A campainha tocou novamente na casa de paredes rosa-claro. Quem tocou foi um jovem adulto com roupas casuais, uma sacola na mão e pés inquietos. Ele olhou a hora no celular. Estava atrasado, mas nem tanto, será que ela tinha saído de casa? Olhou o aplicativo de mensagens, o seu recado tinha sido recebido, mas não lido.
Olhou para a janela de novo. Estava fechada naquela hora do dia e não dava para ter sinal algum de pessoa alguma olhando por ali. Tocou a companhia de novo.
Esperou mais um pouco, nada. Pelo jeito tinha saído sim. Abriu o aplicativo de novo para enviar um pedido de desculpas e ia andando quando ouviu um barulho. Passos. Em seguida um baque, uma cadeira caindo. Ele olhou para trás a tempo de ver a porta se abrindo e revelando uma mulher ligeiramente mais alta vestida em pijamas.
Mas o que chamou a atenção não foi ela estar usando pijamas naquela hora da tarde. Não. O que chamou a atenção foi o volume por baixo do tecido fino da calça. O olhar do rapaz percebeu aquilo em um instante e prestou atenção no tamanho.
— Oi — disse sorrindo — pensei que não viria mais.
— Não, não — disse ele, prolongando cada palavra como se o cérebro demorasse séculos para formar cada uma. Quando percebeu o que estava fazendo e o ferômonios que soltou sem querer corou. Então voltou o olhar para os olhos da outra — Atrasei porque fui olhar modelos diferentes — levantou a sacola que trazia.
— Que fofo. Vamos ver o produto então — deu um passo para o lado, liberando a passagem.
— Obrigado — respondeu enquanto passou pela porta.
Assim que pôs o pé dentro da casa sentiu um cheiro forte de canela que impregnava o lugar. Suas pernas ficaram bambas, fazendo-o rapidamente pôr a mão na parede para se sustentar.
Ele sentiu um calor no corpo, um calor sufocante maior do que o Sol lá de fora e sua respiração ficou pesada. A cada nova inspiração o cheiro voltava, o calor aumentava e o coração batia mais rápido. Enquanto a mulher fechava e trancava a porta, ele ficou no mesmo lugar respirando fundo. A cada respirada as pernas ficavam um pouco bambas e o volume por baixo da calça de pijama voltava para a sua mente.
Não estava inclinado de um lado ou de outro, mas reto, com a ponta para a cima. Devido a diferença de alturas, se eles se encontassem a ponta encostar no seu umbigo, perto do seu útero. De repente ele conseguia sentir como se estivesse ali mesmo. Bem na pele, pulsando.
— Vamos lá, não fica parado aí — ela deu um tapinha no seu ombro
— Hm~ — um grunhido agudo foi a resposta. Ele se encolheu, se aproximando da parede.
Vendo essa reação e o quão vermelho o homem estava, a alfa arregalou os olhos.
— Ah meu deus, desculpa! Vou abrir a janela.
Ela se virou com pressa e mal tinha começado a andar quando sentiu o pulso sendo segurado forte. O jovem estava com o rosto vermelho e olhava para o lado, tudo o que fez quando ela o olhou foi fazer que não com a cabeça.
— Certeza?
Ele desceu a sua mão, soltando o pulso e agarrando a mão da outra. Ainda sem olhá-la nos olhos, falou:
— Sim...
— Okay — respondeu com um sorriso — Vamos para o quarto ver o que comprou.
Foi uma caminhada curta e silenciosa até o quarto. Quanto mais perto estavam, mais forte o cheiro de canela ficava. Era como se tivessem passado canela nas paredes. Quando chegaram ao quarto, estava no máximo, mesmo com as janelas abertas. O jovem sentiu algo pulsando entre as pernas, algo que ele nem tinha notado endurecer, cada pulsação doía de tão duro que já estava.
— Por que...tão forte?
— Quer ir pra sala?
— Não...eu gosto até. Nunca senti algo assim...
— Certo, certo.
Ela soltou sua mão e fechou a porta do quarto.
Logo depois ele sentiu algo por trás, se encaixando perfeitamente entre suas nádegas por cima de tecido. Um segundo depois ele conseguiu processar a informação e sentir braços envolvendo seu corpo também. Um abraço.
— Isso é obra sua, sabia? Fiquei pensando se estava demorando porque quis ficar com o plug para você — sussurrou no seu ouvido — a lixeira do banheiro tá de prova do quanto eu enlouqueci — soltou uma risadinha — se você passar lá vai se quebrar todinho — disse a última palavra lentamente, destacando sílaba por sílaba.
— Tenho inveja da lixeira — levou a mão dela até sua calça, na área da virilha, onde podia se sentir algo duro que pulsava loucamente.
— Não precisa ter — ela o beijou na bochecha — sobrou um pouco para você, se trabalhar duro por isso.