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Keyla:
Quando a gente fica muito íntima de uma pessoa, passa muito tempo com ela e, principalmente, quando é alguém que você confia e que confia em você, algumas coisas ficam meio óbvias. Patrícia estava estranha; eu não sabia exatamente o que estava errado, mas notei que ela estava meio tensa, às vezes distante.
Quando cheguei do trabalho na sexta, perguntei a ela se tinha acontecido algo. Ela disse que não e me perguntou por quê. Eu mencionei que tinha notado que ela estava tensa. Ela respondeu que talvez fosse por ter que tomar uma decisão importante no trabalho, mas que, no mais, estava tudo bem com ela.
Achei que era coisa da minha cabeça e deixei para lá. Terminamos o jantar e, depois de um tempo, nos deitamos. Naty mandou uma mensagem convidando eu e Patrícia para um jantar no sábado na casa dela. Disse que seria só a gente e Gabi, pois queria pedir a Gabi em namoro e queria que estivéssemos lá para dar apoio. Perguntei a Patrícia se estava tudo bem para ela, e ela confirmou. Assim, confirmei nossa presença.
Patrícia estava meio calada e me olhando com uma expressão que eu conhecia bem. Deixei o celular de lado, joguei meu corpo em cima do dela e comecei a beijá-la. Não demorou muito e já estávamos esfregando nossas partes íntimas, ainda cobertas pelas calcinhas, nas coxas uma da outra. Nossos beijos estavam quentes e cheios de desejo. Levantei meu corpo, tirei minha camiseta e a ajudei a tirar a dela. Desci minha boca pelos seus seios, chupando e lambendo seus mamilos. Ela gemia gostoso. Desci pela sua barriga, puxei sua calcinha para o lado e a chupei com vontade até que ela melou minha boca toda.
Voltei a beijá-la e, depois de um tempo, ela me virou na cama, e foi a vez dela chupar meus seios. Ela ficou ali por um bom tempo, enquanto brincava com a boca nos meus seios e alisava minha parte íntima com uma das mãos. Eu já estava toda molhada, gemia alto e pedi para ela me chupar; eu precisava muito gozar.
Ela tirou minha calcinha e me chupou com gosto. Não demorei a gozar na boca dela. Ela se levantou, tirou sua calcinha, se ajoelhou entre minhas pernas, encaixando nossas partes íntimas uma na outra. Começou a movimentar os quadris devagar. Eu ainda estava me recuperando, mas podia sentir a textura da sua parte íntima na minha. Sentia seu clitóris passar sobre o meu, e aquilo me deixava ainda mais excitada.
Ela me olhava nos olhos e ia se movendo sobre mim. Eu já gemia alto de novo. Ela foi aumentando os movimentos e gemendo gostoso, acelerando cada vez mais. Seus olhos estavam fixos nos meus. Quando meu corpo começou a tremer, ela se movimentou mais rápido. Eu estava prestes a gozar de novo e sentia seu corpo tremer também; iríamos gozar juntas.
Quando meu orgasmo começou a tomar conta do meu corpo, ela, sem parar de me olhar, disse que me amava. Eu nem consegui responder, pois minha voz não saiu. Eu gozei junto com ela.
Aquilo foi incrível. Seu corpo já estava sobre o meu. Fui até seu ouvido e disse que a amava muito também. Ela levantou um pouco o rosto e me beijou. Ficamos ali, entre beijos e carinhos, até nossos corpos terem força suficiente para levantar e ir tomar um banho rápido. Tivemos que trocar o lençol e, depois, fomos dormir agarradinhas.
No sábado, trabalhamos normalmente. Às 11 horas, Patrícia disse que iria ao escritório de Cristina aceitar o trabalho. Ela comentou que seguiria meus conselhos e se arriscaria. Disse que, depois da minha ajuda e da ajuda das meninas, estava confiante de que conseguiria dar conta.
Logo ela voltou, disse que tinha conversado com Cristina e que tudo tinha ficado certo. Também disse que tinha pedido a Cristina para sair mais cedo, já que queria fazer compras para casa e fazer uma faxina geral. Como teríamos o jantar às 18 horas e Naty queria esticar a noite, Patrícia planejou arrumar tudo mais cedo e descansar um pouco comigo assim que eu chegasse da autoescola.
