.
Regina - Pai, eu preciso sair daqui. Eu quero dar uma sumida.
Armando - Mas, filha…
Regina - Não, pai! Está muito difícil e a única coisa que me mantinha mais firme era o Pedrinho.
Armando - E eu? Não sirvo pra nada, não?
Regina - Você trabalha muito, e tem a Andréia ainda…
Armando - Filha, você está em primeiro lugar. Você e Sara.
Regina - Eu sei, pai! Eu sei, mas eu também entendo o seu lado. Você está redescobrindo um novo amor, e não está fazendo muito a função de pai. E está tudo bem. Você merece, depois de tudo que passou, mas eu também mereço um pouco de paz. O clima na escola está horrível. Eu tenho sofrido muito bullying por causa daquela história das minhas fotos vazadas.
Armando - Pensei que tinha acabado, filha!
Regina - Isso nunca acaba, pai. Diminuiu sim, mas acabar…
Armando - Sinto muito, filha!
Regina - Pelo menos assim eu pude descobrir realmente quem são meus amigos, porque tem gente lá que se dizia minha amiga desde criança, mas vó que não era bem assim.
Armando - Não sabia que estava nesse nível, filha.
Regina - Ah, eu tive que escutar muita piadinha, meu nome escrito no banheiro com vários xingamentos, sem falar que a todo momento que eu via duas ou mais pessoas conversando, eu achava que eram de mim que estavam falando.
Armando - Por quê você não falou isso comigo?
Regina - O que você iria fazer, pai? Brigar com cada um deles? Isso só serviu pra me mostrar quem realmente gosta de mim. E são poucos, viu!
Armando - Eu sei que suas notas estão boas, porque conversei com a diretora do colégio. Então, se você quer realmente fazer isso, tudo bem, mas você ainda é menor de idade e teremos que conversar muito ainda antes dessa viagem acontecer.
Regina - Eu queria ir o mais rápido possível, no máximo daqui um mês.
Armando - Eu vou querer ir junto e ficar contigo por lá durante uma semana pelo menos. Isso é inegociável.
Regina - Tudo bem, pai! A gente vê isso com calma. Obrigada, viu! Você é o melhor pai do mundo!
Armando - Eu ficaria mais tranquilo se a Sara fosse contigo, mas ela está estudando muito na faculdade e…
Regina - Estudando?!?!?! Só se for a anatomia do Abel, né pai… Não duvido nada que daqui a pouco você vire avô kkkkkkk
Armando - Era só o que me faltava. Não quero ser avô agora não… Vou bater aqui nessa madeira três vezes…
Nós rimos um pouco e continuamos a falar mais sobre a viagem. Tia Nina também estava pesquisando e isso estava me ajudando a não pensar tanto no Pedrinho. Eu só queria viajar logo e ficar o mais distante disso tudo o mais rápido possível.
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Os dias foram passando e meu filho estava arrasado. A todo custo, ele tentava falar com a Regina, mas ela bloqueou meu filho de todas as formas e nem ao colégio, ela estava indo. Ele me disse que o pai foi conversar com a diretora e que a notícia era que ela estava com pneumonia. E ficaria uns dez dias de repouso.
Os colegas do meu filho perguntavam a ele como ela estava, mas ele não sabia o que dizer, até que Regina começou a apagar várias fotos dos dois nas redes sociais e logo começaram a especular que o namoro tinha chegado ao fim.
Pedrinho estava inconformado, pois não obteve nem mesmo uma chance de se explicar. Ele me pedia para falar com ela, que o nosso relacionamento era muito bom, mas eu dizia pra ele esperar um pouco e dar tempo pra mágoa dela diminuir um pouco. Assim eu também ganhava tempo para resolver o meu casamento com Nikke, e se antes, ela já era uma esposa dedicada, depois do que aconteceu comigo, ela ficou ainda mais atenciosa e amorosa.
Estevão e Dra. Abigail queriam me visitar, mas Nikke não queria isso. Dizia que eu não deveria mexer mais com isso de regressão de memória. Todos os dias eu inventava uma desculpa para não recebê-los e talvez essa fosse uma forma de começar a causar divergências com Nikke, mas mais uma vez ela demonstrou que faria qualquer sacrifício por mim e acabou "deixando" eles me visitarem.
