Antes de começar a leitura, eu gostaria de avisar que essa é a história do JB, da Jéssica e da Natasha, apenas com um novo título. No começo eu imaginava uma história completamente diferente da que havia escrito e naquela o título anterior se encaixava muito bem. Com as mudanças que fiz junto com a Id@, o título já não condiz mais com os eventos e foi necessária essa mudança. Boa leitura a todos.
Continuando:
Do nada, a chave virou na minha cabeça e eu a provoquei:
– E como foi? Ela te pegou de jeito ou foi você que a pegou?
Jéssica me deu um soquinho no meu braço e respondeu:
– Seu bobo! É lógico que foi ela. – E me devolveu a provocação. – Ela me agarrou no corredor escuro e começou a dedilhar a minha xoxota e a chupar meus seios.
Eu enfiei minha mão dentro de sua calcinha e tirei um seio pra fora do vestido, sugando delicadamente. Sua buceta chegava a pingar:
– Nossa! Você deve ter gozado muito gostoso. Ainda sinto os fluidos escorrendo pelos meus dedos.
Mordendo os lóbulo da minha orelha, Jéssica disse baixinho:
– Gozei gostoso demais naquela boca … ela sabe muito bem o que faz.
Quase se entregando, mas com resiliência, ela se afastou de mim e pediu:
– Espera! Eu quero vocês dois juntos, quero muito. Chega de me enganar, eu não preciso. Você tem razão.
Nos beijamos novamente e Jéssica ajeitou a roupa. Não queríamos perder tempo, precisávamos buscar Natasha. Preocupado com a timidez de Jéssica, perguntei:
– Você prefere que a gente volte para a casa da Natasha, onde teremos mais privacidade, ou quer arriscar, sair da zona de conforto e fazer uma loucura? Podemos nos divertir aqui mesmo, mas eu respeito sua escolha.
Jéssica pensou por alguns segundos, mas não se decidiu:
– Vamos voltar para Natasha primeiro, deixar acontecer naturalmente e depois a gente decide …
Quando eu me preparava para abrir a porta e voltar ao salão, Jéssica me puxou, me olhando com submissão:
– JB, eu amo muito você. Jura que está mesmo bem com tudo isso? Que não vai me odiar ou se frustrar com esse meu lado no futuro? Eu abro mão de qualquer coisa, mudo o que você quiser se for para ficar ao seu lado.
Era hora de aproveitar o momento, a deixa de Jéssica e falar sério. Fiz com que ela se sentasse ao meu lado e fui bem direto:
– Você precisa pensar sempre em você primeiro, não pode criar essa dependência e me fazer sua prioridade. Sei que as pessoas são diferentes, mas Natasha é um ótimo exemplo. Se espelha nela, veja como ela é feliz e independente. Você é forte, sempre foi e eu estou aqui, não vou embora sem motivo e sempre estarei com você.
Emocionada, Jéssica me abraçou forte, me dando um beijo carinhoso em seguida. Nos recompusemos e voltamos ao salão, indo ao encontro de Natasha. Ela ainda conversava com o mesmo casal. Deixei que Jéssica fosse até eles e avisei que iria ao banheiro e logo voltaria para a nossa mesa.
Com o salão bem cheio, assim que entrei na área reservada em que ficava os banheiros, uma moça escorregou bem na minha frente, me puxando pelo braço e levando minha mão até os seus seios. Me assustei, mas tentei evitar sua queda. Nem tive tempo para reagir, pois enquanto ela gritava, se levantando e me empurrando, logo fui agredido pelo homem ao seu lado:
– Safado, pilantra … essa é uma casa de respeito, o que pensa que está fazendo?
Tentei me defender, explicar o que aconteceu:
– Calma aí! Ela escorregou na minha frente e me puxou, não tive a inten …
Um soco forte, que eu não sei de onde veio, me atingiu bem no queixo e eu perdi a consciência imediatamente.
Acordei dentro de uma sala reservada, com dois seguranças da casa e uma preocupada Jéssica ao meu lado:
– JB, cê tá bem? Tá sentindo dor? – Jéssica segurava uma bolsa de gelo ao lado do meu rosto.
