Um bom rapaz - Ajudando o vizinho engessado (Parte 1)

Um conto erótico de Heitor
Categoria: Gay
Contém 1565 palavras
Data: 26/10/2023 03:07:07
Última revisão: 26/10/2023 03:25:38

Olá, leitores!

Este será o meu primeiro conto escrito e publicado diretamente através do casa dos contos. Acompanho alguns tópicos já tem alguns anos e como recentemente eu senti a vontade de praticar a minha escrita, decidi experimentar essa prática através dos contos eróticos.

Não sei se ficará muito longo (ou bom) mas espero que vocês curtam e comentem para que eu saiba como estou indo. Todo comentário construtivo será muito bem vindo.

Sabe aquele dia em que o marasmo parece que vai te consumir? Naquela tarde ensolarada mas monótona em que nada acontece e você não tem a energia de pensar em nada interessante para fazer? Eu estava me sentindo exatamente assim.

Era fevereiro, eu tinha acabado de fazer dezoito anos e já estava formado no ensino médio, e após um ano me dedicando ao cursinho, estava apenas esperando os resultados dos vestibulares para decidir o que fazer da minha vida. Como a maioria dos cursos em que me inscrevi ficava em cidades longe da minha cidade Natal, não fazia sentido eu procurar um emprego agora, já que eu provavelmente teria que me mudar quando o curso começasse, então eu estava ocioso na casa dos meus pais.

No começo foi bom, o sossego era merecido. Mas eu já tinha descansado demais. E, pra ajudar, a maioria dos meus amigos já estava trabalhando, então durante a semana eu não tinha muita companhia. Bom, não até certo ocorrido quebrar a minha rotina.

Eu moro num condomínio de apartamentos em uma área tranquila da cidade, naquele tipo de prédio em que todos os moradores estavam aqui há muito tempo, então todos se conheciam. Cresci com vários amigos e muitos me viram crescer. Sempre fui um rapaz muito educado e simpático, não dei nenhum trabalho quando criança, logo todos nutriam certo carinho por mim e me viam como um ótimo rapaz.

Um dos meus vizinhos é um solteirão muito educado que sempre conversou comigo e com meus pais quando nos víamos pelo pátio, estacionamento e corredores do prédio.

Seu nome era Paulo. Ele tem dois filhos mas como são adultos e já casados, não moram mais aqui no condomínio há anos. Seu Paulo, como eu o chamava, já namorou algumas mulheres que trouxe para cá mas nada que tenha durado muito tempo. Como era aposentado, Paulo tinha muito tempo de sobra também e recentemente decidiu começar a pedalar pelo parque que fica bem perto de onde moramos.

Acontece que essa semana o Paulo acabou se acidentando ao tentar pedalar por uma parte da faixa de ciclistas que estava em obra. Na queda, ele acabou quebrando um braço e trincando o pulso do outro braço. A bicicleta também não ficou em bom estado.

A irmã de Paulo, Cassandra, também conhecida por todos no prédio, foi buscá-lo no hospital e ajudou ele a voltar pra casa. Entretanto, ela não poderia ficar por aqui e ajudar ele durante esse período em que ele ficaria engessado porque ela era arquiteta e tinha uma importante obra em andamento. Os filhos de Paulo também não poderiam voltar pra cá por conta do trabalho mas se ofereceram a pagar por uma enfermeira que acompanhasse seu pai durante esse momento de necessidade. Porém, esse tipo de serviço particular não era tão comum em uma cidade pequena como a nossa, e a enfermeira que eles conseguiram contratar só chegaria na semana que vem, e é aí que nossa história começa.

Como eu disse, todos no prédio se conheciam e conversavam frequentemente, então muitos sabiam da minha situação e acompanharam minha etapa de vestibulando, então eles sabiam que eu estava "desocupado" até que os resultados fossem divulgados. A Cassandra veio até nossa casa e me perguntou se eu poderia quebrar esse galhão para o Paulo só até a enfermeira chegar, e é claro que eu não neguei, já que Paulo sempre foi muito legal comigo. Meus pais concordaram e até acharam bom que eu estaria me ocupando durante esse período e por uma boa razão. Eu só não tinha pensado muito em tudo o que essa ajuda minha acabaria incluindo...

Só fui me tocar que essa ajuda envolveria auxiliar ele não só em coisas simples como se trocar e amarrar um cadarço, como também ajudar no banho e até ir ao banheiro. Fiquei nervoso. Eu me entendia como bissexual pois sentia atração não só por mulheres, mas como sempre foquei nos meus estudos nunca tive uma experiência sexual real com nenhum dos dois, então seria o meu primeiro contato com o corpo pelado de outra pessoa e eu não sabia exatamente como eu iria me sentir.

Chegando na casa de Paulo, tentei quebrar o gelo de alguma maneira para não demonstrar que eu estava meio nervoso:

-- Cara, você se mete em cada uma que eu vou te contar, viu?

