Eu não consegui olhar, não sei se aconteceu o beijo ou não, mas eu não queria saber. Ali, tive a certeza de que realmente estava muito ferrada. Eu devia ter ido para casa antes, mas não fui e deixei passar a oportunidade de sair dali sem sentir o que estava sentindo naquele momento.
Não, eu não surtei, não senti raiva ou ódio, nem nada disso, mas senti uma dor tão grande que parecia que meu coração tinha se partido em vários pedaços. Com a cabeça baixa, limpei as lágrimas teimosas que tinham fugido dos meus olhos e me levantei. Fui até Layla e disse que estava indo embora; não tinha como continuar ali. Mesmo se não tivesse rolado o beijo, não fazia diferença, eu não conseguiria conter o choro porque doía muito.
Ela perguntou o porquê e eu apenas disse que não tinha condições de ficar ali. Pedi para ela falar com as meninas que eu estava com dor de cabeça e fui para casa. Layla sabia o que tinha acontecido; de boba, ela não tinha nada. Me pediu desculpas por ter causado aquela situação.
Eu disse que não era culpa dela, que estava tudo bem. Ela perguntou se eu estava em condições de dirigir; eu disse que sim. Ela me deu a chave do seu carro e disse que iria com Stella depois. Eu não queria aceitar, mas ela insistiu e concordei para não prolongar meu tempo ali mais do que eu já tinha prolongado. Dei um abraço apertado em minha amiga e saí dali o mais rápido que consegui.
Saí e desci direto para o estacionamento da boate. Quando comecei a descer a rampa, senti mais algumas lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Mais uma vez, levei minhas mãos ao rosto e tentei enxugar minha face.
Eu precisava sair dali logo e ir para casa; dirigir chorando não é uma boa ideia. Mas quando cheguei onde imaginei que o carro estaria, escutei alguém me chamar. Olhei e vi Stella vindo em minha direção com uma certa urgência. Meu plano tinha falhado miseravelmente; eu não podia fingir que não ouvi ou sair correndo, então fiz o que dava para fazer: esperei ela se aproximar.
Stella— Ei, você está bem?
Karla— Sim, não se preocupe.
Stella— Você nem se despediu e é óbvio que estava chorando; bem, você não está.
Karla— Você estava ocupada, não quis atrapalhar. E não se preocupe com meu choro, vai passar logo. Vou ficar bem.
Stella— Ei, pode falar a verdade. Sou eu, lembra? Confia em mim.
Me desmontou totalmente com essa frase. Eu então resolvi falar a verdade; não iria mais mentir para ela.
Karla— Eu fiquei com ciúmes, por isso saí, por isso estive chorando. Olha, me desculpe, eu sei que nem tenho esse direito.
Stella— Eu só estava dançando. Ela até tentou me beijar, mas eu não deixei. Eu não fiquei com ela, eu juro, pode acreditar em mim.
Karla— Você não precisa explicar. Vocês duas são solteiras, está tudo bem. Só não consigo ficar vendo isso, entendeu? Dói muito. Só saí por isso.
Stella— Claro que tenho que me explicar. Eu não quero mais mal-entendidos. Layla já tinha me falado que você ficou com ela. Eu jamais iria ficar com alguém que você está afim ou gosta, eu juro.
Quando ela falou aquilo, eu comecei a rir. Ela realmente estava achando que eu estava com ciúmes da garota.
Stella— O que houve? O que é engraçado?
Karla— Você dizer que não quer mal-entendidos entre nós na mesma frase que acha que estou afim daquela garota? Desculpe, mas foi engraçado.
Stella— Bom, eu estou sem entender agora porque... ah, espera, acho que entendi. Não é dela que estava com ciúmes, né?
Karla— Não, eu não estava com ciúmes da garota Lala. Estava com ciúmes de você com ela porque me apaixonei por você. Não queria isso, eu juro, mas aconteceu. Me desculpe.
Ela ficou me olhando sem saber o que dizer. Não tinha mais o que fazer; eu disse o que tinha para dizer e, claro, ela não queria me magoar e ficou muda. Eu só virei as costas e saí andando e disse:
Karla— Está tudo bem, Lala, não precisa dizer nada. Vamos fingir que essa conversa não aconteceu. Somos amigas, nada mudou sobre isso, eu juro. Só disse porque é a verdade e não quero mentir para você.
Stella— Espera, Ká, não vai embora. Eu preciso te perguntar algo.
Eu olhei para ela e, provavelmente, estava com a cara mais triste do mundo. Ela se aproximou e disse:
Stella— Você jura que isso é verdade? Que não é coisa da sua cabeça?
Karla— Nunca tive tanta certeza de algo. Estou no meu normal, levei um tapa na cara, vi alguém tentar beijar a mulher que eu gosto e não surtei nem fiquei com ódio ou raiva de ninguém. Estou sentindo uma tristeza enorme no meu peito, mas minha cabeça está bem. Eu realmente me apaixonei por você; está claro como água para mim.
Ela se aproximou mais, colocou a mão no meu rosto, fez carinho e foi se aproximando, olhando nos meus olhos e me beijou. Nossa, eu senti mais uma vez aquela sensação de antes; parecia que eu flutuava. Que beijo era aquele! Eu estava perdidamente apaixonada por aquela mulher.
Mas, infelizmente, mais uma vez foi mais rápido do que eu esperava. Ela parou o beijo, me olhou e disse:
Stella— Eu sonhei com isso durante muitos anos, mas sinceramente, eu já tinha colocado na cabeça que isso nunca ia acontecer. Há um tempo atrás, resolvi acabar com esse sentimento que eu tinha por você porque só me machucava. Eu achei que tinha conseguido até você me beijar aquele dia. Eu te amo, Ká! Eu te amo muito!