Me levantei, mas ainda estava zonzo. Sentia meu maxilar dolorido e um pouco travado. Jéssica voltou a falar:
– Natasha foi entender o que aconteceu, pediu para esperarmos por ela aqui.
Um dos seguranças perguntou:
– O que foi que aconteceu, afinal? Disseram que você assediou uma mulher, é verdade?
Tentei ser o mais fiel aos fatos que conseguia:
– Sendo honesto, nem eu entendi. Quando entrei na área dos banheiros, a mulher escorregou na minha frente e me puxou junto com ela. Tentei ajudar e do nada, ela começou a gritar, o cara junto dela começou a me acusar e quando dei por mim, estava aqui, acordando.
Ele insistiu:
– Você tem certeza de que foi isso o que aconteceu? Toda a área do salão tem câmeras, justamente para a segurança dos clientes. Para a sua sorte, ou azar, a senhorita Natasha está lá agora, vendo as imagens. Se estiver mentindo, é melhor parar agora.
Jéssica, brava como uma leoa, me defendeu:
– Você, além de não fazer o trabalho que é pago para fazer, pois não tinha ninguém no local, ainda estão acusando a vítima …
Interrompendo, tentei acalmá-la:
– Ei, calma! Ele só está tentando entender e descobrir a verdade. Se tem câmeras, tudo certo, pois eu não menti. Vamos esperar pela Natasha e entender o que aconteceu.
Jéssica estava muito exaltada:
– E quando Natasha voltar, vamos direto à delegacia. Isso não pode ficar assim …
Puxei Jéssica e a abracei:
– Eu estou bem, não aconteceu nada de mais grave. Estou aqui, relaxa.
Jéssica aceitou meu abraço e se resignou. Mas não sem antes se lamentar por mim:
– Como assim não aconteceu nada. – Ela pegou um pequeno espelho na bolsa. – Olha para o seu rosto, você está machucado. Isso é sério, é agressão.
Enquanto eu olhava para o hematoma no meu rosto pelo espelho, Natasha entrou na sala e estava muito brava:
– É muito conveniente essa situação. – Ela encarou Jéssica e eu. – O sistema todo estava reiniciando no exato momento em que ocorreu toda a situação.
Ela andava de um lado para o outro, pensando no que dizer a seguir. Nenhum de nós dizia nada, apenas esperávamos. Após alguns segundos, ela voltou a nos encarar:
– Se eles quiserem levar essa situação adiante, você também pode fazer boletim de ocorrência por agressão …
Me levantei e fui até ela:
– Calma lá … nem sabemos o que aconteceu direito …
Natasha ficou ainda mais nervosa:
– Os policiais estão subindo para ouvir a sua versão, ela está te acusando de assédio e importunação sexual.
Eu a encarava sem entender mais nada, pois eu não tinha feito coisa alguma. Na verdade, era ela que tinha se agarrado em mim.
Natasha voltou a falar:
– Por sorte, três testemunhas viram o que aconteceu e duas delas estão a seu favor …
Sem nem bater na porta, os policiais entraram:
– É o senhor que está envolvido nessa confusão? Aceita falar por livre e espontânea vontade ou prefere ser conduzido até a delegacia para um depoimento formal?
Natasha, ainda mais nervosa, tomou a frente da situação:
– Como assim um depoimento formal? Ele é a vítima aqui, aquela maluca além de se aproveitar da situação, ainda instigou a agressão que ele sofreu.
Os policiais pareciam acostumados àquela situação:
– Se acalme, senhorita! Não sabemos de nada ainda, só estamos tentando entender. Só temos uma versão da história e iremos ouvir mais pessoas.
Um dos policiais me questionou:
– Por favor, nos conte o que aconteceu, o seu lado da história.
Disse a eles o mesmo que disse ao segurança, que ao entrar na área do banheiro, nem tive tempo para pensar, pois a garota foi se agarrando em mim para não cair e de repente, ela começou a gritar e o cara me socou.
O outro policial disse:
– Ela disse que você segurou nos seios dela e que foi defendida pelo companheiro.