-- Nem me fala, Totô, nem me fala - ele disse enquanto ria da própria situação. - Imagine só, eu, no auge dos meus sessenta e dois anos, inventar de sair por aí pedalando como se tivesse trinta! Deu no que deu, agora tô aqui nessa situação vergonhosa, precisando de ajuda até pra comer! Se não fosse você...

-- Que isso, seu Paulo! Esse é o lado bom de ter vizinho, nem sempre você vai precisar passar pelas coisas sozinho. E eu sei que se a situação fosse contrária o senhor também me ajudaria.

-- Com certeza, Totô, com certeza.

Passamos a tarde batendo papo, ele na poltrona, eu no sofá. Estávamos vendo TV quando ele me disse:

--Heitor, eu preciso ir ao banheiro, será que você pode...

--Claro, vamos lá...

Eu o ajudei a levantar segurando embaixo dos seus braços e juntos fomos até o banheiro. Um silêncio constrangedor tomou conta daqueles poucos metros quadrados quando ele parou em frente ao vaso e ficamos sem saber como prosseguir.

-- Olha, eu nunca estive nessa posição de ter que ajudar alguém com essas coisas, como fazemos? Eu abaixo sua calça e você faz sentado ou?...

-- Acho que sim, é mais fácil pra nós dois desse jeito, né?

Então, meio sem jeito, eu me inclinei, desabotoei e abaixei o zíper da sua calça jeans e a abaixei quase até o joelho. Na posição que estávamos, não tinha como ele saber se eu estava ou não olhando para o seu pau e confesso que fiquei muito curioso e brevemente observei a sua virilha com o pelos grisalhos curtos cobrindo a base do pênis, que flácido era mais comprido do que grosso. A cabeça era exposta e bem rosada. Ele rapidamente se sentou e começou a mijar. Desconfortável e confuso, olhei para a porta para não ficar encarando o Paulo. Estava nervoso, essa tinha sido a primeira vez que vi um pau de perto e confesso que achei o dele bonito.

Quando percebi que ele tinha acabado eu disse:

-- Pode levantar um pouco, vou limpar essas últimas gotas para não sujar sua cueca... - Fiz um pequeno rolo com o papel higiênico e encostei de leve na ponta da glande até as últimas gotas saírem.

-- Olha, isso não precisa ser tão estranho pra gente toda vez, sabe Totô... Afinal nós somos homens.

-- Sim, eu concordo... Acho que é desconfortável no começo mas logo isso passa, você vai melhorar logo, ne? - Eu disse enquanto levantava a sua calça e fechava o zíper de novo.

-- Sim, vai ser uma longa semana, desculpa!

-- Relaxa!

Após voltarmos para a sala, Paulo continuou conversando comigo sobre coisas aleatórias, a família, expectativas para a faculdade, e tal. Mas eu respondia meio no automático, não tava realmente presente naquela conversa. Ter visto a rola dele havia despertado algo em mim. Comecei a olhar para ele com mais atenção, eu estava vendo ele por um lado que antes nunca havia me ocorrido. Mesmo sendo um sessentão, como ele disse, meu vizinho ainda tinha o seu charme. As pequenas rugas e marcas de expressão do lado dos olhos davam a ele um ar de maduro. Ele tinha um nariz chamativo, mas não pelo tamanho, mas seu formato. A curva era bem característica da sua descendência italiana. A barba por fazer criando um contraste de cor no seu rosto branco. Os olhos castanhos claro, quase mel. Sua sobrancelha era meio grossa, escura mas com alguns fios grisalhos aqui e ali. A sua boca, num tom de rosa escuro quase vinho e os dentes todos bem retinhos. Mas, nesse momento, o que mais deixava ele atraente era os cabelos grisalhos. O cabelo dele era bem cuidado e tinha uns tons diferentes de cinza. Num geral era um cinza mais escuro, metálico, mas bem nas laterais as mechas tinham um tom claro, quase branco. Isso dava um movimento diferente no corte do cabelo, do tipo que não seria possível de conseguir nem no salão de cabeleireiro.

Tentei me afastar desses pensamentos, afinal eu estava ali porque ele havia se acidentado, seria moralmente incorreto me aproveitar de uma situação dessas para explorar a minha sexualidade. Eu estava pensando com meus hormônios, mas mesmo sabendo disso, não conseguia parar de prestar atenção em como ele ficava bonito quando ria ou como suas sobrancelhas davam um ar de sedutor quando ele as franzia quando via algo estranho na TV e logo comentava comigo. Acho que essa semana seria mais difícil do que eu pensei, mas por outros motivos....

(Vou encerrar por aqui essa primeira parte porque está meio tarde e não quero escrever demais, mas é isso, se você chegou até aqui muito obrigado!)

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Comentários

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Excelente estreia cara! Pode acreditar, você escreve bem... Um texto bem construído e com um gancho ótimo para a próxima parte.

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POR ENQUANTO NADA EXCEPCIONAL. MAS ESTOU NO AGUARDO DE NOVAS EMOÇÕES ENTRE ESSES DOIS.

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Pode deixar que emoção é o que não vai faltar. A segunda parte já tá disponível, dessa vez com mais acontecimentos, espero que goste.

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