A história se passa no início de 2019, um ano de transformações para mim.
Eu me chamo Felipe, tinha acabado de fazer 19 anos, mas continuava com a minha cara de 17. Um garoto pequeno com seus grandes 1,66 de altura, magro para definido graças às corridas e caminhadas, uma cintura mais afinada, graças a genética, além disso moreno dos olhos castanhos com nenhum sinal de barba.
Março estava batendo na porta e a minha família queria ir para a praia. Logicamente, meu pai já estava olhando hoteis e pousadas para verificar os melhores preços, só que dessa vez ele recebeu uma ligação do meu tio Fábio que o convidou para alugar uma casa de praia junto com meus primos, Fernando e Guilherme, e a minha tia Fabi.
Prontamente ele aceitou porque o custo-benefício seria melhor.
Bom, eu não gostava de praia, mas também não tinha muita escolha, ainda era sustentado pelo pai e a mãe, logo me juntei à eles na viagem. Só estava preocupado mesmo era em descansar, já havia feito várias provas de vestibular em Janeiro e início de Fevereiro.
Por fim, viajámos, uma viagem de 5 horas de duração. Nós fomos os primeiros a chegar na casa da praia, assim já escolhei o quarto do meu gosto.
Na noite, o meu tio chegou, como sempre fazendo escândalo. O carro com som alto e os meus primos agitando. Eu ainda estava preso no quarto só curtindo música, não queira cumprimentar ninguém naquela noite. Fiquei de boas, só com uma cuequinha e a janela aberta.
Do nada, o meu primo Guilherme aparece na janela, sobe rapidamente e fica sentado no peitoril da janela.
"Ué Lipezinho, não vai chegar na sala lá? Tá todo mundo conversando"
Eu, meio envergonhado de estar só de cueca, já puxo um coberta para cobrir a parte de baixo.
"Oi, Guilherme, não to afim não, amanhã eu falo com ele"
"Vish, tá depressivo aí é? Fiquei sabendo que tu tomou bomba em umas provas do vestiba, mas nem se preocupa com isso não, eu demorei uns cinco anos para entrar em engenharia mecânica"
O Guilherme estava com 26 anos, cursando o quarto ano de Engenharia Mecânica em uma Federal da região. Ele era alto, com 1,88, bem mais alto que a família inteira. Sempre com corpo em dia treinado na academia, seus brações e coxões eram notáveis à distância.
"Eu sei Gui, por isso mesmo que quero só relaxar essa semana"
Guilherme não parou um minuto de me olhar enquanto ficou na janela.
"Tá certo então, mas hein, tu anda correndo ainda? To vendo que tá com um corpo bacana hein, parece até uma EX minha"
E caiu na gargalhada
"Ah vaza daqui Gui, tu sabe que eu não curto hipertrofia, e corrida é bem melhor para a saúde"
"Nem, é importante fazer uma hipertrofia também, vai ficar velho e não vai nem conseguir levantar uma panela"
Olhei com cara de desinteressado
"Gui, eu quero dormir, se tu poder sair da janela aí e voltar para os papos lá na sala, eu agradeceria"
"Tá bom Senhora, te acalma, mas amanhã a gente vai curtir uma praia hein, vou te chamar cedão"
Ele terminou de falar enquanto saltava para o pátio.
Continua...