Nós dois rimos e Wilson recostou a cabeça no assento e suspirou.
"Deeeeeus. Não estou pronto para ter um filho. Mamãe vai querer que nos casemos. Não pode haver um bastardo na família Mendonça, você sabe."
"Sim. Mas você tem que fazer o que é certo para você, Wilson. Não tente agradá-los, porque Deus sabe, você nunca o fará."
"Sim, eu sei. E você também, Bruno. Ele vai precisar de você, você sabe."
"Quem?"
"Duh! Sérgio? Eu vi a expressão no rosto dele quando você saiu. Ele está em agonia por ter machucado você. Acho que ele ama você. Ele nunca olhou para Wanda do jeito que olhou para você."
"Não sei... Ele simplesmente me jogou de lado... Com um bilhete."
"Ai. Bem, você deveria falar com ele. Dê a ele uma segunda chance. E se ele estragar tudo de novo, eu vou pegar a espingarda do papai e atirar nele para você."
Eu ri. "Obrigado, Wilson."
"A qualquer hora, irmão mais velho. É melhor eu ir. Deseje-me sorte."
"Boa sorte, irmãozinho. E obrigado."
Wilson e eu nos abraçamos com força.
"Eu te amo, Bruno", ele sussurrou. "Não importa o que acontece."
"Eu também te amo. Me ligue se precisar de alguma coisa."
Eu me afastei e baguncei seu cabelo.
"Ei! Pare com essa merda", ele resmungou enquanto batia na minha mão, mas me deu um sorriso e um aceno de cabeça, depois saiu do carro.
* * *
Passei o fim de semana na cama, pensando no que deveria fazer. Analisei demais a situação, mas sabia o que faria mesmo enquanto conversava com Wilson. Quaisquer conversas ou listas que eu tinha na cabeça não faziam diferença. Havia um milhão de Contras, mas no final apenas um Pró importava: ele é Sérgio.
Na tarde de segunda-feira, saí do trabalho um pouco mais cedo e estacionei no estacionamento da oficina. Respirei fundo e entrei.
O chefe de Sérgio, Marcos, estava conversando baixinho com um homem menor perto da porta da loja.
Marcos olhou para mim e eu dei-lhe um sorriso envergonhado. "Oi. Posso falar com Sérgio, por favor?"
"Olha, não preciso que você faça outra cena na minha loja. Se quiser falar com Sérgio, faça isso quando ele não estiver aqui. Ele sai em 15 minutos."
"Eu realmente sinto muito... eu só..."
Minha voz falhou e meu rosto ficou vermelho. Abri a boca, mas as palavras me escaparam.
O companheiro de Marcos pegou sua mão, inclinou-se para ele e disse baixinho: "Dê um tempo a ele"
Marcos suspirou e saiu para a loja.
Dei um sorriso ao outro cara e disse: "Obrigado".
"De nada. Meu nome é Mike."
"Bruno."
Olhei além de Mike enquanto Sérgio seguia Marcos de volta ao saguão. Sérgio parecia horrível. Seus olhos tinham bolsas embaixo deles. Suas roupas estavam amassadas. Ele não se barbeava há uma semana e estava com uma aparência totalmente desalinhada.
“Vamos, garotão”, disse Mike a Marcos. "Vamos dar a eles um pouco de privacidade." Ele pegou a mão de Marcos e o arrastou para a loja. Eles entraram no escritório e fecharam a porta atrás deles.
Sérgio enfiou as mãos nos bolsos, respirou fundo e finalmente disse: — Oi, Bruno.
"Oi, Sérgio. Como você está?"
"Estou bem."
"Você está mesmo?"
Ele encolheu os ombros e desviou o olhar.
"Onde você está ficando?" Perguntei.
"Um motel na mesma rua."
"Volte para casa, Sérgio."
Sérgio olhou para mim. Seus olhos começaram a lacrimejar e sua mandíbula tremeu.
Estendi minha mão para ele. "Podemos tentar novamente? Venha para casa, Sérgio."
Sérgio caiu e seus ombros começaram a tremer. Corri até ele e coloquei meus braços em volta dele. Ele agarrou-me e segurou-me com força. Depois de alguns momentos, ele recuperou suas emoções sob controle. Ele fungou e eu o senti passar o rosto pelo meu ombro.
"Eu sei que você não apenas limpou o nariz na minha camisa."
Os ombros de Sérgio começaram a tremer novamente, mas desta vez ele estava rindo. Eu o apertei com mais força e beijei sua clavícula. Sérgio fungou alto e depois se afastou para que eu pudesse ver seus brilhantes olhos azuis olhando para mim.
Ele levou as mãos ao meu rosto. "Eu te amo, Bruno. Me perdoa por tudo"
"Eu também te amo, Sérgio."
Seus dedos apertaram meu rosto e ele se inclinou e me beijou. Sua língua empurrou minha boca e ele me beijou profunda e completamente. Os bigodes ásperos de sua barba rasparam minha pele de forma erótica e eu levantei minhas mãos para passar os dedos por ela. Soltei um gemido suave e Sérgio rosnou e me beijou com mais força.
O som de palmas e aplausos nos trouxe de volta à terra e nos viramos e vimos todos os caras da loja olhando para nós pela janela. Limpei a boca e virei a cabeça no peito de Sérgio, envergonhado.
Sérgio os mostrou o dedão do meio com uma risada e depois se virou para mim.
"Vamos para casa, meu amor." 🥰😍🏳️🌈💗❤️🙏🙌
ESPERO QUE GOSTEM E GOZEM BASTANTE MEUS PUTOS 🙌🙏🥰😍🏳️🌈🔥