Estevão - Como vai, meu amigo? Estávamos com saudade de você. Lá no centro, muitos perguntam por você e te desejam uma rápida melhora.
Abigail - Está se sentindo bem? Sonhos, pesadelos, alguma confusão mental?
Estevão - Calma, Abigail! Estamos aqui de visita pra conversar com nosso amigo e não para uma consulta.
Abigail - Me desculpe, Pedro. São ossos do ofício. Como tem passado?
Pedro - Estou bem! Minha saúde está cada vez melhor. Estou me cuidando mais. Podem ver que até estou mais magro, a barriga diminuiu e estou mais encorpado.
Estevão - Faz muito bem! Exercícios são muito bons para mantermos a nossa saúde em bom estado.
Nikke - Meu marido está ficando um gatão kkkkkk Estou adorando essa repaginada no visual dele.
Abigail - E em relação à sua memória? Tem tido dores de cabeça?
Pedro - Às vezes tenho enxaquecas terríveis e também perco o foco com certa facilidade, como se eu tivesse desenvolvido déficit de atenção, mas sinto que isso já está melhorando.
Estevão - Tenho certeza que daqui a pouco você retomará sua vida.
Pedro - O Dr. Germano já disse que eu deveria estar saindo mais, e inclusive ir retomando minhas atividades cotidianas.
Abigail - Sua esposa me falou dele. É um excelente médico conceituado. Você está em ótimas mãos.
Nikke - Dr. Germano também me disse que apesar de não acreditar muito em alguns de seus métodos, ele diz que você é uma baita profissional na área da psicologia e hipnose.
Abigail - Ele é um fofo!
Estevão - E há muitos anos atrás já foi muito interessado nela, se me lembro bem…
Pedro - Quer dizer que vocês já tiveram um trelelê?
Abigail - Melhor mudarmos de assunto…
Estevão fez sim com a cabeça disfarçadamente, mas nem tanto, pois ganhou um tapinha no ombro de sua irmã. Todos rimos um pouco e Nikke pediu licença pra pegar um cafezinho pras visitas.
Estevão - Pedro, saiba que estamos aqui pra te ajudar no que for preciso. Se tiver algum problema pode falar.
Pedro - Estou bem! Podem acreditar!
Abigail - E o restante da sua família? Não gosto de comentar sobre a vida de meus pacientes, mas sei que Regina teve um problema com seu filho.
Pedro - Sim, foi um evento muito desagradável, mas sabe como são os adolescentes e às vezes os hormônios falam mais alto.
Estevão - Sim, amigo! Não só os jovens, mas todos nós somos tão bombardeados com tanta sensualidade em várias mídias, que realmente fica complicado lidar com os impulsos do sexo.
Pedro - Deve ter sido o que aconteceu…
Abigail - A coitadinha ficou tão abalada, mas já está melhor. Ela até me pediu pra lhe dar um recado. Disse que queria ir ao seu restaurante e devolver os pertences do seu filho.
Pedro - Que situação chata, né? Eles pareciam tão felizes…
Abigail - De fato, mas quem sabe o tempo não ajuda o reencontro deles?
Estevão - Às vezes Deus escreve certo por linhas tortas, e coisas ruins acontecem pra fortalecer melhor as nossas bases.
Pedro - Será que ela perdoaria uma traição?
Abigail - Talvez sim, talvez não… Vai depender do tamanho do amor deles…
Estevão - O amor cobre uma multidão de pecados. Já dizia o seu xará no capítulo 4, versículo 8 da Bíblia.
Abigail - Ligue pra Regina, que ela vai gostar de falar contigo.
Pedro - Eu adoro a Char, quer dizer, eu adoro a Regina. Espero que ela se recupere o mais rápido possível.
Estevão e Abigail se entreolharam de uma forma esquisita, provavelmente por causa da mancada que eu dei. É melhor consertar isso antes que percebam algo.
Abigail - Ela está indo muito bem… Está até planejando uma viagem pra Europa. Acho isso ótimo pra ela. Conhecer novas pessoas e novos lugares pode mudar a forma de pensar conhecendo novas culturas.
Estevão - Mas, você deveria voltar a trabalhar. Se o Dr. Germano já disse que você pode, acho que deveria.
Pedro - Eu irei tentar. É que às vezes tenho enxaqueca e me deixa muito debilitado.