Natasha resmungou:
– E justamente nesse momento as câmeras de segurança não estão funcionando.
O policial a repreendeu de forma mais séria:
– Senhorita, por favor!
O policial se virou para o segurança que me mantinha naquela sala:
– Você pode me levar até o local das câmeras? Quero falar com o responsável.
Natasha pegou o celular:
– E eu serei obrigada a falar diretamente com o dono daqui.
Um dos policiais saiu com o segurança e o outro voltou a se virar para mim:
– Uma coisa não exclui a outra. O senhor quer prestar queixa pela agressão sofrida ou prefere aguardar mais um pouco? Ainda irei colher o depoimento de testemunhas. Pense com calma, eu volto em alguns minutos.
Resolvi esperar e ver o que iria acontecer. Natasha falava ao telefone com alguém, possivelmente o dono do estabelecimento e Jéssica não saía do meu lado.
Ao desligar a ligação, Natasha pediu para Jéssica e eu aguardarmos um pouco e saiu. Ela voltou cerca de quarenta e cinco minutos depois acompanhada por um homem na casa dos cinquenta anos, um coroa muito conservado e bonito, de olhos claros e postura imponente. Ela nos apresentou:
– JB, Jéssica, esse é o Hélio, proprietário da casa.
Ele nos estendeu a mão de forma cortês:
– Então é você o JB, o famoso pupilo do Mathias?
Aquele homem tinha uma presença realmente intimidadora. Preferi ser educado ao extremo:
– Famoso eu não sei, mas eu trabalho sim para o Dr. Mathias.
Mostrando a que veio, o homem foi direto ao ponto:
– Fique tranquilo, meu jovem. Natasha já me explicou tudo e eu resolvi toda essa bagunça. Nenhuma acusação será feita contra você. Mathias também já está ciente e lidando com o que é preciso.
Eu tentei argumentar:
– Mas senhor, eu não …
De forma educada, mas firme, ele me interrompeu:
– Relaxa! Eu jamais admitiria tal situação dentro da minha casa. As gravações de segurança, do servidor alternativo, já foram entregues à polícia e você não fez nada errado, tudo o que disse aos policiais está registrado lá, foi ela quem se pendurou em você e do nada começou a gritar.
Ele se virou para Natasha:
– Antes de ir embora, passe em meu escritório, quero dar uma palavrinha com você, coisa rápida.
Enquanto o homem saía, um dos policiais voltou até nós:
– Pelo que nos foi relatado, você também não vai levar o caso adiante. É uma decisão sua, pois já sabemos a verdade. Se quiser fazer a denúncia da agressão, podemos ir até o distrito policial. Fica a seu critério.
Jéssica não queria deixar barato:
– Eu acho que você deveria fazer sim. Você é a vítima aqui, não deixe para lá.
Eu olhei para Natasha, mas ela não quis me influenciar. Perguntei:
– Se eu fizer a denúncia, posso te prejudicar de alguma forma? Vejo que você tem uma amizade grande com o dono.
Ela riu de mim:
– Tá com ciuminho?
Não posso negar que estava, mas só um pouco. Preferi não me entregar:
– Não é isso … é que você já até trabalhou aqui, não quero te prejudicar.
Ela chegou mais perto:
– Não vou mentir, mas se o Hélio disse que está resolvido, eu acredito nele. Um escândalo assim, pode manchar o bom nome da casa. Com certeza, ele deve ter pegado pesado com os farsantes. Cabe a você, e apenas a você, decidir o que quer fazer.
O policial completou:
– De qualquer forma, eles já irão responder por falsa comunicação de crime e denunciação caluniosa …
Sem querer, eu interrompi:
– Então já é o suficiente, eu só quero sair daqui, ir embora. Deixa isso com a polícia, eles já irão ser responsabilizados mesmo. Para mim é o suficiente.
Enquanto o policial se despedia, Natasha entregou para Jéssica a chave do carro:
– Eu vou ver o que o Hélio quer e já encontro vocês. Não devo demorar.
