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Keyla
Acordar ao lado dela foi incrível. Acho que, depois da primeira vez que fizemos amor, essa foi a vez que me deixou mais feliz por ter despertado nos braços dela. Eu estava tão feliz que não consegui segurar os sorrisos bobos ao olhar para ela dormindo.
Fui à cozinha tomar meu remédio e voltei para a cama, onde fiquei velando o sono dela até ela acordar. Assim que abriu os olhos, um sorriso lindo apareceu em seus lábios. Ela me deu um abraço apertado, desejou bom dia, me deu um selinho e se levantou para ir ao banheiro.
Tínhamos o sábado de folga, mas seria um dia bem cheio. Fui fazer um café reforçado, tomamos e ficamos conversando até às nove horas. Então, trocamos de roupa e saímos. A primeira parada foi na padaria. Aline estava lá e nós conversamos bastante. Combinamos um almoço na nossa casa para domingo. Ela ligou para Luciana, que achou ótima a ideia, e ficou tudo combinado. 🤝🏻
Depois, seguimos para a loja, que, por sinal, estava muito cheia. Fomos direto para o escritório da Cristina. Mais uma vez, ganhei alguns sorrisos e acenos de algumas clientes. Não só eu, mas Patrícia também. Ela, pelo jeito, já tinha passado por aquilo antes, porque agiu naturalmente.
Cristina não estava nos esperando, mas ficou feliz em nos ver. Patrícia disse que decidimos passar lá porque eu iria à autoescola depois do almoço e ela queria saber o que Cristina queria falar com ela. Patrícia se sentou e eu disse que, se fosse um assunto particular, eu poderia esperar lá fora sem problemas. Mas Cristina disse que eu poderia ficar e que seria até bom estar ali para dar minha opinião.
Cristina— Bom, acho que vocês perceberam que a loja aumentou bastante o movimento. Vou ter que contratar mais funcionárias. Outra coisa que notei é que a maioria dessas novas clientes são lésbicas. Já vi alguns casais e várias meninas que, pelo estilo, acho que são também. Resumindo, quero ter um espaço aqui na loja para esse público. Pensei em fazer no quarto andar, onde tem mais espaço, e acho que ficar ao lado da seção de roupas íntimas seria um bom lugar. Mas quero a opinião de vocês sobre isso antes de passar para o próximo assunto. O que vocês acham?
Patrícia— Eu já tinha notado o aumento de movimento na primeira semana logo após a divulgação das fotos e das entrevistas. Nunca tive tanto trabalho para repor roupas como naquela semana. Como passo muito pelos andares para repor peças vendidas, notei que grande parte das novas clientes são lésbicas. Ter um espaço aqui para esse público seria ótimo. Eu amei a ideia.
Keyla— Eu só notei o aumento do movimento e que tinha muitas clientes lésbicas nos últimos dias. Eu realmente estava alienada do mundo e não tinha notado isso, mas acho que é uma ótima ideia ter um espaço assim na loja. Já que somos especializadas em roupa feminina, por que não ter um espaço para nós, lésbicas? Acho perfeito.
Cristina— Bom, então vou fazer isso, mas tenho um problema. Não sei que tipo de roupa colocar. Sei que há lésbicas de vários estilos e, aqui, a maioria da clientela é da classe alta, mas notei que isso tem mudado. Então, quero que, principalmente nesse espaço, a gente tenha peças que agradem a todas as classes sociais. Outra coisa é que queria que você ficasse à frente desse espaço, Patrícia. Você é a lésbica em quem mais confio, já que Keyla não está disponível para o cargo.
Antes de responder, quero que pense com calma. Vai demorar para o local ficar pronto e, nesse tempo, eu e Keyla podemos te ensinar tudo que você precisa saber. Se aceitar, na segunda mesmo você já começa a trabalhar com a Keyla no setor dela para ela ir te ajudando. Ah, e vamos precisar divulgar isso. Vou precisar de umas oito novas funcionárias para trabalhar no local e quero que vocês duas me ajudem com ideias, sejam boas ou ruins, quero que me falem, ok?