Karla— Eu também te amo, Lala. Me desculpe por ter demorado tanto.
Stella— Mas eu queria te pedir algo. Será que a gente pode ir devagar, pelo menos no início?
Karla— Eu acho que não consigo ir devagar. Desculpe, mas está difícil de me conter aqui sem te arrastar para algum lugar e te amar a noite toda. Eu realmente sinto muito, mas ir devagar com você é impossível para mim. Se você quiser, a gente para por aqui até você se sentir segura e confortável para continuar, mas devagar não dá. Eu juro que não vou conseguir.
Ela ficou olhando para cima, com a mão no queixo, como se estivesse analisando a situação.
Stella— Hum... Bom, então que se dane. Dorme comigo no hotel hoje?
Karla— Dormir eu não sei, mas quero muito ir para lá com você. 🤭
Stella— Você ia embora de que?
Karla— No carro da Layla, e ela ia de carona com você.
Stella— Então vamos. Eu mando mensagem para Liandra avisando. Ela está com a chave do meu carro.
Saí puxando ela pela mão e entramos no carro de Layla, saindo em direção ao paraíso... quer dizer, em direção ao hotel onde ela estava. Ela pegou o celular e mandou um áudio para Liandra avisando que estávamos bem e indo para o hotel. Pediu para ela levar o carro e dar carona para Layla, e de preferência que dormisse por lá.
Logo, Liandra respondeu, dizendo entre sorrisos que tinha entendido e que poderia ficar tranquila, que dormiria no apartamento de Layla com muito prazer.
Rimos como duas bobas do jeito que Liandra falou. Não conversamos mais durante o caminho, apenas trocamos olhares cheios de cumplicidade. Assim que descemos do carro no estacionamento, seguimos direto para o elevador. Assim que a porta se fechou, eu já fui para cima dela, colando minha boca na dela.
O beijo que começou lento foi esquentando. Eu colei meu corpo no dela e coloquei minha perna entre as dela. O vestido dela foi subindo e eu comecei a beijar seu pescoço, enquanto ela esfregava sua menina, ainda por baixo da calcinha, na minha coxa. Ela gemia com a boca perto do meu ouvido. Eu estava louca de tesão, mas ela me empurrou.
Stella— Calma, tem câmeras aqui, maluca! Kkk
Karla— Desculpe, eu não lembrei disso.
Arrumamos nossa roupa e ficamos rindo uma da cara da outra até a porta do elevador se abrir. Saímos pelo corredor e ela foi me puxando pela mão até chegarmos à porta da sua suíte. Assim que entramos, ela já me levou para a cama, me empurrou sobre ela e apagou a luz.
Karla— Deixa acesa, quero te ver.
Stella— Eu prefiro com a luz apagada, por favor, deixa assim. É importante para mim.
Eu achei meio estranho, mas me lembrei das cicatrizes no rosto dela e falei que tudo bem; o importante é que ela estava ali comigo.
Estava escuro, mas não totalmente. Eu vi ela tirando o vestido. Nossa, como eu queria poder ver o corpo dela no claro naquele momento, mas eu realmente entendia que era complicado para ela.
Aproveitei que ela estava tirando o vestido e retirei o meu rapidinho, ficando só de calcinha, pois não estava usando sutiã. Me deitei novamente, ela veio até a cama e se deitou sobre mim. Eu sentia sua pele na minha, os bicos dos seus seios duros se esfregando nos meus. Sua boca logo tocou meus lábios e começamos um beijo quente. Nossas línguas bailavam dentro da boca uma da outra. Eu sentia meu corpo todo pegar fogo naquele momento. Ela se movimentou para o lado e me puxou para ficar por cima dela.
Eu coloquei minhas pernas entre as dela, me deitei sobre seu corpo e voltamos a nos beijar. Eu sentia seu coração bater muito forte e, com certeza, o meu estava do mesmo jeito. Desci mordendo seu queixo e fui para seu pescoço, beijei e passei minha língua, dando pequenos chupões que com certeza deixariam marcas na sua pele.
Ela gemia gostoso; era um gemido tímido, mas muito gostoso de se ouvir no pé do ouvido. Eu voltei a beijar sua boca. Seu beijo era tão gostoso e eu aproveitei bastante dessa vez. Brincava com minha língua na sua boca, dava pequenas mordidas nos seus lábios, chupava sua língua.
Desci um pouco meu corpo e levei minha boca até seus seios, passei minha língua nos seus mamilos devagar e depois comecei a lamber. Eu revezava minha boca nas duas delícias e apertava-as com as mãos. Comecei a sugar um mamilo com vontade e massageava o outro com minha mão.
Os gemidos dela já não eram tão tímidos e começaram a soar por todo o quarto. Eu continuei ali com minha boca nos seus seios por um bom tempo, depois fui descendo minha língua pela sua barriga, brinquei com ela no seu umbigo, mordi sua barriga e dei alguns chupões.
Fui descendo minha língua até o início da sua calcinha, fiquei brincando ali por um tempo e depois comecei a passar a língua sobre sua calcinha. Ela gemeu alto. Passei a língua de novo, porém mais forte. Voltei a lamber e senti seu gosto na minha boca. Ela estava muito molhada; sua calcinha já tinha seu gosto. Eu voltei a lamber.
Depois de lamber ali por um tempo, sem tirar a calcinha, resolvi sentir ela por completo na minha boca. Levei minhas mãos e fui puxar sua calcinha, mas ela segurou e me puxou. Eu não entendi, mas voltei com meu rosto perto do seu e ela falou com uma voz trêmula:
Stella— Vai devagar, amor. Eu nunca fiz isso com ninguém.
Como assim?!? Eu mal podia acreditar no que ouvi! Stella era virgem?!?
Continua…
Criação: Forrest_gump
Revisão: Whisper