Quando Nikke voltou da cozinha com uma bandeja com café e biscoitos e canapés, notei que Estevão não tirava os olhos dela. Se eu fosse o Pedro de antes, ficaria incomodado e cheio de ciúmes, mas agora eu era mais contido. Nossa conversa continuou por mais um tempo e Estevão observava toda a movimentação dela. Quando Nikke foi na cozinha pegar mais biscoitos, Estevão continuou a conversa, mas ficou olhando para onde Nikke estava, fitando o vazio, olhando de forma até esquisita. A conversa agora girava mais entre eu, Abigail e Nikke, que tinha voltado da cozinha. Estevão falava muito pouco e só quando era perguntado sobre alguma coisa. Eu não queria ser indelicado com o Estevão, mas ele parecia que estava em outro local. Ele participava cada vez menos da conversa.
Nikke - Eu só queria curtir umas férias, mas no momento é impossível. Só quando a situação voltar aos eixos.
Abigail - Isso tudo vai passar logo.
Pedro - Vocês vindo aqui me animaram um pouco. Acho que amanhã mesmo irei ao restaurante.
Nikke - Sério? Não acredito! Que ótimo, meu amor…
Estevão - PARE COM ISSO!!!!
Todos tomamos um susto com Estevão praticamente gritando. Imediatamente ele ficou com vergonha e sem jeito e Abigail disse que já tinham se demorado muito, e que já estava na hora de ir. Nós nos despedimos, mas antes de Estevão sair ele me disse pra eu sair mais de casa e respirar ar puro. Ficar muito tempo em casa não seria bom nesse momento e também disse pra eu voltar a frequentar o centro. E finalmente, disse pra eu fazer preces antes de dormir, ao despertar e principalmente quando eu sentir enxaqueca. Quando eu fechei a porta, tenho certeza que ouvi Estevão falar com Abigail, que a minha situação era complicada e que se eu não mudasse meus pensamentos, iria sofrer muito por causa dele. Não entendi mais nada, porque eles se afastaram cada vez mais até suas vozes sumirem.
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Uns dias se passaram e eu recebi uma ligação do Pedro, dizendo que recebeu o recado e que já tinha voltado a trabalhar. Fiquei muito feliz por ele, e disse que queria vê-lo pra conversar algumas coisas. Quase perguntei pelo Pedrinho, mas fui forte e não quis saber de nada. Ele também não me falou nada sobre o filho, o que me deixou até curiosa, mas acho que ele foi discreto e se manteve neutro pra não prejudicar mais a situação.
Marcamos para o dia seguinte um encontro no restaurante e eu pedi a ele para não falar nada ao Pedrinho. Eu ainda não queria falar com ele, muito menos vê-lo. Pedro concordou e o restante do dia passou rápido. Realmente fazer as pesquisas e preparar as coisas pra viagem tomavam bastante tempo e eu ocupava a minha cabeça.
Conforme eu fazia as pesquisas e preparativos pra viagem, eu via que meu pai iria tomar uma facada daquelas boas, mas eu queria muito ir e comecei a procurar meios para baratear um pouco essa viagem. Tia Nina e Erick iriam me dar uma boa quantia de dinheiro. Eu não queria aceitar de jeito nenhum, nem meu pai queria permitir isso, mas Nina insistiu dizendo que quando ela mais precisou de ajuda, meu pai ajudou com uma quantia que foi suficiente pra ela se manter e poder levar a gravidez adiante.
Eu baixei o tal do app viber e passei a me comunicar com a minha mãe. Ela disse que me ajudaria também, e que se fosse possível iria me encontrar em algum lugar da Europa, provavelmente na França.
Falando em França, eu estava cada vez mais me interessando pela cultura desse país e pelos pontos turísticos. Eu vou aproveitar e perguntar ao Pedro algumas dicas de lugares e o que fazer por lá.
No dia seguinte, fui ao restaurante Le Crepe Suzete falar com o Pedro. Levei duas caixas de sapato com várias coisinhas que o Pedrinho me deu durante o namoro. Não queria ter nenhum tipo de lembrança dele, e eu sei que isso pode parecer muito radical, mas eu realmente estava magoada e decidi virar a página deste capítulo da minha vida.