Patrícia— Olha, eu gostei da ideia e fico agradecida por lembrar de mim para essa função. Porém, não sei se sou qualificada para isso. Então, me dê até segunda para eu pensar e conversar com Keyla para a gente resolver. No mais, vou ajudar sim, deixa comigo.
Keyla— Eu acho que Patrícia tem capacidade de assumir esse cargo, sim. Ela tem tudo que precisa para isso, só falta treinamento, e isso eu posso resolver. Quanto às vendedoras para trabalhar no local, tem aqui na loja mesmo. É só você mover para lá e contratar novas para o lugar. Conheço seis lésbicas e cinco bissexuais aqui na loja, a maioria já trabalha aqui há um tempo. Isso seria ótimo para Patrícia também, que não teria que lidar com novatas, além de que ter vendedoras lésbicas nesse espaço seria perfeito. Quanto à divulgação, eu sei quem pode ajudar e muito. Posso falar com a pessoa que com certeza ajudaria, e ela também tem um conhecimento vasto sobre moda lésbica e pode ajudar nas escolhas das peças a serem compradas. Eu e Patrícia nos vestimos como qualquer outra mulher; acho que a diferença é que usamos muito cueca feminina. Mas muitas lésbicas se vestem de forma diferente. Tem as que gostam de um estilo meio masculino e outras que se vestem totalmente no estilo masculino, então nós duas não podemos ajudar muito sobre as peças a serem compradas.
Cristina— Keyla, se você não voltar a fazer besteira de novo, vai ser minha gerente em breve. Obrigado, minha querida.
Keyla— Nunca mais você vai ver aquela Keyla de novo, isso eu posso jurar.
Cristina— Graças a Deus! kkkk. Bom, agora mudando de assunto, pelo que ouvi aqui e principalmente pelo brilho nos olhos de vocês, posso ver que se acertaram. Nem precisam responder, porque isso é visível. Eu só quero dizer que fico muito feliz por vocês duas, de verdade.
Patrícia— A gente está muito feliz também, Cristina, e muito obrigada por ajudar nós duas durante esses dias complicados que passamos.
Cristina— Keyla, você é como uma filha para mim, e gosto muito de você, Patrícia. Você realmente conquistou minha confiança e meu respeito em pouco tempo. Ver vocês bem me faz bem também.
Conversamos mais um pouco e eu fui para a autoescola depois de almoçar no restaurante que a gente sempre frequenta quando está trabalhando. Várias meninas vieram falar comigo e com Patrícia. Muitas ouviram eu me desculpar com as meninas do meu setor e vieram saber como estávamos.
Tive duas aulas e Patrícia ficou me esperando. Quando saí, ela disse que tinha ligado para o hospital e os resultados dos meus exames estavam prontos. Fomos até lá e, depois de meia hora de espera, a médica nos recebeu. As notícias foram as melhores possíveis. Meus exames não detectaram nada de errado comigo. Rita disse que o problema só podia ser emocional, porque minha saúde física estava perfeita. Ela falou que, se eu quisesse, poderia me indicar um psicólogo. Eu disse que não precisava, já que estava bem e foi um fato isolado, mas se eu tivesse qualquer outro problema, eu ligaria para ela. Conversamos ali um pouco, ela me deu alguns conselhos e disse que, se eu quisesse, poderia parar de tomar os remédios depois de uma semana, pois tudo indicava que eu estava muito bem.
Ela nos deu seu cartão e disse que eu poderia ligar a qualquer hora que quisesse. Falou que estava muito feliz por estarmos juntas e felizes de novo e que, depois de conhecer nossa história, torceu muito por um final feliz. Ela era uma fofa.
Saímos dali e seguimos para casa. O dia foi corrido, mas produtivo. Trouxe novas expectativas de trabalho para Patrícia, minha saúde estava ótima, tínhamos marcado um almoço com nossas amigas e minha professora na autoescola disse que eu já estava apta para fazer a provinha. Foi um ótimo dia, por sinal.