Saímos os três juntos e ainda vimos, numa sala ao lado, a garota e o cara sendo repreendidos duramente pelo outro policial. Ao me ver, a garota tentou correu até mim:
– Me desculpe, um cara apareceu do nada e nos deu dinheiro …
Antes que eu pudesse ouvir o que ela falava, a porta foi fechada rapidamente. Natasha, de longe a mais esperta entre nós, disse:
– Tem caroço nesse angu. Será que alguém armou toda essa confusão para te prejudicar?
Ela nos encarou ainda mais desconfiada:
– Me esperem no carro, vou tentar conseguir esse vídeo do salão com o Hélio. Não acho que ele vá negar um pedido simples como esse.
Natasha se separou de nós, indo para o lado oposto, subindo um lance de escadas. Jéssica e eu ainda tentamos pagar a conta no bar, mas fomos informados que tudo já estava pago.
Saímos do estabelecimento e nos sentamos no carro, mantendo as portas trancadas, para evitar qualquer situação desagradável. Jéssica me fez deitar a cabeça em seu colo e ficou acariciando meu cabelo. Ainda com dor, curti seus carinhos sem falar nada, apenas tentando relaxar. Ela parecia mais tensa do que eu, o que seria normal, dada a sua já conhecida fragilidade emocional.
Até nos assustamos, cerca de quarenta minutos depois, quando Natasha bateu de leve no vidro:
– Sou eu, abre a porta.
Jéssica entregou as chaves a ela, que tomou seu lugar no banco do motorista. Ansiosa, Jéssica perguntou:
– E então, o que aconteceu?
Natasha não fez suspense:
– Eu consegui os vídeos, querem ir lá pra casa assistir?
Eu pensei um pouco e respondi:
– Acho melhor. Se eu chegar assim agora em casa, minha mãe vai fazer um escarcéu. Nem sei o que dizer a ela.
Natasha propôs:
– Por que vocês não dormem lá em casa? Podemos pedir comida, ver o vídeo e entender o que aconteceu. Quem sabe até não continuamos nossa noite, agora sem interferências.
Pude notar um sorriso safado no rosto de Jéssica:
– Por mim, tudo bem. Também acho melhor não dizer nada aos meus pais. Meu pai acabou de ter alta e voltar para casa, não quero preocupá-lo também. Eles já estão cientes que eu ficaria fora essa noite.
Apenas concordei com as duas e Natasha acelerou. Enquanto seguimos viagem, Jéssica perguntou:
– Você ficaria chateada se eu começasse a lhe chamar de Isabel? Seu nome é tão bonito, e agora que somos mais próximas, eu gostaria muito de chamá-la pelo seu nome verdadeiro.
Natasha pensou um pouco antes de responder:
– Eu não ligo, se for só entre a gente.
Lembrei de uma conversa que tivemos algum tempo atrás:
– Você me disse que iria abandonar o nome Natasha. Pior que eu já me acostumei a chamá-la assim, vou acabar me confundindo.
Parados em um semáforo, ela olhou para o banco de trás, onde estávamos, e brincou:
– Eu estou parecendo motorista de aplicativo. Os dois pombinhos estão confortáveis? – E logo em seguida falou mais sério. – Natasha era o meu nome de "guerra", e no fundo, eu detesto esse nome. Se puderem, de agora em diante, eu gostaria de ser chamada de Isabel.
Mas também, ela nos impôs condições:
– E desde já, aviso: eu detesto diminutivos e abreviações, como Isa, Belinha ou Bel. É uma coisa minha, não me traz boas recordações. Só Isabel, por favor.
Jéssica e eu acabamos rindo das suas palavras, e com o queixo latejando, acabei fazendo drama, levando a mão ao local, com Jéssica me abraçando e tentando me consolar, diminuir a minha dor com carinho.
Não demoramos a chegar e subimos rapidamente. Acabei me deitando no sofá, ainda não estava bem. As duas, apesar de tentarem disfarçar, estavam preocupadas. Jéssica disse para Natasha, ou melhor, Isabel:
– Não deveríamos levá-lo ao hospital? Sei lá, vai que ele quebrou alguma coisa, ou precisa de medicação.