Eu disse que tudo bem, mas estranhei porque não tínhamos muita coisa para comprar. A casa estava limpa, mas ela sempre gostava de fazer faxina no final de semana e tinha as roupas para lavar. No final, até gostei da ideia, pois assim teríamos o domingo livre.
Trabalhei até as duas, fui fazer minhas aulas de direção e, depois, peguei um táxi para casa. Cheguei e já eram 16:30. Patrícia realmente tinha feito uma faxina enorme: lavou o passeio, a garagem, limpou o quintal. Do lado de fora, vi que tinha trocado as cortinas. Quando fui entrar, fiquei até com pena de pisar na cozinha, estava tudo brilhando. Tirei meu tênis e entrei de meia. Ela me viu e começou a rir ao me ver com o tênis na mão, veio me abraçar e disse que tinha um lanche para mim no armário. Eu disse que iria tomar um banho primeiro.
A cada cômodo que eu entrava na casa, me admirava mais. Estava tudo arrumado e muito limpo; acho que nunca tinha visto minha casa tão limpa e arrumada na vida. Tomei meu banho, vesti uma cueca feminina e um top, e fui lanchar. Depois, conversamos um tempo e fomos nos arrumar para o jantar. Patrícia sugeriu que usássemos nossos melhores vestidos e pedíssemos à Naty para nos trocar na casa dela, já que iríamos de moto.
Liguei para Naty, e ela disse que não haveria problema algum, que podíamos nos trocar e nos arrumar na casa dela. Saímos e, depois de meia hora, já estávamos no portão da casa. Ela veio nos atender e disse que Gabi estava para chegar. Contou que havia dito a Gabi que o jantar era para Patrícia pedir minha mão em casamento, por isso era um jantar romântico e chique. Pediu para eu me fingir de boba. Eu disse que tudo bem, mas pensei comigo que essa desculpa poderia ser mesmo verdade.
Naty nos mostrou o quarto para nos trocarmos. Assim que entramos, ela bateu na porta. Eu abri, e ela perguntou se Patrícia poderia ir com ela de moto ao mercado, pois tinha esquecido de comprar algumas coisas. Disse que seria rápido, que em 20 minutos ia e voltava. Eu falei que tudo bem; ela parecia aflita, e Patrícia, que já tinha se aproximado da porta, se prontificou para levar Naty.
Antes de saírem, Naty disse que avisou Gabi que eu estava esperando ela dentro da casa e pediu para eu me trocar, pois logo Gabi já estaria ali e elas também. Eu disse que tudo bem e elas saíram. Fui me arrumar, não demorei muito, desci e Gabi estava na sala, sentada no sofá. Ela estava linda e muito bem vestida.
Eu e Gabi ficamos ali jogando conversa fora, falando sobre nossas faculdades, quando Patrícia me ligou. Atendi e percebi que ela parecia nervosa. Perguntei o que tinha acontecido. Ela disse que elas foram paradas em uma blitz da polícia e, ao pegar a carteira, notou que tinha esquecido em casa. O policial queria levar a moto, mesmo ela pedindo para ele verificar no sistema os documentos. Sem os documentos da moto e os dela, a moto não sairia dali a não ser guinchada. Mas ela e Naty conversaram com ele e ele disse que, se alguém levasse os documentos, liberaria a moto. Ela pediu para eu ir com Gabi até nossa casa e pegar, pois nem ela nem Naty estavam com dinheiro para pagar um táxi.
Eu disse a ela para ficar calma, que eu iria em casa buscar, nem que fosse de táxi. Quando desliguei, Gabi estava ouvindo algo no celular. Imaginei que era um áudio da Naty, pois ela me olhou e disse que me levaria até minha casa, e saímos. Gabi trancou a porta e o portão, levando a chave com ela.
Gabi dirigia muito bem e, em 25 minutos, já estava no portão de casa. No caminho, Patrícia me mandou um texto pedindo para eu pedir ajuda a Gabi para procurar a carteira, pois ela não tinha ideia de onde a havia deixado, e quanto mais rápido achasse, melhor seria. Eu desci e pedi a ajuda de Gabi, que já saiu do carro. Quando estava abrindo o portão, notei que havia vários carros na rua da minha casa; provavelmente algum vizinho estava dando uma festa.