Quando eu entrei no restaurante, me deu uma saudade e senti meu coração bater mais rápido. Tive boas lembranças aqui e isso estava me fazendo desmoronar por dentro. A recepcionista já havia sido informada que eu viria, e me acompanhou até o escritório do Pedro. Fui passando pelo salão e todas as mesas estavam ocupadas. Eu juro que podia ouvir as pessoas pensando em como a comida era boa. O cheiro estava incrível e foi me dando uma fome…
A recepcionista bateu na porta e Pedro disse que podia entrar e eu entrei. Quando eu o vi, eu não sei o que aconteceu comigo. Minhas pernas bambearam um pouco e eu cheguei a vacilar na troca de passos e quase tropecei. Nem parecia o Pedro que eu conheço. Seu cabelo era bem curtinho anteriormente e ele tinha um cavanhaque de homem safado, mas agora ele estava de cara limpa sem nenhuma barba ou bigode. Seus cabelos estavam um pouco maior, cobrindo as orelhas. Era visível que estava mais magro e seus olhos azuis agora me encaravam de tal maneira, que eu tive que desviar, pois pareceu-me penetrar a minha alma. Acho até que fiquei meio corada. O que será que está acontecendo comigo?
Pedro - Regina, minha querida, quantas saudades?
Ele veio em minha direção já abraçando, e aquele cheiro me deixou um pouco tonta. Senti minhas pernas bambearam de novo. Eu tenho que sair daqui…
Pedro - O que houve, Regina? Você está tremendo e seu coração está batendo tão forte…
Ele botou a mão um pouco acima do meu peito para sentir melhor. Se antes eu tinha dúvida que eu estava corada, agora eu tinha certeza, pois eu senti o meu rosto queimando. Me afastei dele e entreguei as caixas colocando elas entre nós dois. Aproveitei esse momento para poder me sentar.
Pedro - O que é isso?
Regina - São todas as coisas que seu filho me deu durante o namoro.
Pedro - Ah… Sinto muito por tudo isso, Regina. Sei que você deve estar arrasada, porque o Pedrinho também está.
Regina - Eu estou bem! Tenho certeza que ele deve estar bem, porque ele me pareceu muito bem na última vez que eu o vi.
Pedro - Peço desculpas pelo meu filho. Não sei o que deu nele pra fazer isso, enfim, não quero me meter.
Regina - Você conhece aquela mulher?
Pedro - Na verdade, só de vista. Ela foi fazer uma entrevista de emprego pra trabalhar aqui. E eu achei que ela tinha ido embora, porque depois que a entrevista acabou, eu comecei a ter enxaqueca e fui tomar banho.
Regina - Mas você não ouviu eles transando?
Pedro - Não ouvi. Eu fui deitar um pouco por causa da enxaqueca e depois fui tomar banho.
Regina - É muito estranho isso…
Pedro - O que?
Regina - Nada não… Achei que ele gostasse de mim. Ele dizia que me amava.
Comecei a chorar e Pedro sentou-se ao meu lado no sofá. Ele me abraçou e disse que tudo ia ficar bem, que eu não me preocupasse e as coisas aos poucos iriam se ajeitar. Ele então se levantou e foi até sua mesa e pegou uma caixinha.
Pedro - Você me deu duas caixas e eu te dou essa caixinha.
Regina - O que é isso?
Pedro - É um presente.
Regina - Mas nem é meu aniversário…
Pedro - E precisa ser aniversário para presentear alguém?
Regina - Com certeza não, mas algum motivo deve ter.
Pedro - O motivo é que eu gosto muito de você.
Fui abrindo a caixinha e fiquei admirada com o presente que ele me deu. Era uma pulseirinha de pérolas e tinha um negócio escrito no local onde era o fecho. Dizia mon petit, que significava minha pequena. Fiquei olhando aquelas lindas pérolas, como se eu estivesse hipnotizada, até que a voz dele quebrou o silêncio.
Pedro - Gostou?
Regina - É linda, mas isso deve ser muito caro. Não posso aceitar.
Pedro - Não faça essa desfeita. Deixe eu colocar pra você.