Isabel entrou na onda dela:
– Talvez fosse melhor mesmo, melhor a gente ir logo …
Interrompi a reunião das duas:
– Eu estou aqui, sabiam? Vocês não deveriam me consultar também, saber o que eu acho?
As duas me olharam assustadas, mas logo começaram a rir. Eu voltei a falar:
– Estou bem, só com dor. Se piorar, até penso em ir ao médico, mas por enquanto, deixa quieto. Eu quero mesmo é ver o vídeo que você conseguiu. Preciso confirmar uma coisa.
As duas novamente me olharam, mas desconfiadas, não assustadas. Eu perguntei:
– Enquanto a gente saía, no corredor lá da balada de swing, a mulher disse que alguém apareceu do nada e lhe deu dinheiro, mas logo fecharam a porta e eu não consegui ouvir o que ela tinha a dizer. Vocês também escutaram, né?
As duas concordaram com a cabeça e Isabel, buscando seu notebook, disse:
– Eu ouvi também e depois, enquanto vocês esperavam no carro, Hélio me contou toda a história. Até me deu o vídeo dela sendo abordada pelo tal sujeito, além do vídeo em frente ao banheiro, onde aconteceu toda a confusão.
Ela pediu para esperarmos alguns minutos, ligou o notebook e como ele era sincronizado com o celular, abriu o primeiro vídeo, o da confusão, onde a mulher me agarrou do nada, me puxando junto com ela e depois começou um escândalo. Era tudo como eu lembrava, o homem aparecendo do nada por trás dela e me socando com força. Ele ainda tenta me chutar, já comigo apagado, no chão, mas um cliente qualquer, vendo a confusão, o segura e acaba me protegendo. Os dois discutem e os seguranças chegam e me tiram do local.
O segundo vídeo, mostra a mesma mulher e o cara no bar, sentados normalmente. Um homem se aproxima, fala no ouvido do cara que me agrediu e ele, então, conversa por vários minutos com a mulher, que a princípio, parece não concordar com alguma coisa, mas logo em seguida, estende a mão e recebe um maço de notas do cara que abordou o casal.
Não é possível identificar o cara que paga ao casal no segundo vídeo, mas Isabel logo abre outro vídeo, o do cara saindo de perto dos dois e naquele terceiro vídeo ele está de frente para a câmera, bem visível, e como eu suspeitava, era mesmo o Daniel.
Pela minha reação, tanto Jéssica quanto Isabel, notaram que eu conhecia o cara.
– É aquele cara do shopping, não é? O que deu aquele encontrão em você no sábado passado?
Antes de responder, eu continuei assistindo o vídeo: Daniel vai até uma mesa lateral mais escondida, onde Luiza o esperava.
Vendo a cara de expectativa e curiosidade das duas, resolvi contar a história toda, do incidente na festa da faculdade com Marcela e suas amigas, dele ter sido despedido pelo Dr. Mathias e de como eu já sabia que era ele no shopping aquele dia. Contei também da amizade entre as famílias, que ele era filho de um delegado e tudo que era relevante.
Nem percebi o tempo passar e a portaria ligou para informar que a comida pedida por Isabel tinha chegado. Eu não tinha percebido que ela havia feito o pedido. Jéssica se ofereceu para descer e buscar o delivery. Aproveitando a ausência dela, para não deixar que ela criasse falsas expectativas, Isabel resolveu me aconselhar:
– Eu não queria me envolver na sua decisão, mesmo que você tenha pedido a minha opinião, pois é o seu futuro e só você pode decidir, mas eu acho, sinceramente, e depois de tudo o que você me contou de forma mais profunda, que você deveria aceitar a oferta do pai da Jéssica. Se afaste de todos eles ou esse cara não vai te deixar em paz.
Talvez Isabel tivesse razão e no fundo, eu sabia que era a melhor decisão a tomar. Pois além de me proteger, eu estaria perto de pessoas que me amam. O Sr. Sérgio era como um pai para mim e eu jamais encontraria oportunidades melhores, ainda mais mantendo os benefícios que o trabalho no escritório me daria.
