Rapidinha inesperada
De todos os lugares onde eu poderia imaginar que algum lance sexual surgiria, meu local de trabalho seria o último do planeta que eu pensaria. Mas o inesperado as vezes acontece. E eu ia descobrir isso naquela tarde.
Eu sempre subestimo o sex appeal dos coroas com cara de paizão. Sempre acho que ninguém vai se interessar. Mas já me enganei várias vezes. Mesmo sendo gordo – ou chub, se você preferir – de vez em quando alguma coisa muito boa acontecia comigo. Mesmo eu sendo gordo, casado com mulher, sem a menor pretensão de namorar ou ter outro tipo de compromisso, não era sempre, mas apareciam homens interessados. Só não esperava que fosse acontecer justo ali.
Uma semana antes eu o vi pela primeira vez. Era fim de ano e muitas transferências haviam ocorrido. Ele era alto, branco, cabelos castanhos, rosto bonito, impossível não notar. De corpo, não era magro ou atlético. Era parrudo, gordinho – dava para ver a barriguinha sob a camisa de malha rajada. Eu não consegui desviar o olhar e é claro que ele notou. Disfarcei sorrindo e dando uma boa tarde meio sem graça. Ele respondeu e continuou me encarando. Achei que tinha exagerado no olhar e que ele não havia gostado. Afinal, militares tem um jeito peculiar de ser, não é mesmo?
Àquela altura do ano, uma parte dos quarteis já funcionam em meio expediente e aquelas eram as duas últimas aulas que eu teria ali, pelo menos até o próximo ano. Juntando-se a isso que o pavilhão onde eu dou aula fica meio isolado, ainda mais nessa época quando os cursos já terminaram. Eu havia feito um simulado e os alunos foram terminando o exame, já iam sendo dispensados e foram indo embora. Quando o ultimo saiu, eu fui arrumar a sala, desligar tudo para poder fechar e levar a chave para o responsável. Eu já estava pronto para sair quando me deu vontade de ir ao banheiro dar uma mijada porque eu bebo muita água. Fui ao banheiro perto das salas de aula que fica aberto somente nos dias em que dou aula, para meu uso e dos alunos do curso. Não havia mais ninguém por ali, tudo deserto, salas vazias.
O banheiro era pequeno, mas tinha dois reservados e dois mictórios, além das pias próximas à entrada. A porta estava somente encostada, não estava fechada e muito menos trancada. Luz acesa e empurrei devagar. Então eu o vi: camiseta rajada levantada até o peito musculoso, calça e cueca arriadas até o joelho, encostado na parede, socando uma punheta gostosa. Braços musculosos e barriguinha despontando sobre os pentelhos castanhos quase ruivos e um pau rosado de cabeça vermelha, de tamanho médio, mas bem grosso. A outra mão segurava o saco. As coxas eram grossas e cobertas com pelos louros. Que homem delicioso! E sim, era ele, o cara que eu havia encarado uma semana antes.
Ele demorou uns dois segundos para notar que alguém tinha entrado. E eu de tênis, fiz muito menos ruído do que os coturnos pesados do uniforme deles. Quando notou, o susto foi evidente. Ele puxou a cueca que enrolou nas pernas grossas quando subiu e ele começou a tentar acomodar o pau duro e grosso numa cueca que nem estava colocada certa. Ele parou de tentar e puxou a calça. Um tanto pior, enrolou ainda mais... Tudo isso levou milissegundos enquanto eu caminhava em direção a ele, pois ele estava de pé ao lado de um dos mictórios. Mas foi tempo suficiente para eu olhar muito bem olhado para aquele macho delicioso.
- Calma, mano... relaxa, não sou militar – disse eu enquanto ele se virava para o outro mictório, ainda tentando acomodar o pau duro na calça. – E nem adianta que esse pau grossão não vai caber nessa calça... – completei eu e olhei direto para o pau dele.
Ele riu sem graça e eu não perdi tempo.
- Aliás, que belo cacete, hein!
Ele parou e me encarou.
- O senhor gostou, foi?
- Muito. E eu acho que ele só vai caber de volta se você terminar o que começou...
- É também to achando... Me desculpa, eu achei que estava sozinho.
- Quer ajuda? – perguntei ignorando sua última frase.
- Ajuda?
- Sim, ajuda – repeti eu, segurando o pau dele.
- Ai, caralho!
Comecei a punhetar e ele não parava de me encarar.
- Tu mama? – perguntou.
- Tu demora a gozar? – devolvi.
- Do jeito que eu estou aqui, não vou demorar nada...
Nem falei mais nada, já fui me abaixando e ficando de joelhos. Abocanhei o pau grosso e com cheiro de macho e ele gemeu. Comecei devagar e fui aumentando. Eu senti o pau dele esquentar na minha boca. E, conforme ele disse, não demorou muito para ele anunciar:
- Caralho, eu vou gozar...
Continuei, mais duas estocadas e ele explodiu num gozo delicioso, jorrando muita porra. Parecia que não gozava já fazia um tempo. Gala grossa e em grande quantidade. Eu senti o corpo dele todo estremecer com o orgasmo e seus pelos das pernas se arrepiarem.
Não tirei o pau da boca e suguei as últimas gotas de esperma. Ele gemeu alto e estremeceu todo. Tirei da boca e apertei. Ainda estava meia bomba, mas já dava para guardar. Ou pelo menos achei que dava. Mas a cueca continuava enrolada atrás.
- Assim não vai. Vira de costas, deixa eu ajudar.
Ele virou e revelou uma bunda linda, grande redonda e peluda. A cueca enrolada logo abaixo da bundona. Desenrolei, mas antes de levantar, dei uma bela cheirada e um beijo na bunda dele.
- Ai, caralho... faz isso não que eu fico doido!
- Fazer o que? – Perguntei. – Isso?
Enfiei a língua no cofrinho dele e ele instintivamente, se apoiou com as duas mãos na parede, arrebitando o bundão. Ora, abri com as duas mãos e meti a língua no cu dele. Ele ficou louco de tesão. A bunda peluda tinha cheiro de corpo. Longe de ser mau cheiro, ao contrário! Era cheiro de macho.
Mas ali não era lugar para aquilo. Era muito arriscado! Suspendi a cueca dele, dei um tapa de leve e acomodei o pau dele dentro. Ele fechou o botão e o zíper. Só então eu me virei para o reservado e mijei.
Ele já ia passando por trás de mim quando me virei e fiquei cara a cara com ele na estreita passagem entre os reservados e os mictórios. Cara a cara mesmo. Olhos nos olhos. Ele tinha lindos olhos castanhos claros e era muito bonito de rosto. Sem dizer nada, dei um selinho nele. Ele não reagiu a não ser fazendo um bico para receber o beijo. Sinal verde! Ataquei e enfiei a língua na boca dele e fui retribuído imediatamente. Nossas línguas se revezavam. Ele interrompeu o beijo.
- Puta que pariu! Vamos sair daqui! Aqui não dá.
- Está de carro? – Perguntei.
- Sim.
- Vamos para o motel? Quero chupar teu cu.
- Só se for agora!
Saímos dali, passei na sala, peguei minhas coisas, deixei a chave onde eu deveria e encontrei com ele na saída do quartel. Fomos para o motel e passamos uma das tardes mais gostosas, fodendo e conversando e beijando e chupando. Começava ali uma amizade com muitas fodas que já dura mais de três anos, recheada de muita putaria e carinhos. E tudo no mais absoluto sigilo, para proteger a carreira dele e a minha.