Ele pegou a pulseira e depois pegou na minha mão. Sua mão era quente e acho que comecei a suar frio, e quando ele colocou em mim, fiquei olhando a pulseira admirada com a beleza dela. Me levantei para agradecer e lhe dar um abraço. Disse obrigada e em seguida nos abraçamos. Era um abraço forte. Muito forte. Eu queria que ele me soltasse, porque eu não tinha forças para soltar. Aquele abraço caloroso estava me deixando novamente com as pernas bambas. Eu afastei um pouco a minha cabeça e ele fez o mesmo. Disse obrigada mais uma vez, olhando aqueles olhos azuis profundos. Depois olhei sua boca e olhei novamente seus olhos, que não paravam de me encarar. O que está acontecendo comigo? Senti seu perfume inebriante ainda mais forte, até que eu fiz algo impensável.
Nossos lábios se tocaram, e eu senti meu mundo desabar. Isso era errado. Um homem casado, pai do meu namorado, quer dizer, ex-namorado e eu aqui trocando um beijo de língua super apaixonado. O que está acontecendo?
O beijo não acabava nunca e eu acho que eu nem queria que acabasse. Meu Deus, o que estou fazendo? Pare agora com isso, Regina? Eu ficava repetindo isso pra mim mesma, mas meu corpo não obedecia. Senti um frio na barriga e um calor na minha bucetinha. Eu com certeza fiquei maluca. Só pode ser isso…
Eu juro que se esse beijo durasse mais alguns segundos, eu não responderia por mim… De repente eu senti suas mãos em minha bunda me apertando ainda mais ao seu corpo e pude sentir que ele estava duro. Quando eu senti isso, foi como se eu tomasse uma porrada na cabeça que me tirou desse estado de torpor e eu consegui me soltar dele.
Regina - Me desculpa! Não sei o que aconteceu! Me desculpa, por favor!
Pedro - Eu que peço desculpas! Não era a minha intenção fazer isso…
Regina - Eu sei, eu sei. Fui eu quem começou.
Pedro - Mas eu continuei…
Regina - É melhor eu ir embora.
Pedro - Por favor, não vá embora assim! Vamos conversar um pouco.
Regina - Eu tenho que ir embora. Se eu ficar aqui, não sei…
Pedro - Calma, Regina! Se acalme, e vamos conversar.
Regina - Aquilo foi errado! Muito errado!
Pedro - Eu preciso te dizer uma coisa.
Regina - É melhor eu ir embora. Tchau, Pedro!
Abri a porta e saí dali o mais rápido possível. Fui andando pelo restaurante e quase esbarro num garçom e causo um acidente. Pedi um Uber, e por sorte ele estava perto. Não demoraria mais que dois minutos. Eu fiquei olhando pra dentro do restaurante, pra ver se ele estava vindo. Eu queria que ele viesse atrás de mim. Eu devo estar ficando louca. Só pode ser isso.
O Uber chegou e entrei logo, antes que algo acontecesse. Eu estava meio aérea, olhando pra pulseira, me lembrando do beijo, e senti novamente um calor tomar conta de mim. Inconscientemente minha mão foi parar na minha bucetinha e eu notei que eu estava molhadinha. Isso não pode acontecer! Não pode acontecer!
Eu queria chegar logo em minha casa, e por uma dessas coincidências, não peguei muito trânsito e rapidamente cheguei em casa. Fui direto pro banheiro tomar um banho pra ver se eu apagava esse fogo. Comecei a me lavar e me ensaboar, mas eu fui lembrando do beijo, e fui lembrando do abraço, do perfume e lá estava eu me tocando.
Nunca fui de fazer isso, mas meu corpo pedia esse toque. Meus dedos tocavam minha buceta numa siririca intensa e minha outra mão alisava meus seios. Meus mamilos ficaram durinhos e eu dava leves apertões, aumentando ainda mais o meu tesão. Acabei gozando e fiquei sem forças. Minhas pernas bambearam e eu acabei me sentando no chão do box. Achei que agora eu finalmente iria me acabar, mas os meus mamilos ainda estava muito durinhos. Foi só eu encostar novamente com um leve aperto e tudo começou de novo. Meu corpo queria mais.
Eu ali sentada, quase deitada no chão do box, esfregando meu clitóris durinho e enfiando um dedinho na minha bucetinha bem de leve. Apertei com força meu seio e estiquei minha cabeça e fiz uma coisa que eu nunca fiz. Passei a minha língua no meu mamilo e tentei chupar um pouquinho. Minha mente viajou, e logo em seguida imaginei a boca que havia me beijado minutos atrás fazendo isso nos meus seios. Era loucura! Eu sei disso. Loucura total! Tive outro orgasmo mais intenso que o primeiro e dessa vez fiquei sem forças.