Senti o queixo latejar e novamente levei a mão até o local. Isabel me fez sinal para esperar, foi até o quarto e voltou com um tubo de pomada na mão:
– Essa pomada é anestésica, acho que vai aliviar um pouco sua dor.
Com todo o cuidado, ela passou o medicamento no local dolorido e realmente, em poucos segundos, eu senti o alívio. Não tirou toda a dor, mas aliviou bastante. Jéssica voltou no exato momento em que Isabel estava debruçada sobre mim, passando a pomada no meu queixo:
– É só eu sair por alguns minutos e vocês não perdem a oportunidade …
Quando eu pensei em explicar, ela começou a rir, demonstrando que estava apenas brincando, implicando com a gente. Ela colocou o refrigerante e a caixa de esfihas de uma franquia famosa na mesa e pediu à Isabel:
– Você se importa se eu tomar um banho? Estou toda suada, grudenta.
Isabel voltou sua atenção para ela:
– Acho que vou também, estou do mesmo jeito. Quer uma camisola emprestada? – As duas foram juntas para o quarto, dizendo que logo estariam de volta.
Aproveitando o alívio da dor, me levantei, guardei o refrigerante na geladeira e a caixa de esfiha no forno, esperando pela volta das duas para lancharmos todos juntos. Voltei a me sentar no sofá, perdido em meus pensamentos.
Eu não tinha mais dúvidas do que precisava fazer, mas eu também não iria deixar o Daniel se safar. Na segunda-feira iria pedir demissão, mas entregaria ao Dr. Mathias os vídeos e mostraria a ele o culpado pela minha decisão. Denunciar aquela situação seria perda de tempo, já que provavelmente ele seria protegido pelo papai. Me afastando, deixando que ele se sentisse vitorioso, talvez ele parasse de me perseguir.
Vinte minutos depois as duas voltaram e pelo jeito, e pelo tempo, com certeza tomaram banho juntas. A cara de safada de Isabel e as bochechas coradas de Jéssica apenas revelavam o óbvio.
Para o meu desespero e para a felicidade dos meus olhos, as duas estavam incrivelmente sexys. Ambas de baby-doll de seda, quase transparentes, colados ao corpo, deixando em evidência as curvas daqueles lindos corpinhos delicados. O que tinham de pequenas, compensavam em formosura. Aqueles corpos esbeltos, mignon, eram perfeitos, irresistíveis, impossíveis de não admirar. O contraste entre o Sul e o Norte, a morena latina e a loira nórdica, as duas lindas, cada qual com sua beleza irresistível e única.
Percebi naquele momento que toda a tensão da noite começava a ser deixada de lado e o jogo de sedução tinha começado. E como sempre, Isabel, voltando a ser Natasha, dava as cartas. Jéssica, assumindo uma surpreendente postura de ataque, fez sua jogada:
– Por que não toma um banho também? Vai te ajudar a relaxar. Isabel deixou um short e uma toalha para você no banheiro.
Jéssica pegou na minha mão e foi me levando até o banheiro. Deu um selinho carinhoso em meus lábios e antes de sair, me olhando com cara de safada, disse:
– Estamos te esperando para comer, não demore. – Ela saiu e deixou a porta entreaberta.
Um banho era mesmo uma boa pedida, melhorando consideravelmente o meu humor. Deixei a água morna relaxar meus músculos e até demorei mais do que o necessário, voltando a me perder em meus pensamentos e até estranhei o fato de nenhuma das duas terem me apressado.
Desliguei a água e me sequei rapidamente, colocando o short e ao sair do banheiro, mesmo do corredor, pude ouvir alguns gemidinhos abafados, mas não conseguia saber de quem eram. Tentei caminhar levemente, sem fazer barulho e ao chegar na sala, me deparei com a cena mais alucinante e excitante da minha vida: Jéssica, de pernas abertas e olhos fechados, tapando a boca com as mãos, gemia manhosa com a língua de Isabel, naquele momento na melhor versão Natasha, castigando seu clitóris impiedosamente.
Continua.