Eu levei um susto ao ver Layla ali na minha frente. Eu ainda não tinha entendido o que ela estava fazendo ali.
Karla— O que você está fazendo aqui, Layla?
Layla— Vim começar meu estágio, igual a você. 🤭
Karla— Mas você não disse que ia fazer o estágio onde seu pai trabalha?
Layla— Sim, eu vou. Kkk.
Nesse momento, olhei para o diretor, que deu um leve sorriso. Aí reparei nos olhos dele, azuis iguais os de Layla, e a aparência era um pouco parecida. Aí eu entendi tudo.
Karla— Acho que já entendi tudo, mas por que você não falou nada?
Layla— Eu queria fazer uma surpresa. 🤭
Karla— Odeio surpresas, mas essa, pelo menos, foi boa. 🤭
O pai de Layla, que era o diretor da empresa, pediu para eu me sentar porque precisava falar com nós duas. Seu nome era César. Assim que eu sentei, ele pediu para a gente prestar muita atenção no que ele iria dizer, porque o assunto era sério.
César— Como eu já falei com vocês, a empresa está buscando gente nova para dar uma reformulada no pessoal. Vocês duas foram escolhidas por causa do bom desempenho de vocês na faculdade. Agora queremos que vocês provem aqui que são realmente as melhores. No início, vocês vão trabalhar com arquitetos que já estão aqui há muito tempo.
Sinceramente, acho que isso não vai acrescentar muito na carreira de vocês, mas observem eles. Se pedirem ajuda, ajudem-nos; se não pedirem, não dê palpite. Tenham paciência, que isso vai ser só nos primeiros meses. Depois, vocês terão a chance de mostrar o trabalho de vocês. Então, foquem nisso, e qualquer coisa, podem vir falar comigo.
Karla, essa empresa passou por alguns problemas. Eu pedi para Layla te contar tudo depois, já que ela me disse que, além de estudarem juntas, são amigas. Mas já te adianto: não assine nada, nenhum papel ou documento, sem que seja na minha sala.
Bom, eu desejo todo o sucesso do mundo para vocês aqui, e mais uma vez peço que tenham paciência no início, que vai valer a pena depois.
Agora vocês podem ir, que minha secretária vai levar vocês até a sala onde vocês vão trabalhar.
Eu achei algumas coisas que ele falou meio estranhas, mas não questionei. Só agradeci. Eu e Layla nos despedimos do seu pai e saímos. Falamos com a secretária, que nos deixou em salas separadas.
O arquiteto com quem eu iria trabalhar nem me cumprimentou direito. Eu me sentei na mesa e fiquei ali sem saber o que fazer. O arquiteto fingia que eu não estava ali. Resultado: passei o resto do dia trocando mensagens com Layla, que falou que estava passando por uma situação bem parecida.
Graças a Deus, chegou a hora de ir para casa. Encontrei Layla no corredor, descemos pelo elevador e ela me ofereceu carona. A gente foi conversando sobre aquela situação chata de ficar ali paradas sem ajudar em nada. Layla disse que o arquiteto com quem ela ficou às vezes pedia para ela pegar algumas coisas, mas ela tinha quase certeza de que ele só fazia isso para ficar olhando a bunda dela.
Eu perguntei a Layla sobre os problemas que o pai dela tinha falado que ela iria me contar, e ela disse que me contaria na minha casa.
Assim que chegamos, fui falar com Lúcia. Perguntei por Sophia e ela disse que estava no quarto com minha mãe vendo desenho. Eu falei para Lúcia que ela podia ir para casa se quisesse. Me despedi de Lúcia e levei Layla para meu quarto. Enviei uma mensagem para minha mãe avisando que eu já tinha chegado e que Lúcia já tinha ido para casa. Expliquei que estava no quarto com Layla conversando sobre um assunto sério relacionado ao estágio e pedi para ela ficar mais um pouco com Sophia. Eu iria até o quarto falar com elas.
Nem esperei a resposta da minha mãe e falei para Layla que ela podia começar a falar.
Layla— A empresa em que estamos trabalhando, na verdade, são duas: uma de arquitetura e uma de engenharia. Meu pai trabalha nela há 5 anos. Ele me contou que, depois de 2 anos trabalhando lá, explodiu um monte de notícias na imprensa, que a empresa estava envolvida em vários projetos do governo há muitos anos e que a maioria desses projetos tinha irregularidades graves, que eram projetos superfaturados.
Bom, isso levou a uma investigação pelo Ministério Público do estado, mas a investigação, por algum motivo, não deu em nada. Meu pai disse que tudo que a imprensa falou era verdade, que ele sabia de muita coisa errada que acontecia lá e até tentou ajudar nas investigações, mas não adiantou. As investigações pararam e, do nada, ele foi demitido.
Ele disse que nem ligou porque iria mesmo pedir demissão, já que não estava de acordo com o que a empresa e os colegas de trabalho faziam. Aí meu pai abriu uma pequena empresa para ele. Depois de algum tempo, ele recebeu uma ligação da secretária do dono pedindo para ele retornar à empresa, mas como chefe da nova diretoria. Ele teria carta branca para reestruturar a empresa e tomar suas decisões.
Meu pai sempre gostou de desafios, então ele aceitou com a condição de ter em contrato tudo que o dono disse que ele poderia fazer. Sua condição foi aceita. Bom, a diretoria foi mudada, meu pai despediu a maioria dos antigos funcionários e contratou novos. Mas 4 arquitetos e 2 engenheiros tinham uma multa muito alta no contrato, então meu pai preferiu esperar o contrato deles vencer para se livrar deles. Os dois últimos são os que a gente está trabalhando.