Chegamos em casa no início da tarde. Quando entramos, Patrícia guardou a moto na garagem. Quando tranquei o portão e entrei, ela me perguntou se eu não iria tirar as sacolas que estavam no meu carro. Eu tinha esquecido totalmente daquilo. Eu disse que sim, fui à cozinha, peguei a chave do carro e fui lá pegar. Ela perguntou se eu precisava de ajuda e eu disse que não, que era leve. Tirei as sacolas e coloquei no chão da cozinha.
Patrícia— Afinal, o que tem aí?
Keyla— São umas coisas que eu comprei para decorar a casa quando você voltasse. Eu tinha até esquecido disso.
Patrícia— Desculpe, amor, pode me explicar melhor? Não entendi. 🤭
Keyla— Bom, é que eu queria te fazer uma surpresa romântica quando você voltasse para casa. Eu estava com muito medo de você não me perdoar, então pedi para a Cristina me avisar o dia que você iria chegar e, se desse, descobrir o horário também. Eu iria fazer um almoço ou um jantar para a gente e decorar a casa para ficar um cenário bem romântico. Eu sabia que era um risco, mas achei que talvez isso deixasse seu coração mole e as chances de eu ganhar seu perdão aumentassem. Mas, no fim, você voltou antes e eu esqueci disso.
Patrícia— Ah, os ingredientes para fazer uma torta de frango eram para isso também?
Keyla— Era sim! Sei que você adora e iria fazer uma. Eu ia comprar umas pétalas de rosas e umas flores também, mas tinha que ser no dia, então não comprei.
Patrícia— Poxa, amor, eu sinto muito.
Keyla— Amor, não tem problema. O importante é que a gente se acertou. Eu iria fazer isso exatamente para termos mais chances de nos reconciliar. Como não precisou, graças a Deus, está tudo bem.
Vi que ela ficou com a carinha um pouco triste, mas fui até ela, dei um abraço e a levei para o banheiro para a gente tomar um banho. Já debaixo da água, eu a beijei com todo o amor do mundo. Os carinhos foram ficando mais quentes e logo eu estava com minha boca nos seios dela, chupando com vontade. Ela gemia gostoso com meus carinhos. Empurrei-a até a parede e desci até sua intimidade, começando a chupar com vontade. Ela segurava meu cabelo e apertava os seios com as mãos. Eu lambia toda sua intimidade enquanto ouvia ela gemer cada vez mais alto. Levei minha língua até seu clitóris e fiz movimentos circulares, depois lambia, chupava, sugava com meus lábios. Ela já se contorcia. Quando ela prendeu minha cabeça com as duas mãos, eu sabia o que estava para acontecer. Intensifiquei meus carinhos e ela gozou na minha boca. Limpei sua intimidade com minha língua até seu corpo relaxar e fui até ela, beijando-a com muito carinho.
Logo que ela se recuperou, me colocou de frente para a parede e foi com a boca direto para minha bunda. Lambeu, mordeu, apertou com suas mãos, passando a língua entre minhas nádegas. Depois, abriu com as mãos e senti sua língua lambendo minha intimidade. Eu gemia e a chamava de delícia, de gostosa. Ela lambeu minha intimidade por um tempo e depois me penetrou com dois dedos, começando um vai e vem bem gostoso, me fazendo rebolar nos seus dedos. Não satisfeita, começou a passar a língua na minha bunda, sua língua parecia querer me penetrar por trás. Meu tesão foi a mil. Levei uma das mãos até meu clitóris, arqueei minha bunda o máximo que consegui e comecei a massagear meu clitóris com força. Eu sentia seus dedos me penetrando, sua língua no meu rabinho e meus dedos judiando do meu clitóris. Aquilo não durou muito e eu gozei gostoso. Nossa, foi incrível! E ficou melhor ainda quando ela se levantou e veio até meu ouvido e disse que me amava.
Eu sabia que aquele era só o primeiro de vários orgasmos que eu ainda teria naquela noite que só estava começando.
Continua…
Criação: Forrest_gump
Revisão: Whisper