Eu estava relaxada. Parecia que eu estava sonhando ou que eu estava em outro mundo. Quando escuto a porta do banheiro bater e meu pai perguntando se estava tudo bem. Dei um pulo e voltei à realidade na mesma hora. Nem sei como eu tive forças pra levantar tão rápido.
Saí do banheiro, enrolada na toalha, com o rosto bem vermelho e meu pai me disse que se eu tivesse ficado mais cinco segundos no banho iria acabar a água do planeta e que eu tinha ficado mais de uma hora no banho.
Peguei meu celular e nem acreditei quando vi a hora, mas o que me deixou admirada mesmo foi quando eu vi que tinha notificação de cinco mensagens. Todas eram do Pedro.
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Eu estava nas nuvens. Que beijo gostoso! Gostaria que tivesse durado mais tempo, mas sei que agora eu tenho uma chance. A pequena gosta de mim. Senti isso mais forte do que nunca. Espero que ela não tenha se arrependido do beijo, mas acho que apertar sua bunda foi um pouco demais.
Não pude me controlar. Sentir aqueles seios firmes pressionando o meu peito fez o meu pau ficar duro. Ficou tão duro que eu tenho certeza que ela também sentiu. Não vejo a hora de reencontrar você, minha pequena Charlotte. Dessa vez nada vai nos separar. Eu juro por Deus.
Fiquei sentado no sofá, pensando nela e me lembrando do beijo. Peguei o celular e comecei a mandar uma mensagem pra Regina, mas no meio da mensagem eu apagava tudo. Fiz isso diversas vezes, até que eu escrevi isso.
Pedro - Oi, Regina. Eu tenho tanto pra lhe falar, mas nem sei como começar. Você deve achar que eu sou um canalha por ter se aproveitado de um momento em que você estava carente e confusa.
Deve pensar que sou um marido safado e um pai desleal, mas a verdade é que eu sinto algo especial por você.
Eu sei que você sente isso também, porque o que aconteceu com a gente hoje foi mágico. As coisas aconteceram tão naturalmente, que eu não me arrependo de ter acontecido.
Sei que deve estar passando um milhão de coisas pela sua cabeça, mas saiba que eu não irei faltar com o respeito e ficar te importunando.
Eu tenho uma esposa e uma família, mas te peço que não faça nenhuma loucura e que me espere um pouco. Eu irei resolver algumas coisas na minha vida e depois disso vou te encontrar novamente para termos mais uma conversa.
Reli várias vezes e enviei. Não sabia o que esperar e por isso não fiquei esperando. Segui a vida lidando com o meu cotidiano até chegar a hora de ir embora e voltar pra casa. Peguei o celular e vi que ela visualizou as minhas mensagens, mas não respondeu nada. Voltei pra casa de Uber, porque Nikke ainda não me deixava dirigir e quando eu cheguei em casa, ouvi uma confusão e vi que Nikke estava discutindo com Pedrinho e Joana, mas quando entrei em casa, eles simplesmente pararam de discutir e ficaram fingindo que nada tinha acontecido.
Entreguei as duas caixas ao Pedro, que me perguntou o que era e disse que Regina tinha mandado pra ele. Ele abriu a caixa todo alegre, cheio de esperança, mas quando vou do que se tratava, seus olhos ficaram cheios d'água e ele começou a chorar.
Minha esposa foi abraçá-lo, mas ele não quis e quase empurrou a própria mãe.
Nikke - Que isso, meu filho? Se acalme!
Pedrinho - Você não me entende!
Nikke - Eu te entendo muito mais do que você imagina, meu filho.
Pedrinho - Pensando bem, deve entender mesmo. Eu traí a garota que eu amo e até agora não consegui entender. Não consegui nem me explicar, mas você se deu bem. Conseguiu até se casar depois do que fez…
Joana - Pedrinho, você está maluco!
Pedrinho - Eu cansei de viver nessa mentira que é nossa família. Cansei de ver o meu pai sendo feito de trouxa.
Nikke - Pedrinho, agora não é o momento.
Pedrinho - E quando vai ser? Quando ele morrer e não precisar mais saber?
Pedro - O que está acontecendo?