Karla— Caramba, que babado! Mas por que seu pai colocou a gente justo com esses dois?
Layla— Porque eu sou da confiança dele e falei que você era confiável também. Ele não te disse, mas pediu para eu te falar para você ficar de olho no arquiteto e, se ver algo estranho, para falar com ele.
Karla— Resumindo, ele nos colocou de espiãs?
Layla— Sim, mas não é só isso. Ele disse para nós duas começarmos a desenvolver projetos durante esse tempo. Não precisa ficar sentadas sem fazer nada. Naquelas salas tem tudo que a gente precisa e temos autorização para usar.
Karla— Isso é legal, vou fazer isso sim.
Layla— Ele falou que, no meio do ano, os dois estarão fora e vai deixar a vaga dos dois para nós duas, mas para isso teremos que fazer por merecer.
Karla— Muito justo. Agora eu animei com esse estágio novamente!
Layla— Estamos praticamente contratadas, só não podemos fazer besteira.
Eu concordei com ela. Era uma ótima oportunidade para nós duas e para nossas carreiras. Layla disse que precisava ir. Eu a levei até o portão e depois fui ver minha filha.
Comentei com minha mãe sobre tudo que tinha acontecido. Ela disse que meu pai já tinha comentado sobre isso com ela, mas como na época não estava trabalhando, não deu muita importância e não lembra direito do caso.
No outro dia, fui para a faculdade e depois para o estágio, dessa vez de carona. Layla se ofereceu para me levar e buscar todos os dias. Ela não teria que mudar muito seu trajeto, então aceitei.
No estágio, mais uma vez o arquiteto me ignorou na sala, mas dessa vez não fiquei parada. Resolvi passar para o papel algumas ideias que eu tinha para projetos de arquitetura. Quando comecei a desenhar, o arquiteto me notou, mas não falou nada. Ele fechou a cara e saiu da sala. Depois de 15 minutos, voltou com a cara mais feia ainda, com certeza foi reclamar com o César e quebrou a cara.
Daquele dia em diante, eu passei a ignorá-lo.
Dali para frente, eu foquei nos meus estudos e em meus projetos. César indicou um engenheiro para eu consultar caso precisasse. O pessoal da engenharia ficava no andar abaixo do nosso. Os dias foram passando, tudo corria muito bem. Saí um final de semana e acabei dormindo no apartamento da Layla com ela, porque inventei de acompanhá-la em umas doses de tequila e fiquei bêbada. Layla até hoje ri da minha cara por causa disso.
As férias do meio do ano chegaram. Eu tinha me saído muito bem nas provas, tive ideias ótimas para projetos e tinha passado algumas para o papel. Em casa, tudo ia muito bem. Minha filha estava cada dia maior, mais bonita e dando mais trabalho. Meu coração estava em paz, não tinha mais nenhum resquício do amor que eu sentia por Gustavo.
Minha amizade com Layla era a cereja do bolo. Eu amava aquela loira, a gente se dava muito bem, se divertia muito juntas. Ela foi uma ótima surpresa na minha vida. Eu tinha 20 dias de folga do estágio e o melhor é que, quando eu voltasse, o idiota do arquiteto não estaria mais na empresa. Quem sabe eu até não ficaria com a sala dele só para mim? Seria um sonho!
No final de semana, César convidou eu e Layla para almoçar na casa dele no domingo e depois curtir a piscina. Eu, claro, aceitei. Primeiro, porque não é bom recusar um convite do chefe; segundo, porque passar o dia com Layla na casa dos pais dela me pareceu um ótimo programa para o final de semana.
O almoço estava ótimo. Conheci a mãe de Layla, seu nome era Leila, uma loira muito bonita, por sinal. Descobri de onde Layla puxou tanta beleza.
Depois do almoço, tivemos um papo bem descontraído e, em seguida, fomos para a piscina. Eu fui de biquíni por baixo da roupa, então não demorei para me trocar. Cheguei e me sentei em uma cadeira de praia à beira da piscina. Layla não levou biquíni; ela ainda tinha seu quarto na casa e algumas roupas também. A maioria dos biquínis dela tinha ficado ali, já que era onde mais os usava.
Quando Layla chegou, ela passou por mim e me chamou para cair na água. Quando eu olhei, ela estava com um biquíni que, de costas, não se via praticamente nada na bunda dela. Eu sabia que o corpo dela era bonito, mas nunca tinha visto ela de biquíni ou roupa íntima.
Nossa, que espetáculo era aquele corpo! Ela pulou de ponta na piscina e só saiu do outro lado. A piscina não era grande, então eu pude ver ela perfeitamente saindo da piscina e subindo na outra beirada. Eu não sei por que, mas a cena foi ficando em câmera lenta. Nossa, ela estava muito gostosa, e eu fui viajando no corpo dela saindo da piscina, com a água escorrendo sobre ele. Naquele momento, percebi que não era só o corpo dela que estava molhado.
Eu senti minha menina umedecer entre minhas pernas, um calor tomar conta do meu corpo, os bicos dos meus seios estavam rígidos, minha garganta seca.
Não, isso não pode ser! Eu estava com tesão no corpo da minha amiga, e não era pouco, não!
Continua…
Criação: Forrest_gump
Revisão: Whisper