Abri o portão e fui entrando rápido; Gabi me seguia de perto. Abri a porta da cozinha e acendi a luz. Aí não acreditei no que meus olhos viram: o piso da casa estava coberto de pétalas de rosas, formando um caminho até a sala. Havia vários balões em forma de coração espalhados pelo teto e alguns amarrados nos móveis. Meus olhos já lacrimejavam. Olhei para Gabi, e ela sorriu, dizendo para eu seguir em frente.
Quando cheguei na sala, fiquei literalmente de boca aberta. Os móveis não estavam mais ali; o chão estava coberto de pétalas de rosas, havia vários arranjos de flores espalhados, e também várias fotos minhas e de Patrícia juntas na parede, mas não eram só nossas; havia várias de Naty e Gabi também. Nesse momento, olhei para Gabi, que estava chorando. Ela me olhou e disse que nós duas fomos enganadas e sorriu. Ela já tinha visto as duas mesinhas no canto da parede. Em cima delas, uma tinha uma foto minha com Patrícia e, acima da outra, uma dela com Naty. Nos aproximamos, e em cima das mesinhas havia, na minha, um estojo preto de veludo aberto, com dois anéis lindos amarrados por uma fita vermelha. Na mesinha dela, um estojo igual, com duas alianças que provavelmente eram de ouro branco; eram muito bonitas.
Ouvi a porta do meu quarto se abrir. Saíram Patrícia e Naty, super bem vestidas. Estavam lindas, e logo atrás delas saíram mais algumas pessoas: minha mãe, meus tios, minha prima com sua família, Rogério e a esposa, Cristina e o marido, Aline, Luciana, Davi, Telma, Luiza... Nossa, era muita gente, mas não parou. A porta do outro quarto também estava aberta, e vi algumas pessoas saindo dela. Não reconheci, mas imaginei que eram a família e amigos de Naty e Gabi.
Eu estava muito emocionada; não sabia como reagir. Patrícia e Naty se aproximaram. Patrícia pegou minhas mãos e se ajoelhou na minha frente.
Patrícia— No pior momento da minha vida, um anjo enviado por Deus me estendeu as mãos. Ele me deu um teto, me alimentou, me deu esperança e motivos para viver. Depois de me dar tudo que eu precisava, Deus infelizmente o levou para ficar ao lado dele novamente. Mas antes de partir, ele me deixou seu maior tesouro, a coisa que ele mais amava nessa vida: você, meu amor. Eu serei eternamente grata por tudo que ele fez por mim, principalmente por ter deixado você para transformar meus dias de uma maneira tão incrível que os dias tristes que vivi não me afetam mais. Você encheu meu coração de amor, minha vida de felicidade e meu futuro de esperança. Eu amo você mais que tudo nessa vida e não imagino meu futuro sem você. Então, por favor, me faça a mulher mais feliz do mundo e aceita se casar comigo.
Naty— Gabi, eu não sou tão boa com as palavras como nossa Julieta aí do lado (risos), mas posso dizer que, desde que te vi ali no seu canto, me encantei com você. Conforme eu ia te conhecendo, me encantava mais. Depois de te conhecer, percebi que minhas prioridades já não eram as mesmas, porque você me fez conhecer algo que eu não conhecia: o amor. Você não sai mais da minha cabeça, meu coração dispara só de ouvir seu nome. Eu não sou perfeita, nunca amei antes, nem sei como é ter um relacionamento sério, mas quero muito aprender e quero fazer isso com você. Então, por favor, me dá a chance de te provar que esse amor que sinto aqui no peito é de verdade. Me guia nesse novo mundo; quero estar ao seu lado, viver essa experiência nova com você. Então, Gabi, você aceita namorar comigo?
Eu mal pude esperar Naty terminar de falar para dizer "sim". Quando ela terminou, ouviu-se na sala dois "sim" ditos juntos. Dois beijos aconteceram, alianças e anéis foram trocados, palmas foram ouvidas, muitos abraços, lágrimas e felicitações. Ali, o amor foi celebrado, e a noite só estava começando.
Continua…
Criação: Forrest_gump
Revisão: Whisper