Joana - Nada pai. O Pedrinho está surtado. Ele está apaixonado ainda pela Regina e não está sabendo lidar com isso.
Pedrinho - Você foi se encontrar com ela e não me disse nada. Você sabia que eu queria falar com ela.
Pedro - Mas ela não queria e me pediu pra não te falar que iríamos nos encontrar. Sinto muito, filho…
Pedrinho - Sente nada…
Ele saiu da sala e foi para o quarto. Nem levou as caixas que eu trouxe pra ele.
Pedro - Nikke, o que está acontecendo? Por que o Pedrinho disse aquilo?
Joana - É melhor eu deixar vocês dois sozinhos. Tchau, tchau.,.
Minha filha também sai de sala e agora estamos só eu e minha esposa frente a frente. Ela estava apreensiva e esfregando as mãos. Perguntei novamente o que significava aquilo e ela me disse que iria contar.
Nikke - Pedro, antes de você ir para o hospital, eu te disse que nunca o traí, mas eu não fui totalmente sincera contigo.
Pedro - Você então me traiu?
Nikke - Sim, me desculpe, meu amor. Eu era muito nova e fraca. Você estava se matando de trabalhar e quase não parava em casa. Diversas vezes eu achava que nosso namoro não iria dar certo, mas eu te amava tanto e você me amava tanto, que a gente conseguia fazer dar certo.
Pedro - Parece que não deu tão certo, né?
Nikke - Eu traí você duas vezes. A traição do meu corpo foi sofrida pra mim. Eu juro que não queria ter feito, mas não tive escolha.
Pedro - Vai jurar de novo? Não sei se consigo mais acreditar no que você fala.
Nikke - Antes de nos conhecermos, eu namorava um cara mais velho. Bem mais velho, por sinal e que era muito rico e influente.
Pedro - Ele te ameaçou? Botou uma arma na sua cabeça?
Nikke - Antes fosse… Ele ameaçou fazer mal a você, mon amour. Ele era meio mafioso e muitos diziam que ele mandava matar quem atrapalhasse ele.
Pedro - Ele disse que ia me matar?
Nikke - Disse que ia dar um jeito em você. Por isso eu tive que me deitar com ele e foi horrível. Ele queria me humilhar e que.eu fosse mais uma de seu harém. Ele tinha várias mulheres que faziam tudo que ele mandava. Foi humilhante o que ele fez comigo, mas eu disse que nunca seria dele e que meu coração pertencia a você. Então ele disse que tudo bem, o coração poderia ser do corno, mas a buceta e o cu seriam dele quando ele quisesse.
Pedro - Você só pode estar de brincadeira…
Nikke - Ele queria ser meu amante e fazer de você um corno. Eu disse que jamais faria isso e então eu traí você mais uma vez e essa sim foi a pior das tradições e todas as noites antes de dormir eu peço perdão a Deus pelo que eu fiz.
Pedro - O que você fez?
Nikke - Eu fiz você desistir do seu sonho de abrir um restaurante na França. Eu engravidei da Joana e convenci você a voltar para o Brasil, primeiro pelos motivos financeiros e depois porque seria complicado juntar dinheiro para abrir um restaurante junto com as despesas de se ter um filho. Aqui no Brasil, com o dinheiro menos valorizado, teríamos uma chance maior de sucesso. Por fim, eu ainda fiz uma chantagem emocional dizendo que eu queria que a minha filha nascesse no Brasil, igual a mim e a minha mãe.
Pedro - Por quê você fez isso, Nikke?
Nikke - Ele disse que você nunca conseguiria abrir um restaurante lá e que você nem conseguiria trabalhar num restaurante. Não arrumaria vaga nem pra lavar os pratos… Ele iria te pôr numa lista negra e isso eu não poderia permitir. Por isso eu engravidei.
Pedro - E a Joana é minha filha mesmo?
Nikke - Sim, meu amor. Se tiver dúvidas podemos fazer exame de DNA. Joana e Pedrinho são seus e meus.
Pedro - Nikke, eu te perguntei um milhão de vezes se você tinha me traído com meu pai ou com outra pessoa.
Nikke - Eu não te traí com seu pai. Ele tentou muitas vezes me chantagear, porque para o meu azar ele acabou sabendo dessa história pela minha mãe na época que tiveram um caso. Ela era a única que sabia dessa história e, aliás, foi dela a idéia de engravidar. Ela achava que isso prendia o homem, tanto que ela tentou fazer isso com seu pai, mas ele não aceitou separar-se da sua mãe.
Era a desculpa que eu precisava pra terminar o meu casamento e ficar com a Regina, mas ao mesmo tempo eu fiquei com muita pena dela, pois de certa forma ela fez isso pra me proteger. Eu estava numa encruzilhada e eu sabia o que tinha que fazer, mas será que era o mais certo a se fazer?
Pedro - Nikke, estou muito puto com essa história. Você me enganou várias vezes e ainda usou a Joana pra isso.
Nikke - Eu sei que foi errado, mas eu não sabia o que fazer.
Pedro - Você deveria ter me contado a verdade e juntos iríamos decidir o que seria melhor pra nós dois.
Nikke - Me perdoe, Pedro! Me perdoe!
Ela veio em minha direção pra me abraçar e eu fiquei parado sem fazer nada. Ela me beijava e me pedia perdão, até que se ajoelhou aos meus pés e continuou me pedindo perdão. Sei que isso era humilhante pra ela, mas isso foi me dando uma sensação de poder que eu não sei explicar. Parece que uma chave virou na minha cabeça, e eu comecei a ter pensamentos estranhos de dominação e eu simplesmente quis usá-la como objeto sexual. Abri o zíper da minha calça e botei meu pau pra fora. Quando Nikke escutou o barulho do zíper, olhou pra cima não acreditando no que eu fiz.
Ela veio ávida com a boca em meu pau e eu desabotoei o botão da calça e a baixei.
Nikke - Pedro, estamos na sala! Nossos filhos podem aparecer de repente. Vamos pro quarto…
Pedro - Eu quero aqui. Esta casa é minha e eu quero fazer o que eu quiser, onde eu tiver vontade. Agora chupa essa piroca, que eu sei que você adora isso!
Nikke voltou a me chupar com muita vontade e eu segurei em sua cabeça e fiz com que olhasse pra mim. Ela estava chorando, mas estava feliz. Joana apareceu na sala repentinamente e me viu segurando a cabeça da mãe comandando a velocidade do boquete.
Joana - Que horror fazer isso na sala! Vocês tem um quarto!
Nikke se assustou e ia parar, mas eu não permiti e continuei segurando a cabeça dela, ditando a velocidade do boquete.
Pedro - Estou na minha casa. Se não gostou, pode voltar pra casa da sua tia.
Joana - Que isso, pai? Nem parece você falando…
Pedro - Volta pro teu quarto, ou fica calada em algum canto observando se quiser. Quem sabe aprende alguma coisa com a sua mãe?
Joana - Não estou acreditando nisso! Pai, um Beta nunca vai virar um Alpha…
Joana voltou para o quarto, mas tenho certeza que pude ver um leve sorriso em seus lábios. Nikke parou um segundo pra respirar e me perguntou o que tinha acontecido e quem eu era. Não respondi. Só peguei sua cabeça e coloquei de volta para chupar o meu pau. Ficamos assim, até eu gozar e dessa vez não fomos interrompidos.
Quando ela terminou de engolir tudo, eu levantei minhas calças e a deixei ali ajoelhada no chão e fui em direção do nosso quarto, mas antes de entrar eu falei o seguinte.
Pedro - Daqui umas semanas vou pra França. Quero ir sozinho e tenho muito o que pensar. Não sei se ficaremos juntos quando eu voltar, mas eu preciso desse tempo pra pensar.
Nikke - Não faça isso, mon amour! Deixe-me ir contigo!
Pedro - Eu quero ir só. Irei na conferência de Chefs. Alguns dias atrás eu liguei, e ficaram muito animados quando eu disse que iria. Eles até já tinham feito esse encontro, mas decidiram fazer novamente porque agora o meu caso de superação serve também como força motivacional.
Nikke - Estou feliz por você, meu amor!
Pedro - Quando eu voltar a gente conversa, ou você poderia me visitar talvez… A gente vê isso depois.
Nikke - O que eu tenho que fazer pra você não me deixar? Pode me pedir qualquer coisa. Peça que eu faço.
Pedro - Você consegue voltar no tempo?
Nikke baixou a cabeça e ficou chorando na sala. Eu entrei pro quarto e finalmente estava livre pra viver o meu amor com a minha pequena.